Manual do Usuario LC.p65 - Clínica de lentes de contato Coral

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Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem
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Fone: (047) 433-5955 - Fax: (047) 433-1747
Joinville - Santa Catarina - Brasil
Nome do paciente:
Data de
adaptação
Data de Troca
Observações
CLEUSA CORAL-GHANEM
1997
4ª
Edição
LENTES DE CONTATO: MANUAL DO USUÁRIO
Cleusa Coral-Ghanem
Produção Gráfica e Editoração Eletrônica:
Soluções e Informática Ltda.
Fone: (047) 433-8822 – Joinville – SC
www.colucoes.com.br
Capa: Evandro da Rosa
Revisão Ortográfica: Nádia de Oliveira
Outubro de 1997
Copyright de Cleusa Coral-Ghanem
Oftalmologia e Clínica de Lentes de Contato
DIREITOS DE REPRODUÇÃO RESERVADOS
Ficha Catalográfica
Coral-Ghanem, Cleusa.
C687 Lentes de contato: manual do usuário / Cleusa
Coral-Ghanem. Joinville: Oftalmologia e Clínica
de Lentes de Contato; Soluções, 1997.
40p.: il.; 19cm.
ISBN 85-86403-02-4
1. Lentes de Contato.
I. Título.
19. CDD-617.7523
Preparada pela Bibliotecária Maria Nazaré A. Fabel, CRB-199-14.Região).
SUMÁRIO
LENTES DE CONTATO (LC): UMA BOA OPÇÃO ............... 07
TIPOS DE LENTES DE CONTATO ...................................... 08
Materiais .............................................................................. 08
Formas de Uso .................................................................... 09
Descartabilidade .................................................................. 09
TEMPO DE USO ................................................................. 10
PERÍODO DE ADAPTAÇÃO ............................................... 11
MANUTENÇÃO DAS LENTES DE CONTATO ..................... 12
Por que limpar e desinfetar as LC? .................................... 12
Limpeza da LC ..................................................................... 13
Limpeza do estojo ............................................................... 13
Higiene das mãos, olhos e anexos .................................... 14
Como limpar a LC hidrofílica? ............................................ 14
Quais os sistemas enzimáticos disponíveis
no mercado? ........................................................................ 16
Quais os passos para efetuar a limpeza
enzimática semanal (em comprimidos)? ........................... 16
Quais os passos para efetuar a limpeza
enzimática diária (em solução)? ......................................... 18
Método de limpeza através do ultra-som .......................... 18
Como desinfetar as LC hidrofílicas (LCH)? ........................ 19
Como realizar a desinfecção térmica? ............................... 19
Como realizar a desinfecção química? .............................. 20
5
Como realizar a desinfecção com peróxido
de hidrogênio a 3%? ........................................................... 20
Quais os cuidados com LCH descartável/
troca planejada? ................................................................... 22
Quais os cuidados da LCH cosmética? .............................. 22
Quais os cuidados com LC usada de forma contínua? .... 23
Quais os cuidados com LC usada de forma ocasional? ... 23
Lentes secas? Use gotas umidificantes! .............................. 24
Quais as finalidades de uso das soluções fisiológicas? .... 24
Por que e como manter as LC rígidas
gás-permeáveis (RGP)? ....................................................... 25
Rotina de manutenção das LC RGP ................................... 25
Por que não é recomendável misturar as soluções
dos diversos sistemas de manutenção? ............................. 27
PODE-SE PRATICAR NATAÇÃO USANDO LC? ..................28
Se você necessita nadar com LC, recomenda-se: ............. 29
AIDS E LENTES DE CONTATO ...........................................30
Para evitar contaminação: .................................................. 30
COSMÉTICOS E LENTES DE CONTATO ............................31
Seleção da marca ................................................................ 31
Higiene da maquilagem ..................................................... 31
Modo de aplicar .................................................................. 32
Salão de beleza ................................................................... 34
RECOMENDAÇÕES ÚTEIS ................................................. 35
OUTRAS ANOTAÇÕES ....................................................... 38
6
LENTES DE CONTATO (LC):
UMA BOA OPÇÃO
O uso de LC é uma forma eficiente para corrigir a visão, quando
se faz com cuidado e supervisão apropriados.
O exame completo do olho, a perfeita adaptação, o
acompanhamento por profissional competente e obediência às
orientações recebidas são condições indispensáveis para o uso
confortável e seguro das LC, a longo prazo.
As LC são usadas para fins estéticos, substituindo os óculos em
casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia ou para
mudar a cor dos olhos (hidrofílicas cosméticas). As LC hidrofílicas
cosméticas (gelatinosas pintadas) são também indicadas para albinos
e para pessoas que têm cicatriz aparente na córnea ou opacidade
total, em casos de ausência ou perda da íris.
As LC filtrantes
(coloridas, não pintadas)
podem ser utilizadas para
disfarçar cicatrizes corneanas e para diminuir a
sensibilidade à luz ou
somente para intensificar
a cor dos olhos.
Por indicação médica usam LC os portadores de anisometropia (grau
muito diferente entre um olho e outro); ceratocone (distrofia corneana em
que ocorre protrusão e afinamento progressivo do ápice da córnea), quando
os óculos não proporcionam boa visão; portadores de astigmatismo irregular,
conseqüente a doenças corneanas ou pós-cirurgias (transplante de córnea
ou cirurgia refrativa) e em outros casos especiais.
