Processamento antigênico e Ativação de linfócitos T e Mecanismos efetores da resposta imunológica Celular. Professora Patrícia Albuquerque Receptores de linfócitos • BCR (anticorpo) – Linfócito B • TCR – Linfócito T • Superfamília Ig • Se ligam ao antígeno BCR TCR Linfócitos T reconhecem diferentes tipos de antígenos Linfócito B • Reconhece Ag diretamente • Vários tipos de Ag • 4 cadeias Linfócito T • Reconhece Ag em MHC • Ag peptídico • 2 cadeias Funções dos linfócitos T • Defesa contra microrganismos associados a células – Células T auxiliadores (Th) ajudam: – fagócitos a matar microorganismos ingeridos – células B a produzir anticorpos que promovam a fagocitose de micro-organismos. - Linfócitos T citotóxicos (CTL) matam células infectadas e eliminam reservatórios de infecção. O desafio dos linfócitos T • poucos linfócitos específicos para um determinado microrganismo ou antígeno • Especificidade e diversidade de receptores de antígenos: – SI reconhece ~ 106 - 109 antigenos (poucos com mesma especificidade!!!) • localizar microrganismos em qualquer parte do organismo. – Pricipais portas de entrada: epitélio e mucosas – Linfócitos precisam responder para cada microorganismo de uma maneira que seja eficiente para a sua erradicação Linfócitos T não reconhecem Ag livres/Nativos Y T Y Y Y Y Y Y Ligação de Ag no BCR YYY Y Y Y Y Y B BB B B B BB B B Proliferação e produção de Ac T Não há proliferação e diferenciação Antígeno deve ser processado a fim de ser reconhecido pelo linfócito T T Peptídeos de Ag aderidos ao MHC na superfície de céls Ag solúvel nativo Peptídeos solúveis de Ag Ag aderido a célula Peptídeos de Ag aderidos a cél Processamento antigênico Sem resposta de linfócito T Sem resposta Sem resposta Sem resposta de linfócito T de linfócito T Resposta de de linfócito T linfócito T Células Dendríticas (CD) Fig. 6-4 A,B Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Captura do Antígeno e apresentação por CD Sitios de entrada: pele, trato genitourinário, vias respiratórias (órgãos populados por DCs). Tecidos colonizados ou sangue menos frequentemente Sitios de ativação de linfócitos : órgãos linfóides (linfonodos, baço, tecidos linfóides associados a mucosa e epitélio) Fig. 6-5 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Por que as CD são as APCs mais eficientes para iniciar a resposta imune? • Localização: sítios de entrada de patógenos (epitélio), tecidos • Receptores para o reconhecimento e a captura de patógenos: receptores do tipo Toll, receptores de manose • Migração para as zonas de célula T dos órgãos linfóides – Papel do receptor CCR7 – Co-localização com células T virgens • Maturação durante a migração: De uma célula para capturar antígeno para uma célula para apresentar antígenos e ativar as células T Captura de antígenos e apresentação por CD Fig. 6-5 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier O processamento envolve: 1) no interior celular, proteínas são degradadas a peptídeos; 2) os peptídeos gerados são montados sobre o MHC, sendo este conjunto peptídeoMHC levado até a superfície da célula. Linfócitos T reconhecem peptídeos restritos ao MHC (em contexto de MHC) Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, an imprint of Elsevier Inc. Moléculas de MHC MHC classe I MHC classe II Peptídeo Sulco de ligação dos peptídeos Membrana celular Estrutura básica: sítio de ligação ao peptídeo e reconhecimento pelo TCR no topo. Porçao da cauda para ligação com CD4 or CD8. MHC de classe I VIA ENDÓGENA Expõe peptídeos Ag derivados de proteínas sintetizadas no citoplasma presente na superfície de todas as células nucleadas do organimo Ex: vírus replicando em célula infectada MHC de classe II presente na superfície apenas das células apresentadoras de antígeno (macrófagos, células dendríticas e linfócitos B) VIA EXÓGENA Expõe peptídeos Ag derivados de proteínas degradadas em vesículas Ex: fagocitose ou endocitose de toxinas, bactérias, vírus Distribuição diferencial das moléculas de MHC Em humanos, MHC recebe