UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE EDUCAÇÃO HELENADJA MOTA RIOS PEREIRA Atitudes de estudantes no contexto brasileiro do Ensino Médio em relação à teoria da evolução biológica Maio- 2011 1 Disciplina: EDF5033-2 - Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação de São Paulo – FEUSP. Projetos de Pesquisa: Leituras Sobre métodos e Técnicas na Sociologia da Educação. Professora Maria da Graça Jacinto Setton 1º Semestre /2011 Projeto de pesquisa de Doutorado: Atitudes de estudantes no contexto brasileiro do Ensino Médio em relação à teoria da evolução biológica. Área de pesquisa: Ensino de Ciências e Matemática RESUMO O presente projeto tem como objetivo verificar a aceitação/rejeição da teoria da evolução biológica de estudantes do 1º ano do Ensino Médio distribuídos em 120 escolas públicas e particulares de todas as regiões e estratos econômicos do Brasil e caracterizar possíveis relações entre a atitude dos alunos sobre a teoria evolutiva e a proximidade entre ciência e religião. A coleta de dados será feita mediante a utilização de um instrumento na forma de questionário desenvolvido pelo projeto “Relevance of Science Education” (ROSE) onde o estudante é convidado a assinalar qual é o seu nível de interesse, numa escala de 1 a 4, sobre diversos temas da ciência. O ROSE é um projeto internacional desenvolvido na Universidade de Oslo (Noruega) que busca identificar fatores considerados importantes pelos estudantes no aprendizado e conhecimento de ciência e tecnologia, que podem ser utilizados para fazer com que os alunos se interessem mais pelo tema e como pilares para a discussão sobre estruturação curricular do Ensino de Ciências. Palavras-chave: evolução biológica; ensino de ciências; ciências e religião. 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................... 4 JUSTIFICATIVA..................................................10 OBJETIVOS......................................................... 11 PROBLEMA DE PESQUISA.............................. 11 PLANO DE TRABALHO................................... 12 CRONOGRAMA DE PESQUISA........................15 MATERIAL E MÉTODOS..................................16 FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS.... 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................ 22 3 INTRODUÇÃO A escolha de um tema para um trabalho acadêmico geralmente está relacionada com a trajetória de vida de quem irá realizar a pesquisa e, nesse sentido, é importante destacar que o interesse por pesquisar este tema resultou da minha própria experiência docente. A atitude negativa dos estudantes em relação à disciplina Biologia, conforme observado por mim em sala de aula, sempre foi uma das minhas inquietações. Krasilchik (1986) discute algumas razões para essa atitude negativa, como, por exemplo, a dificuldade de compreender o vocabulário das Ciências Biológicas, que, em muitos casos, ocupa o foco do Ensino de Biologia. Este tem sido afinal, freqüentemente marcado por grande número de palavras desconhecidas, tornando difícil para os estudantes acompanhar o desenvolvimento das aulas e compreender a relevância dos conteúdos estudados para suas vidas, tanto em termos pessoais como sociais. Isso faz com que muitos estudantes pensem que a Biologia se restringe a um amontoado de nomes de plantas, animais, órgãos, tecidos, substâncias químicas, etc., que devem ser memorizados, sendo raramente sistematizados em corpos de conhecimento coerentes e férteis para a compreensão de si mesmo e do mundo ao seu redor Outra razão apontada pela autora para a atitude negativa dos estudantes frente ao ensino de Biologia reside na natureza das interações entre os professores dessa disciplina escolar e os estudantes, que tendem a ser excessivamente centradas no professor. Nessas interações, o professor ocupa a maior parte do tempo com exposições e o restante fica preenchido, em boa parte, por períodos de confusão e silêncio. A partir da observação de atitudes negativas em minha própria sala de aula, fiquei motivada a enfrentar o desafio de despertar nos educandos uma melhor compreensão das teorias, dos modelos e dos conceitos científicos, em particular no campo da Biologia, bem como da importância destes para sua formação como cidadãos críticos, participativos e responsáveis. Essa motivação foi elemento central na minha prática docente e explica, em parte, o direcionamento da minha trajetória para a formação acadêmica voltada ao Ensino de Ciências. Contudo, um episódio ocorrido durante a minha prática docente foi o estopim para o meu envolvimento com a área de pesquisa em Ensino de Biologia do qual resultou a realização do mestrado com a defesa no ano de 2009 da dissertação intitulada: Um olhar sobre 4 a dinâmica discursiva em sala de aula de Biologia do Ensino Médio no contexto do Ensino da Evolução Biológica. O episódio ocorreu no ano de 1996 em uma das minhas turmas de Biologia do Ensino Médio de um Colégio, pertencente à Rede Estadual de Ensino, em Salvador - Bahia. Ao ministrar uma aula sobre a origem e a evolução das espécies para uma turma do 1º ano