Várias doenças corneanas só podem ser curadas ou
controladas com o uso de LC hidrofílicas terapêuticas.
7
TIPOS DE LENTES DE CONTATO
Materiais
q
LC rígidas corneanas de PMMA (polimetilmetacrilato) – Pouco usadas nos dias atuais, foram
quase totalmente substituídas pelas LC rígidas gáspermeáveis.
q
LC rígidas gás-permeáveis (RGP) – Têm aspecto semelhante
àquelas de PMMA, mas contêm silicone e/ou
fluoropolímeros, que permitem a passagem do
oxigênio do filme lacrimal para a córnea e de gás
carbônico da córnea para o filme lacrimal. São muito
menos agressivas à córnea quando têm alto DK
(permeabilidade de oxigênio através do material dos
LCH), o que permite a passagem de bastante oxigênio
através do material. Podem ser indicadas para o uso
prolongado ou contínuo, mas necessitam de tantos cuidados quanto
as gelatinosas.
q
LC híbridas – combinam um centro RGP e a periferia gelatinosa;
indicadas para casos especiais.
q
LC gelatinosas ou hidrofílicas (LCH) – são
feitas, de modo geral, a partir do material plástico
poli-HEMA (polihidroxietilmetacrilato), hidrofílico,
o que as deixam macias, flexíveis e confortáveis.
Permitem a transmissão de oxigênio à córnea
através de seus poros, a quantidade de O2 que
alcança a córnea varia de acordo com a hidratação
e a espessura da LC.
8
Formas de Uso
q
• Uso diário (UD)
q
q
q
q
•
•
•
•
- uso da LC por um número limitado
de horas por dia;
Uso prolongado (UP) - uso da LC por um número ilimitado
de horas durante o período de vigília;
Uso contínuo (UC)
- uso da LC durante o sono;
Uso flexível (UF)
- uso prolongado da LC com eventual
uso contínuo;
Uso ocasional (UO) - uso eventual da LC (social ou
esportivo).
Descartabilidade
q
q
q
q
•
•
•
•
Descartável
Descartável
Troca freqüente
Troca planejada
-
de uso diário;
de uso semanal;
até 30 dias;
período maior que 30 dias.
Observações:
• LC de uso diário nunca deve ser usada para dormir, mas LC
de uso prolongado e as descartáveis podem ser usadas como
LC de uso diário.
• A capacidade de uma LC transportar o oxigênio do ar para a
córnea é que determina o número de horas que o usuário
pode ficar com ela. Esse tempo de uso não é igual para todos,
devido às diferenças individuais influenciadas, principalmente,
pela qualidade e quantidade do filme lacrimal e pelo modo
de pestanejar. Assim, uma LC indicada pelo fabricante para
uso contínuo pode permanecer uma semana no olho de uma
pessoa enquanto outro usuário será incapaz de dormir apenas
uma noite com o mesmo tipo de LC.
9
TEMPO DE USO
Tipo d e L ente
LR de PMMA
P er ío d o d e U s o
T em p o d e T r o c a
10 h
anos
LRGP de UD
15 h
24 meses
LRGP de UP
todo o tempo de vigília
12-18 meses
RGP de UC
até 7 dias
12 meses
LH de UD
10 h
12-18 meses
LCH de UP
todo o tempo de vigília
12 meses
LH de UC
até 7 dias
até 12 meses
L ente d e tr o c a pla neja d a UP ou UD. Descartar entre 1 a 3 meses, confor me o tipo.
L ente d es c a r tá vel descartar após uso contínuo de até 6 noites e 7 dias
14 dias se não usar para dor mir.
o u descartar em
L ente d es c a r tá vel d e 1 d ia : descartar diariamente
A tabela acima serve como orientação geral, eximindo os
casos de depósitos precoces, rupturas e outras alterações ligadas
ao manuseio.
“A avaliação do oftalmologista é que determina o período
de troca e o tempo que cada usuário pode permanecer com a
LC no olho.”
10
PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
q 3 LC de Uso Diário:
No início da adaptação, começar com 6 horas de uso, fazendo 2
horas de intervalo. Aumentar 1 hora por período a cada 3 dias, até
um total de 10 horas. Recomenda-se que as LC de UD não ultrapassem
a 12 horas de uso contínuo.
Se você necessita usar mais tempo do que o recomendado, depois
de 8 a 10 horas de uso contínuo, faça um intervalo de 2 horas, e
recoloque-as. Assim, os olhos terão contato livre com o oxigênio
atmosférico, necessário para seu metabolismo aeróbico que é o que
mantém a córnea transparente.
Dê preferência às LC com DK mais alto que permitam o uso
durante todo o tempo de vigília.
q 3 LC de Uso Ocasional:
As pessoas que usam apenas em finais de semana ou para
praticar esportes, não devem ultrapassar a 5 horas de uso, se a LC
for de uso diário. O ideal é não usar 3 horas a mais do que no dia
anterior.
q 3 LC de Uso Contínuo:
As pessoas que desejam fazer uso contínuo da LC podem
proceder de duas formas:
1) Usar o dia todo, retirando-as à noite. Depois de uma semana,
sem que tenha apresentado problemas, dormir com as LC e
retornar ao consultório para avaliação.
