estresse ocupacional na equipe de enfermagem descrito por área

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ESTRESSE OCUPACIONAL NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DESCRITO POR
ÁREA DE ATUAÇÃO: ESTUDO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Larissa Cristina Jacovenco Rosa da Silva1;
Léia Regina de Souza Alcântara2;
Juice Ishie Macedo3;
Luiz Fabiano Zanatta4;
RESUMO
A equipe de enfermagem está em constante convívio com a dor, morte, sofrimento, desespero,
irritabilidade, incompreensão e demais sentimentos que envolvem processo da doença. Essas
vivências podem refletir na profissão gerando um estresse ocupacional no profissional
envolvido. O objetivo do estudo foi analisar e identificar através das revisões bibliográficas
pesquisadas em estudos epidemiológicos os elementos estressores e realizar uma sucinta
comparação do grau de estresse entre as diferentes áreas de atuação da equipe de enfermagem
encontradas. Trata-se de um estudo de revisão de literária, onde se insere o descritor estresse
ocupacional por área de atuação profissional da equipe de enfermagem. Esta pesquisa
abrangeu 14 artigos indexados e publicados desde o ano de 2000, todos escritos em português
e relacionado com o tema em discussão. Realizou-se uma síntese dos dados obtidos, que
foram descritos em forma quadro de relevância sobre os descritores. A partir deste
levantamento averiguo-se que os profissionais de enfermagem que atuam na área de saúde
pública e saúde mental não apresentam estresse em nível elevado quando comparado com as
demais áreas profissionais estudadas. O estudo possibilitou ainda, verificar que o estresse
esteve presente em todas as áreas onde há à atuação da enfermagem. Foi constatado ainda que
o fator gerador de estresse mais citado é a sobrecarga de trabalho desses profissionais.
PALAVRAS CHAVE: Estresse ocupacional, equipe de enfermagem, pesquisa em
enfermagem
INTRODUÇÃO
Atualmente a palavra estresse faz parte do senso comum, pois, em geral as
pessoas se auto-definem como estressadas quando questionadas sobre seus afazeres diários.
Porém sob a perspectiva científica, o estresse vai além das qualificações isoladas e das
queixas individuais. Pesquisadores de diversas áreas se interessaram em estudar e conceituar o
1
Autora principal, Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus
Luiz Meneghel. UENP-CLM. Bandeirantes-PR. e-mail: [email protected]
2
Enfermeira.Coren/PR 00900968. Especialista, Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do
Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel. UENP-CLM. Bandeirantes-PR. E-mail: [email protected]
3
Enfermeira – Coren/PR 37707. Mestre em Biotecnologia Médica (UNESP-Botucatu/SP. Doutoranda do PPG
da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Bolsista da Fundação
Araucária/PR. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Norte do Paraná – Campus Luiz
Meneghel/Bandeirantes – PR. Email: [email protected]
4
Docente do Curso de da Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel. UENP-CLM.
Bandeirantes-PR. e-mail: [email protected]
estresse, sendo que, em 1956, Hans Selye divulgou a chamada Síndrome Geral da Adaptação,
onde o estresse é conceituado como o esforço do organismo para conduzir e resolver uma
situação indesejada ou adaptar-se a ela produzindo o equilíbrio3.
Estresse é também qualquer estímulo que esgote ou exceda as fontes de adaptação
de um indivíduo ou sistema social. Em sua avaliação primária, o indivíduo confronta-se com
o evento e avalia-o como irrelevante ou como um desafio, sendo então positivo, ou ainda,
como uma ameaça desencadeando as manifestações biológicas da síndrome de adaptação
geral, considerado negativo1.
Há ainda dois termos para diferenciar o estresse, o chamado eutresse, que referese à boa adaptação ao estímulo, gerando vitalidade, otimismo e vigor físico e mental, e o
termo distresse refere-se à fase negativa do estresse, que se inicia quando os mecanismos de
adaptação se esgotam e a resposta ao estímulo torna-se insatisfatória, em consequência o
organismo se desregula e surge frequentemente a irritabilidade, a fadiga, a depressão, o
pessimismo, a incomunicabilidade, baixa produtividade e falta de criatividade 2.
