Caminhada alerta para riscos da fibrose cística

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Nº 65
SETEMBRO 2013
Honraria inédita lançada pela Sociedade Baiana de Pediatria
(Sobape) vai premiar acadêmicos de Medicina e residentes em
Pediatria da Bahia com até R$3 mil. A iniciativa, idealizada
pela professora titular de Pediatria da Universidade Federal da
Bahia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria,
dra. Luciana Silva, busca estimular a produção acadêmica na
área e presta uma homenagem ao fundador e primeiro presidente da Sobape, o professor emérito da Ufba, dr. Nelson
Barros. As inscrições para o prêmio estão abertas até 31 de outubro. Regulamento no site da Sobape: www.sobape.com.br.
Páginas 3 e 8.
Caminhada alerta para
riscos da fibrose cística
A Sobape foi representada
pela pneumologista pediátrica Regina Terse, secretária do Departamento
Científico da SBP, na caminhada pelo Dia Mundial
da Fibrose Cística. A atividade, no Dique do Tororó,
reuniu crianças, familiares,
médicos e apoiadores da
causa. Com faixas e cartazes, alguns participantes aproveitaram
a oportunidade para pedir a reforma do ambulatório de Fibrose
Cística do Hospital Otávio Mangabeira e a construção do anexo
para o centro de referência da patologia no hospital. Na Bahia, são
cerca de 300 portadores da doença, segundo dra. Regina Terse.
Página 2.
Até o dia 31 de
outubro, os pediatras
associados à Sobape
devem fazer o
recadastramento
através de formulário
disponível no site
www.sobape.com.br.
Pediatras representam a Bahia nas atividades de mais
uma edição do congresso promovido pela Sociedade
Brasileira de Pediatria
Bahia participa de
departamentos da SBP
Os departamentos científicos da Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) contam com representantes baianos, que auxiliam na elaboração
de políticas de saúde em Pediatria. A gestão do
presidente da SBP, Eduardo Vaz (2013-2015),
tem o suporte de nove pediatras baianos. Conheça também os titulares dos departamentos
científicos da Sobape.
Página 5.
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Sobape lança Prêmio
Professor Nelson Barros
Dr. Fernando Barreiro
Presidente da SOBAPE
Av. Prof. Magalhães Neto, 1450
Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba
- CEP 41810-012 - Salvador-Bahia
Tel/fax: (71) 3341-6013
Site: www.sobape.com.br
sobape
email: [email protected]
Presidente:
Fernando Antonio Castro Barreiro
1ª Vice-presidente:
Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo
2ª Vice-presidente:
Normeide Pedreira dos Santos (Feira de
Santana)
Secretária Geral:
Délia Cerviño Peleteiro
1ª Secretária:
Eliane Luiza Braga Moscon Medeiros
2ª Secretária:
Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira
1ª Tesoureira:
Kátia Machado Baptista Falcão
2º Tesoureiro:
José Gonçalves Neto (Irecê)
Diretora Científica:
Isa Menezes Lyra
Diretor de Defesa Profissional:
Paulo Roberto Tanuri Marques
Diretor de Patrimônio:
Ivan Paulo Campos Guerra
Diretor de Marketing e Eventos:
Bruno Simões Dias Gonçalves
Comissão de Sindicância:
Edazima Ferrari Bulhões
Hermila Tavares Villar Guedes
Leuser Americano da Costa Filho
Lara de Araújo Torreão
Conselho Fiscal:
Romilda Castro de Andrade Cairo
Hans Walter Ferreira Greve
Círia Santana Sant’Anna
Órgão Informativo Oficial da Sociedade
Baiana de Pediatria (SOBAPE)
Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719
O conteúdo dos artigos publicados neste informativo é de responsabilidade exclusiva dos
autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não
se responsabiliza pelas opiniões emitidas em
textos assinados.
N
o 36º Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado em Curitiba de 8 a 12 de
outubro, mantive contato com muitos colegas baianos e de outros estados
brasileiros. São unânimes a revolta e a indignação da classe pediátrica em
virtude da aprovação da Medida Provisória 621 que institui o Programa Mais Médicos.
Mais indignados ficamos ao saber da capitulação do CFM, através de seu presidente, Roberto D’Ávila, que realizou “acordo” com o Ministério da Saúde, concordando
com a MP 621 para, segundo ele, evitar um mal maior.