2) Permanecer com elas desde o primeiro dia, retornando ao
consultório no dia seguinte para controle.
O tempo de permanência das LC nos olhos será determinado
pelo oftalmologista. Regra geral é que devam ser removidas
pelo menos uma vez por semana para limpeza e desinfecção.
11
MANUTENÇÃO DAS LENTES DE
CONTATO
A maior parte das
complicações com as LC são
o resultado da falha do
usuário em seguir as
orientações de manutenção
e o período de troca.
A limpeza e o enxágüe
das LC devem ser feitos
diariamente, ao retirá-las dos
olhos.
Em portadores de pele oleosa, blefarites, alterações do filme
lacrimal ou em usuários que fazem um pestanejar incompleto, a
limpeza e o enxágüe, devem ser rigorosos. Em seguida, realiza-se a
desinfecção para eliminar as bactérias que restaram.
Por que limpar e desinfetar as LC?
1
2
Para conservar a qualidade
ótica e aumentar o tempo de
vida útil.
Para remover os depósitos lacrimais,
ambientais, cosméticos, eliminar os
microorganismos que contaminam as LC
e provocam complicações para os olhos.
12
q Limpeza da LC
Usar soluções limpadoras que contêm substâncias detergentes
indicadas para remover oleosidades, mucosidades e cosméticos. Essas
soluções não são efetivas para a remoção de proteínas. A tentativa de
removê-las, através do excesso de fricção, pode provocar ranhuras na
LC hidrofílica ou deformar a RGP. Por isso, a LC deve ser submetida ao
limpador enzimático, que age especificamente na remoção de
proteínas.
Enxágüe – Indicado para remover da superfície da LC os
depósitos soltos e a solução limpadora.
Desinfecção – Após a limpeza e o enxagüe, a LC deve ser
submetida à desinfecção, para eliminar os microorganismos
patogênicos.
Observação
Sempre que a LC hidrofílica for retirada do olho, é recomendável
submetê-la à limpeza e à desinfecção. Isso vale para todos os tipos,
inclusive para as descartáveis.
q Limpeza do estojo
Deve ser feita, pelo menos, uma vez por semana, com água
quente, sem sabão e escova tipo escova de dentes. Deixar secar no
ar. Se uma solução salina não preservada (solução de cloreto de
sódio 0,9% endovenoso) for usada, o estojo deverá ser esvaziado
após o uso e guardado seco, para diminuir a chance de contaminação.
Recomenda-se trocá-lo, pelo
menos, a cada 6-12 meses.
Nutrientes para o desenvolvimento de microrganismos podem se
acumular nos estojos, provenientes
dos dedos do usuário ou da própria
LC suja.
13
Tem-se demonstrado que, nos casos
de infecção ocular, o mesmo agente
infectante é freqüentemente encontrado
no estojo da LC e/ou sob a unha do
usuário. Estojo contaminado leva à
contaminação da LC e do olho.
q Higiene das mãos, olhos e anexos
As unhas devem ser aparadas e limpas. Recomenda-se lavar as
mãos com sabonete neutro, para
remover restos de nicotina, oleosidade
ou corpos estranhos dos dedos, que
podem danificar a LC. Devem ser
evitados sabonetes com creme
antisséptico, desodorante químico ou
fragrância pesada. Pequenas porções
dessas substâncias podem ser transferidas para o olho.
Importante: secar com toalha que não solte fiapos.
q Como limpar a LC hidrofílica?
1. Lavar as mãos com sabonete neutro e secar em toalha que não
solte fiapos;
2. Remover a LC do olho e colocá-la na palma da mão;
3. Pingar duas a três gotas de solução limpadora em cada
superfície, molhando-a completamente;
14
4. Friccionar suavemente com o indicador, por 20 segundos, cada
lado da LC;
5. Enxaguar com solução salina ou solução multi-uso, por 10 a
20 segundos;
6. Colocá-la no estojo limpo e, antes de fechá-lo, averiguar se a
LC não está sobre a borda;
7. Desinfetar a LC pelo método recomendado.
Observações
• Não friccionar a LC seca porque esta, ao ser removida do
olho, pode trazer consigo partículas que arranhem sua
superfície durante o procedimento da limpeza.
• O enxágüe abundante, após o uso da
solução limpadora, remove a sujeira e
uma grande parte dos microorganismos, evitando irritação ocular.
• As pessoas com dificuldade de manusear a LC podem utilizar,
para sua limpeza, dispositivo ultra-sônico ou de agitação
mecânica.
• Um sistema de solução multi-uso substitui a solução limpadora,
a solução salina e a solução desinfetante. Entretanto, é
importante lembrar que o uso diário de solução limpadora
remove melhor os depósitos.
Erro freqüente dos usuários é confundir limpeza com
desinfecção.
Limpeza e desinfecção são ações complementares.
Uma vez por semana limpar a LC através de agentes enzimáticos
em forma de comprimidos, ou diariamente em forma de solução.
15
Quais os sistemas enzimáticos
disponíveis no mercado?
q
q
q
q
• Sistema de enzima simples contendo PAPAÍNA
– uso semanal, em comprimidos.
Nome comercial: Hydrocare comp. (Allergan).
• Sistema de ação multienzimático contendo PANCREATINA
– uso semanal, em comprimidos.
Nomes comerciais: Polyzym (Alcon);
Opti-Free limpador enzimático (Alcon).
