Mudar para conservar A2 A pequena economia do horário de verão

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A2
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SOROCABA • TERÇA-FEIRA • 22 DE FEVEREIRO DE 2011
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Há 100 anos
DORA KRAMER
Sandro Donnini Mancini
À meia noite do dia 17 de outubro de 2010 o
horário nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito
Federal, foi adiantado em uma hora. No sábado
passado, dia 19 de fevereiro, também à meia
noite, o horário voltou ao normal nesses estados. Os números oficiais com os resultados do
horário de verão 2010/2011 ainda não foram
completamente fechados, mas segundo o Ministério das Minas e Energia na versão passada
(2009/2010) foram economizados um total de
786 GWh. Para conseguir toda essa eletricidade, seria necessária uma usina de aproximadamente 90 MW funcionando a pleno 365 dias por
ano com 100% de eficiência.
Apesar dos números parecerem grandiosos,
o que é economizado com o horário de verão é
muito pouco. Por exemplo, a capacidade instalada da Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das
maiores do mundo, é 14.000 MW. Ou seja, só o
lado brasileiro de Itaipu, de 7.000 MW, é quase 80 vezes maior que a “usina” equivalente de
90 MW economizada no horário de verão
2009/2010. Segundo o Ministério, o total economizado na versão 2010/2011 é só 0,5% do
que as regiões sul, centro-oeste e sudeste consomem o ano inteiro.
Essa economia realmente é pequena, mas é
muito importante, principalmente ao se considerar que foi obtida com custo zero. Quem não
acha importante, provavelmente não viveu ou
não lembra do racionamento que houve no país em 2001/2002, quando o Brasil quase parou
por conta de um verão que choveu menos que o
esperado e os reservatórios das hidrelétricas ficaram próximos do limite mínimo.
Isso significa que, na área de energia, ainda mais com a economia do país crescendo,
qualquer economia é válida, mesmo sendo pequena. Outro motivo para se exaltar economias
de energia é que, se não houvessem, a energia
não economizada poderia ser suprida com uma
fonte não renovável, como as que abastecem as
termelétricas. Os
apagões que acometem o país, como o último do início do mês no nordeste, são outra
mostra de que
qualquer economia
de energia é muito
bem-vinda.
Apesar dos benefícios, o horário
de verão não agrada a todos. Muitos
adoram as horas a
mais de luz natural
depois do trabalho,
enquanto outros
detestam acordar
sem o sol ter aparecido e/ou afirmam que o novo
horário altera o
seu metabolismo para pior.
O fato é que a idéia do horário de verão pegou porque é simples: no verão os dias são naturalmente mais longos e o novo horário os estica ainda mais, fazendo com que demoremos
mais para acendermos as luzes, daí a economia.
Atualmente,uma grande parte dos países do hemisfério norte adotam o horário de verão. Já no
hemisfério sul são poucos os países que utilizam a prática e casos como o Brasil são raridade: no país a mudança de horário está institucionalizada de vez, sem a necessidade de leis
anuais definindo início e fim. Desde 2008, sabe-se que começará no terceiro domingo de outubro e terminará no terceiro domingo de fevereiro. O decreto prevê uma exceção: se por acaso o terceiro domingo de fevereiro for domingo
de carnaval, o fim do horário de verão será adiado por uma semana.
Até quem inventou a eletricidade pensou em
algo parecido com o horário de verão. Em 1784,
época em que era embaixador americano na
França, Benjamin Franklin sugeriu que os parisienses economizassem velas acordando mais
cedo. Porém, a mudança de horário só foi realmente proposta pela primeira vez em 1895, pelo entomologista inglês/neozelandês George
Vernon Hudson, que queria mais tempo para
coletar insetos. No entanto, só virou lei pela primeira vez na Alemanha, em 1916, durante a
Primeira Guerra Mundial, visando a economia
de carvão.