Estamos em um momento grave e perigoso da vida nacional, em que a classe
médica é colocada como vilã das mazelas do sistema de saúde do país. Devemos entrar em tempo de avaliação de trincheiras de lutas. Penso que temos que repensar as
nossas formas de atuação, tanto individualmente como médicos pediatras que somos,
como coletivamente através de nossas associações.
Como pediatras, estamos na linha de frente do atendimento, em contato direto
com o nosso pequeno paciente e sua família, pai, mãe, avós e outros membros familiares. Devemos separar um pequeno tempo da consulta para explicar a eles a nossa
visão da MP 621 e as consequências nefastas que ela trará para a população, especialmente a mais carente.
À primeira vista, tudo se resolverá com a presença de um médico. Ledo engano.
Os problemas estruturais da saúde continuarão embaixo do tapete e não serão resolvidos apenas com a figura do profissional médico, por mais boa vontade que ele tenha.
Participar das associações de classe é fundamental para avançarmos em nossas
proposições. Ninguém consegue algo sozinho. Da mesma forma, de nada adianta
termos espasmos de indignação em redes sociais e similares e não atuar de forma ativa
para transformar os cenários que se apresentam.
Acredito que este momento servirá para fortalecer a categoria médica em todo o
Brasil. Só depende de nós.
Dia Mundial da Fibrose Cística
é comemorado com caminhada
“Aqui só tem gente de fibra”.
Esse foi o tema da caminhada pelo
Dia Mundial da Fibrose Cística,
celebrado na manhã do dia 8 de
setembro, no Dique do Tororó. A
Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) foi representada pela pneumologista pediátrica Regina Terse,
secretária do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP). Crianças, familiares, médicos e
apoiadores da causa participaram
da atividade, marcada também por
protesto. Participantes carregaram
faixas pedindo a reforma do ambulatório de Fibrose Cística do Hospital Otávio
Mangabeira e a construção do anexo para o
centro de referência da patologia no hospital.
De acordo com Regina Terse, há cerca
de 300 portadores da doença na Bahia e o
ideal é que a detecção da doença seja feita
na triagem neonatal, por meio do Teste do
Pezinho, já que, a partir dos 4 anos, o diagnóstico já é considerado tardio.
Honraria vai premiar acadêmicos de Medicina e
residentes em Pediatria com até R$ 3 mil
Dra. Luciana Silva
“Penso que o maior presente que
podemos receber de alguém são seus
ensinamentos. E este presente o professor Nelson Barros nos deu muitas
vezes, de várias formas. Através dos
seus ensinamentos da prática pediátrica, através das suas atitudes como
médico, professor e pessoa, pela sua
integridade e consistência diuturna e
pela sua lhaneza junto aos seus familiares, colegas, alunos, funcionários, pacientes e familiares”.
F
oi assim que a idealizadora da iniciativa, a professora titular de Pediatria da Universidade Federal da
Bahia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, dra. Luciana Silva, explicou Prêmio Professor Nelson Barros. Para
ela, “esse é um exemplo maior que precisa
ser revisitado muitas vezes, sobretudo pelos
mais jovens em formação, para que coloquem suas aspirações no exemplo do professor Nelson”.
Dra. Luciana destaca a liderança de dr.
Nelson na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, nas sociedades
Baiana e Brasileira de Pediatria e Academia
Brasileira de Pediatria. “Professor Nelson
modificou a Sociedade de Pediatria em nosso estado, criando novas diretrizes e levando a Bahia para o cenário nacional da Sociedade Brasileira de Pediatria, carregando
consigo os mais jovens para essa atividade
associativa extremamente rica”.
25 anos da Sobape
A pediatra explica ainda que em alguns
estados brasileiros, incluindo a Bahia, há
pouco mais de dois meses o Teste do Pezinho foi ampliado, favorecendo a detecção
da doença. “Todo neonatologista deve pedir
o teste, mas deve também estar atento a manifestações como tosse produtiva de caráter
crônico, diarreia crônica, falta de crescimento e dificuldade em ganhar peso”, diz.