• SUBTILISINA A
– uso semanal, em comprimidos.
Nomes comerciais: Ultrazyme (Allergan);
FizziClean (Bausch & Lomb);
Remove (Allergan).
• PANCREATINA purificada
– uso diário, em solução.
Nome comercial: Opti-Free Supraclens (Alcon).
Quais os passos para efetuar a limpeza
enzimática semanal (em comprimidos)?
1. Lavar as mãos antes de mexer com a LC;
2. Preencher o recipiente específico até a linha demarcatória com
solução salina ou solução específica;
3. Colocar um comprimido de limpador enzimático no recipiente;
16
4. Remover a LC do olho e lavá-la com solução limpadora;
5. Colocar a LC no recipiente e agitar;
6. Manter a LC submersa durante 15 minutos se for de UP e 2 a
12 horas se for de UD;
7. Remover a LC, limpar novamente com solução surfactante ou
solução multi-uso e enxaguar bem;
8. Desinfetar;
9. Descartar o restante da solução enzimática, lavar o recipiente
e deixar secar no ar.
Observações
• Não usar água corrente ou água destilada para dissolver os
comprimidos.
• Usar somente solução enzimática fresca, preparada
imediatamente antes do uso, utilizando os recipientes
apropriados.
• As soluções enzimáticas não servem para estocar as LC. O
tempo de imersão deve ser respeitado.
• Algumas pessoas podem ser alérgicas a algum componente
do sistema.
• A LC nunca deve ser colocada diretamente da solução
enzimática no olho.
• Apesar do tratamento enzimático semanal, alguns usuários
continuam a apresentar LC com depósitos. Para esses, recomendase mudar para LC descartável, troca planejada, RGP.
• A limpeza enzimática pode ser dispensada em LC de troca
planejada freqüente.
17
Quais os passos para efetuar a limpeza
enzimática diária (em solução)?
A solução de SupraClens deve ser utilizada somente com a
solução Opti-Free Multi-Ação
Passos a serem seguidos:
1. Preencher os dois lados do estojo com Opti-Free MultiAção;
2. Remover dos olhos as LC e limpá-las com Opti-Free MultiAção ou Opti-Free Limpador Diário;
3. Enxaguar as LC com Opti-Free Multi-Ação e colocá-las no
estojo;
4. Adicionar uma gota de SupraClens em cada lado do estojo;
5. Fechar o estojo e agitar suavemente para promover uma
mistura homogênea;
6. Deixar as LC nessa solução durante toda a noite, ou no
mínimo, por 4 horas;
7. Enxaguar abundantemente com Opti-Free Multi-Ação para
remover qualquer resíduo antes de colocá-las nos olhos;
8. Descartar a solução após o uso.
Método de limpeza através do ultra-som
As pessoas que têm dificuldade de manusear as LC, podem
utilizar dispositivos ultra-sônicos ou de agitação mecânica para
limpá-las.
O ultra-som aumenta o poder de limpeza da solução enzimática.
Também pode ser utilizado na remoção de restos do limpador
enzimático ou outras substâncias, quando colocamos a lente imersa
em solução salina.
18
Como desinfetar as LC hidrofílicas (LCH)?
A LC DE BAIXO CONTEÚDO DE ÁGUA pode ser desinfetada
através de qualquer método:
• desinfecção térmica;
• soluções com preservativos químicos;
• peróxido de hidrogênio.
q
q
q
EM LC DE MÉDIO E ALTO CONTEÚDO DE ÁGUA (50% DE
H2O OU MAIS), USAM-SE:
• soluções com preservativos químicos;
• peróxido de hidrogênio a 3%.
q
q
Observações
• LCH de alto conteúdo de água não deve ser fervida.
• O processo de congelamento da LCH, recomendado por
alguns profissionais, não substitui o processo de desinfecção.
• A desinfecção da LC pela luz ultravioleta e através de microondas
é eficaz, porém, esses não são procedimentos de rotina.
Como realizar a desinfecção térmica?
A desinfecção térmica é conseguida através do aquecimento da
LC a 80oC ou mais, por um mínimo de 10 minutos. Procede-se da
seguinte forma:
1. Colocar a LC no estojo limpo, depois da limpeza e enxágüe;
2. Encher o estojo com solução salina isotônica, comercialmente
preparada;
3. Depositar o estojo em um asseptizador elétrico, que fica ligado
por 15 a 20 minutos;
19
4. Usar a LC, sem enxaguar, assim que esfriar.
Observações
• Se for necessário enxaguar a LC, usa-se solução salina
preservada.
• Se não houver asseptizador elétrico, a desinfecção térmica
pode ser feita, colocando-se o estojo, que contém a LC imersa
em solução salina isotônica, para ferver em banho-maria,
durante 15 a 20 minutos, dentro de um recipiente de vidro ou
cerâmica.
Como realizar a desinfecção química?
A desinfecção química é conseguida pela imersão da LC por 4 a
6 horas em soluções que contêm agentes antimicrobianos
(clorhexidina, thimerosal, dymed, polyquad e trischen
polyhexamethylene biguanide, peróxido de hidrogênio a 3%).
Como realizar a desinfecção com
peróxido de hidrogênio a 3%?
