José de Anchieta - Livros Digitais

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Quinhentismo
Introdução
Marco Inicial
Inicia-se em 1500, dai a denominação;
O Quinhentismo corresponde ao período literário que
abrange todas as manifestações literárias produzidas
no Brasil à época de seu descobrimento pelos
portugueses, durante o século XVI.
Obra inauguradora: Não houve livro, e claro, para
inaugurar o Quinhentismo. Toma-se como marco do
movimento a carta de achamento do Brasil,
popularmente conhecida como Carta de Pero Vaz de
Caminha.
Sumário
História do Descobrimento do Brasil
Literatura Informativa
___________Pag.1
_______________________Pag.4
Literatura Catequética ________________________Pag.5
Literatura Classicista
_______________________Pag.6
José de Anchieta (Vida) ______________________Pag.8
José de Anchieta (Obra) _______________________Pag.9
História do Descobrimento do Brasil
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas
portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira
vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e
chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi
celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na
incerteza se a terra descoberta tratava-se de um
continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha
de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras
expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente
de um continente, e novamente o nome foi alterado. A
nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz.
Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no
ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome
que conhecemos hoje Brasil.
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A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes
navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o
oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da
descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo,
navegando pela Espanha, chegou a América, fato que
ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato
de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de
evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha
assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo
com este acordo, Portugal ficou com as terras recém
descobertas que estavam a leste da linha imaginária (370
léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a
Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal
continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as
especiarias que os portugueses encontravam lá eram de
grande valia para sua comercialização na Europa. As
especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela,
noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc.
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Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal
realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando
da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta
vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi
utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos
portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e
chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e
carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada
por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa
começou a interessar-se pela colonização da nova terra.
Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses
em perderem as novas terras para invasores que haviam
ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por
exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e
piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal
de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das
formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os
portugueses começaram a fazer experiências com o plantio
da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta
mercadoria na Europa.
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Literatura Informativa
A literatura informativa, também conhecida como literatura
dos viajantes ou literatura dos cronistas, consiste em
relatórios, documentos e cartas que empenham-se em
levantar a fauna, flora e habitantes da nova terra, com o
objetivo principal de encontrar riquezas, daí o fato de ser
uma literatura meramente descritiva e de pouco valor
literário. A exaltação da terra exótica e exuberante seria
sua principal característica, marcada pelos adjetivos, quase
sempre empregados no superlativo. Esse ufanismo e
exaltação do Brasil seria a principal semente do sentimento
nativista, que ganharia força no século XVII, durante as
primeiras manifestações contra a Metrópole Com o
crescente interesse dos europeus pelas terras recémdescobertas, expedições formadas por comerciantes e
militares eram organizadas no intuito de descrever e
noticiar a respeito das novas terras. Entre estes, estaria
Pero Vaz de Caminha, escrivão que acompanhou a armada
de Pedro Álvares Cabral, em 1500. Sua Carta a El-Rei Dom
Manuel sobre o descobrimento do Brasil é um dos
exemplos mais importantes da literatura Informativa, de
inestimável valor histórico.
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É possível notar claramente o duplo objetivo do texto
contido na Carta de Caminha, isto é, a conquista dos bens
materiais e a propagação da fé cristã. como demonstram
os seguintes trechos:
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou
outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a
terra em si é de muito bons ares [...] Contudo, o melhor
fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta
gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa
Alteza em ela deve lançar.
– Carta a El-Rei D. Manuel
Literatura Catequética
Foi consequência da contrarreforma. A principal
preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese,
objetivo que determinou toda a sua produção literária,
tanto na poesia como no teatro. Além da poesia de
devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter
pedagógico, baseado também em trechos bíblicos, e as
cartas que informavam aos superiores na Europa o
andamento dos trabalhos na Colônia.
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José de Anchieta se propôs ao estudo da língua tupiguarani e é considerado o precursor do teatro no Brasil.
Sua obra já apresenta traços barrocos.
Literatura classicista
Em Portugal, o quinhentismo (classicismo) teve início em
1527 , quando do retorno do poeta Sá de Miranda da Itália,
onde viveu vários anos para estudos. Na bagagem, trazia
novas técnicas versificatórias, o "dolce stil nuovo" ("doce
estilo novo"). Além de introduzir no país o verso
decassílabo (medida nova) em oposição à redondilha
medieval (5 ou 7 sílabas), que passou a ser chamada de
medida velha, trouxe uma nova conceituação artística.
Devemos entender, portanto, que Sá de Miranda não
trouxe para Portugal apenas um verso de medida diferente,
mas um gosto poético mais refinado.
