1) Laboratório de Embriologia Molecular, Departamento de Biologia

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Resumos do 49° Congresso Brasileiro de Genética
Águas de Lindóia, SP, 16 a 19 de Setembro de 2003
www.sbg.org.br
ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE CONEXINAS POR R T-PCR E HIBRIDIZAÇÃO IN SITU NAS
CAMADAS GERMINATIVAS DO CÉREBRO E CEREBELO DE RATO
Garcia, GT1; Fonseca, LB2; Abdelhay, E3 ; Menezes, JRL 2 ; Fróes, M2; Cofre, J1
1) Laboratório de Embriologia Molecular, Departamento de Biologia Celular, Embriologia e
Genética - CCB, UFSC; 2) Laboratório de Neuroanatomia Celular, Departamento de
Anatomia ICB - CCS, UFRJ; 3) Laboratório de Biologia Molecular Maury Miranda, IBCCF CCS, UFRJ.
[email protected] / [email protected]
Palavras-chave: Conexinas, RT- PCR, Telencéfalo.
Introdução: A comunicação juncional é definida como o estabelecimento de canais intercelulares
funcionais , os quais são formados por unidades monoméricas chamadas conexinas e permeáveis a
íons, metabólitos e segundos mensageiros. Estas vias transcelulares podem estar implicadas no
estabelecimento de compartimentos sinciciais pluricelulares no sistema nervoso em desenvolvimento.
Recentemente, através de ensaios funcionais in situ (transection loading) realizados em telencéfalo
de ratos embrionários, demonstramos a existência de uma barreira ao acoplamento juncional na
interface entre as zonas ventricular (ZV) ventral (eminência ganglionar) e dorsal (córtex cerebral),
identificada como ângulo caudado-pálio. Resolvemos, portanto, investigar possíveis alterações no
perfil de expressão de conexinas nesta região e suas possíveis implicações na compartimentalização
neural estabelecida no período embrionário. Objetivos:
Decidimos estudar os padrões de
expressão das conexinas Cx43, Cx26 e Cx50 nas camadas germinativas do cérebro e do cerebelo de
ratos pré- e pós -natos, utilizando as técnicas de R T-PCR e hibridização in situ. Métodos e
Resultados: Para a realização do R T-PCR o RNA total foi extraído com Trizol e o cDNA foi
preparado por meio de um procedimento padrão. Para a hibridização in situ, utilizamos cortes de
cérebro de rato em estágios embrionários E15-E18 e cortes de cerebelo de recém-natos (P4 e P8).
Empregamos ainda, sondas especificas para Cx43 conjugadas à digoxigenina, as quais foram
produzidas por transcrição in vitro mediante protocolos de rotina. Para a revelação da sonda foi usado
um anticorpo contra digoxigenina conjugado à fosfatase alcalina. Como substrato usamos uma
mistura de NBT/BCIP. Selecionamos, em nossos experimentos com cDNA, três diferentes regiões do
telencéfalo, o córtex cerebral, a eminência ganglionar e o ângulo striatum-pallium, nos estágios E1314, E15 -16 e E17-18. Detectamos a presença das conexinas Cx26, Cx50 e Cx43 por RT-PCR e Cx43
por hibridização in situ nas camadas germinativas do telencéfalo, nos três estágios mencionados
anteriormente. Não observamos diferenças significativas na distribuição destas conexinas nas
camadas germinativas embrionárias que justificassem a inibição do acoplamento celular previamente
encontrada. Finalmente, registramos a presença de RNAm para Cx43 na camada germinativa externa
de fatias cerebelares (P4 e P8) na qual, em estudos prévios constatamos a ausência de acoplamento
juncional mediado por Cx. Conclusões: Nossas análises em bases moleculares sugerem que a
delimitação de sincícios funcionais que potencialmente orientariam a regionalização telencefálica em
períodos precoces do desenvolvimento não reflete necessariamente diferentes perfis de expressão
de Cx, mas assenta-se provavelmente no controle pós-traducional das unidades oligoméricas por
estas formadas, afetando diretamente os níveis de comunicação juncional, e estabelecendo bordas
no tecido nervoso.
Apoio Financeiro: CNPq, CEPEG/UFRJ, FUJB, FAPERJ, PRONEX - MCT, TWAS, CEPG.
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