O peróxido de hidrogênio a 3% é um antimicrobiano de amplo
espectro. Em 10 minutos, as bactérias comuns são destruídas. É
recomendável, entretanto, um período mínimo de 40 minutos para a
erradicação de alguns fungos, que costumam contaminar a LC.
20
No Brasil, até o momento, há somente o sistema Oxysept
(Allergan), que utiliza o neutralizador catalítico em forma de pastilha,
adicionada diretamente ao peróxido de hidrogênio a 3%.
Sistema OXYSEPT em uma etapa
O sistema de desinfecção e neutralização pelo peróxido de
hidrogênio a 3%, em apenas um procedimento (OXYSEPT SIMPLES),
é uma opção para os usuários que apresentam dificuldades em seguir
procedimentos mais complexos.
Modo de usar:
1. Encher o estojo até a linha indicada com OXYSEPT Solução
Desinfetante;
2. Abrir as abas da cestinha encaixadas na tampa do estojo e
colocar a LC;
3. Adicionar um OXYSEPT Comprimido Neutralizador no estojo,
fechar e agitar levemente;
4. Deixar a LC nessa solução durante o mínimo de 2 horas ou a
noite toda;
5. Colocar a LC diretamente no olho, após o procedimento;
6. Lavar o estojo com água corrente, deixá-lo secar no ar e
guardá-lo fechado.
Observação
Nos EUA, existem vários sistemas de peróxido de hidrogênio a
3% para o cuidado das LC. Os neutralizantes mais utilizados são:
catalase, discos catalíticos de platina, piruvato de sódio e tiosulfato.
O usuário deve seguir rigorosamente as instruções específicas para
cada um.
21
q Quais os cuidados com LCH
descartável/troca planejada?
• Sempre que a LC for removida do olho, deve ser limpa e
desinfetada antes de ser recolocada. Usar soluções multi-uso
ou específicas.
• A limpeza enzimática pode ser dispensada em LC de troca
planejada freqüente.
• Se o usuário apresenta sensibilidade aos produtos químicos,
a LC pode ser enxaguada e conservada apenas com soro
fisiológico e guardada no refrigerador.
Observação
O refrigerador diminui a
proliferação dos microorganismos; porém, não
preserva contra a contaminação de fungos e
bactérias.
q Quais os cuidados com
a LCH cosmética?
Recomendam-se:
• solução limpadora diária;
• limpador enzimático semanal;
• solução química desinfetante, trocada diariamente.
22
Não se recomendam:
• solução limpadora abrasiva;
• desinfecção térmica.
q Quais os cuidados com LC usada de
forma contínua?
• Remover para limpeza e desinfecção, pelo menos uma vez
por semana e, com maior freqüência, à medida que for ficando
mais velha.
• Desinfetar com soluções químicas ou peróxido de
hidrogênio 3%.
Observação
LCH de alta hidratação não
deve ser fervida.
Quais os cuidados com LC usada de
forma ocasional?
• Conservar em soluções químicas.
• Trocar as soluções químicas uma vez por semana.
• Preferir soluções químicas com thimerosal, que protegem
melhor contra fungos.
• Evitar estocar em solução salina (soro fisiológico).
23
Lentes secas? Use gotas umidificantes!
A evaporação do filme lacrimal aumenta em clima seco, em
ambientes com ar condicionado, em usuários que piscam pouco ou
de forma incompleta (pessoas que trabalham com computador).
Com a evaporação do filme lacrimal a LC desidrata, provocando
desconforto palpebral; torna-se mais apertada, podendo alterar o grau
e diminuir a acuidade visual. A desidratação da LCH baixa a
transmissão de oxigênio, facilita a formação de depósitos na superfície,
provocando sensação de corpo estranho.
Para minimizar esse problema, aconselha-se pingar gotas
umidificantes ou soro fisiológico.
Gotas umidificantes devem ser pingadas também à noite e pela
manhã, se você dormir com LC; antes de removê-las, quando sentir
que estão um pouco secas ou grudadas nos olhos e durante viagens
de avião, especialmente se forem LCH.
Quais as finalidades de uso das
soluções fisiológicas?
•
•
•
•
Enxaguar a LC após limpeza e desinfecção.
Hidratar a LC dentro e fora do olho.
Utilizar para a desinfecção térmica.
Dissolver pastilhas enzimáticas.
Observações
• Soluções fisiológicas utilizadas para a manutenção podem apresentar-se contaminadas, provocando alteração na cor da LC.
• Soluções fisiológicas, com formulação fora das especificações
físico-químicas ideais, podem provocar alterações transitórias
nos parâmetros e no conteúdo de água da LC. Assim, em solução
24
hipotônica, a LCH absorve água e pode ficar distendida; em
solução hipertônica, a LCH perde água e encolhe.
• Solução fisiológica com pH fora do normal, faz a LC provocar
ardência ocular.
• Soluções salinas isotônicas não
preservadas
(soro
fisiológico
endovenoso) devem ser adquiridas
sempre em frascos pequenos, guardadas
em geladeira, pois a demora no consumo
propicia a proliferação de fungos e
bactérias.
• As soluções preservadas podem ser descartadas a cada 2 semanas.
Por que e como manter as LC rígidas
gás-permeáveis (RGP)?
