PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM GUANAMBI-BA Geisa Cristina Ramos Pereira Fernandes 1, Jefferson Ribeiro Pereira1,Laiz Matos Lacerda1, Tarcísio Viana Cardoso2 1 Graduandos do curso de Biomedicina. Faculdade Guanambi – FG. Guanambi – BA.Email:[email protected] ² Fisioterapeuta. Mestrando em saúde coletiva. Especialização em saúde coletiva e docência do ensino superior. RESUMO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que tem como agente etiológico o Mycobacterium tuberculosis, e pode acometer vários órgãos do corpo. É uma patologia que vem há muito tempo assolando a humanidade, intensificando o número de casos na década de 80, com o surgimento do HIV - vírus da imunodeficiência humana. É transmitida de pessoa para pessoa, através da inalação de gotículas contendo os bacilos que são eliminados por uma pessoa doente, por isso, quanto mais cedo for o diagnóstico melhor será o controle. Para melhor compreensão deste tema, desenvolveu-se pesquisas de campo com coleta de dados, envolvendo todos os indivíduos que tiveram tuberculose no período avaliado, os dados foram obtidos pelos prontuários médicos dos pacientes que tiveram confirmação para o diagnóstico da TB, no Centro de Saúde Dep. Gercino Coelho . Fizeram parte dessa pesquisa, de forma indireta, todos os casos notificados e confirmados da doença, no período avaliado. Objetivouse com a pesquisa verificar o perfil epidemiológico de tuberculose em Guanambi-BA. Os resultados obtidos com a pesquisa mostram que a TB em Guanambi está controlada sendo que de 2010 para 2011 foi reduzido o número de casos. Esse número se manteve até o final de 2013. O maior número de casos foi detectado no sexo masculino, porém, o total de cura foi de 100 %. Mas, mesmo estando à patologia em estudo controlada, ainda são necessárias ações de saúde pública para que possa minimizar os casos de TB na cidade. Palavras-chave: Coinfecção HIV-TB. Diagnóstico. Micobacterium tuberculosis. ABSTRACT: Tuberculosis (TB) is an infectious disease whose etiologic agent Mycobacterium tuberculosis, and can affect many organs of the body. It is a condition that has long plaguing humanity by increasing the number of cases in the 80s, with the emergence of HIV - the human immunodeficiency virus. It is transmitted from person to person through inhalation of droplets containing bacilli that are eliminated by a sick person, so the sooner it is diagnosed the better the control. To better understand this issue, we developed field research with datum collection, involving all individuals who had tuberculosis during the study period, datum were obtained by the medical records of patients who had confirmation for the diagnosis of TB, the Health Centre Rep. Gercino Coelho. Were part of this research, indirectly, all reported and confirmed cases in the study period. The objective of the research verify the epidemiology of tuberculosis in Guanambi-BA. The results of the research show that TB in Guanambi is controlled and that from 2010 to 2011 was reduced the number of cases. This number was maintained until the end of 2013. The largest number of cases was detected in men, however, the total cure rate was 100%. But even if the pathology controlled study, public health actions are still needed so as to minimize TB cases in the city. Keywords: HIV-TB coinfection. Diagnosis . Mycobacterium tubercuses. 2 INTRODUÇÃO A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. É transmitida por via aérea em praticamente todos os casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de partículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). Os doentes bacilíferos são as principais fontes de infecção. Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo a cultura, são muito menos eficientes, como fontes de transmissão. Na maioria dos casos apresenta sintomas como: tosse persistente, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento (BRASIL,2011). O Mycobacterium tuberculosis constitui o gênero de bacilos não formadores de esporos, imóveis, medindo 0,2 a 0,6μm x 1-10μm. A parede celular é rica em lipídios, tornando a superfície hidrófoba e resistente à maioria dos desinfetantes, assim como as colorações laboratoriais comuns como o Gram e o Giemsa. Uma vez corados, os bacilos são refratários à descoloração com soluções ácidas, daí o nome BAAR - bacilos álcool ácidoresistentes (MENEZES, 2006). A intensificação dos casos de tuberculose ocorreu coincidentemente com surgimento da AIDS no início dos anos 80, juntamente com os fatores de