O estresse é um fenômeno complexo, composto por um conjunto de reações
fisiológicas, psíquicas e comportamentais, de adaptação, presentes no organismo quando este
é exposto a um estímulo excitante, irritante, amedrontador, e até mesmo, que o faça muito
feliz 3.
O trabalho da equipe de enfermagem tem como essência o relacionamento
interpessoal, onde o agente de trabalho é o homem e este mesmo é o próprio sujeito da ação.
A ligação entre trabalho e trabalhador é então, por natureza constante e estreita, e por atuar
diretamente com o processo de doença, o enfermeiro está em constante convívio com a dor,
morte, sofrimento, desespero, irritabilidade, incompreensão e demais sentimentos que
envolvem este processo. Esses sentimentos podem refletir na profissão gerando um estresse
ocupacional no profissional envolvido.
Em um estudo sobre estresse e repercussões psicossomáticas que em
trabalhadores da área de enfermagem que as características inerentes da profissão associados
a outros fatores descritos como desencadeadores de estresse são: o controle excessivo por
parte da instituição, dificuldades nas relações interpessoais, inobservância da ética pelos
colegas, atividades rotineiras e repetitivas, excessivo número de pacientes, salário
insuficiente, falta de lazer, falta de apoio e reconhecimento pela instituição, entre outros,
podem levar o trabalhador a apresentar sintomas psicossomáticos como cansaço, tensão
muscular, nervosismo, irritabilidade, dor lombar, ansiedade, tensão pré-menstrual, cefaléias,
problemas de memória, depressão e outros 4.
O presente estudo tem como objetivo analisar e identificar através das literaturas
pesquisadas quais são os agentes estressores que mais contribuem para o estresse ocupacional
desses profissionais e através desta analise e identificação fazer uma breve comparação do
nível de estresse entre as áreas de atuação profissional.
MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com análise de conteúdo, através do
levantamento das publicações da enfermagem brasileira e que foram divulgadas no período de
2000 a maio de 2010. Para a coleta dos dados, foram utilizadas as bases: Base de Dados em
Enfermagem (BDEnf), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCielo), consideradas as principais da área
da saúde brasileira.
Os descritores utilizados foram: equipe de enfermagem, estresse ocupacional e
pesquisa em enfermagem. O critério de inclusão para seleção dos artigos foram literaturas
publicadas em revistas de cunho científico nos últimos dez anos em português e textos que
estudaram o estresse e a atividade do enfermeiro.
Foram então excluídos os artigos cujos resumos não apresentaram relação com o
tema em questão.
Para a elaboração desta pesquisa em forma de quadro de relevância foram
compreendidas as seguintes etapas: (1) identificação do tema; (2) qualidade da descrição do
desfecho a ser estudado; (3) caracterização da amostra incluída; (4) qualidade da descrição e
discussão dos principais fatores relacionados ao estresse; (5) qualidade da descrição dos
principais achados do estudo.
RESULTADO E DISCUSSÃO
Neste estudo foram abrangidos 14 artigos que discutem o tema sobre o estresse
ocupacional presente nos profissionais da equipe de enfermagem, estes artigos foram
divulgados entre os anos 2000 a 2009 os quais foram aqui debatidos e apresentados.
O quadro 1 é uma síntese dos estudos realizados, está exposto por: ano de
divulgação da pesquisa, os autores que realizaram a pesquisa, qual foi o tipo de estudo
realizado, a amostra estudada, quais foram os instrumentos utilizados pelos pesquisadores, a
área de atuação dos profissionais envolvidos no estudo e por fim os principais elementos
estressores identificados na população estudada.