As RGP podem apresentar os mesmos tipos de depósitos das
LCH, embora em menor quantidade. A formação de depósitos é
facilitada por alterações de umectabilidade da superfície, por áreas
hidrofóbicas ou por um tempo de rompimento do filme lacrimal
abaixo de 10 segundos. Os microorganismos aderem facilmente a
uma LC com depósitos, mas dificilmente a uma LC limpa.
q Rotina de manutenção das LC RGP:
1. Limpeza do estojo.
2. Lavar as mãos, evitando sabonetes com perfumes ou cremes.
3. Pingar duas gotas de solução limpadora em cada superfície
da LC e friccionar suavemente na palma da mão, com o
indicador, durante 20 segundos, mantendo a parte côncava
para cima.
25
4. Enxaguar completamente com solução salina ou solução
multi-uso.
5. Evitar a água de torneira.
6. Colocar a LC dentro da solução conservadora e desinfetante
por 6 horas ou durante toda a noite.
7. Enxaguar com solução salina ou solução multi-uso, antes de
colocá-la no olho.
8. Pingar gotas de solução umidificante na LC, antes de colocála no olho para aumentar o conforto.
9. Submeter à limpeza enzimática a cada 7 ou 14 dias.
Observações
• Limpar a LC sempre que for removida do olho e não no dia seguinte.
• A fricção sobre a LC deve ser suave. Pressão não é o fator
importante; tempo é o elemento chave nessa operação. Uma
forte pressão em LC RGP de alto DK pode provocar danos no
material e modificar os parâmetros. Recomendação especial,
nesse sentido, deve ser dada às pessoas que usavam LC de
PMMA e passaram para a RGP.
• A LC RGP não pode ser fervida.
• A RGP de alto DK, quando usada de forma contínua, deve
ser removida para limpeza e desinfecção, pelo menos uma
vez por semana.
• Os sistemas de cuidados para LC RGP costumam conter
propriedades desinfectantes e umidificantes numa única
solução.
• As soluções indicadas para a LC de PMMA são inadequadas
para a RGP; porém, a maioria dos limpadores surfactantes
usados em LCH é efetivo, inclusive, em RGP.
• As soluções desinfetantes e o peróxido de hidrogênio usados
para a desinfecção da LCH podem, também, ser usadas na RGP.
26
Por que não é recomendável
misturar as soluções dos diversos
sistemas de manutenção?
Porque pode ocorrer incompatibilidade química entre soluções
de marcas diferentes ou mesmo entre a solução e o polímero da LC.
Exemplos de incompatibilidade entre material da LC/solução:
• Hydrocare solução pode causar leve ceratite, quando usada
com LC de elastômero de silicone.
• LC RGP sofre alteração do polímero, quando em contato com
álcool, acetona, gasolina etc.
• LCH armazenada em solução surfactante, torna-se opaca ou
descolorida.
• Desinfetante químico, usado para ferver a LC, descolore e
altera o polímero.
• LCH de alto conteúdo de água pode tornar-se opaca,
descolorida e enrugada, quando submetida à desinfecção
térmica.
• Desinfecção térmica com solução salina, já usada, torna a LC
acinzentada.
Exemplo de incompatibilidade entre solução/solução:
• Soluções como clorhexidina não devem ser usadas com
limpadores enzimáticos que contêm papaína.
Para evitar incompatibilidade:
• Não misturar soluções de vários fabricantes.
• Pedir orientação ao médico quando desejar trocar o sistema
recomendado.
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PODE-SE PRATICAR NATAÇÃO
USANDO LC?
A preocupação está no risco de infecção bacteriana porque os
ambientes aquáticos estão, geralmente, contaminados. Apesar disso,
deve-se considerar que os nadadores, mergulhadores, esquiadores e
os surfistas necessitam de boa visão a distância para evitar acidentes
pessoais e melhorar sua performance.
Em lagos e oceanos, pode haver contaminação por produtos
químicos e até por água de
esgoto, principalmente após
enxurradas. Entretanto, alguns
estudos,
nesse
campo,
demonstram que a presença de
químicos ou micróbios na LCH,
após o uso pelos nadadores,
não é significativa.
Em água de piscina, proliferam staphylococcus, streptococcus,
pseudomonas aeruginosa e acanthamoeba, sendo que os dois últimos
são agentes causais das mais graves ceratites infecciosas associadas
ao uso de LC. Para diminuir a contaminação, coloca-se,
periodicamente, grande quantidade de cloro. O cloro, além de alterar
a cor da LCH, pode aderir ao seu polímero e provocar resposta alérgica.
Portanto, cabe ao usuário a decisão de correr o risco e a
responsabilidade sobre seus olhos e sua LC.
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Se você necessita nadar com LC,
recomenda-se:
• Levar óculos, no caso de perder a LC.
• Instilar água destilada, antes de nadar ou mergulhar, para
promover a aderência e diminuir as chances de perda.
• Usar óculos de proteção.
• Fechar os olhos debaixo d’água.
• Dar rápidas piscadas para remover a água dos olhos, ao invés
de esfregá-los.
• Esperar 20 minutos antes de remover a LC para permitir o
equilíbrio com as lágrimas, tornando-a, assim, mais frouxa e
prevenindo a alteração do epitélio corneano.
• Usar solução salina ou gotas umidificantes antes de remover
a LC para torná-la mais solta e auxiliar a eliminação de produtos
químicos e micróbios.
• Limpar e desinfetar cuidadosamente a LC após a natação.