do Ensino Médio, fui abordada por um estudante que questionava a veracidade das explicações científicas sobre esses tópicos. Tratava-se de um estudante, que não somente questionava as explicações evolucionistas a partir de seu conhecimento bíblico, como também manifestava sua recusa em compreender a teoria darwiniana da evolução. Além de expor aos gritos suas idéias contrárias, ele utilizava gestos teatrais, erguendo uma Bíblia como se estivesse pregando, em uma atitude que considerei proselitista. Essa circunstância impossibilitou que eu continuasse a aula ou até mesmo enfrentasse aquela situação conflituosa de uma forma mais dialógica, discutindo-a com o estudante e seus colegas. Aquela foi uma situação para a qual eu não estava preparada, uma vez que até então sempre havia explanado aqueles tópicos sem enfrentar contestações dessa natureza. Essa experiência serviu como mais uma motivação para que eu buscasse uma formação que me permitisse enfrentar situações dessa natureza. Freqüentemente, nós, professores, planejamos nossas aulas sem nos darmos conta dos conhecimentos prévios dos estudantes. No caso do Ensino da evolução, é bastante comum encontrarmos idéias criacionistas em meio a este conhecimento prévio, com o potencial de gerar polêmicas, como relatado anteriormente, no contexto da sala de aula. A referida experiência mostra que, quando nos deparamos com esses conflitos, em geral, não estamos preparados para lidar com eles. Normalmente, não sabemos como gerenciar tais conflitos de modo a transformar as próprias contestações e discussões que surgem em oportunidades de ensino e aprendizagem, e, conseqüentemente, potencializar um processo de negociação de significados, o qual é fundamental para que os estudantes possam engajar-se na busca da compreensão das idéias científicas em questão. No curso de doutorado, mantive o interesse em abordar o tema Ensino de evolução biológica escolhendo a área de Ensino de Ciências para o prosseguimento dos estudos. O Ensino de evolução biológica 5 De acordo com Futuyma (2003), “Evolução biológica é a mudança ao longo do tempo das proporções de organismos individuais diferindo geneticamente em uma ou mais de suas características”. O ensino da evolução biológica tem como objeto a compreensão das teorias e dos conceitos construídos pela Biologia evolutiva. A evolução biológica é um dos conteúdos mais controversos e mal compreendidos no Ensino de Ciências (BIZZO, 1991; PACHECO; OLIVEIRA, 1997; SANTOS; BIZZO, 2000; ALTERS; NELSON, 2002; SANTOS, 2002; PIOLLI; DIAS, 2004). Além disso, a evolução biológica é considerada o eixo central da Biologia. Theodosius Dobzhansky (1973) deixou registrado: “Nada na Biologia faz sentido exceto à luz da evolução.” Tidon e Lewontin (2004) destacam que o estudo da evolução biológica possibilita a integração da Biologia com outras áreas do conhecimento, como Sociologia, Geologia, Filosofia, Matemática e Ciência da Computação, entre outras. Como destacam Meyer e El-Hani (2005), não é apropriado tratar a evolução como somente mais um conteúdo a ser ensinado, lado a lado com outros conteúdos quaisquer abordados nas salas de aula de Biologia. A razão reside precisamente em que as idéias evolutivas têm um papel central, organizador do pensamento biológico, e se mostram, pois, indispensáveis para a compreensão apropriada da grande maioria dos conceitos e das teorias encontradas nas Ciências Biológicas. Um exemplo que podemos dar e que justifica essa razão, de acordo com os autores, é o surgimento da resistência de bactérias a antibióticos. Os autores explicam que para compreender esse fenômeno é necessário entender que ele surgiu a partir da evolução por seleção natural das populações bacterianas. Nesse caso, para entendermos, tentarmos diminuir ou impedir a proliferação de bactérias resistentes dependemos de um entendimento de como o processo evolutivo ocorre. O uso indiscriminado de antibióticos é um fator do surgimento de bactérias resistentes. A compreensão desse fenômeno por parte da população auxiliaria em ações como uso de antibióticos somente com prescrição médica. 6 A Evolução Biológica como eixo integrador do currículo de Biologia foi contemplada pelas Diretrizes Curriculares para o curso de Ciências Biológicas: “Os conteúdos básicos deverão englobar os conhecimentos biológicos e das áreas das ciências exatas, da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador.” (BRASIL, 2001, p. 5). De acordo com Cicilline (1997), a abordagem da teoria da Evolução Biológica como eixo norteador do Ensino de Biologia possibilitaria articulações de conhecimentos biológicos que são trabalhados de modo desconexo, mostrando coerência nas relações entre os organismos vivos e integrando os distintos conhecimentos produzidos por outros ramos da Biologia, como a Sistemática e a Morfologia, entre outros. Além do mais, segundo a autora, essa abordagem unificadora evitaria um tratamento reducionista dos sistemas vivos, em termos puramente físico-químicos e matemáticos. Apesar de este caráter unificador da Evolução Biológica ser destacado nas Diretrizes Curriculares, Pacheco