pauperização, desordem social e ausência de investimentos em programas eficazes no controle da doença (SOUZA, 2006). A ocorrência da tuberculose pode ser influenciada ainda pelos seguintes fatores, tais como tempo de exposição ao bacilo, idade, estado imunológico e nutricional, doenças intercorrentes e condições socioeconômicas (MENEZES, 2002). Dentre os 22 países responsáveis por 80% dos casos de tuberculose registrados no mundo, o Brasil ocupa o 19º lugar em número de casos. Em dados mais explícitos, apenas no ano de 2010 foram notificados aproximadamente 71 mil casos, dos quais 4,8 mil faleceram, constituindo-se na terceira causa de morte por doenças infecciosas e a primeira entre os pacientes com AIDS (BRASIL,2011). A baciloscopia e a cultura de escarro são dois exames reconhecidos como padrão ouro para o diagnóstico da TB. No entanto, na cultura, o crescimento do Mycobacterium tuberculosis ocorre mais lentamente podendo levar até oito semanas, ou até crescer de forma 3 inadequada em alguns casos, por isso o diagnóstico de uma forma geral baseia se em achados clínicos, anamnese do paciente e exames radiográficos (LIMA et al., 2011;LEMOS, 2008). O Ministério da Saúde, através do SUS – Sistema Único de Saúde é o responsável pelo tratamento da TB. As medicações não são acessíveis por meio da compra e venda por qualquer pessoa; apenas os órgãos públicos de saúde são quem disponibilizam gratuitamente para a pessoa infectada. Objetivou se com o presente trabalho identificar o perfil epidemiológico da tuberculose em Guanambi-Ba. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, com corte transversal. Pesquisa realizada na cidade de Guanambi, situada no sudoeste baiano, compreendendo uma área territorial de 1.296,654 km2, com população de 78.833 habitantes, (IBGE, 2010). Os dados foram obtidos pelos prontuários médicos dos pacientes que tiveram confirmação para o diagnóstico da TB, no Centro de Saúde Dep. Gercino Coelho, situado à Avenida Barão do Rio Branco, centro, Guanambi-Ba. Fizeram parte dessa pesquisa, de forma indireta, todos os casos notificados e confirmados da doença, no período avaliado (20102013). A incursão aos prontuários objetivou coletar os seguintes dados: idade, coinfecção HIV-TB, bairros em que moravam, forma como foram diagnosticados, numero de curados, numero por sexo e etnia, para assim poder avaliar o perfil dos que apresentaram TB no período estudado. Os dados foram processados utilizando-se o programa Excel 2007 da Microsoft®, versão for Windows 7, no qual foram feitas as análises estatísticas descritivas. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo os dados obtidos com a pesquisa no período avaliado (2010 a 2013),foram confirmados no total 26 casos. No entanto, nota-se uma regressão e estabilidade no número de casos, conforme demonstrado na tabela 1. Verifica-se que em 2010 foram diagnosticados um total de 08 casos. Houve uma regressão para 06 casos em 2011, número esse que se manteve estável até o ano 2013. 4 Nem todas as pessoas que entram em contato com o bacilo da TB irá se infectar e nem todos os infectados desenvolverá a doença, (Ministério da Saúde & Secretaria de Vigilância e Saúde 2010). De uma forma geral os casos de tuberculose vêm diminuindo. A taxa de declineo entre 2010 e 2011 foi de 2,2%. A taxa de mortalidade diminuiu 41% desde 1990, e no mundo está a caminho de atingir a meta global de redução de 50 % até 2015. As taxas de incidência e mortalidade estão caindo em todas as regiões, e principalmente entre os 22 países que concentram 80% da carga mundial da doença (WHO, 2012). Em 1999 foi lançado pelo ministério da saúde o PNCT - Programa Nacional de Controle da Tuberculose, com o objetivo de tornar a TB prioridade entre as políticas governamentais de saúde, estabelecendo diretrizes para as ações e fixando metas para o alcance de seus objetivos (SILVA, 2004). O PNCT prioriza a descentralização das ações do controle da estudada patologia para atenção primária á saúde (APS); o Tratamento Diretamente Observado (TDO); o fortalecimento do controle social; o combate à coinfecção TB/HIV e à TB multidrogarresistente (BRASIL, 2011). O tratamento supervisionado é realizado pela administração direta da medicação por um profissional da saúde , que entrega, observa e registra e ingestão de cada dose do medicamento (PEREIRA,2010). Observa-se também que o maior número de casos foi no sexo masculino (2010-2013) totalizando 16 casos, ficando 10 casos representados pelo sexo feminino, em todo o período avaliado. Observa-se ainda na tabela 1 o status sorológico do HIV. Dentre os registros confirmados, 2 casos foram do sexo masculino e 1 do sexo feminino. Segundo Guimarães et Al.