• Ter dois pares de LC para que o par usado, durante a natação,
possa ser retirado, limpo, desinfetado e trocado, imediatamente.
• Descartar a LC após a natação, quando o risco de infecção
for maior.
• Remover a LC e procurar o oftalmologista imediatamente, se
houver dor, irritação ou visão turva.
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AIDS E LENTES DE CONTATO
O Centers for Disease Control-USA exclui a lágrima da sua lista
de fluidos do corpo classificados como potencialmente infecciosos,
pois a quantidade de vírus encontrada na lágrima de um paciente
com AIDS é muito pequena. Essa consideração é muito importante,
porque
libera
o
oftalmologista de usar
luvas durante o exame
oftalmológico rotineiro.
Entretanto, a lágrima é
considerada como fonte
de contaminação de HIV
quando está misturada
com sangue e, nesse caso, devem ser usadas luvas.
Tem sido demonstrado que a fricção da LC com limpador
surfactante, seguida de enxágüe, remove todas as partículas de HIV
de uma LC contaminada. A limpeza, enxágüe e desinfecção das LC
pelos métodos rotineiros, incluindo muitas soluções químicas
desinfetantes, destroem esse vírus e evitam a transmissão do HIV de
um paciente para o outro.
HIV está entre os vírus mais facilmente inativados. Não há casos
documentados de transmissão de HIV pela adaptação de LC. O risco
de um paciente transmitir HIV para o profissional, através da LC ou
da lágrima, parece não existir.
Para evitar contaminação:
• Usar sistema de desinfecção recomendado, compatível com
sua LC.
• Não compartilhar a LC, o estojo, ou soluções de manutenção
com outro usuário.
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COSMÉTICOS E LENTES DE CONTATO
Os cosméticos são uma grande fonte de depósito que, além de
formar um filme gorduroso sobre a LC, nublando a visão e reduzindo
o tempo de uso por desconforto, podem causar reações alérgicas.
Conhecendo os produtos que devem ser usados, bem como a forma
de aplicá-los, é uma maneira de evitar ou reduzir esses problemas.
Seleção da Marca
Você pode evitar reações alérgicas, usando cosméticos sem
perfume e procurando adquirir aqueles que conhecidamente sejam
“hipoalergênicos” ou “especiais para usuários de LC”. Entretanto,
mesmo essas formulações podem causar alergias em pessoas muito
sensíveis.
Recomenda-se adquirir cosméticos de firmas conceituadas, pois
estas, normalmente, têm mais condições de pesquisa e melhor controle
de qualidade.
Higiene da Maquilagem
Evite emprestar ou tomar emprestado pincéis para rímel (máscara para cílios) ou delineador. As escovas de rímel devem ser lavadas
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freqüentemente e, se possível, trocadas a cada três meses. Rímel
deve ser comprado com pincel, e não somente o refil. O rímel é uma
combinação de pigmentos de gordura, ceras e preservativos químicos,
geralmente numa base líquida, um ótimo meio para crescimento de
microrganismos.
De modo geral, os cosméticos estão livres de contaminação
quando são novos, mas os preservativos utilizados para retardar o
crescimento das bactérias perdem seu efeito com o tempo, que varia
de 1 até 36 meses, no máximo. Desta forma, com o uso, a
contaminação é rápida e o usuário dissemina microrganismos sobre
os seus cílios. É um risco em potencial, uma vez que eles poderão
invadir o olho à menor lesão da córnea, causando uma infecção.
Os cosméticos devem ser fechados logo após o uso e não devem
sofrer a ação do calor.
Modo de Aplicar
É aconselhável aplicar a maquilagem com as LC já no lugar.
Você poderá ver melhor o que está fazendo, é menor o risco de sujar
as LC e, se lacrimejar ao colocá-las, não vai estragar sua maquilagem.
Se você preferir colocar as LC depois da maquilagem, como é o caso
das míopes com mais de 40 anos, lave bem as mãos antes de tocálas. Cosméticos oleosos são difíceis de remover dos dedos e podem
sujar as LC.
Dê preferência a pó facial compacto. Se preferir o pó solto,
aplique com moderação e remova o excesso das pálpebras e cílios.
Evite sombras cintilantes, perolizadas, ou outras semelhantes à
purpurina. As partículas podem entrar nos olhos e ficar debaixo das
LC. Sombras compactas são melhores do que as líquidas, oleosas ou
cremosas, que são difíceis de remover das LC. É aconselhável que as
sombras sejam utilizadas em quantidade moderada, para que o excesso
não caia dentro dos olhos.
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O delineador deve ser aplicado por baixo da porção cutânea do
bordo palpebral, para evitar a obstrução das glândulas de meibômio
que pode resultar em blefarites, ordéolos e calásios. Para usuários de
LC, delineadores tipo lápis são melhores do que os líquidos ou
pastosos. Se preferir delineador líquido, tenha certeza de que é à
base de água; se escamar, troque-o. Não use saliva para lubrificar o
pincel ou o cosmético.
Evite rímel à prova d'água e os para alongar os cílios. Eles
costumam conter nylon e fibras de rayon, que são secas e podem
soltar-se e entrar no olho. As lágrimas levam as fibras intactas para
baixo da LC, o que pode causar lesão corneana. Rímel RESISTENTE
à água (não à prova d'água) é mais recomendável para usuário de
LC. Rímel solúvel em água é removido facilmente sem agentes
emulsificadores ao passo que, para
remover o rímel à prova d'água, é
necessário aplicar produtos oleosos.