e Oliveira (1997) assinalam que, nas salas de aula de Biologia, esse status é pouco ou nada levado em conta. Outros fatores apontam para problemas no processo do ensino e aprendizagem da Evolução Biológica, tais como concepções inadequadas sobre a natureza da ciência, influências religiosas, natureza controversa do tema, o que faz com que professores o evitem. O resultado global é que a evolução é mal compreendida tanto por professores, quanto por alunos de Biologia. Entre os problemas envolvendo o Ensino da Evolução Biológica, destaca-se o conflito gerado no confronto com a visão de mundo religiosa dos estudantes, quando o professor apresenta a visão científica sobre evolução. Esta é uma ocorrência muito usual, que os professores têm grande dificuldade para enfrentar na sala de aula. A complexidade do tema exige um preparo do professor para mediar tais conflitos. De acordo com Alters e Nelson (2002), na década passada, a comunidade de pesquisadores em Ensino de Ciências aumentou consideravelmente sua atividade de investigação sobre o ensino e a aprendizagem da evolução. Muitas investigações sobre o ensino da evolução têm considerado a limitada compreensão pública sobre o assunto um problema, mostrando que há ainda muito a avançar nas práticas de ensino e na investigação sobre a aprendizagem neste campo do conhecimento (DAGHER; BOUJAOUDE, 1997; 7 ABD-EL-KHALICK; BELL; LEDERMAN, 1998; BIANCHINI; COLBURN, 2000; RAZERA; NARDI, 2001; ALTERS; NELSON, 2002). Nos Estados Unidos, as discussões sobre o ensino da evolução nas salas de aula geralmente giram em torno das relações com as religiões cristãs. Organizações antievolucionistas, que buscam solapar o ensino da evolução, como o Creation Science Research Center (CSRC, Centro de Pesquisa da Ciência da Criação), tomou a linha de frente das organizações criacionistas, já tendo conseguido aprovar em alguns estados norteamericanos, leis1 proibindo o ensino de evolução ou exigindo que os livros escolares incluíssem a advertência de que “a origem e criação do homem e seu mundo não é um fato científico.” Outra estratégia criacionista tem sido a de propor uma abordagem do criacionismo e do evolucionismo com tempos e ênfases iguais, com base na idéia de que o criacionismo seria uma teoria alternativa ao evolucionismo e, assim, deveria ser estudado nas escolas com o mesmo estatuto científico deste último. Os movimentos anti-evolucionistas estão presentes não só em países protestantes, como é o caso dos Estados Unidos. Segundo Cunha (2004), em fevereiro de 2004, o Ministério da Educação da Itália, um país predominantemente católico, excluiu dos currículos escolares o ensino da teoria da evolução. Isso pode ser surpreendente, já que o Papa João Paulo II acatou validade a Evolução Biológica como uma teoria cientifica. Nos Estados Unidos os problemas, no ensino de evolução, relacionados à religião estão fortemente presentes. Aqui no Brasil, esses problemas vêm ganhando um relevante espaço. O enraizamento das idéias criacionistas científicas em nosso país, bem como o intercâmbio de brasileiros protestantes com instituições norte-americanas, como aquela mencionada anteriormente, levou à fundação da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB), em 1972, e da Associação Brasileira de Pesquisas da Criação (ABPC), em 1979. Essas associações fomentam o debate sobre o criacionismo científico no nosso país, realizando eventos e conferências, bem como publicando jornais e materiais educativos criacionistas. 1 Algumas destas leis já foram revogadas (Numbers, 1992). 8 A SBC fornece no seu site 2 informações para as escolas da educação básica implantar centros escolares de estudos criacionistas. Elas incluem roteiros para a instalação de bibliotecas e museus, títulos de livros, apostilas, artigos de jornais e revistas, DVDs, etc. Além dessas informações, a SCB disponibiliza kits temáticos, que de acordo com o site estão relacionados à controvérsia Criacionista/Evolucionista e podem integrar acervos dos Centros Escolares de Estudos Criacionistas, tanto pelo seu caráter didático quanto pelo seu valor ilustrativo e que chamam a atenção para importantes princípios da Ciência e seu interrelacionamento e confronto com as teses evolucionistas. Segundo o site da ABPC3, os criacionistas têm sido confrontados nas escolas e universidades pelo pensamento evolucionista, gerando um conflito interno nos estudantes, uma vez que, como se destaca no site, criação e evolução são modelos incompatíveis, que transitam em sentidos opostos. Mas, segundo as informações do site, os criacionistas devem se preparar para verificar que tal conflito não existe e que, de fato, só o modelo criacionista explica a realidade acerca das nossas origens. Além disso, a teoria da evolução darwinista é colocada como pseudociência para os criacionistas. Acreditamos que a disponibilidade de tais informações na internet, um veículo de amplo acesso e divulgação, traz mais preocupação para o professor ao abordar a teoria da evolução darwinista nas suas aulas de Biologia. Trabalhar o que realmente é a ciência e descrever o campo do conhecimento científico, explicando a natureza desse conhecimento, se faz necessário para que os estudantes possam distinguir as diferentes formas de pensar o mundo que os cerca. Mortimer (1995) alerta para o fato de que os estudantes devem ter a oportunidade de ampliar seu universo cultural, sendo levados a refletir sobre as interações entre as duas culturas4: a cultura cotidiana e a científica. Contudo, essa ampliação deve ser efetivada, segundo este autor, de maneira a não subestimar o status dos conceitos cotidianos, em detrimento dos conceitos científicos em construção, devendo, portanto, haver uma análise consciente das suas relações. 