Lançada pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), a honraria vai premiar com
até R$3 mil autores de trabalhos acadêmicos
inéditos na Bahia. O concurso de monografias é destinado a acadêmicos de Medicina
e residentes em Pediatria cujos trabalhos tenham temas pediátricos. O prêmio é parte da
programação dos 25 anos da Sobape, comemorados em dezembro. O regulamento está
disponível no site: www.sobape.com.br
Dra. Isa Lyra,
dr. Nelson Barros
e dr. Fernando
Barreiro
De acordo com o presidente da Sobape,
Fernando Barreiro, a iniciativa estimula estudantes de Medicina e residentes em Pediatria a se aprofundarem na produção científica dentro da especialidade. “Além disso,
presta uma justa homenagem ao fundador e
primeiro presidente da Sobape, o professor
emérito da Ufba, Nelson Barros, pessoa que
democratizou a pediatria na Bahia e é digna de todas as homenagens”, diz Fernando
Barreiro.
A diretora Científica da Sobape, Isa Lyra,
destaca a importância do incentivo às pesquisas clínicas em Pediatria. “A Bahia tem
um vasto campo de estudo e há uma geração nova de pediatras em formação ou re-
cém-formados que nos trazem novos subsídios. O estado tem uma produção científica
importante na área de Pediatria e queremos
revelar isso”.
Premiação
A premiação para a categoria Acadêmico de Medicina será de R$1,6 mil (1º lugar);
R$1,2 mil (2º lugar) e R$800 (3º lugar). Os
prêmios para a categoria Residente em Pediatria são de R$3 mil (1º lugar); R$ 2 mil (2º
lugar) e R$1 mil (3º lugar).
Os resultados serão divulgados no site da
Sobape www.sobape.com.br em dezembro,
assim como a entrega dos prêmios.
Homenageado
Gratificado com a homenagem, dr. Nelson Barros, diz que o prêmio é o reflexo
da ação de um conjunto de colaboradores com os quais ele conviveu e tem convivido,
numa “demonstração de generosidade e de atenção”.
Ele acredita que o prêmio é um importante estímulo às novas gerações de pediatras na Bahia, que estão abraçando a nobre missão de ser médico. “Nada é mais
sublime, em termos de ser humano, que a criança. Se você se projeta para cuidar do
futuro, você está cuidando da criança”, diz dr. Nelson, convidando os jovens médicos
a abraçarem a causa, como um “cuidado com o futuro do país”.
Maiores informações no site da Sobape: www.sobape.com.br
Assista ao vídeo sobre o prêmio também no site da Sobape.
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Sopefs empossa nova diretoria
Dra. Normeide Pedreira foi eleita presidente da regional da
Sobape pela segunda vez
tando que a Sobape, representante de
todos os pediatras da Bahia, está à disposição da regional de Feira de Santana.
Também participaram da posse a 1ª
vice-presidente da Sobape, Helita Azevedo, e Charline Portugal, representando
a secretária da Saúde do Município, Denise Mascarenhas.
Diretoria Sopefs
Presidente – Normeide Pedreira
1° vice-presidente – Edilma dos Reis Silva
2° vice-presidente – Rosa Argentina Sarkis
1° tesoureiro – José Eduacy Lins
2° tesoureiro – Paulo Antonio Andrade
1° secretário – Carlos Inácio Dias
2° secretário – Márcia Carvalho Bessa
Dr. Fernando Barreiro
dá boas vindas à
diretoria da Sopefs
T
omou posse no dia 19 de setembro a diretoria da Sociedade de Pediatria de Feira de Santana (Sopefs) para o triênio 2013-2015.
A regional da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) tem como presidente a
pediatra Normeide Pedreira, eleita para
o cargo pela segunda vez. A pediatra é 2ª
vice-presidente da Sobape.
No segundo mandato à frente da Sopefs, dra Normeide diz que vai continuar
trabalhando alinhada à Sobape na defesa
profissional. “A pediatria feirense conta
com profissionais de excelência em várias áreas de atuação e precisamos resgatar a nossa dignidade profissional, reivindicar melhores condições de trabalho e
de remuneração para que possamos cuidar melhor das nossas crianças”, atesta.
Guia sobre
crianças
orienta
famílias e
profissionais
de saúde
No discurso de posse, dra. Normeide
fez uma crítica ao sistema de saúde de
Feira de Santana, o que considera muito
precário no que diz respeito ao atendimento às crianças. “Sem atenção básica
adequada, sem atendimento de urgência/emergência, sem remuneração digna
para o pediatra e sem plano de carreira”, enumera, destacando que apenas 28
pediatras trabalham para o município e
alguns deles exercem outras funções que
não a de assistência pediátrica.
