1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo a demonstração da situação da doação de sangue, realizando um estudo científicos no Hemocentro de Cascavel, especificamente no setor de Serviço Social, o qual é responsável pela captação de doadores de sangue e proporcionar a manutenção de um estoque mínimo de bolsas de sangue. Demostrar os problemas sociais que cercam o ato de doar sangue, fatores culturais, mitos e a falta de verdades cientificas, que colocam um obstáculo muito grande na doação voluntária e consciente. Criando um problema no fato de que as pessoas são muito resistentes a doação de sangue, mesmo com fortes argumentos, convence-las é uma tarefa muito difícil, por isso, em certas épocas o nível de estoque é baixo e corre-se o risco de faltar sangue, apesar da sua utilização racionalizada na qual o sangue total é fracionado e separado em outros componentes como os concentrados de plaquetas, concentrado hemácias, concentrado de leucócitos e outros. Sua aplicação ocorre em situações extremas, destinada a pacientes que necessitam reposição rápida de sangue, por diversas causas clínicas e cirúrgicas. Devido a isto, o sangue passa a ter um valor de barganha e passa-se a exigir dos familiares dos pacientes que recebem o sangue uma reposição, vinculada ao pacientes que necessitam de tratamento. Significando uma perda das característica de solidariedade e ajuda ao próximo. Entretanto, relaciona o paciente com o sangue por ele recebido, pressionando seus parentes para que tragam novos doadores, para manter o nível de estoque é questionável pelas ciências sociais, pois não cria no doador o hábito de doar por solidariedade, ele passar somente a doar quando é pedido por alguém que necessita repor o estoque, mantendo uma distorção na responsabilidade social dos indivíduos. 2 2. OBJETIVOS Estudar as políticas do Estado para o setor de saúde, mas precisamente para o setor de sangue, analisar a situação da doação de sangue no Hemocentro de Cascavel e na região sul no ano de 2001 e levantar as causas que levam as pessoas a não doarem sangue de forma solidaria e vinculada com os pacientes e indicar possíveis caminhos para a solução deste problema social. 3 3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO. A metodologia é entendida “como o caminho e o instrumental próprio de abordagem da realidade” (MINAYO, 1994, p.22). Para o desenvolvimento deste projeto, será utilizado como Método Abordagem indutiva, em que o problema constatado, no Hemocentro de Cascavel, se iguala a outras Instituições sendo um problema Nacional, pois a necessidade de sangue é constante e a resistência das pessoas em doarem sangue é identificada em todos os Estados Brasileiros. Devido a isto, procederá a identificação de experiências que obtiveram sucesso, procurando chegar a uma fórmula que se aplique no contato com os doadores. A pesquisa bibliográfica buscará referências teóricas do assunto. De acordo com LAKATOS e MARCONI (1985, pg. 45). “A técnica de pesquisa bibliográfica, trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas e impressa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações”. O método de procedimento será o comparativo, procurando semelhanças e diferença entre a Instituição Estudada e as demais existentes, através da mensuração dos dados, mensagens e fatos do cotidiano, comparando as estratégias de Marketing e sua viabilidade. "A coleta de dados exige as seguintes considerações: a responsabilidade do pesquisador de conhecer todas as informações disponível sobre o acontecimento estudado e procurar novas fontes, já existentes que lhe permitam descobrir novos dados”. (RICHARDON, 1999.p.252). Os dados apurados serão analisados de forma qualitativa, que parte do fundamento que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito da análise, sendo os modelos apresentados na pesquisa objetos que possuem significados e mantém relações com sujeitos concretos criando formas de contato direto. 