2 http://www.scb.org.br/. http://abpc.impacto.org/intro1.htm/. 4 Cultura aqui estabelecida como crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. 3 9 Entre os problemas envolvendo o Ensino da Evolução Biológica, destaca-se o conflito gerado no confronto com a visão de mundo religiosa dos estudantes, quando o professor apresenta a visão científica sobre evolução (PEREIRA, 2009). Analisando as concepções de Evolução Biológica, de professores do Ensino Médio, do município de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Coimbra e Silva (2007) demonstraram resultados que revelaram uma forte influência das crenças religiosas na postura dos professores dentro da sala de aula. A relação entre criacionistas e evolucionistas é presente no Ensino de Ciências. Os educadores científicos, não podem subestimar esse crescente fenômeno que paira sobre o ensino da evolução. Religião e Ciência têm grande importância na educação, mas ocupam status diferentes. Ensinar a reconhecer compreender e respeitar esses status é uma das missões do atual Ensino de Ciências. JUSTIFICATIVA A influência das crenças na compreensão da teoria evolutiva merece atenção dos pesquisadores, no sentido de contribuir para a descrição e compreensão das relações entre crenças pessoais e as percepções das ciências em geral e particularmente da teoria da Evolução Biológica. É necessário o desenvolvimento de investigações que incluam discussões críticas sobre a influência da aceitação na aprendizagem da Evolução Biológica, como também o levantamento de atitudes com relação a alguns tópicos referentes à Evolução Biológica. Estudos dessa natureza possibilitam conhecer quais itens os estudantes do Ensino Médio do contexto brasileiro concordam ou discordam, para que, esses dados empíricos possam contribuir na elaboração de trabalhos interessados pelo papel das crenças e valores pessoais na compreensão dos estudantes de tópicos controversos, como a Evolução Biológica. OBJETIVOS 10 A partir do problema de pesquisa já mencionado, o presente trabalho tem como objetivo geral investigar a aceitação/rejeição da teoria da Evolução Biológica de estudantes brasileiros do Ensino Médio e caracterizar possíveis relações entre a atitude dos alunos sobre a teoria evolutiva e a proximidade entre ciência e religião. De maneira mais específica temos como objetivos: - Identificar as atitudes de aceitação/rejeição da Evolução Biológica de estudantes do primeiro ano do Ensino Médio em escala nacional. - Analisar as relações estabelecidas entre a atitude dos estudantes brasileiros diante da Evolução Biológica e a atitude com relação à ciência e religião. PROBLEMA DE PESQUISA Quais tópicos referentes à Evolução Biológica são aceitos por estudantes no contexto brasileiro do Ensino Médio e quais relações são estabelecidas entre a atitude5 diante da Evolução Biológica e as atitudes com relação à ciência e religião? As questões centrais que inicialmente irão nortear essa pesquisa serão: Os estudantes brasileiros do Ensino Médio aceitam tópicos da teoria evolutiva acerca de registros fósseis, ancestralidade comum e seleção natural? Os estudantes brasileiros do Ensino Médio aceitam tópicos acerca da origem e formação da Terra e dos organismos vivos, principalmente a origem dos seres humanos? 5 Atitudes são construções do indivíduo ou predisposições não acessíveis à observação direta, uma disponibilidade para interpretar situações, uma postura mental para responder a variadas situações cotidianas. A definição de atitude é complexa. No presente trabalho esse conceito será utilizado em relação ao atributo de avaliação, estabelecido por Shrigley ET al (1988), entendido como a preferência para concordar ou não concordar com algo,motivando suas escolhas e ações. 11 As crenças pessoais religiosas influenciam na aceitação de tópicos da Evolução Biológica? PLANO DE TRABALHO Prazo Máximo para Inscrição no Exame de Qualificação: 10/12/2011 A pesquisa foi organizada de forma a contemplar as seguintes etapas: 1. Etapa diagnóstica, que consistiu em: - Estudo amostral e logístico da aplicação do questionário; - Análise da aplicação do pré-teste no Brasil e da aplicação do projeto ROSE em outros países. 2. Etapa de aplicação do ROSE e organização dos resultados, que consiste em: - Aplicação do ROSE aos estudantes em uma amostra nacional; - Tabulação e consolidação dos dados obtidos; - Estudo comparativo dos resultados nos diferentes estados brasileiros. 