Quadro 1 - Síntese dos Estudos Apresentados
Ano
2000
Autores
Bianchi
ERF 5
Tipo de Estudo
Quantitativo,
transversal
e
descritivo
Amostra
116
enfermeiros
que
pertenciam a duas instituições
hospitalares
Instrumentos
Escala de Likert
Área de atuação Profissional
Hospitalar abrange unidades
abertas e fechadas.
2001
Stacciarini
JMR;
Tróccoli BT
Descritivo
exploratório
12 enfermeiros assistenciais, 11
enfermeiros docentes e 10
enfermeiros administrativos
Indicador de Stress
Ocupacional
Assistência,
administração
docência
e
Principais elementos Estressores Descritos
Relacionamento com outras unidades e
supervisores; Atividades relacionadas ao
funcionamento
adequado
da
unidade;
Atividades relacionadas à administração de
pessoal; Assistência de enfermagem prestada ao
paciente.
Sobrecarga de trabalho, saber que não dará
conta das obrigações, pouco poder de decisão,
falta de reconhecimento profissional
6
2003
Costa, JRA;
Lima, JV;
Almeida,
PC 7
Pesquisa analítica,
descritiva
de
abordagem
quantitativa
42
enfermeiros
de
sete
hospitais
psiquiátricos
localizados na cidade de
Fortaleza – Ceará.
Inventário
para
identificar
os
sintomas de stress
no enfermeiro.
Assistência a portadores de
transtorno mental
2006
Montanholi
LL; Tavares
DMS
e
Oliveira GR
Descritivo,
transversal
observacional
Enfermeiros de um hospital
escola do Triângulo Mineiro
Escala de Estresse
no
Local
de
Trabalho
Hospitalar
12 enfermeiros da unidade de
terapia intensiva
Inventário
de
Sintomas de Stress
para adultos de
Lipp (ISSL)
UTI
Carga de horário exaustiva, ritmo de trabalho
intenso, dor e sofrimento do paciente
12 enfermeiros de unidades
fechadas de um hospital geral e
11 de um hospital psiquiátrico
e 7 de unidades abertas
73 enfermeiros de uma unidade
de emergência hospitalar
Inventário de Stress
em enfermeiros
Assistência a portadores de
transtorno mental
A grande maioria dos enfermeiros não avalia
seu trabalho como fonte geradora de estresse
excessivo
Escala
Likert
tipo
Hospitalar
09 enfermeiras assistencialistas
do hospital geral privado do
município de
Araraquara.
98 enfermeiros
Instrumento
utilizado
foi
a
entrevista
semiestruturada
Escala de fontes de
pressão no trabalho
Hospitalar
Dificuldades com a estrutura e organização
hospitalar, pressões de superiores, ritmo
acelerado de trabalho, insuficiência de recursos
humanos e materiais, tarefas burocráticas
Falta de liberdade e oportunidade para a
enfermeira, relacionamento com cliente,
familiares, outros profissionais e recursos
humanos deficientes
A carga de trabalho, dificuldades relacionadas
com o cliente e processos e estrutura
organizacional
e
Os resultados encontrados mostram que em
62% dos enfermeiros pesquisados não houve a
ocorrência do stress, 30,9% encontravam-se na
fase de Resistência e apenas
7,1% na fase de Exaustão.
Desvalorização,
subordinada
os
pouco
competentes, medo de perder o emprego, estar
só na tomada de decisão, críticas de
subordinados, reuniões de chefia
8
2006
2006
2006
Ferrareze
MVG;
Ferreira V e
Carvalho
AMP 9
Britto ES 10
Descritivo
Batista KM
e
Bianchi
ERF 11
Descritivo,
exploratório
abordagem
quantitativa
Exploratório
abordagem
qualitativa
2006
Camelo
SHH 12
2008
Panizzon,
C;
Luz, AMH;
Fensterseife
r, LM 13
Quantitativo
descritivo
Exploratório
enfoque
quantitativo,
e
de
de
com
do
Emergência clínica.
