UNESP – FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS – CAMPUS DE MARÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DISCIPLINA - COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO, REDES DE CONHECIMENTO E INOVAÇÃO TEXTO PARA LEITURA 21/03/2013 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------INOVAÇÃO E COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO Quando se fala em inovação surge à ideia de que a inovação ocorre somente no meio empresarial e em ambientes altamente tecnológicos. Mas, o que seria exatamente inovar? Em que consistiria a inovação e para que serve? Quem e como se pode inovar? Qual a relação da competência em informação e a inovação? As respostas às essas perguntas são importantes para que as organizações e as pessoas possam trilhar novos caminhos na busca de uma maior realização, competitividade e sustentabilidade dos negócios. A inovação nas organizações é a exploração de novas ideias para melhorar os negócios, criando vantagens competitivas e gerando sucesso nos resultados. Ela pode ser realizada pela empresa, individualmente ou em parceria com outras instituições ou também adaptando ideias de outras empresas/instituições nacionais e estrangeiras. Assim sendo, a inovação pode ocorrer em qualquer setor da economia, incluindo serviços governamentais como saúde e educação. A Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE1, define a inovação como “a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas” (2005). Portanto, a inovação ocorre quando se procura colocar em prática ideias e métodos diferentes, que resultem em novos produtos e processos inovadores. Há várias formas de inovar, podemos destacar 5 áreas de inovação: 1 a) Inovação em produtos (bens ou serviços) envolvem mudanças significativas nas potencialidades de produtos e serviços, ou seja, desenvolvimento de novos produtos, os quais totalmente novos e aperfeiçoamentos importantes para produtos existentes atendendo melhor às necessidades, incorporando facilidade de uso ou outras características funcionais; b) Inovações de processo representam mudanças significativas nos métodos de produção e de distribuição, ou seja, mudança no como se faz, aprimorando ou desenvolvendo novas formas de fabricação ou de distribuição de bens e novos meios de prestação de serviços; c) Inovação tecnológica ocorre quando a inovação é resultado da aplicação de conhecimentos obtidos por meio da pesquisa científica aplicada a produtos ou processos de produção, com novas funcionalidades e efetivos ganhos de qualidade ou produtividade, resultando em maior competitividade. d) Inovação de marketing é a implementação ou desenvolvimento de novos métodos de marketing e comercialização, com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posicionamento do produto em sua promoção ou na fixação de preços. 1 A OECD é um fórum único no qual os governos de 30 democracias trabalham juntos para endereçar os desafios econômicos, sociais e ambientais da globalização. A OECD também está na vanguarda dos esforços para compreender e ajudar os governos a responder a novos desenvolvimentos e inquietações, como a governança corporativa, a economia da informação e os desafios de uma população que envelhece. A Organização provê um ambiente no qual os governos podem comparar experiências de políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e trabalhar para coordenar políticas domésticas e internacionais. e) Inovação organizacional que visa à melhoria do desempenho de uma empresa por meio de novos métodos de organização e gestão no local de trabalho ou nas relações da empresa com o mercado, fornecedores ou distribuidores, por meio da redução de custos administrativos ou de custos de transação. È, portanto, a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. De um modo geral, as empresas são o centro da inovação. È por meio delas que as tecnologias, invenções, produtos, chegam ao mercado. Entretanto, a inovação é também importante para o setor público e pouco se sabe sobre o processo de inovação em setores não orientados ao mercado. As inovações, mesmo as mais simples, podem envolver algum dispêndio de recurso financeiro ou, pelo menos, a mobilização de recursos humanos e organizacionais. Dessa forma, as universidades, centros de pesquisa, agências de fomento, investidores, governo e empresas com seus clientes, fornecedores, concorrentes ou outros parceiros, formam um sistema de inovação que exercem diversas funções: ora de pesquisa e de desenvolvimento, oura de investimento ou de subsídios a projetos. Assim, pode-se dizer que a abrangência e intensidade da inovação são variáveis. Quanto à intensidade a inovação pode ser incremental, radical ou revolucionária e quanto a abrangência ela pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo. Inovação quanto à intensidade pode ser: a) Inovação incremental: quando existe melhoria no que se faz e /ou aperfeiçoamento do modo como se faz, e que se tornam mais desejados pelos seus clientes/consumidores e, portanto, mais competitivos. b) Inovação radical: quando as novas ideias resultam em produtos ou processos totalmente novos, que antes não existiam no mercado. c) Inovação revolucionária: quando os novos produtos têm um impacto tão