3. Etapa analítica e discussão, que consiste em: - Análise das respostas quanto aos objetivos das pesquisas individuais de cada membro do grupo. Este Plano de Trabalho destina-se a apresentar a proposta de atividades para a execução das referidas etapas: 1º ano: 08/2009 a 06/2010 • Cumprimento de créditos. 12 • Troca de orientação. • Aprofundamento teórico. • Desenvolvimento de atividades de pesquisa. • Elaboração de trabalho científico para ser apresentado no Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências - ENPEC 2009. • Elaboração de artigos científico para submissão em revistas científicas especializadas. • Submissão de artigos científicos para publicação em revistas científicas especializadas. • Reelaboração do projeto. • Revisão bibliográfica. • Adequação do instrumento de coleta de dados. • Apresentação de trabalho científico no Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências - ENPEC 2009. 2º ano 08/2010 a 06/2011 • Cumprimento de créditos. • Aprofundamento teórico. • Finalização da adequação do instrumento de coleta de dados. • Impressão dos questionários em folhas ópticas com personalização a laser das folhas de respostas, o que permite a captura digital das respostas. • Contato telefônico e por e-mail para as 120 escolas para apresentação do projeto e confirmação de dados de correspondencia. • Elaboração, execução e envio da cartas de apresentação do projeto às escolas . • Envio por correio do instrumento de coleta, Termo Livre de consentimento esclarecido com duas vías, folheto com orientações de aplicação e envelopes selados para retorno. 13 • Ligações para as escolas para acompanhar o andamento do proceso de aplicação e retorno dos questionários. • Recebimento de questionários por correio. • Envio de Declaração de participação para escolas que retornaram o material. • Reenvio de questionários. • Envio de questionarios ás escolas substitutas dos estados que não retornaram o instrumento. • Análise parcial dos dados coletados. • Elaboração de trabalho científico para submissão no Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências - ENPEC 2011. 3º ano: 08/2011 a 06/ 2012 • Aprofundamento teórico. • Realização do estágio PAE. • Avaliação dos resultados obtidos com a execução do projeto e preparação para o exame de qualificação. • Elaboração de relatório parcial sobre resultados. • Exame de qualificação. • Recebimento de questionários pelos correios. • Envio de Declaração de participação para escolas que retornaram o material. • Análise estatística dos resultados. • Análise dos dados. • Análise dos dados coletados. 14 • Elaboração de artigos para ser apresentados para publicação. 4º ano 08/2012 a 06/2013 • Aprofundamento teórico. • Análise estatística dos resultados. • Consolidar análise das referências bibliográficas para definição de categorias. • Avaliação conjunta dos resultados obtidos e elaboração do relatório final. CRONOGRAMA DE PESQUISA DE DOUTORADO Atividades 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano S1. S2 S1. S2 S1. S2 S1. S2 Revisão bibliográfica Aprofundamento teórico Créditos Estágio Preparação da etapa de campo. Contato com as escolas. Revisão do instrumento Impressão do instrumento Envio do instrumento e aplicação do instrumento Devolutiva do instrumento Análise estatística dos resultados Análise dos dados. 15 Elaboração de relatório sobre resultados. Qualificação Redação da tese Correção e ajustes finais Defesa da tese MATERIAL E MÉTODOS Atualmente a pesquisa se encontra no segundo ano de execução de acordo com o plano de trabalho apresentado na seção anterior. 2º ano 2 º semestre – Abril 2011. A investigação que está em andamento poderá oferecer referenciais teóricos metodológicos heurísticos para uma melhor compreensão da Evolução Biológica. A pesquisa descritiva terá natureza quali-quantitativa. De acordo com Grecca (2002) existe uma forte atuação da dicotomia dos dois paradigmas básicos na pesquisa social: o qualitativo e o quantitativo. Segundo a autora os esses dois paradigmas apresentam suas limitações e contradições: a pesquisa qualitativa não é capaz de trazer dados tão sólidos (que não se materializa em uma unidade mensurável) e a quantitativa não se traduz em dados tão profundos (tendo em vista que se encontra limitada a mensuração do fenômeno, não conseguindo tratá-lo em sua subjetividade). O diálogo entre as duas metodologias é também defendido por Minayo e Sanches (1993). Para as autoras não existe contradição, assim como não existe continuidade, entre investigação quantitativa e qualitativa. Ambas são de diferentes naturezas, tendo a vertente qualitativa abordagem de valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões enquanto a abordagem quantitativa atua em níveis da realidade onde os dados se apresentam aos sentidos e tem como campo de práticas e objetivos: 16 Trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis. Deve ser utilizada para abarcar, do ponto de vista social, grandes aglomerados de dados, de conjuntos demográficos, por exemplo, classificando-os e tornando os inteligíveis através de variáveis. Para a autora as duas abordagens