a denominação HLA (Human Leucocyte Antigen) VIAS DE PROCESSAMENTO DE Ag Y VIA EXÓGENA Vesículas endocíticas ou fagocíticas VIA ENDÓGENA citoplasma Vias de processamento de antígenos Table 6-14 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier MHC de classe I VIA ENDÓGENA MHC de classe II VIA EXÓGENA Antigenos citosólicos são apresentados a células T CD8+ Fig. 6-21A Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Antígenos extracelulares são apresentados a células T CD4+ Fig. 6-21B Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Epitopos imunodominantes Fig. 6-22 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier MHC (ou CPH) – Major Histocompatibility Complex ou Complexo Principal de Histocompatibilidade Conjunto de proteínas de superfície codificados por genes que apresentam grande polimorfismo (elevado número de possíveis alelos). Cromossomo 6: classe II 118 classe I 47 400 660 190 370 Expressão de MHC II induzida por IFN-g Fig. 6-9 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier MHC (ou CPH) – Major Histocompatibility Complex ou Principal de Histocompatibilidade Complexo Rejeição a transplantes http://www-medlib.med.utah.edu/WebPath/jpeg5/CV171 http://tpis.upmc.edu/tpis/images/C00005c Rejeição ao tecido transplantado é associado a inflamação com infiltrado de linfócitos Melhor Mecanismo para evitar Rejeições Tipagem de Tecidos – Compatibilidade de HLA Diferenças alélicas porem resultar em diferenças nas resposta imune devido a variação na habilidade de apresentar antígenos processados ou na habilidade de linfócitos T de reconhecer o antígeno apresentado. Associações do sorotipo HLA e do sexo à suscetibilidade à doença autoimune. Janeway Figura 14.33 Resumindo Ativação do Linfócito T VIA ENDÓGENA VIA EXÓGENA Origem AG como é apresentado ? Patógenos citosólicos via MHC I... Patógenos e toxinas fagocitados ou endocitados via MHC II para quem é apresentado? ... linfócito T CD8 ... linfócito T CD4 Céls apresentadoras de Ag Profissionais (APC) expressam ambas moléculas de MHC na sua superfície (Céls dendríticas, macrófagos e Linfócitos B) INDUÇÃO DA RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA Captação de microorganismo por uma CD Processamento do antígeno CD imatura vaso linfático aferente Linfonodo Migração da APC para o linfonodo CD madura Apresentação do antígeno ao linfócito T virgem maduro Ativação de células T virgens células T efetoras Fig. 9-1 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Fases da resposta por células T Fig. 9-2 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier DC 1o sinal 2o sinal Linfocito T Virgem Além do reconhecimento do antígeno (peptídeo) + MHC, linfócitos T necessitam que CDs apresentem proteínas co-estimulatórias (B7) para iniciar sua ativação e de citocinas. O sinal co-estimulatório atua para confirmar que o peptídeo apresentado consiste em material não-próprio ! Segundo sinal Moléculas envolvidas na ativação de células T 40 41 Funções de co-estimuladores na ativação de células T Fig. 9-3 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS T Mecanismos de estimulação de células T por CD28 Fig. 9-4 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Família de proteinas B7:CD28 • ativação de cels T: – CD28 reconhece B7-1, 2 (Tvirgens) – ICOS reconhece ICOS-L (T efetoras) • Inibição de cels T: – CTLA-4 reconhece B7-1, 2 (tolerância) – PD-1 reconhece PD-L1, 2 46 Ativação induz à proliferação Proliferação de linfócitos T depende da produção de interleucina 2 (IL-2) e de seu receptor. Resposta 1º ao Ag Cél funcional ativa de vida curta Resposta 2º ao Ag (mais rápido e intensa) Cél de longa vida quiescente Linfócitos T de memória Linfócitos T efetores Ativação induz proliferação No. de linfócitos EXPANSÃO CLONAL Limite para exercer sua função No. de divisão celular Moléculas expressas após a ativação de células T Fig. 9-8B Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Reconhecimento do Ag Ativação Expansão clonal Diferenciação Funções efetoras Linf. T