Presente à cerimônia de posse, o presidente da Sobape, Fernando Barreiro,
desejou sucesso ao trabalho e elogiou a
composição da diretoria eleita, que congrega os pediatras da cidade. “A união de
ideias é o motor para o avanço do associativismo”, diz dr. Fernando, acrescen-
Um guia para ajudar mães, famílias e profissionais de saúde na condução da evolução
segura da criança ano a ano. Assim pode ser definido o livro “A criança passo a passo – Guia de
acompanhamento para famílias e Profissionais
de Saúde (Recém-nascido aos cinco anos)”. A
publicação, da Editora Atheneu, foi lançada
pela pediatra baiana Normeide Pedreira, no dia
9 de outubro, no 36º Congresso Brasileiro de
Pediatria, em Curitiba (PR).
Segundo a especialista com área de atuação
em Infectologia Pediátrica, o guia de 208 páginas divididas em 37 temas reúne orientações
com respostas a uma série de dúvidas de zero
a cinco anos.
Comissão Científica
Nilma lazara de Almeida Santos
Maria de Lourdes Figueiredo e Silva
Tatiana de Oliveira Vieira
Daniel Sales Portela João Rogério Macedo Defesa Profissional
Paulo Roberto Barroso
Elza Chaves Gonçalves
Heli Vieira Brandão
Conselho fiscal
Sandro Nunes
Graciete Vieira
Patrícia Silva de Mendonça
Comissão de sindicância
Carlito Guimarães Oliveira
Gervásio dos Santos
Jurandir Ramos de Freitas
“É um livro de apoio para mães adquirirem
segurança e tranquilidade no grande desafio
que lhes apresenta o cuidar dos seus filhos:
incluindo doenças, contradições psicológicas e resistências
do processo educativo”, explica dra.
Normeide, que contou com o trabalho
da coeditora Regina
Célia de Menezes
Succi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Pediatras baianos integram
departamentos da SBP
N
ove pediatras baianos compõem departamentos científicos
da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), na gestão do
presidente Eduardo Vaz (2013 a 2015). Entre as principais
funções dos departamentos estão assessorar a diretoria da SBP, suas
filiadas e seus associados; elaborar e divulgar normas padronizadas à
área de atuação; estabelecer de protocolos de atuação; e estimular,
apoiar e participar dos eventos científicos nas respectivas áreas.
Além disso, cabe aos membros dos departamentos assistir órgãos
públicos que estabelecem políticas de saúde nos municípios, nos estados e no país; estabelecer vínculos com os diversos serviços ou especialidade e contribuir para a discussão, instalação e avaliação dos
serviços ligados à área de atuação, nos setores de ensino e assistência,
entre outras atribuições.
Laped realiza simpósio
sobre Diagnóstico
Diferencial
Veja a relação dos representantes baianos na SBP:
Departamentos da SBP
Pediatras baianos
Adolescência
Maria Conceição Oliveira Costa
Aleitamento Materno
Dolores Fernandez Fernandez
Cardiologia
Patrícia Guedes de Souza
Endocrinologia
Crésio de Aragão Dantas Alves
Infectologia
Leda Lúcia Moraes Ferreira
Neonatologia
Hans Walter Ferreira Greve
Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento Rozana dos Santos Teixeira
Pneumologia
Regina Terse Trindade Ramos
Terapia Intensiva
Lara de Araújo Torreão
Departamentos científicos da Sobape
Conheça a composição dos departamentos Científicos da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) na gestão do presidente Fernando
Barreiro (2013-2015):
Departamentos
Presidentes
Adolescência
Sandra Maria Plessim de Almeida
Aleitamento Materno
Dolores Fernandez Fernandez
Alergia e Imunologia
Ila Sobral Muniz
Cardiologia
Patrícia Guedes de Souza
Endocrinologia
Crésio de Aragão Dantas Alves
Gastroenterologia
Daniela Lima de Oliveira Saavedra
Infectologia
Leda Lúcia Moraes Ferreira
Nefrologia
Claudia Maria Cardozo Cendon
Neonatologia
Priscila Pinheiro Ribeiro Lyra
Neurologia
Camilo Vieira
Onco-Hematologia
Ivana Paula Ribeiro Leite
Pneumologia
Tatiane da Anunciação Ferreira
Reumatologia
Ana Maria Soares Rolim
Segurança da Criança e do Adolescente
Márcia Maria Fonseca Barreto
Terapia Intensiva
Carolina Friedrich Amoretti
Diagnósticos Diferenciais em Pediatria é o
tema do IV Simpósio da Liga Acadêmica de
Pediatria (Laped), que será realizado no dia 9
de novembro, das 8h às 18h, no auditório do
Hospital Aliança. Destinado a acadêmicos de
medicina e outras áreas de saúde, a atividade
conta com o apoio da Sociedade Baiana de
Pediatria (Sobape).