4 4. ESTADO E A POLÍTICA DE SANGUE: NA PERSPECTIVA DO DOADOR VOLUNTÁRIO. A atividade da Hemoterapia esta regulamentada pela Portaria nº 1.376, de novembro de 1993, de acordo com a Lei Nº 10.205, de 21 de Março de 2001 e a Lei 8.080 de 19/09/90, na seção II, art.16 inciso XVI que também estabelece as normas técnicas e elege COSAH (Coordenação de Sangue e Hemoderivados) como instância normativa responsável pela interpelação e revisão periódica das normas técnicas. O sangue é formado por uma parte fluida de cor amarela plasma, constituído por água e inúmeras substâncias dissolvidas, já, as células dos sangue são as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. Introduzida no país no iniciou dos anos 30, a doação de sangue era realizada pelo sistema lado-a-lado e, através de instrumentos primários - seringa de jubê - o era transferido ao receptor. Já no final da década de 70, o suprimento de sangue era feito quase exclusivamente com o concurso de doadores remunerados. A qualidade dos serviços era discutível e o controle da material coletado era bastante deficiente. A criação do Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados, conhecido com Pró-Sangue, em abril de 1980, coloca um ponto final na mercantilização do produto. Resultado da cobrança e articulação da comunidade técnico-científica e da sociedade civil, o programa veio proibir o pagamento do doador (na sua grande maioria indivíduos sem as mínimas condições de nutrição e de saúde para doar sangue) e regulamentar o ressarcimento aos serviços pelos gastos com a coleta, processamento e transfusão do sangue e seus componentes. Mesmo na atualidade, com os avanços alcançados com mudança de política, no qual o Estado assumiu o controle de todo o processo de hemoterapia, a transfusão oferece riscos de contaminação por doenças transmissíveis pelo sangue, como a Sífilis, AIDS, Hepatites, doença de Chagas, etc, caso os Hemocentros e Bancos de sangue privados não consigam detectar o vírus HIV em pacientes que estão na janela imonológica como por exemplo o fato que ocorreu na cidade de Riberão Preto, vinculada no jornal Hoje de 18 agosto 2002, pg. 24 “onde uma menina de dez anos foi 5 infectada com o vírus HIV após receber a transfusão de sangue no Hospital da Clinicas, em cirurgia realizada no ano passado”. Já o Diretor da Anvisa Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques se defende dizendo que: “O fato ocorrido em Ribeirão Preto, além de extremamente indesejável, deve ser por todos lamentado. Situações como essa ressaltam a necessidade de se continuar investindo na melhoria da qualidade do sangue, desde a seleção do doador até a obtenção dos produtos finais, sua distribuição e a indicação de uso dos hemocomponentes; Os investimentos da União para execução de obras e compra de equipamentos na hemorrede pública vêm aumentando. Entre 1997 e 2001 o Programa Qualidade no Sangue investiu R$ 217,8 milhões nos convênios e projetos do Ministério da Saúde. Para os anos de 2002 e 2003 estão sendo destinados R$ 76,4 milhões em melhorias na infra-estrutura da Hemorrede; Como resultado disso, a percentagem de casos de Aids notificados adquiridos via transfusões manteve-se em 0,1% no período de 1998 a 2000. Em 1996, era de 1,6%. Enquanto em 1996 ocorreram 326 casos de contaminação por meio de transfusões, em 2000 foram registrados três; Para minimizar esses riscos, os doadores são submetidos a uma triagem Clínica, onde o médico avalia as condições de saúde e seu comportamento. Todavia, de acordo com a portaria 1.407, de 1º de agosto de 2002 todos os Hemocentro realizaram o exame NAT (nucleic acid test) , o qual reduz o tempo de detecção do vírus HIV e da Hepatite C, identificando mais facilmente os portadores destas doenças, porém, pelo auto custo do exame a data de implantação da medida foi