(2012), “o HIV não só tem contribuído para o crescente número de casos de tuberculose como também tem sido um dos principais responsáveis pelo aumento de mortalidade entre os pacientes coinfectados”. No entanto, na cidade de Guanambi, mesmo com um percentual considerável de casos de HIV-TB, não houveram casos graves que culminassem em morte, como demonstra a tabela 1, onde dos 26 casos confirmados no período de 2010 a 2013 todos obtiveram cura, totalizando 100% e a taxa de mortalidade por TB foi nula. No âmbito nacional em 2010, entre os casos novos de TB notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação, cerca de 10% apresentavam coinfecção TB/HIV (BRASIL, 2012). A TB e HIV/SIDA são intimamente ligados: a TB é a principal doença oportunista entre pessoas HIV positiva, enquanto o HIV é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento da TB. Hoje grande parte dos estudos se concentra em problemas associados 5 ao diagnóstico das duas doenças, incluindo o medo e o estigma do teste do HIV por pacientes com TB (DAFTARY, 2012). Estima-se que, no mundo, 9% dos pacientes com diagnóstico de tuberculose estejam infectados pelo HIV e que o número de coinfectados atinja globalmente seis milhões de pessoas (POST, 2008). Os indivíduos coinfectados pelo vírus HIV apresentam uma taxa de mortalidade de 2,4 a 19 vezes a mais que os que não apresentam a coinfecção, assim sendo a cada quatro mortes por TB uma é relacionada à presença do vírus (CARVALHO et al.,2006). Além disso, para essas pessoas o risco de desenvolver a TB ativa é de 10% ao ano enquanto que indivíduos que apresente sorologia negativa a chance é de 10% ao longo da vida (JAMAL, 2007). O método de diagnostico utilizado para tais pacientes foi a baciloscopia do escarro, tanto para os HIV-TB quanto para os pacientes positivos apenas para TB. Diante disso podese dizer que todos os casos eram bacilíferos. Ainda demonstrado na tabela 1, em Guanambi não houve nenhum abandono ao tratamento, mas no Brasil, como um todo, o abandono ao tratamento, acaba sendo um grande problema. Podendo ser o abandono ao tratamento considerado como uma das principais causas de não conseguir controle eficaz da doença. Esse abandono muitas das vezes se dá por conta dos efeitos colaterais do medicamento, a aparência de melhora nos primeiros meses, por ser um tratamento longo e a não aceitação da doença pelo infectado, pois infelizmente ainda se tem preconceito. A TB é ainda uma doença que vem de muito tempo deixando seu marco nos diferentes momentos da história. (SOUZA et al.,2010). O paciente que abandona o tratamento acaba se tornando uma importante fonte de transmissão do bacilo, prolongando o poder de infecção, causando danos individuais, e à saúde pública, pois pode levar a um aumento dos índices de multirresistência às drogas (NEVES et al.,2010). 6 Tabela1- Numero de casos de Tuberculose do sexo feminino (F) registrados no 1º centro por anos de 2010 a 2013. Ano 2010 2011 2012 Sexo M F M F M F Quantidade 4 4 4 2 3 3 HIV/ TB 1 1 1 Diagnóstico Baciloscopia de escarro 8 6 6 Cura 4 4 4 2 3 3 e masculino (M) 2013 M F 5 1 6 5 1 Total M F 16 10 2 1 26 16 10 Fonte: Dados da Pesquisa obtidos no Centro de Saúde Deputado Gercino Coelho Na tabela 2, referente ao município estudado, pode-se observar que o local que apresenta maior número de casos foi o Bairro Alto Caiçara, bairro esse considerado carente, com condições precárias, o que acaba facilitando o desenvolvimento e proliferação da estudada patologia, haja vista a má condição de vida favorecer a sua evolução, o que corrobora com Vendramini (2007) que em seu artigo expressa que a relação entre pobreza e tuberculose está muito bem documentada, assim como os riscos relacionados a indicadores de status socioeconômico, como aglomerados, pobreza e desemprego, sem que se encontre uma saída efetiva. Tabela 02- Total de infectados por bairro Local /Ano Santo André Zona Rural Morrinhos Belo Horizonte Alto Caiçara São Francisco Centro BNH Mutans Monte Pascoal Ipiranga Santa Luzia Beija-Flor Brasília 2010 2 2 1 1 2 - 2011 1 1 1 1 1 1 - 2012 1 1 1 1 2 - 2013 1 1 1 1 1 1 Total 2 3 3 1 4 1 3 1 1 2 2 1 1 1 Total 8 6 6 6 26 Fonte: Dados da Pesquisa obtidos no Centro de Saúde Deputado Gercino Coelho Houve um maior percentual de casos em indivíduos de 45 a 59 anos representando nove casos, o que corresponde a 35 %; vindo em segundo lugar de 30 a 40 anos com sete casos