Durante o simpósio, será lançada a Campanha de Natal da liga para arrecadar livros
paradidáticos que farão parte de uma biblioteca a ser montada pela liga em um orfanato ou
escola municipal a ser definida, como anuncia
a presidente da Laped, Estefane Evelin Gaspar,
acadêmica de Medicina do 8º semestre da Faculdade de Medicina da Bahia (Fameb/Ufba).
Inscrições pelo e-mail:
[email protected]
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Semana do Adolescente
reúne profissionais e
jovens em Salvador
Presidente do Departamento de
Adolescência, Sandra Plessim,
destaca sucesso do evento
C
om o tema “Juventude, mostre
a sua cara”, Salvador sediou a
10º edição da Semana do Adolescente, como parte das atividades pelo
Dia Nacional do Adolescente – 21 de setembro. Pela primeira vez, contou com a
parceria da Sociedade Baiana de Pediatria
(Sobape), através do Departamento de Adolescência, presidido pela pediatra e hebeatra
Sandra Plessim. Entre 17 e 20 de setembro,
a semana foi direcionada a profissionais que
trabalham com adolescentes e reuniu jovens
durante oficinas temáticas.
“A semana foi um sucesso. Tivemos a
oportunidade de conhecer experiências
exitosas de serviços que atendem ao adolescente, como o caso de Betim (MG), além de
promover discussões com os profissionais da
rede de atendimento sobre suas dificuldades, ouvindo sugestões de melhoria para a
A
Sociedade Brasileira de
Pediatria
(SBP)
reuniu em Brasília, em agosto,
associados indicados pelas filiadas das regiões
Nordeste, Norte
e Centro-Oeste,
para a formação
de instrutores do Curso de Adolescência para Pediatras (APP). Da
Bahia, participaram as pediatras Rosa Aquino e Sandra Plessim,
presidente de Departamento de Adolescência da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).
Foram dois dias de palestras e dinâmicas. Cinco grupos, cada
um discutindo um tema (conhecimento do corpo, sexualidade, violência, drogadição, doenças sexualmente transmissíveis),
montaram painéis e realizaram cenas teatrais, como se faz com
os pacientes nos serviços. Com apoio da SBP, a partir do treinamento as filiadas vão organizar cursos e multiplicar os conhecimentos.
Nutróloga, gastroenterologista
pediátrica, especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela
SBN, mestre em Nutrição e
Saúde pela Universidade Federal
da Bahia.
Jovens
participam
de atividades
durante Semana
do Adolescente
formação de uma rede de atendimento mais
estruturada em Salvador”, avaliou Sandra
Plessim, destacando também as discussões
sobre maioridade penal.
Durante as oficinas, jovens e adolescentes de 14 a 24 anos discutiram temas como
respeito à diversidade, preconceito racial,
consciência negra, DST, drogas, cultura da
paz, mídia, esportes, autoestima, violência e
participação política. As temáticas refletidas
resultaram na elaboração de um documento
a ser encaminhado para o prefeito de Salvador ACM Neto.
“Nas discussões, foi possível compreender as expectativas e necessidades dos jovens
para a construção uma sociedade mais sustentável e igualitária. Espero que possamos
estreitar os laços desta parceria para atendermos cada vez melhor nossa população adolescente”, pontuou a Sandra Plessim.
Pediatras baianas participam
de curso da SBP
Junaura Barretto
Sobre a semana
A Semana do Adolescente é realizada
anualmente desde 2003, com uma média
de 500 participantes por edição. Tem como
objetivos sensibilizar os profissionais que
trabalham na área e envolver os adolescentes no processo de promoção dos seus
direitos.