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Juntamente com o decassílabo, passaram a ser cultivadas
novas formas fixas de poesia, como o soneto (dois
quartetos e tercetos, com metrificação em decassílabos e
rimas em esquemas rigorosos), a ode (poesia de
exaltação), a écloga (que tematiza o amor pastoril), a
elegia (revelação de sentimentos tristes) , a epístola (carta
em versos). É preciso lembrar que a substituição do verso
redondilha (medida velha), característico da Idade Média,
pelo decassílabo (medida nova) não se deu de forma
imediata, pois ambas as medidas conviveram em grande
parte do século XV.
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José de Anchieta
(Vida)
São José de Anchieta SJ (San Cristóbal de La Laguna, 19 de
março de 1534 — Reritiba, 9 de junho de 1597) foi um
padre jesuíta espanhol, santo da Igreja Católica e um dos
fundadores da cidade brasileira de São Paulo. Beatificado
em 1980 pelo papa João Paulo II e canonizado em 2014
pelo papa Francisco, é conhecido como o Apóstolo do
Brasil, por ter sido um dos pioneiros na introdução do
cristianismo no país. Em abril de 2015 foi declarado
copadroeiro do Brasil na 53ª Assembleia Geral da CNBB.
Foi o primeiro dramaturgo, o primeiro gramático e o
primeiro poeta nascido nas Ilhas Canárias. Foi o autor da
primeira gramática da língua tupi, e um dos primeiros
autores da literatura brasileira, para a qual compôs
inúmeras peças teatrais e poemas de teor religioso e uma
epopeia. É o patrono da cadeira de número um da
Academia Brasileira de Música.
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José de Anchieta
(Obra)
Segundo a "Brasiliana da Biblioteca Nacional" (2001), "o
Apóstolo do Brasil", fundador de cidades e missionário
incomparável, foi gramático, poeta, teatrólogo e
historiador. O apostolado não impediu Anchieta de cultivar
as letras, compondo seus textos em quatro línguas português, castelhano, latim e tupi, tanto em prosa como
em verso.
Duas das suas principais obras foram publicadas ainda
durante a sua vida:
"De gestis Mendi de Saa" ("Os feitos de Mem de Sá")
impressa em Coimbra em 1563, retrata a luta dos
portugueses, chefiados pelo governador-geral Mem de Sá,
para expulsar os franceses da baía da Guanabara onde
Nicolas Durand de Villegagnon fundara a França Antártica.
Esta epopeia renascentista, escrita em latim e anterior à
edição de "Os Lusíadas", de Luís de Camões, é o primeiro
poema épico da América, tornando-se, assim, o primeiro
poema brasileiro impresso, e, ao mesmo tempo, a primeira
obra de Anchieta publicada.
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"Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do
Brasil", impressa em Coimbra em 1595 por Antonio de
Mariz. É a primeira gramática contendo os fundamentos da
língua tupi. Apresenta folha de rosto com o emblema da
Companhia de Jesus. Desta edição, conhecem-se apenas
sete exemplares, dois dos quais encontram-se na
Biblioteca Nacional do Brasil: o primeiro pertenceu ao
imperador dom Pedro II (1840-1889) e o outro é oriundo da
coleção de José Carlos Rodrigues. Constituindo-se na sua
segunda obra publicada, é, ainda, a segunda obra dedicada
a línguas indígenas, uma vez que, em 1571, já surgira, no
México, a "Arte de la lengua mexicana y castellana" de frei
Alonso de Molina. O movimento de catequese influenciou
seu teatro e sua poesia, resultando na melhor produção
literária do quinhentismo brasileiro. Entre suas
contribuições culturais, podemos citar as poesias em verso
medieval (sobretudo o poema De Beata Virgine Dei Matre
Maria, mais conhecido como Poema à Virgem, com 5786
versos), os autos que misturavam características religiosas
e indígenas, a primeira gramática da língua tupi (A Cartilha
dos nativos).
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Foi o autor de uma espécie de certidão de nascimento do
Rio de Janeiro, quando redigiu sua carta de 9 de Julho de
1565 ao Padre Diogo Mirão, dando conta dos
acontecimentos ocorridos ali "no último dia de Fevereiro ou
no primeiro dia de Março" do ano. Nela se encontram os
seguintes trechos: "...logo no dia seguinte, que foi o último
de Fevereiro ou primeiro de Março, começaram a roçar em
terra com grande fervor e cortar madeira para cerca, sem
querer saber nem dos tamoios nem dos franceses." E: "...
de São Sebastião, para ser favorecida do Senhor, e
merecimentos do glorioso mártir." A sua vasta obra só foi
totalmente publicada no Brasil na segunda metade do
século XX.
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Autores
Hércules Tourinho de Sant'Ana
Elisson Henrique
Carlos
Websites
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quinhentismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Anchieta
Fonte: Wikipedia
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