totalizando 27 %. Diante disso pode se dizer que a maioria dos casos atingiu a 7 população de meia idade, sendo que nas pessoas idosas teve um percentual menor. Dos 15 aos 29 tiveram 04 casos (15%), dos 60 aos 74 anos houve 03 casos (11,5%) e dos 75 aos 90 também tiveram 03 casos (11,5%). A pesquisa mostra uma elevação nos números de casos em indivíduos de 45 a 59 anos, o que contradiz a pesquisa realizada por Menezes (2002), onde o mesmo demonstra que a tuberculose pulmonar acomete as populações mais jovens, fazendo inferência aos fatores como: o clima, tempo de exposição ao bacilo, idade, estado imunológico e nutricional, doenças intercorrentes e condições socioeconômicas. Apenas no tocante aos fatores de doenças intercorrentes e principalmente as condições socioeconômicas é que o presente estudo se correlaciona com o demonstrado por Menezes em sua pesquisa. Segundo Oliveira, seguindo a tendência mundial de envelhecimento da população, a incidência de TB no Brasil começa a se deslocar para pessoas idosas. Nesse sentido, vem também, contrariar a afirmação de Menezes. (OLIVEIRA et al., 2011). Tabela 3- Infectados por faixa etária de 2010 a 2013 em Guanambi. Quantidade em Faixa etária números Quantidade em % 15 a 29 4 casos 15% 30 a 44 7 casos 27% 45 a 59 9 casos 35% 60 a 74 3 casos 11,5 75 a 90 3 casos 11,5 Total 26 100% Fonte: Dados da Pesquisa obtidos no Centro de Saúde Deputado Gercino Coelho Observa-se que em 2010 houve uma prevalência superior aos demais anos avaliados. Esses decréscimos em número de casos nos anos seguintes ocorreram, provavelmente, devido às medidas de prevenção e controle de ambas as partes tanto do profissional quanto do paciente, o que demonstra que Guanambi não se encaixa em uma situação de risco, isso de acordo os dados obtidos no período estudado. Para melhorar a promoção á saúde, foi criado o ESF (Estratégia da Saúde da Família) onde trabalha com a promoção e proteção a saúde, que busca, diferente dos hospitais, que visam a cura e não a proteção. Sugere que essa estratégia de proteção tenha contribuído para a 8 regressão nos números de casos da TB e consequentemente para a melhoria nas ações de saúde pública. O município estudado, não é uma região rica, porém não é uma região considerada de grande concentração de risco; existem bairros em que as baixas condições de vida são explicita, mais em sua maioria, aponta-se mais em direção de cerceamento político e de desigualdade socioeconômico e cultural, do que é de fato, “miséria”. Tabela 04- Prevalência de TB por ano Ano 2010 2011 2012 2013 Prevalência 0,01015 0,00756 0,00751 0,00709 População 78.833 79.393 79.936 84.645 Fonte: Dados da Pesquisa obtidos no Centro de Saúde Deputado Gercino Coelho e dados do IBGE. Houve maior número de casos em indivíduos da raça parda totalizando 23 dos 26 casos confirmados, o que corresponde a 88,5 %. Já na raça negra foram confirmados apenas 3 casos, o que corrobora com um estudo feito por Santo Neto (2012) onde a maioria dos casos também ocorreu em pessoas da raça parda. CONCLUSÃO Observa-se que o número de casos foi maior em indivíduos do sexo masculino o que não justifica ser este um fator de risco. O maior número de casos foi no bairro Alto Caiçara. Apesar de os números de casos de tuberculose estarem de estabilizados nos últimos três anos, faz-se necessário ações de saúde pública que visem minimizar ainda mais esses números, tendo em vista a facilidade de transmissão da mesma. Trata-se de uma doença antiga, mas que ainda vem assolando a população de um modo geral, de tal maneira que deve sempre existir a busca por ações de saúde que visem o controle da mesma, pois trata-se de uma doença altamente transmissível. Em relação ao tratamento pode-se dizer que vem sendo eficaz tendo em vista que todos os casos confirmados foram tratados e curados e que houve uma fidelidade por parte dos pacientes ao não abandonarem o tratamento, o que justifica o fato. É conveniente considerar que esse estudo poderá fornecer subsídios para propiciar estratégias de saúde pública mais efetivas para a população estudada e produzir material de 9 estudo sobre o tema, tornando-se uma fonte para futuros estudos acadêmicos uma vez que o mesmo é de suma importância para a saúde e consequentemente melhorando a qualidade de vida para que todos usufruam. REFERENCIAS 10 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Brasil. Secretaria de vigilância em saúde. Ministério da saúde. Boletim Epidemiológico – Especial Tuberculose, 2012. 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