Numa iniciativa da Secretaria Municipal
da Saúde de Salvador, através da Área Técnica de Saúde do Adolescente e Jovem e dos
distritos sanitários, conta com a parceria do
Unicef, secretarias municipais de Educação
(Smed), Reparação (Semur) e de Promoção
Social e Combate à Pobreza (Semps), Fundação Cidade Mãe, ProjetoAxé, Secretaria
da Saúde do Estado da Bahia Fundação da
Criança e do Adolescente, TV Pelourinho e
Sociedade Baiana de Pediatria.
Simpósio discute cuidados
paliativos e terminalidades
Alívio do sofrimento, controle de sintomas e da dor. Esses são
alguns dos princípios dos Cuidados Paliativos, abordagem definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002 para
melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares, diante
de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Em Salvador,
o assunto estará em debate no dia 26 de outubro, das 8h30 às
17h30, no Simpósio Baiano de Cuidados Paliativos e Terminalidade, realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).
A pediatra Carolina Amoretti, presidente do Departamento
de Terapia Intensiva da Sobape, explica que o objetivo do simpósio, que será realizado na sede da Sobape, é reunir profissionais
interessados para um momento de reflexão sobre esta proposta
de tratamento, cada dia mais frequente e necessária na realidade
do pediatra.
“Os cuidados paliativos em seus aspectos físicos, mentais e
sociais apresentam um campo vasto de ação em situações clínicas irreversíveis e doenças terminais, mas que geram dúvidas e
insegurança, especialmente no campo da legalidade e da bioética”, explica a pediatra.
O método duplo cego
é o mais fidedigno dos
testes empregados no
diagnóstico da alergia
ao leite de vaca.
A alergia à proteína do leite de vaca
(APLV) é a alergia alimentar mais comum em
lactentes, tendo prevalência de 2 a 3% em
crianças com idade inferior a um ano em
países desenvolvidos. Geralmente, trata-se
de uma doença transitória e a maioria das
crianças adquire tolerância por volta dos 3
anos.
O método recomendado para estabelecer ou excluir o diagnóstico de AA ou para
verificar a aquisição de tolerância ao alimento é o teste de provocação oral (TPO),
que consiste na oferta do alimento ao paciente, em doses progressivas, sob supervisão médica, e realizada após um período de
dieta de exclusão do alimento suspeito.
O tratamento da ALV consiste na eliminação de leite de vaca (LV) e derivados da
alimentação da criança, além de produtos e
preparações contendo esses alimentos.
A dieta de exclusão de LV e derivados
sem orientação adequada coloca a criança
sob risco nutricional e com alterações possíveis no peso, estatura e no desenvolvimento. Além disso, manter uma criança em
dieta de exclusão é onerosa, pode trazer
prejuízos psicossociais à criança, ser inconveniente à família e de difícil monitoramento fora do ambiente domiciliar, especialmente nas escolas e creches. Por isso, é de
extrema importância que o diagnóstico da
ALV seja feito de maneira criteriosa, evitando a exposição da criança e de sua família a
uma dieta de exclusão desnecessária.
Existem três modalidades de TPO:
aberto, quando o alimento é oferecido em
sua forma natural, com o conhecimento do
paciente, familiares e do médico; simples
Teste de provocação oral
aberto na confirmação
de alergia ao leite de vaca
cego, quando o alimento é mascarado, de
forma que o paciente não saiba se está ingerindo o alimento suspeito ou placebo, e
apenas o médico conhece o que está sendo
administrado; e duplo cego controlado por
placebo (DCCP), no qual o alimento testado
e o placebo são preparados e identificados
através de códigos por outra pessoa não envolvida na avaliação do paciente, reduzindo
a influência do paciente e do observador.
O método duplo cego é o mais fidedigno dos testes empregados no diagnóstico da
alergia ao leite de vaca. Por esse motivo, é
o teste mais indicado para protocolos científicos e quando apenas sintomas subjetivos
são esperados. Porém, na prática clínica diária, sua utilização é muito difícil e os custos
e tempo de execução limitam o seu uso.