prorrogada. Porém, dados estimados por SZWARCWALD C. L. & CASTILHO E. A. (2000) dão conta que a proporção de infectados pelo HIV e os respectivos intervalos para a população brasileira de 15 a 49 anos de idade, segundo o sexo, no ano de 2000, foi calculada em 6,5/1000 de indivíduos infectados, sendo igual a 4,7/1000, entre as mulheres, e 8,4/1000, entre os homens, estas estimativas do número de infectados é calculada em cerca de 600 mil indivíduos. Já, segundo a Organização Mundial de Saúde, ocorrem no Brasil cerca de 12 milhões de DST (Doença Sexualmente Transmissível) ao ano. Como a notificação dos casos de DST não é compulsória e como cerca de 70% das pessoas com alguma doença 6 sexualmente transmissível buscam tratamento em farmácias, o número de casos notificados fica muito abaixo da estimativa da OMS, cerca de 200 mil casos/ano. Devido a isto, o Estado implantou o Programa de Qualidade do Sangue do Ministério da Saúde, o qual visa a transformação da ação gerencial, propondo-se a introduzir as mudanças de valores e comportamento preconizados na gestão de qualidade. Este programa se iniciou em maio de 1998 e vem provocando mudanças profundas na sua concepção e por conseqüência, ganhando uma nova face. Hoje, as questões hemoterápicas no país são objeto de atenção não só do governo, mas de toda a população direta ou indiretamente envolvida no processo. Contudo, o principal problemas que enfrenta a política de sangue no Brasil esta relacionada com a captação de doadores de sangue. Como não existe substituto para o sangue, a única forma de obte-lo é através da doação, exigindo a necessidade de voluntários, pessoas que deixam suas atividades rotineiras para entregar parte de si durante a doação, sem receber nada em troca. De acordo com o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2000), o doador de reposição é aquele que doa para repor os estoques de sangue de um hospital sendo sua doação vinculada ou não a um paciente, o doador voluntário é aquele que doa espontânea, altruísta, e voluntariamente, sua doação é anômima e não vinculada. Todavia, a tarefa não é nada fácil, pois os fatores culturais interferem significativamente nos resultados. Para Chauí (1995, p.295), a cultura é o conjunto de práticas, comportamentos, ações e instituição pelas quais os humanos se relacionam entre si e com a natureza e dela se distinguem, agindo sobre ela ou através dela, modificando-a. Este conjunto funda a organização social, sua transmissão de geração a geração. A cultura estabelece padrões de comportamento e de pensamento, transmitidos aos seus membros, que se traduzem em ações. Os comportamentos e pensamentos originam-se dos conhecimentos disponíveis e, na ausência de conhecimento científicos, isto é. Efetivos que vão dar conta do real criaram os tabus e mitos. Estes podem ser explicados com fatos do cotidiano, criados pela falta de verdades cientificas. O sangue carrega em si uma força emocional e para a maioria das pessoas, implica em "tirar algo de si", sem ter certeza de um retorno e que não há prejuízo ao doador, porém, na outra ponta está um paciente, carecendo de vida. 7 Há Outros fatores, entre eles estão o nível escolar, estruturação da família, pouco interesse na prática da doação de sangue voluntária. A educação escolar não proporciona um entendimento sobre a importância de ajudar o próximo com a doação de sangue, limitando-se aos aspectos fisiológicos do organismo humanos, que deixam de incluir tópicos sobre doação de sangue, esclarecendo sobre os critérios de doação, a finalidade do sangue e seu papel social. Já nas telas de cinema, na programação da TV, nos jornais, revistas e nos romances chamados de policiais, o "sangue" é associados pelas pessoas com "morte" e não elemento que proporciona a vida. Para todos os fatores, é necessário uma mudança muito grande. Para que o quadro se torne favorável à doação de sangue, a educação