metodológicas podem ser complementares: “o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa”. A amostra A população da pesquisa foi de 535 instituições brasileiras que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). A amostra da pesquisa é uma subamostra das instituições brasileiras de ensino que participaram do PISA 2006. O PISA vem realizando avaliações educacionais em escala nacional contemplando todos os estados brasileiros gerando um banco de dados que facilitou logística de escolha e aplicação do instrumento e o contato com as escolas. O tamanho amostral foi delimitado em 120 instituições de ensino das quais uma turma do primeiro ano do ensino médio será selecionada. Cada turma tem tamanho estimado entre 25 e 30 (limites de questionários aplicados por turma) alunos o que resultará em uma amostra de 3000 a 3600 estudantes. Assim, a fração amostral (tamanho da amostra em relação ao tamanho da população) é de 22,4%, representando mais de um quinto da população (escolas participantes do PISA). As instituições foram selecionadas considerando amostragem estratificada pelos 26 estados e o Distrito Federal com alocação proporcional (Bolfarine e Bussab, 2005), visando adequar a amostra à situação política e econômica do Brasil. Ou seja, em cada estrato (unidade da federação) foram selecionadas aleatoriamente, utilizando o gerador de números aleatórios do programa Excel (componente do pacote Office 2003) um número de escolas proporcional ao número de escolas participantes do PISA. Os sujeitos da pesquisa são classes de estudantes do 1 º ano Ensino Médio escolhidas em cada escola participante de acordo com a distribuição equitativa de gêneros e idade de 15 anos. A idade escolhida é padrão nos Projetos ROSE realizado em outros países e é justificada pela faixa etária que abarca uma maior reflexão sobre planos e prioridades, o que envolve 17 questões relacionadas à ciência. De acordo com Tolentino (2008) esta idade é também, em muitos países, o tempo em que escolhas importantes são feitas e em que as alternativas curriculares estão disponíveis.O autor cita que no Brasil essa faixa etária é a que abarca escolha entre O Ensino Médio e o Ensino Médio Técnico/Profissionalizante. Na preparação da etapa de aplicação do questionário foi criado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (modelo FEUSP), aplicado previamente aos questionários, para autorização da coleta de informações dos alunos através do questionário ROSE. De acordo com a Resolução CNS 196/1996, que regulamenta as pesquisas realizadas em seres humanos, “toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa” (CNS, VII). Atendendo ao que determina a Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, as pesquisas que envolvem seres humanos implicam do ponto de vista ético e científico, quatro princípios referenciais básicos: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Sendo assim, essa foi a primeira ação a ser realizada nessa etapa de pesquisa. O contato com as escolas selecionadas foi realizado através de um contato telefônico inicial onde foi levantado o nome dos diretores e pessoas responsáveis, para que o material referente ao ROSE fosse encaminhado a esta pessoa diretamente. Após este contato inicial, foi encaminhada uma carta de apresentação do projeto onde foi esclarecido o objetivo do projeto ROSE Brasil, informado brevemente sobre a metodologia e dado informações de contato sobre os pesquisadores participantes deste projeto de pesquisa. Em seguida, foi feito um contato telefônico para esclarecimento de dúvidas sobre o projeto ROSE e maior detalhamento de como deveria ser a aplicação dos questionários. Por fim, foi encaminhado, por correio, um pacote com o grupo de 30 questionários a serem aplicados, envelopes selados para retorno, uma carta de instruções de como a aplicação deveria ser realizada e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para consentimento do diretor e estudantes da escola. Após a aplicação dos questionários, estes foram coletados pelo aplicador (geralmente o diretor, coordenador ou professores), envelopados e postados de volta á FEUSP. O questionário ROSE já foi replicado em diversos países entre eles citamos a Noruega, Inglaterra, Israel e recentemente a Itália, países de culturas mais homogêneas. O grande desafio do projeto ROSE Brasil será trabalhar qualitativamente ás questões relativas ao 18 Ensino de evolução biológica que versam sobre as relações entre ciências e crenças religiosas. O primeiro desafio será discutir qualitativamente uma parcela dos dados obtidos de forma quantitativa no campo religioso, sendo que a multiculturalidade ímpar do Brasil produzirá uma grande diversidade de dados. Atualmente está sendo analisada a viabilidade financeira para fazer entrevistas com uma amostra representativa dos estudantes participantes da pesquisa de todas as regiões e estratos econômicos do Brasil. A coleta de dados A coleta de dados vem sendo realizada através do questionário do projeto ROSE (The Relevance of Science Education). O projeto “The Relevance of Science Education” (ROSE) é um projeto internacional