O TPO aberto deve ser realizado quando apenas sinais e sintomas clínicos objetivos são esperados (sinais que não poderão
ser influenciados pela ansiedade, fobia ou
insegurança da família, como aversão, náuseas, etc). Segundo a Academia Europeia de
Alergia e Imunologia Clínica, o TPO aberto pode ser aplicado em crianças com até
3 anos, pois nelas sintomas subjetivos são
raramente observados. O TPO aberto não
é recomendado para crianças maiores de 3
anos ou adultos, quando há suspeita de que
sintomas subjetivos possam ocorrer.
As contraindicações para realização do
TPO seriam história prévia de reação anafilática, dieta de exclusão prévia incerta ou
não realizada corretamente, reações IgE
mediadas graves, nas quais se pesam risco
e benefício para o paciente.
Quando o TPO é positivo, confirma a
suspeita clínica e pode-se traçar um plano
terapêutico e dietoterápico para o paciente.
Quando negativo, exclui-se a possibilidade
de manter a criança em dietas restritas por
muito tempo, com todo o ônus das perdas
nutricionais e psicossociais que estão incluídas na restrição. A realização do TPO ainda
dá a possibilidade ao sistema imunológico
de desenvolvimento de tolerância à proteína heteróloga em questão.
O local para a realização do TPO deve
possuir todos os equipamentos para tratamento de emergência. Em crianças sem
história de reações graves, não há necessi-
dade de internação em unidade hospitalar.
Nesses casos, o TPO pode ser realizado em
ambulatório ou consultório, desde que se
disponha de materiais e equipamentos para
atendimento de emergência, livre do contato com pacientes portadores de doenças
infecciosas, limpo, confortável e apropriado
para permanência do paciente por longo
período( observação clínica entre uma e
duas horas).
Para a realização do TPO aberto, sugerese oferecer o alimento na forma e quantidade habitualmente consumida, de acordo
com a idade. Entretanto, seguimos protocolos específicos com doses progressivas em
intervalos cronometrados. Habitualmente,
para o leite de vaca utiliza-se de 8-10g de
leite em pó ou 100 ml de leite fluido, ofertados em volumes crescentes no período.
Apesar de o TPO ser considerado o
método mais confiável para o diagnóstico
de reações relacionadas a alimentos, ainda
é muito pouco utilizado na prática clínica,
tanto para diagnóstico, quanto para verificação de aquisição de tolerância.
A implementação do TPO nos serviços
de saúde possibilitaria o correto diagnóstico
da alergia ao leite de vaca, reduzindo gastos
e riscos desnecessários impostos pela dieta
de exclusão deste alimento. Os centros de
referência para dispensação de fórmula especial para alergia alimentar utilizam o TPO
como método diagnóstico e de verificação
de aquisição de tolerância oral, para manter
o fornecimento destas fórmulas. Apenas dados subjetivos de suspeita clínica não são suficientes para o diagnóstico e não deveriam
ser unicamente utilizados para restringir o
leite de vaca da alimentação do lactente,
causando possíveis transtornos para a família
e para o paciente, aumentando custos para
o estado ou município.
É de extrema importância que os pediatras tenham acesso aos protocolos e
consensos sobre alergia alimentar para
diagnosticar e traçar planos terapêuticos
adequados, encaminhando ao especialista
quando houver dúvidas ou incapacidade
técnica para realização dos testes. Os protocolos estão disponíveis no site da Sociedade Brasileira de Pediatria (Departamento de
Nutrologia ou Alergia).
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Luciana Rodrigues Silva
Professora Titular de Pediatria da
Universidade Federal da Bahia,
vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Pediatria e membro
da Academia Brasileira de Pediatria.
O professor Nélson Barros
modificou a Sociedade de
Pediatria em nosso estado,
criando novas diretrizes e
levando a Bahia para o
cenário nacional da Sociedade
Brasileira de Pediatria,
carregando consigo os mais
jovens para essa
atividade associativa
extremamente rica.
Por que imaginei propor o prêmio
Professor Nélson Barros? Porque penso
que o maior presente que podemos receber de alguém são seus ensinamentos. E este presente o professor Nélson
Barros nos deu muitas vezes de várias
formas. Através dos seus ensinamentos
da prática pediátrica, através das suas
atitudes como médico, professor e pessoa, pela sua integridade e consistência
diuturna e pela sua lhaneza junto aos
seus familiares, seus colegas, seus alunos, seus funcionários, seus pacientes
e familiares. Exemplo maior que precisa ser revisitado muitas vezes, sobretudo pelos mais jovens em formação,
para que coloquem suas aspirações no
exemplo do professor Nélson.