CD4+ virgem Ativação de macrófagos, linfócitos B e outras células Linf. T CD8+ virgem Destruir células-alvo infectadas Órgãos linfóides 2ários Tecidos periféricos Linfócitos T ativados (efetores) deixam o nódulo linfático e vão exercer suas funções nos tecidos periféricos. APC vaso linfático T CD4 célula T efetora capilar saguíneo macrófago que fagocitou microrganismo no local da infecção ativação do macrófago morte do micróbio Diferenciação de células T CD4+ THelper ou Tauxiliar Fig. 913 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Diferenciação de linfócitos T CD4: COMPLETO Desenvolvimento dos diferentes grupos de células T auxiliares Fig. 9-14 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Desenvolvimento de células TH1 Fig. 9-15 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Desenvolvimento de células TH2 Fig. 9-16 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Desenvolvimento de células TH17 Fig. 9-17 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Como as células T CD4+ auxiliam as células T CD8+ Fig. 9-18 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Mecanismos Efetores da Resposta Imunológica celular Funções efetoras de células TH1 Fig. 10-5 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier IMUNIDADE CELULAR – Ativação de macrófagos por Th1 IL12 APC vaso linfático T CD4+ Virgem célula Th1 efetora capilar saguíneo macrófago que fagocitou microorganismo no local da infecção ativação do macrófago morte do micróbio IMUNIDADE CELULAR – Ativação de macrófagos por Th1 Aumento da expressão de moléculas coestimulatórias (moléculas B7) Aumento da capacidade microbicida Macrófago Ativado T CD4+ TH1 Aumento da secreção de citocinas (TNF-α, IL1, IL-8, IL-12) Aumento da expressão de moléculas de MHC IMUNIDADE CELULAR – Ativação de macrófagos por Th1 Aumento da capacidade microbicida: 1. Aumento da produção de enzimas lisossomais 2. Aumento da capacidade de formação do fagolisossomo 3. Indução de maior produção de reativos intermediários de oxigênio (ROIs) e de óxido nítrico (NO) catalizados pelas enzimas oxidase e NO sintase (iNOS), respectivamente. IMUNIDADE CELULAR – Ativação de macrófagos por Th1 Mecanismos de evasão de patógenos intracelulares de fagócitos (bactérias, fungos e protozoários) Inibição da formação do fagolisossomo: M. tuberculosis, L. pneumophila Inativação ou detoxificação de ROIs e NO: C. neoformans, C. albicans, M. tuberculosis (catalase e superóxido desmutase) Destruição da membrana do fagossomo e escape para o citoplasma: L. monocytogenes, Leishmania sp e T. cruzi (C9) IMUNIDADE CELULAR – Mecanismo efetor do linfócito T CD8+ A ativação de linfócitos T citotóxicos (CD8) VIRGENS demanda a participação de células apresentadoras de antígeno profissionais, e eventualmente de citocinas produzidas por linfócitos T auxiliares. linfócitos T CD8 ativados linfócitos T CD8 ativados IMUNIDADE CELULAR – Mecanismo efetor do linfócito T CD8+ T CD8 célula alvo reconhecimento de peptídeos estranhos e adesão entre células (A) mobilização dos grânulos de granzima e perforina (B) degranulação sobre célula alvo (B) desprendimento das células Morte da célula alvo IMUNIDADE CELULAR – Mecanismo efetor do linfócito T CD8+ T CD8 T CD8 IMUNIDADE CELULAR – Mecanismo efetor do linfócito T CD8+ Mecanismos de evasão de patógenos intracelulares: Vírus Inibição do processamento antigênico via MHC classe I: (bloqueio das proteínas TAP): HSV Produção de citocina Epstein-Barr virus imunosupressiva Infecção de Linfócitos T CD4+: HIV ~ IL-10: Diferenciação de linfócitos T CD4: COMPLETO Treg e Th17 Mecanismos efetores de células TH17 Fig. 9-17 Copyright © 2011 byan Saunders, an imprint of ElsevierInc. Inc. Abbas, Lichtman, and Pillai. Cellular and Molecular Immunology, 7th edition. Copyright © 2012 by Saunders, imprint of Elsevier Th1 e Th2 Controle da diferenciação por citocinas Célula Th1, venha aqui. Um antígeno foi achado. Eu tenho que alertar todo mundo! Galera, venham aqui. Alerta de invasor! Alerta de invasor!