No Brasil, o horário de verão estreou em
1931 e, no sábado passado, encerrou-se a trigésima sexta edição deste no país. A justificativa dos mais variados governos para sua
adoção é sempre a mesma: no verão brasileiro, o calor e a produção industrial turbinada
pelo Natal fazem com que o consumo de eletricidade aumente e a coisa fica particularmente
crítica das 18h às 20h, o chamado horário de
pico. Segundo o Ministério das Minas e Energia, somente nesse período do dia, a adoção do
horário de verão representa cerca de 4 a 5% de
economia na demanda por eletricidade nas regiões participantes.
Na área de
energia, ainda
mais com a
economia do
país crescendo,
qualquer
economia é
válida, mesmo
sendo pequena
Sandro Donnini Mancini (www.sorocaba.unesp.br/professor/mancini; [email protected]) é professor da
Unesp de Sorocaba (www.sorocaba.unesp.br) para os cursos
de graduação em Engenharia Ambiental, Mestrado e Doutorado em Ciência e Tecnologia de Materiais e Mestrado em Engenharia Civil e Ambiental. Escreve a cada duas semanas, às terças-feiras, neste espaço.
Mudar para conservar
O Senado marcou para hoje o início oficial da
discussão da reforma política, que na Câmara só
precisa da escolha dos integrantes da comissão
extraordinária para começar também a tocar os
trabalhos.
Ainda vai se estabelecer uma agenda de assuntos prioritários, mas o que se desenha no horizonte é mais uma vez a discussão de uma pauta voltada para os interesses dos próprios partidos, distante de temas que poderiam de fato alterar a relação
entre representantes e representados.
Os mandachuvas do Congresso e os morubixabas com poder de influência sobre as forças políticas mais relevantes ali representadas resolveram que “não adianta” tentar fazer a reforma política ideal.
Por exemplo: nada de mexer no voto obrigatório nem de tentar esmiuçar a proposta do voto distrital (puro ou misto), de
modo a explicar o que essas alterações poderiam
significar no relacionamento entre o mundo político e
a sociedade.
Suas excelências decidiram que o Brasil ainda não
está preparado para adotar
regras vigentes em democracias mais avançadas e,
portanto, tendem a fixar
um rol de alterações que na
verdade não resolvem o
principal: a crise de representatividade que assola a
nossa política.
Preferem puxar as brasas
para as respectivas sardinhas: uns propondo lista fechada para a eleição de deputado, outros defendendo o financiamento público de campanha, indiferentes à óbvia rejeição que a transferência de mais
recursos públicos para os partidos provocará na
população, quase todos se interessam pela abertura de uma “janela” para permitir o troca-troca partidário.
São itens bastante familiares, por serem muito
repetidos como solução ao que aparentemente não
tem remédio. Uma inovação, porém, começa a ganhar corpo e a formar consenso entre um grupo de
poderosos: eleição majoritária para deputados.
É o chamado “distritão”, uma invenção local pela qual o Estado seria o distrito e os eleitos seriam
os mais votados, obedecido o número de vagas disponível em cada um dos Estados.
Argumentam seus defensores que isso acabaria
com as coligações proporcionais que tantas deformações provocam na representação e traduziria
respeito ao conceito de maioria.
Visto de longe, o argumento até faz sentido.
Mas, destrinchado, permite que se chegue a conclusão diferente. Um estudioso do tema e defensor do voto distrital - em que o Estado é dividido
em vários territórios eleitorais e neles cada partido apresenta apenas um candidato, criando uma
relação direta com o eleitorado do distrito -, o exdeputado tucano Arnaldo Madeira aponta uma
série de defeitos.
O mais grave deles o de representar uma troca
de seis por meia dúzia. Madeira fez umas contas
e chegou à conclusão de que, se a última eleição
tivesse sido feita sob esse critério, dos 70 deputados de São Paulo apenas
oito não seriam aqueles hoje
com mandato. Ou seja, o
perfil da bancada seria quase o mesmo.
Outro defeito: como o deputado seria efetivamente
dono pessoal dos votos, a
consequência natural seria a
perda de importância do partido e o aumento do caráter
personalista na política. Bom
para a democracia? Certamente contraditório com o
conceito de que partidos fortes correspondem a uma democracia fortalecida.