grande sobre o sistema produtivo que podem, tornar obsoletas as bases tecnológicas existentes. Inovação quanto à abrangência ou alcance pode ser: a) Inovação para a empresa: quando a novidade implementada está limitada ao âmbito da empresa, mesmo que utilize conhecimentos técnicos já dominados e difundidos. b) Inovação para o mercado: quando a empresa é a primeira a introduzir a inovação no seu mercado. c) Inovação para o mundo: quando os resultados das mudanças são introduzidos pela primeira vez em todos os mercados, nacionais e internacionais, no mundo todo. Portanto, para que a inovação ocorra, há necessidade de se dar à devida importância ao cenário competitivo vigente, estar alinhado aos objetivos da organização, desenvolver e internalizar ferramentas de gestão do processo de inovação e que sejam desenvolvidos ambientes adequados, principalmente condições institucionais, legais e de trabalho para que as pessoas possam ter boas ideias e inovar. 2 Como surgem as ideias? Boas ideias podem ter origem durante conversas informais, observação de procedimentos, comentários sobre uso de determinadas tecnologias, opiniões de clientes, análise da concorrência e análise do mercado. Mas, para que as ideias possam ser aproveitadas e transformadas em inovações comercialmente bem sucedidas, é preciso que estas ideais brotem nas organizações. As empresas para serem inovadoras e competitivas, devem estimularem a criatividade e comprometimento entre as pessoas, pois em um ambiente favorável as ideias novas fluem de diversas origens. Para que isso ocorra há necessidade de implementação de práticas favoráveis à inovação, tais como: difusão de informações, qualificação da mão de obra e reconhecimento do esforço coletivo. Além disso, é preciso ter consciência do que é realmente inovador e qual a sua importância para as empresas, pois não existe um modelo único para que ocorra a inovação, mas sim um ambiente que propicie condições favoráveis à inovação, que pode ser resumidas em três grupos, segundo a MBC: Difusão de informações: ter uma comunicação aberta e constante, que possibilite a liberdade de expressão e a geração e o acúmulo de ideias. Qualificação da mão de obra: investir na capacitação constante de seu pessoal, tanto em suas áreas de conhecimento quanto em outras complementares para que estes saibam onde procurar informações que venham a agregar conhecimento e ideias criativas e inovadoras. Reconhecimento do esforço coletivo: incentivar e premiar novas ideias, mesmo quando não tenham resultados comerciais imediatos. Um ambiente inovador é um ambiente interativo, de aprendizagem permanente, com redes de pessoas conectadas, do trabalho em equipe e da troca de experiências, de modo a buscar constantemente por fazer melhor e diferente, sempre. As tecnologias de gestão ou o modo de organização e gerência desses ambientes de trabalho precisam estar constantemente sendo inovados para permitir manifestação e uso produtivo das capacidades criativas dos seus colaboradores. Em suma, as empresas, as organizações, as pessoas estão constantemente em fase de competições, para assegurar seu espaço no mercado e para que isso ocorra evidentemente há risco nos processos inovativos e o não enfrentamento, ou enfrentamento tardio pode acarretar em perda de mercados para empresas inovadoras. As pessoas precisam ser competentes para atuarem nesses mercados e aprender a buscar ideais no cotidiano da vida. Mas, para que isso ocorra é imprescindível que as pessoas possuam pré-requisitos de como acessar as informações de modo que possam usá-las e transformá-las em ideias inovadoras. Criatividade e Inovação Comumente as pessoas associam a ideia de que para haver inovação, basta haver criatividade. Sendo assim, entende-se criatividade como a geração de novas ideias e a inovação como a implementação bem sucedida dessas ideias na prática. 3 Dessa forma, criatividade é apenas o primeiro passo para que se possa inovar, pois além de boas e novas ideias, há necessidade de saber reconhecer oportunidades para poder aplicar as novas ideias na prática, solucionando problemas de forma bem sucedida e obtendo demanda no mercado. A partir disso tem-se algo inovador. A criatividade é relacionada à resolução de problema, particularmente àqueles não convencionais. O processo de criação abrange quatro fases identificáveis (WALLAS, 1926 apud CRIATIV, 2006): 1) Conscientização – coleta de informações sobre o problema a ser solucionado. Envolve a pesquisa, em um esforço consciente na busca pela solução do problema; 2) Incubação – é a utilização de processos mentais inconscientes desimpedidos pelo intelecto literal; 3) Iluminação – é a essência na criação, acontece quando a ideia surge na mente, de forma pronta. É a solução pura e genial para o problema; 4) Verificação – é a fase de teste. Nela é verificada a qualidade da ideia em termos práticos. A criatividade é um processo do psiquismo, que possibilita utilizar novos recursos na solução de problemas nas organizações. Ela surge e é possível no espaço da não determinação, do encontro com o novo, do não predeterminado (GEOCITIES, 2000). A intuição ocorre no nível da subjetividade das pessoas que atuam nas organizações, permitindo a flexibilização das redes humanas. Surge da