Neste caso, mesmo que você enxágüe
os olhos, os restos desses produtos
podem permanecer nos bordos
palpebrais por 24 horas, podendo sujar
suas LC na próxima vez que as colocar. LC nubladas devido a
removedores de maquilagem é queixa freqüente.
Aplique o rímel levemente, distante da base dos cílios. Nunca use
objeto pontiagudo para separá-los (agulha, grampo de cabelo, etc.)
Retire suas LC antes de remover a maquilagem.
Ao aplicar creme nas pálpebras, evite sujar os cílios e, de
preferência, depois de 20 minutos, tire o excesso de creme com
lenço de papel. Ele pode penetrar nos olhos durante a noite, sujando
o filme lacrimal e provocando turvação de visão, além de ardência e
queimor.
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SALÃO DE BELEZA
Produtos em aerosol e outros que liberem vapor ou gás (spray para
cabelo, esmalte e removedor de
esmalte) devem ser utilizados antes
de colocar as LC. Se você estiver com
elas quando aplicar o spray,
permaneça com os olhos fechados
e, em seguida, deixe rapidamente o
local, pois o aerosol permanece no ar por algum tempo.
LC não devem ser usadas enquanto se estiver tingindo os
cabelos, usando loções permanentes para ondular ou
shampoos medicamentosos.
Atenção: Não use LC e não aplique cosméticos se seus olhos
estiverem vermelhos, inchados, ou infectados. Consulte seu
oftalmologista, se os sintomas persistirem.
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q RECOMENDAÇÕES ÚTEIS
3 Sempre lave as mãos antes de manusear as LC.
3 Sempre que for removida do olho, a LC deve ser limpa e
desinfetada, antes de ser novamente colocada.
3 Quando a LC estiver grudada no olho, pingue bastante soro
fisiológico, que ela soltará.
3 Não guarde a LCH seca.
3 Não guarde a LCH do lado avesso: ao ser colocada no olho,
pode ficar momentaneamente desconfortável.
3 Se a LCH dobrar e grudar, não force para abri-la. Deixe em
solução salina com algumas gotas de álcool.
3 Não use água de torneira, água filtrada ou mineral, para
enxaguar as LC.
3 Não use saliva para umedecer a LC, nem coloque a LC na boca.
3 Prefira solução salina preservada, especial para LC.
3 No caso de usar a solução não preservada (soro fisiológico),
prefira frascos pequenos para serem rapidamente descartados,
diminuindo a probabilidade de contaminação.
3 Em climas quentes, guarde o soro fisiológico na geladeira.
3 A LC dentro do soro fisiológico pode ser guardada na geladeira
ou no congelador.
3 O congelamento não subsitui o processo de desinfecção.
3 Extremo calor ou extremo frio podem alterar a composição
química das soluções de manutenção das LC.
3 Nunca reutilize soluções após o ciclo de limpeza e desinfecção.
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3 Verifique se as soluções estão dentro do prazo de validade.
3 Evite misturar as marcas dos produtos de manutenção.
3 Consulte o oftalmologista antes de trocar as soluções
recomendadas.
3 Sempre que a LC for removida do estojo, este deve ser
rigorosamente enxaguado com água quente e deixado
secar no ar.
3 Ao colocar a LC e sentir desconforto, verifique se não está do lado
avesso ou se não tem algum fiapo grudado nela. Observe, também,
se não há depósitos, cortes na superfície, borda rasgada. Caso a
LC não apresente nenhum defeito, limpe-a e recoloque-a. Se o
incômodo persistir, procure seu oftalmologista.
3 Recomenda-se o uso de colírios lubrificantes ou soro fisiológico
diretamente dentro do olho, enquanto a LC está sendo usada,
para aumentar o conforto.
3 Mesmo uma LC bem adaptada pode causar irritação ocular,
se você tiver sensibilidade aos produtos químicos utilizados
para a manutenção. Tais soluções contêm preservativos que,
em algumas pessoas, podem causar reação tóxica (que aparece
nos primeiros minutos ou horas do início do uso da LC), ou
reações alérgicas (após meses de uso da LC).
3 Habitue-se a testar sua visão e verificar seus olhos diariamente.
Se estiverem vermelhos e, principalmente, se a visão estiver
turva, não durma com as LC. Remova-as, limpe-as, e, se o
problema persistir, procure seu oftalmologista.
3 Olhos vermelhos e dor são sinais de perigo. Remova a LC e
procure o oftalmologista. Não pingue colírio anestésico.
3 Quando fumantes, os usuários de LC têm 3 vezes maior risco
de infecção corneana.
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3 Portadores de diabetes ou glaucoma não devem dormir com
as LC.
3 A gravidez pode alterar o uso confortável da LC.
3 Paciente em estado de inconsciência deve ter suas LC
removidas.
3 A anatomia do olho não permite que a LC se desloque para
trás dele, mas pode permanecer escondida sob as pálpebras.
Se você não consegue removê-la, deve procurar o especialista.
3 Se o usuário dorme com as LC, deve consultar o oftalmologista
a cada 6 meses; caso contrário, pelo menos uma vez ao ano.
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Outras Anotações
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