dos jovens se faz necessário e a universidade é um dos principais locais de orientação, discussão e formação do hábito da doação voluntária. Por outro lado, a falta de saneamento agrava mais a situação, sendo as Hepatites transmissíveis pelo sangue, interfere diretamente na qualidade do sangue, pois, o índice de descarte de bolsas de sangue com sorologia positiva para as diversos tipos de doenças, incluindo as hepatites virais, nas cinco região do Brasil são de 11% a 17% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000). Já o número de doadores recusados na triagem clínica, na região Sul foi de 51.820 doadores, representando um índice 20,52%, já na triagem sorologica o índice é de 11,32%. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) 2000. Com isso, além da preocupação constante em recrutar doadores de sangue, procura-se selecionar pessoas que oferecem um risco menor, todavia, a população não esta devidamente esclarecida sobre a doação de sangue e sua importância para sociedade. 8 5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS O Hemocentro de Cascavel trabalha com os dois tipos de doadores. O doador de reposição é recrutado através do auxílio dos familiares dos pacientes internados no Hospital Universitário, é uma abordagem direta em que é orientado para que ele tragam inicialmente 5 doadores para pacientes em tratamento cirúrgicos e dois para pacientes em tratamento clínico. O número de doadores aumenta conforme o paciente faz uso do sangue na sua recuperação, a proporção utilizada é 1/5, isto é para cada bolsa de sangue total, a família terá que trazer 5 novos e o doador voluntário atende espontaneamente as necessidades de sangue. Todavia, analisando-se os dados, observa-se que maioria dos doadores vem fazer uma doação a pedido, sendo esta vinculada a um pacientes, conforme os dados do Hemocentro de Cascavel que apontam o índice de doadores de reposição de 57,98% e de doadores voluntários de 33,72% e outros tipos de doadores foi de 8,30%, no ano de 2001. TABELA 2 - CANDIDATOS A DOAÇÃO POR TIPO NO HEMOCENTRO DE CASCAVEL - 2001. Número de doadores Porcentagem Reposição 5.525 57,98% Voluntário 3.214 33,72% Outros 789 8,30% TOTAL 9.528 100% Fonte: Hemocentro de Cascavel 2001. Já, na Região Sul, de acordo como a ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA) o percentual de doadores de reposição aprovados na triagem clínica, na região Sul, foi de 55,19% e o de doadores voluntários foi de 37,52% e outros tipos de doadores foi de 7,29%. 9 TABELA 2 - NÚMERO CANDIDATOS A DOAÇÃO POR TIPO NA REGIÃO SUL DO BRASIL - 2001. Número de doadores Porcentagem Reposição 110.802 55,19% Voluntário 75.321 37,52% Outros 14.637 7,29% TOTAL 186.123 100% Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – 2001Comparando os dados da Comparando a Região Sul com os dados do Hemocentro de Cascavel, observase que o índice de doadores voluntários no Hemocentro é 3,8% menor do que a média da Região Sul, todavia, para a OMS (Organização Mundial da Saúde) ambos não satisfazem as exigência internacionais, segundo ela o número de doadores voluntários deve ser maior do que de reposição. Devido a isto, o MINISTÉRIO DE SAÚDE deseja mudar este quadro até 2003, a meta de desempenho do Programa Nacional de Doação Voluntária de sangue é aumentar a população doadora de 2%, no ano de 1999, para 4% e a participação dos doadores espontâneos de 25% para 80% no ano de 2003. Para que isto possa ocorrer, o Governo Federal deverá investir 222.680 milhões de Reais até o ano de 2003, aumentando o percentual de investimento em 14,72% em relação ao ano de 2000. Todavia, apenas investimentos financeiros não darão conta de mudar extraordinariamente as estatísticas e realizar uma mudança no tipo de doador, pois o que deve ocorrer é uma mudança no comportamento das pessoas, que dever passar a doar sangue voluntariamente. Para, a diretora do Hemocentro Cascavel Sra. Silvana Tomasi, mais de 60% das doações são de reposição, enquanto 20% são de voluntários, segundo ela no Brasil ainda não há hábito da doação de sangue, "talvez porque o País ainda não tenha enfrentado catástrofes". Também aponta números dos candidatos doadores, o percentual do sexo masculino e feminino, além de índices de reprovação na triagem médica e sorológica e aponta, também, a problemática das plaquetas e informa sobre a panfletagem realizada no calçadão. (O Paraná 26/11/2002, página 09). 