que visa averiguar o interesse que os jovens possuem pela ciência, suas aulas de ciências e sua futura profissão. Em decorrência das mudanças sociais que os avanços tecnológicos e científicos ocasionam, o Ensino da Ciência tem assumido uma posição de extrema relevância na sala de aula, pois através dele os jovens podem compreender os processos de produção científica, sua forma de ver o mundo, seus valores e sua linguagem específica. Sendo assim, conhecer o interesse dos jovens pela ciência é uma forma significativa de relacionar sua relevância para eles e verificar como ela influencia suas preferências, sua formação pessoal e escolhas futuras, relacionadas à sua carreira e profissão. Partindo desse pressuposto, o projeto ROSE desenvolveu um instrumento na forma de questionário onde o aluno é convidado a assinalar qual é o seu nível de interesse, numa escala Likert de 1 a 4, sobre diversos temas da ciência A escala Likert é um método psicométrico6 largamente utilizado em questionários, constituído de itens Likert. Um item Likert é uma declaração na qual a pessoa que responde ao questionário é solicitada a avaliar, de acordo com qualquer critério subjetivo ou objetivo, o nível de concordância ou discordância de uma afirmação. 6 A psicometria é um ramo da estatística que estuda fenômenos psicológicos. Foi desenvolvida por estatísticos de formação e, por isso, ainda é definida como um ramo da estatística. Para os psicólogos, ela deve ser concebida como um ramo da psicologia que faz interface com a estatística. A psicometria não trata apenas de métodos; ela se insere na teoria da medida que trata da utilização de números no estudo dos fenômenos naturais (Pasquali, 1997). 19 Uma pesquisa como o ROSE permite além de descobrir os interesses dos alunos, analisar de forma crítica dados e conclusões de outras avaliações educacionais, promovendo informações sobre o status do Ensino de Ciências nos países pesquisados. O projeto ROSE permite que cada país inclua questões regionais ao instrumento, possibilitando inclusive análises censitárias e outras de cunho qualitativo. A execução da pesquisa ROSE no Brasil é realizada por um grupo de orientandos coordenado pelo Prof. Dr. Nelio Bizzo (Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação de São Paulo – FEUSP) composta por pesquisadores que tem como objeto de pesquisa o projeto ROSE-BRASIL. A equipe de pesquisadores já vem realizando pesquisas desde 2004. Até o presente momento os estudos de pesquisa do grupo ROSE Brasil já originaram uma tese de doutorado, uma dissertação de mestrado que serviu como piloto para o presente trabalho e dois trabalhos de conclusão de curso de graduação (TCC) em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo - USP. O projeto, por ter caráter nacional, necessitava de financiamento para a coleta de dados. Em 2010 foi obtido através do Edital Universal 14/2009 do CNPq os recursos necessários para as despesas de custeio, que envolvem as análises estatísticas, a impressão do instrumento (questionário ROSE) e a captura digital dos dados. Atualmente se encontram em execução duas teses de doutorado que utilizam como base comum a coleta de dados da pesquisa ROSE BRASIL 2010. A presente pesquisa, parte integrante do projeto ROSE BRASIL 2010, vem trabalhando com questões relacionadas ao Ensino de evolução. Com base em questionários aplicados em outros países e em trabalhos brasileiros que versam sobre a temática (Bizzo, 1991), foram acrescidas como questões nacionais cinco seções acerca do tema “Evolução Biológica e religião” utilizadas na dissertação de mestrado de Graciela Oliveira (2009) que foram reelaboradas para o presente trabalho. O instrumento de coleta de dados: 20 O questionário no Brasil foi traduzido e adequado pelo pesquisador Tolentino-Neto no seu doutoramento. Com o intuito de possibilitar que o ROSE fosse utilizado em comparações internacionais, o instrumento utilizado no Brasil seguiu a mesma formatação de fonte, parágrafo, tamanho, do papel e quebra de páginas, mantendo o padrão já aplicado e estruturado em outros países (Tolentino-Neto, 2008). Para a utilização do questionário ROSE no projeto de pesquisa em escala nacional foi realizada algumas alterações na linguagem, para melhor compreensão dos estudantes. O questionário ROSE-Brasil está dividido em seções identificadas por letras do alfabeto, cada seção é dedicada a um tipo de interesse. As questões reelaboradas para o presente trabalho procuram estabelecer relações entre a opção religiosa do aluno e o Ensino de evolução. Na seção I o aluno é convidado a responder qual é sua opção religiosa; na seção J sua freqüência a serviços religiosos; na seção L seu nível de aceitação a afirmações sobre religião e evolução; na seção M seu nível de aceitação a afirmações sobre tópicos referentes à evolução biológica; e na Seção N se ele já estudou nas aulas de ciências os assuntos citados no questionário. FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS Para a analise dos dados será utilizado o pacote estatístico SPSS (Statistical Package for Social Science), versão 15.0, um procedimento estatístico para a escala psicométrica, obtendo-se como resultados valores médio em relação às atitudes postas. O SPSS, versão 15.0, é uma ferramenta de tratamento e análise de dados facilitadora que pode ser usado para simples dados descritivos, ou procedimentos estatísticos mais avançados. A fundamentação teórica para a análise dos resultados em relação às relações ciências e crenças religiosas ainda estão sendo investigadas numa abordagem sociocultural com o objetivo de contemplar os fatores pessoais, sociais, históricos e políticos nas relações intersubjetivas reinantes nas aulas de ciências no âmbito do Ensino da Evolução Biológica. 