44ª JORNADA MARANHENSE DE ENFERMAGEM E 74ª SEMANA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM 15 a 16 de Maio, 2013 – auditório do Hospital Universitário Presidente Dutra e dia 17 auditório do Instituto Florence de Ensino Superior FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE RESUMO ESCOLHA SUA OPÇÃO DE APRESENTAÇÃO: Título: RAIVA HUMANA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Relator: LIMA, Rômulo Henrique da Silva1 Autores: SANTOS, Vandiel Barbosa2 MARTINS, Vicenilma de Andrade3 RODRIGUES, Livia dos Santos4 BATISTA, Rosângela Fernandes Lucena5 Instituição: Universidade Federal do Maranhão - UFMA Resumo: INTRODUÇÃO: A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura. Ele é neurotrópico e sua ação no sistema nervoso central causa quadro clínico característico de encefalomielite aguda, decorrente da sua replicação viral nos neurônios. A raiva representa um importante problema de saúde pública, particularmente em áreas menos desenvolvidas, em razão dos custos decorrentes das medidas de controle e de sempre evoluir para a morte. OBJETIVO: Este pesquisa busca fazer um levantamento bibliográfico sobre os casos de raiva e tenta esclarecer dúvidas frequentes sobre a raiva humana, conscientizar a população sobre as ações de controle e prevenção e enfatizar as ações de enfermagem na assistência a pessoa com o vírus da raiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada no período de Fevereiro de 2013 à Março de 2013, na qual foram consultados livros e periódicos da Biblioteca da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realizada a busca de artigos científicos nos bancos de dados da Bireme e Scielo, através das fontes Lilacs e Medline e documentações oficiais do Ministério da Saúde.RESULTADOS: O vírus da raiva é neurotrópico e sua ação no sistema nervoso central – SNC causa quadro clínico característico de encefalomielite aguda, decorrente da sua replicação viral nos neurônios. Pertence ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, possui a forma de projétil e seu genoma e constituído por ácido ribonucléico – RNA envolvido por duas capas de natureza lipídica. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre, enquanto o cão, em alguns municípios, continua sendo fonte de infecção importante. As regiões Norte e Nordeste, no período de 1990 a 2009, foram responsáveis 201 por 82% dos casos de raiva humana no Brasil, destacando-se Pará e Rondônia na região Norte; Maranhão, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas no Nordeste; e Minas Gerais no Sudeste11. Na distribuição dos casos de raiva quanto aos animais transmissores no período de 1990 a 1995, o cão foi o responsável por 71% dos casos, seguido pelo morcego (14%) e pelo gato (5%). Já no período de 1996 a 2001, o cão participou de 81%, enquanto o morcego, o gato e animais silvestres terrestres (sagui e mão-pelada) contribuíram com 5% cada um. Entre 2002 e 2009, o morcego foi responsável por 63,8% dos casos e o cão por 30,2%11. A sintomatologia pode variar de acordo com o animal infectado. O diagnóstico laboratorial da raiva ante-mortem pode ser realizado através: da identificação do antígeno rábico pela técnica de imunofluorescência direta (IFD) em decalques de células de córnea (Cornea Test); na biópsia da pele da região da nuca (folículo piloso); ou da saliva (swab). O tratamento dos seres humanos expostos ao vírus da raiva é feito pela aplicação de prolongado processo de imunização. A profilaxia contra a raiva deve ser iniciada o mais precocemente possível. A prevenção da raiva humana pode ser realizada antes (pré-exposição) ou após (pós-exposição) correr o risco de exposição ao vírus da raiva. CONCLUSÃO: Conclui-se que a raiva assintomática, sintomática e em quase 100% dos casos fatal, o diagnóstico pode ser clínico ou laboratorial, não tem tratamento específico e através de medidas profiláticas pode ser prevenida. Como enfermeiros, devemos ter papel ativo em todas as etapas de cuidado com a pessoa com o vírus da raiva, e dessa forma contribuir para que os índices de incidência diminuam cada vez mais. Palavras-chave: Raiva humana, profilaxia da raiva humana e tratamento da raiva humana. Identificação profissional: 1 E-mail do relator: [email protected] Acadêmico do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão,Bolsista PIBICFAPEMA, Membro Acadêmico da Liga de Afecções Renais(LARe)[email protected] 2 Acadêmico do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, Monitor Bolsista do Pró Saúde/PET Saúde, Monitor da disciplina Saúde da Mulher e Membro do Grupo de Pesquisa em Habilidades Psicomotoras para o Cuidado. 3 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Monitor da disciplina Semiologia e Membro do Grupo de Pesquisa em Habilidades Psicomotoras para o Cuidado. 4 Enfermeira. Mestranda em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Maranhão. 5 Enfermeira. Pós-doutora em Saúde Coletiva. Professora Adjunta do Departamento de Saúde Pública. Universidade Federal do Maranhão. 202