10 Porém, depender de uma catástrofe para mudar um comportamento social, não é cientificamente correto, pois as mesmas não ocorrem com grande freqüência na sociedade moderna, além de que as ciências sociais, podem através da dialética oferecer contribuições para a busca do perfil do doador de sangue. Para reforçar a situação da doação de sangue, demonstra-se o índice de doadores novos que foi de 82,20% e o índice de retorno foi de 17,80%, no ano de 2001. TABELA 3 - NÚMERO DE CANDIDATOS APTOS POR TIPO DE DOAÇÃO. HEMOCENTRO DE CASCAVEL - 2001. Número de doações Porcentagem Novos 5.389 82,20% Retorno 1.163 17,80% TOTAL 6.552 100% Fonte: Hemocentro de Cascavel - 2001 Já, na Região Sul o índice de doadores novos foi de 60,28% e de doadores que retornaram no ano foi de 39,72%. TABELA 4 - NÚMERO DE CANDIDATOS APTOS POR TIPO DE DOAÇÃO. REGIÃO SUL - 2001. Número de doadores Porcentagem Novos 121.017 60,28% Retorno 79.743 39,72% TOTAL 200.760 100% Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) – 2001 Analisou-se as duas tabelas e concluiu que a taxa de retorno dos doadores no Hemocentro de Cascavel é 21,92% menor do que a taxa da Região Sul. Porém, o mais grave, que prova estatisticamente que as pessoas não têm o hábito de doar sangue, esta no fato que das 1.163 doações de retorno, foram necessárias 543 pessoas, que na sua maioria doaram duas vezes, todavia, os homens estão aptos a doarem a cada 60 dias e as mulheres a cada 90 dias, com isso o homem pode realizar até 11 5 doação ano e a mulher 4, porém, nota-se que são poucas as pessoas que retornaram ao Hemocentro de Cascavel pela terceira ou quarta vez no ano de 2001, conforme tabela abaixo. TABELA 5 - NÚMERO DE DOADORES COM MAIS DE DUAS DOAÇÕES. HEMOCENTRO DE CASCAVEL - 2001. Número de vezes Masculino Feminino 04 09 0 03 41 18 02 291 184 TOTAL 341 202 Fonte: Hemocentro de Cascavel - 2001 Com isso, a questão da doação de sangue é um problema que traz inquietação para a sociedade, pois qualquer pessoa pode necessitar de uma transfusão de sangue, deste modo, a atenção ao problema não se resume apenas em conhece-lo, deve-se buscar a solução, para que não nos tornemos reféns de uma situação crítica, por conseqüência da inépcia da situação da doação de sangue vinculada ao paciente, que não traz benefícios para a sociedade, pois, cria situações muitas vezes que estão fora de controle pela imprecisão e falta de regularidade. 12 6 CONCLUSÃO. Ao termino do trabalho realizado com base no número pessoas que doaram sangue em 2001, observa-se que 543 pessoas doaram mais de 2 vezes no ano, num total de 6.552 doação, conclui-se que um percentual muito pequeno de doadores têm o hábito de doar sangue regularmente, as pessoas são muito resistentes ao ato de doar. Porém, romper esta resistência através da prática de estimulo as pessoas, com mensagens de encorajamento e de compadecimento para as aqueles que necessitam de sangue, todavia fundamentado em verdades científicas, para que não haja distorção do realidade. O estudo comprovou a necessidade de discussão mais intensas com a sociedade e a busca de espaços para que tenha intensos debates sobre a responsabilidade do Estado, das Organizações não Governamentais e da sociedade. Desta forma, através do direcionamento das discussões se pode aumentar a participação de pessoas esclarecidas e com a responsabilidade social no ato de doar sangue.