capacitação do intelecto, do raciocínio e do conhecimento. Briggs (apud GEOCITIES, 2000), identifica quatro tipos de pessoas que teriam características intuitivas: • Solucionadores de problemas – pessoas que tendem a serem independentes e impessoais, com maior propensão para considerar modo como os outros poderão afetar os seus projetos. Geralmente, sentem-se encarregados da missão de realizar uma possibilidade de solução; • Facilitadores – são pessoas mais animadas, com capacidade para lidar com as pessoas. São extremamente preceptivas em relação às maneiras de ver as pessoas e inspirá-las; • Criadores – são as pessoas mais independentes, em qualquer campo de atuação. A intuição lhes possibilita uma percepção das possibilidades; • Harmonizadores – interessam-se naturalmente pelas pessoas e se preocupam com a harmonia. Sentem-se estimulados pelas dificuldades do bem estar humano, resolvendo-as de maneira engenhosa. O ato da criatividade requer a descoberta de relações não usuais, onde a pessoa que possui maior criatividade parece manter um compromisso, um equilíbrio livre e espontâneo entre exploração inconsciente e o controle racional. A inovação é a exploração bem sucedida de novas ideias. É a habilidade para aplicar soluções criativas para problemas, ou oportunidades, para realçar ou para enriquecer a vida das pessoas. Seu relacionamento com a criatividade é apresentada na figura 1. A inovação pode ser motivada pela necessidade social ou alavancada pelo desenvolvimento tecnológico. É importante salientar, que a formação dos profissionais para o desenvolvimento de competências no uso das tecnologias, será muito importante para o desenvolvimento da criatividade necessária aos processos inovadores. 4 Figura 1 – Relação entre criatividade e inovação A inovação pode ser motivada pela necessidade social ou alavancada pelo desenvolvimento tecnológico. É importante salientar, que a formação dos profissionais para o desenvolvimento de competências no uso das tecnologias, será muito importante para o desenvolvimento da criatividade necessária aos processos inovadores. Criatividade 1 Conscientização/Preparação/pesquisa/ transformação Criatividade (Qual é o problema/questão ?) Inovação 2 Incubação (Foco de pensamento/tema) 3 Iluminação (Ideias/ conhecimento existente) 4 Verificação (Avaliação) 5 Implementação (Produto ou processo inovador) 6 Redes de conhecimento nas organizações (Relacionamentos e Compartilhamento e fluxos de informação ) Fonte: Adaptado de Pinheiro; Burini (2006) pelas autoras. Filtros de informação para a solução de problemas nas organizações Infelizmente, a maior parte do que nos é proposto são soluções que se assemelham a um bloco de pedra sem grande utilidade ou difíceis de esculpir. O conteúdo que é de fato a obra que precisamos surge envolto em informação ou aplicações desnecessárias que quase sempre ocultam a beleza (função) da escultura, isto é, a usabilidade pertinente. Nós podemos filtrar informação de acordo com os nossos interesses ou tarefas específicas ou até nas nossas preferência,s mas, a quantidade de informação a retirar permanece sempre uma interrogação. 5 Quando nós filtramos informação nós podemos enveredar por um destes caminhos: -Uma filtragem cognitiva, isto é, a avaliação de conteúdo segundo uma abordagem estatística que se baseia na ocorrência de um conjunto de palavras-chave para identificar ou reconhecer as informações pertinentes e uma abordagem simbólica que tenta fazer uma análise da relação entre o conteúdo de documentos (objetos para filtrar) e o interesse do utilizador. -Uma filtragem económica, mais ligada ao consumo de recursos (dimensão, tempo, etc.,). -Uma filtragem colaborativa (ou social), realizada com base nas opiniões de outros e que as redes sociais tão generosamente produzem através dos seus curadores temáticos. Estes são filtros que nos ajudam a desenvolver novas competências para podermos tratar com eficácia dentro das organizações os enormes volumes de dados não estruturados. O novo executivo deve estar preparado para entender e liderar esta revolução nas suas organizações através da: - Coleta de muitas formas diferentes de informações obtidas a partir de dentro e fora da organização - Desenvolvimento de novos conhecimentos a partir dessa informação, por exemplo, descobrir padrões de comportamento do cliente - Utilizar estas informações de forma colaborativa (redes humanas de conhecimento) para melhorar tanto a produtividade e estratégica tomada de decisão em tempo real. Redes, conhecimento e novas formas de poder As novas tecnologias e sistemas de informação introduzem também novas lógicas de evolução territorial, inclusive alargando a importância do espaço informacional. Nota-se a expansão de redes que operam em todos os campos de atividades e em tempo real e a conformação de comunidades virtuais. Os formatos organizacionais que privilegiam a interação e a atuação conjunta dos mais variados atores - tais como redes, arranjos e sistemas produtivos e inovativos - vêm se consolidando como os mais adequados para promover a geração, aquisição e difusão de conhecimento e inovações. A proliferação de redes de todos os tipos é considerada como a mais marcante inovação organizacional associada à difusão do novo