Ademais, nem de longe o
distritão permite ao eleitor
criar um vínculo com o eleito
que dê a ele o sentido de posse do representante existente no sistema distrital clássico, ou até no misto, em
que parte dos deputados é eleita pelo distrito e parte pela lista partidária.
A questão principal no centro de toda essa discussão de reforma política é o compromisso (ou falta dele) entre quem vota e quem é votado.
Daí talvez a resistência do Congresso a começar
um debate em torno do voto distrital, argumentando com a impossibilidade de ser aprovado. O motivo, desconfia Madeira a partir de sua experiência
na política, muito provavelmente está no fato de
que isso sim altera a representação, “pois desenvolve a consciência da cidadania”.
O que de forma alguma interessa a quem se lixa
para a opinião pública, assim passa muito bem
obrigado de um mandato para outro.
Os mandachuvas do
Congresso e os
morubixabas com
poder de influência sobre
as forças políticas mais
relevantes ali
representadas resolveram
que ‘não adianta’ tentar
fazer a reforma
política ideal
“Queremos que as
pessoas venham aqui
ao feirão para vender
coisas boas e não
tenham dúvidas das
procedências dos
veículos”
“Tenho somente que
agradecer a cada
momento neste
gramado, cada
instante, cada grito
da torcida me
apoiando”
Delegado de polícia Acácio
Leite, sobre fiscalização realizada no feirão dos automóveis do
Mangal. (21/02/2011)
Ex-jogador Ronaldo despedindo-se da torcida corintiana,
no Pacaembu. (21/02/2011)
“Queremos descobrir
as dificuldades.
Sabemos que alguns
condomínios
grandes, horizontais,
já fazem o serviço.
Mas queremos
atingir todos os
do município”
H
á 100 anos, o Cruzeiro do Sul publicava edital do delegado João Eremita da Silva
Ramos, que proibia as brincadeiras com água durante
os dias de Carnaval, conhecidas como entrudo. “Outrosim faz saber que, nesses
dias, não poderá sahir á rua
qualquer pessoa phantasiada, ou bando carnavalesco,
sem previa licença da Policia.” O Cruzeiro do Sul apoiava a iniciativa do delegado.
HOJE
Nesta terça-feira, o sol aparece forte, faz calor e não chove
na região de Januária e nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, no norte de Minas Gerais e
no norte do Espírito Santo. Nas
demais áreas paulistas, mineiras e no Rio de Janeiro e Espírito Santo, sol forte, aumento de
nuvens e pancadas de chuva a
partir da tarde. Faz bastante
calor em todas as áreas. Em
Sorocaba, sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de
chuva à tarde e à noite. A temperatura oscila entre 21 e 32ºC.
(Fonte: Climatempo)
PRÓXIMOS DIAS
Em Sorocaba
amanhã
Sol com muitas
nuvens. Pancadas de chuva à
tarde e à noite
Carlos Laino, secretário de
Parcerias de Sorocaba, sobre a
coleta seletiva de lixo nos condomínios. (21/02/2011)
quinta-feira
Sol com muitas
nuvens durante
o dia. Períodos
de
nublado,
com chuva a
qualquer hora
sexta-feira
Sol o dia todo.
Muitas nuvens
e pancadas de
chuva de manhã e à noite
PARADA
IRREGULAR
O que justifica um carro parado sobre o canteiro existente na
alça da Castelinho? Muitos observadores podem pensar que
se trata de uma pane seca, elétrica ou mecânica no veículo.
Mas na verdade o que ocorre no local é que o gramado tem
sido usado como área de estacionamento, quando motoristas
esperam por passageiros que descem dos ônibus naquele
trecho da rodovia. Apesar de ser um lugar seguro e cômodo, a
parada ali é uma infração de trânsito sujeita a multa.
(Fonte: Climatempo)
FASES DA LUA
CHEIA
Começou dia
18/2, às 8h36
ALDO V. SILVA
A pequena economia
do horário de verão
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às 23h27
NOVA
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às 20h47
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Começa dia 12/3,
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