2009
Preto VA e
Pedrão LJ 14
Quantitativo
21 enfermeiros da unidade de
terapia intensiva
2009
Fontana,
RT;
Siqueira, K
I 15
Estudo de natureza
descritiva,
de
abordagem
quanti-qualitativa.
11 enfermeiros que trabalham
como
coordenadores
de
equipes de ESF ou
em outros programas, nas UBS.
2009
Silva, EL;
Araújo,
AFDV;
Pestana,
AL; Lopes,
MLH;
Wadie,
WCA 16
Pereira,
CA;
Miranda,
LCS;
Passos, JP 17
Menzani, G;
Bianchi,
ERF 18
Descritivo,
abordagem
quantitativa
com
Descritiva
abordagem
qualitativa
com
2009
2009
Estudo
quantitativo,
transversal
descritivo
e
Inventário
de
Estresse
em
Enfermeiros
Escala de Estresse
no Trabalho e um
formulário
com
perguntas
semiestruturadas.
UTI
Todas as enfermeiras atuantes
no centro cirúrgico de um
hospital emergencial da rede
municipal de Saúde, nos turnos
diurnos e noturnos.
Investigação
estresse
trabalho.
do
no
Centro Cirúrgico
A equipe do setor e escassez de recursos
materiais
28 trabalhadores da equipe de
enfermagem, realizado nos
setores fechados de um
Hospital Maternidade
Instrumento
entrevista
estruturada
individual
a
semie
Centro Cirúrgico Obstétrico
(CCO), uma Unidade de
Terapia Intensiva – Neonatal
(UTI)
Relações interpessoais, Organização do
trabalho, ruídos dos aparelhos utilizados na
unidade; a falta ou inadequação de materiais e a
sobrecarga de trabalho
143 enfermeiros atuantes em
unidades de pronto socorro das
5 regiões brasileiras
Escala Bianchi de
Stress
Pronto Socorro
Condições de trabalho para o desempenho das
atividades do enfermeiro; Administração de
pessoal e Assistência de Enfermagem prestada
ao paciente
Saúde Coletiva
Unidade de trabalho como fonte geradora de
estresse, carga de horário exaustiva, pouca
experiência
Não apresentando níveis significativos de
estresse laboral.
Foi observado na análise literária que houve um predomínio de artigos realizados
com enfermeiros que atuavam em ambientes hospitalares. Poucos estudos foram realizados
nas áreas de enfermagem que abrangessem saúde pública, administração e docência.
O ambiente hospitalar envolve diversas especialidades de profissionais da área da
saúde, os quais atuam sobre um atendimento nas necessidades de saúde dos usuários e,
buscam ações ligadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde 19.
Contudo as áreas hospitalares encontradas foram Pronto Socorro, Unidades de
Terapia Intensiva (UTI), UTI neonatal, Centro Cirúrgico, setores de psiquiatria, de forma
geral foram analisadas as unidades consideradas.
Entre os estudos que analisaram o estresse ocupacional na enfermagem, um
estudo investigou que o estresse de enfermeiros nas áreas assistencial, docente e
administrativa, concluindo que o estresse se fez presente em todas, variando o agente
estressor6.
Verificou-se ainda que em geral, os profissionais de enfermagem, após sua
graduação, começam a trabalhar na assistência e depois decidem optar em atuar em outras
áreas6. Essa decisão de optar por dois ou mais empregos é para se ter uma estabilidade de vida
melhor e isso é justificável, pois o profissional que atua na área da enfermagem não tem um
piso salarial o que leva a desvalorização salarial deste profissional. Portanto, em consequência
dessa desvalorização salarial o profissional pode estar insatisfeito economicamente e procura
mais empregos para atuar, o que gera uma sobrecarga de trabalho.
Foram encontrados também o grau de estresse entre as unidades consideradas
abertas e fechadas. O mesmo estudo categoriza essas unidades conforme o fluxo de pacientes
e familiares ali presentes5. Uma unidade fechada inclui o centro cirúrgico, centro de material e
esterilização, centro obstétrico, transplante de órgãos, unidades de terapia intensiva,
hemodinâmica e hemodiálise. Nas unidades abertas são aquelas que englobam uma unidade
de pronto atendimento, clínicas e comissão de controle de infecção hospitalar.