padrão. Esses novos formatos assumem importância por favorecerem os processos de aprendizagem coletiva, cooperação e a dinâmica inovativa. Por um lado, ressalta a tendência à maior integração das diferentes funções e unidades de uma mesma organização. De outro, observam-se novos padrões de cooperação e competição entre os diversos atores políticos, sociais e econômicos. A interligação de organizações produtoras, fornecedoras, comercializadoras e prestadoras de serviços e 6 destas com outras operacionais inovadores e, nesse sentido, são crescentemente dependentes tanto das TIC, como de informação e conhecimento. Destaca-se, contudo, que a apropriação de conhecimentos possui especificidades que não podem ser ignoradas. Sem ser necessário entrar na discussão sobre apropriação de bens coletivos, ressaltamos que conhecimento e informação são recursos intangíveis que podem ser usados simultaneamente por várias pessoas e sem problemas de esgotamento. Ao contrário do que ocorre com os bens materiais, o consumo de informação e conhecimento não os destrói, assim como seu descarte geralmente não deixa vestígios materiais. Assim, foi proposto por Castells (2005) que as redes se constituem em um novo modus operandi da sociedade e que a difusão lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. Portanto, as reflexões aqui realizadas indicam que a nova economia está organizada em torno de redes globais de capital, gerenciamento e informação, cujo acesso a know-how tecnológico é vital para a produtividade e competitividade. O próprio conceito de rede, oferecido por Castells (2005), é bem simples e se constitui em um conjunto de nós interconectados, mas, que por sua flexibilidade e maleabilidade, se transformam em um excelente mecanismo para atuar na complexidade da configuração da sociedade contemporânea organizada em torno de redes globais de capital, gerenciamento e informação. Para melhor entendimento e compreensão dos termos que Para melhor entendimento e compreensão dos termos que vêm sendo utilizados cada vez mais no cotidiano das pessoas, é importante detalhar os conceitos aplicados pelos autores para explicar o significado de rede e suas derivações pertinentes à realização deste estudo. Assim sendo, para Población, Mugnaini e Ramos (2009, p.626), rede é um “[...] conjunto de nós e laços com relações ilimitadas e híbridas articuladas entre sujeitos, objetos e discursos, que interagem no mundo real e virtual. Por analogia, estrutura sem fronteiras; comunidade não geográfica”. Existe de fato uma necessidade de criar novas competências, destacando-se a Competência em Informação, para produzir significado ao tratar o volume de dados que é disponibilizado hoje e acima de tudo existe uma necessidade de produzir significado verdadeiro. Mas como incentivar e expandir essa competência pelo maior número possível de pessoas nas organizações? A primeira etapa é concernente ao formato de gestão da própria organização. Se ela não permitir o afloramento destas características nos seus colaboradores, a criatividade ficará latente ou apenas restrita aos projetos pessoais de cada um, mas não terá lugar na sua vida profissional. Outros aspectos que inibem o desenvolvimento da criatividade são, por exemplo, a falta de reconhecimento ao colaborador ou à equipe que fez um excelente trabalho, um clima de muita 7 pressão e estresse para a obtenção de resultados a curto prazo, a falta de flexibilidade das lideranças, o conflito entre equipes de trabalho, a falta de estímulo a trabalhos de equipes interfuncionais, poucos treinamentos ou estes são deficientes, a ausência de aprovação de recursos para a implantação de novas ideias. Ou seja, uma empresa que sabe da importância de se oferecer produtos e serviços inovadores, porém que não propicia um clima organizacional que facilite a criatividade e a inovação. A criatividade por si só não basta. É preciso implementá-la. Transformá-la em uma inovação concreta através de novos produtos, serviços, formas de gestão etc., senão ela não passa de uma elucubração mental e não se transforma em ação Atualmente, não existe uma única categoria profissional mais preparada para gerar novas ideias e criar estratégias bem fundamentadas para sua implementação, o diferencial está nas pessoas que aprenderam a construir conhecimento, criando estratégias e implementando com sucesso as ideias, em atendimento a demandas do mercado de produtos e serviços. Afinal, esse novo profissional vai estar inserido em ambiente de trabalho, ainda, pouco propício para trabalhar em uma nova ideia consistente que possa solucionar um problema real, sem estudar a situação e buscar informação para construir boas estratégias. Considerando-se esse cenário, pode-se dizer que a sociedade contemporânea está carente de um aprendizado com significado ante a necessidade de uma mudança radical de costumes, pensamento e postura: de uma postura de estimulo a produção criativa através de individualização de tarefas, estimulo a competição interna ou premiação financeira dos funcionários, para uma postura de cooperação, aprendizagem contínua e compartilhamento de informação e conhecimento. Essa nova postura compreende um conjunto de habilidade e competências, chamada de “competência em informação”. 8