21 O diálogo das atitudes dos estudantes encontradas nos resultados e referencias teóricos da teoria da Evolução Biológica e do Ensino da evolução biológica, emergirão categorias a priori, permitindo descrever as concepções dos sujeitos da pesquisa. Na análise qualitativas serão utilizados elementos de análise do conteúdo para a categorização dos dados, segundo Bardin (2002) e Pórlan et al (1998). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABD-EL-KHALICK, F.; BELL, R. L.; LEDERMAN, N. G. The nature of science and Instructional practice: Making the unnatural natural. Science Education, v. 82, p. 417-436.1998. ALTERS, B. J.; NELSON, C. E. Perspective: teaching evolution in higher education. Evolution, n. 56, p. 1891-1901, 2002. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 2002. BOLFARINE, H.; BUSSAB, W. Elementos de amostragem. 1 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. BIANCHINI, J. A.; COLBURN, A. Teaching the nature of science through inquiry to prospective elementary teachers: A tale of two researchers. Journal of Research in Science Teaching, v. 37, n. 2, p. 177-209, 2000. BIZZO, N. M. V. Ensino de evolução e história do darwinismo. 1991. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991. CICILLINI, G. A. Produção do conhecimento biológico no contexto da cultura escolar do Ensino médio: a teoria da evolução como exemplo. 1997. Tese (Doutorado) – UNICAMP, Campinas, São Paulo, 1997. CUNHA, R. Criação versus evolução: uma disputa pelo controle da política educacional. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, Campinas, 10 jul. 2004. DAGHER, Z. R.; BOUJAOUDE, S. Scientific views and religious beliefs of college students: The case of biological evolution. Journal of Research in Science Teaching, v. 34, p. 429-445, 1997. DOBZHANSKY, T. Nothing in biology makes sense except in the light of evolution. Biology Teacher, v. 35, p. 125-129, 1973. 22 GRECA, I. M. Discutindo aspectos metodológicos da pesquisa em ensino de ciências: algumas questões para refletir, Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 2(1)73-82, 2002. FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. 2. Ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de genética– SBG, 1992. MEYER, D.; EL-HANI, C. N. Evolução o sentido da Biologia. São Paulo: Ed. UNESP, 2005. MORTIMER, E. F. Conceptual change or conceptual profile change? Science Education, v. 4, p. 267-285, 1995. MINAYO, M. C. S. & SANCHES, O. Quantitative and Qualitative Methods: Opposition or Complementarity? Cad. Saúde Pública., Rio de Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/, 1993. NUMBERS, R. L. The creationists: the evolution of scientific creationism. New York: Knopf, 1992. OLIVEIRA, G. Aceitação/Rejeição da Evolução Biológica: atitudes de alunos da Educação. Básica. Dissertação (Mestrado) T– Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009 PACHECO, R. B. C.; OLIVEIRA, D. L. O homem evoluiu do macaco? Equívocos e Distorções nos livros didáticos de Biologia. In: VI Encontro de Perspectivas do Ensino de Biologia, 1997, São Paulo. Anais... São Paulo: FEUSP, 1997. PASQUALI, L. Psicometria: teoria e aplicações. Brasília: Editora.UnB, 1997. Pasquali PIOLLI, A.; DIAS, S. Escolas não dão destaque à evolução Biológica. 2004. PORLÁN ARIZA, R., GARCÍA, A. RIVERO, POZO, R. M. Conocimiento Profesional y Epistemologia de los professores I: Teoria, metodos e instrumentos. Enseñaza de las Ciencias, Vol 15, nº 2, 1997. RAZERA, J. C. C.; NARDI, R. Assuntos controvertidos no Ensino de Ciências: a ética na prática docente. Pro-Posições. Campinas: FE/Unicamp, v. 12, n. 1, p. 94-109, 2001. SANTOS, C. S.; BIZZO, N. M. V. O ensino e a aprendizagem de Evolução Biológica no quotidiano da sala de aula. In: VII Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia, 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2000. SANTOS, S. Evolução Biológica: ensino e aprendizagem no cotidiano da sala de aula. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2002. 23 SHRIGLEY, R; KOBALLA, T; SIMPSON. Defining attitude for science educators. Journal of Research in Science Teaching, n.27, v.8, p.659-678, 1998. TIDON, R.; LEWONTIN, R. C. Teaching evolutionary biology. Genetics and Molecular Biology, v. 27, n. 1, p. 124-134, 2004. TOLENTINO, L.C. B. Os interesses e posturas de jovens frente às ciências: resultados do Projeto ROSE aplicado no Brasil. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008 . 24