O estresse ocupacional é proveniente da relação homem e ambiente de trabalho,
onde as pressões exercidas pela atividade de trabalho profissional excedem a capacidade do
trabalhador para executá-las, pode ter como conseqüência um desgaste exaustivo do
organismo, repercutindo na vida biopsicossocial do individuo
16
. Deve-se levar em
consideração que cada indivíduo tem uma personalidade própria capaz de reagir
diferentemente a situações de estresse.
Nos estudos apresentados observamos que os principais agentes estressores
presentes em profissionais da área de enfermagem são: relacionamento com outras unidades e
supervisores; atividades relacionadas ao funcionamento inadequado da unidade; atividades
relacionadas à estrutura organizacional; assistência de enfermagem prestada ao paciente;
relações interpessoais, sobrecarga de trabalho; desvalorização do profissional.
É possível contextualizar que a desvalorização salarial está interligada com a
desvalorização da enfermagem e, a falta de reconhecimento destes profissionais é um dos
fatores encontrados nos estudos como gerador de estresse.
Nas áreas de saúde pública e nos setores psiquiátricos mostrou que a grande
maioria da população estudada não apresenta níveis significativos de estresse.
Isto se justifica que esses profissionais estão adaptados a condição de vida
imposta pelo trabalho, pois apesar destes profissionais trabalharem com pacientes portadores
de transtornos mentais, eles conseguem manter o equilíbrio e assim adaptarem-se ao
ambiente. Isso também é justificado para os profissionais que atuam na saúde coletiva10.
Em unidades como UTI, centro cirúrgico, pronto socorro, clinicas, etc., mostrou
que o estresse esta bastante presente. Isso é explicado para que neste caso se deve ao avanços
de novas tecnologias e também pelas conquistas no espaço da área da saúde adquiridas pelos
enfermeiros5.
Os principais fatores que levam o estresse dos profissionais que atuam nestas
unidades é a organização do setor, no qual condiz a respeito da preparação da equipe, da falta
do funcionamento adequado dos equipamentos, da relação entre o profissional x profissional
ou profissional x paciente e a sobrecarga de trabalho, porém a sobrecarga de trabalho é
apontada como fator gerador de estresse em todas as áreas.
Logo, esta pesquisa leva à reflexão que os profissionais de enfermagem que atuam
em ambientes hospitalares apresentam grande índice de estresse ocupacional. Contudo
profissionais que atuam com pacientes críticos ou não críticos se apresentam como
estressados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo possibilitou analisar que o estresse está presente em todas as áreas,
porém em algumas áreas específicas como saúde coletiva e psiquiatria não apresentou fatores
que contribuíssem para um estresse extremo, como as outras especialidades.
O enfermeiro demonstra-se preocupado com sua profissão, com sua atuação na
instituição, e procura se adequar com cursos especializados, é necessário que haja um
investimento nesse profissional.
Para alívio do estresse a instituição poderia prover de meios, que permitissem que
este profissional participasse de aprimoramentos e reciclagem, a fim de promover as
condições básicas para uma atuação correta e uma boa qualidade de vida.
A valorização do enfermeiro junto com um incentivo nos planos de carreiras pode
influenciar no alívio do estresse, o qual refletirá em uma assistência de qualidade com os
pacientes e familiares e também fornecerá um ambiente mais favorável ao trabalho,
contribuindo para a melhoria entre as relações interpessoais, organização, etc.
Considerando ainda que o fator gerador de estresse que apareceu comum a quase
todas as áreas estudadas é a sobrecarga de trabalho, esse estudo serve como subsídio de
discussões sobre a necessidade implantação de revisão da jornada de trabalho dos
profissionais de enfermagem, bem como a regulamentação do piso salarial desta categoria.
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