Para que os mais jovens possam refletir diante das referências deste professor exemplar, sobretudo na liderança
que exerceu na Escola Médica da Universidade Federal da Bahia e na Sociedade Baiana e Brasileira de Pediatria,
incentivando os que estavam ao seu
redor.
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Prêmio Professor
Nélson Barros
O professor Nélson aproveitou bem
a sua coragem e inteligência além de
espalhar generosidade e afeto em sua
profissão de cuidar das crianças e adolescentes e também ao ensinar como
cuidar desses pacientes aos jovens quase médicos e aos médicos. Intuitivamente tornou-se um líder, aproximando
novos talentos e expandindo o serviço,
exercendo sempre uma interlocução
franca e sadia entre seus pares, descobrindo por vezes soluções ainda não
pensadas por outros com o seu raciocínio rápido, sobretudo nos momentos
de crise. As atividades desenvolvidas
por ele sempre o foram de forma entusiasmada e estimulante para aqueles
que o cercavam, pelo seu acolhimento
e disponibilidade para discutir e aconselhar, não importando a idade, a todos
aqueles que o procuravam.
Vale ressaltar sua atuação na Sociedade Baiana de Pediatria, na Sociedade Brasileira de Pediatria e na Academia Brasileira de Pediatria. O professor
Nélson Barros modificou a Sociedade
de Pediatria em nosso Estado, criando novas diretrizes e levando a Bahia
para o cenário nacional da Sociedade
Brasileira de Pediatria, carregando consigo os mais jovens para essa atividade
associativa extremamente rica. Além
de ensinar na Faculdade de Medicina
da Universidade Federal da Bahia, foi
também Professor na Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública e Secretário
de Saúde do Estado da Bahia. Publicou
vários trabalhos científicos e atuou também na Universidade, em vários cargos
administrativos, tendo sido membro da
Câmara de Pesquisa e Pós-graduação,
assessor do Magnífico Reitor Heonir Rocha, Membro do Colegiado do Curso de
Medicina, Chefe de Departamento, Coordenador da Residência em Pediatria e
do Mestrado Materno-Infantil, membro
da Comissão de ética, da Comissão de
Infecção Hospitalar, chefe de Enfermaria e de Ambulatório de Pediatria.
Todo o percurso do professor Nélson tem revelado o prazer, o rigor e a
beleza no ato de cuidar dos pequenos
pacientes e no ato de ensinar a cuidar
deles. Porque cuidar das crianças com
as peculiaridades de cada faixa etária
nos proporciona a sensação da constante mudança e da impermanência,
como principais características da vida,
demonstrando a beleza e os detalhes do
momento presente. Faz-nos refletir que
mesmo diante dos grandes avanços médicos, de genética, imunologia, avanços
tecnológicos diagnósticos e terapêuticos, nós como médicos, especialmente
diante da criança e de seus familiares
apreensivos, devemos continuar a fazer uma anamnese e exame físico, cuidadosos e completos, ter a habilidade
para analisar os achados normais e os
achados anormais, saber falar e também
ouvir com compaixão e refletir com
bom senso, de acordo com a idade, o
sexo, os aspectos culturais, socioeconômicos, afetivos e comportamentais que
envolvem os nossos pacientes e tantos
outros fatores. Só um bom professor
pode despertar o desejo em seu aluno
de pensar sobre estas questões, sobre o
desejo do aperfeiçoamento constante e
sobre o aprendizado com os acertos e
com os erros. O médico e o professor
de medicina trabalham com o que temos de mais precioso – a esperança e o
pediatra trabalha com o que temos de
mais importante – as nossas crianças.
Portanto, fico muito satisfeita de ter
proposto o Prêmio Professor Nélson
Barros ao nosso presidente da Sobape,
dr. Fernando Barreiro, que com sua
sensibilidade e também profunda admiração pelo professor Nélson, de pronto
aceitou!
Vamos ao Prêmio professor Nélson
Barros para os estudantes de Medicina
e para os residentes de Pediatria do
Estado da Bahia, que sabem do significado da infância para o futuro da
nação.
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