Certificação p/ Exame CPA-20

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Aula 00
Certificação p/ Exame CPA-20
Professor: Amable Zaragoza
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Curso Preparatório para o Exame de Certificação CPA-20
Mód.I - Aula 01 Conceitos Básicos de Economia
Prof. Amable Zaragoza
Mód.I - Aula 01: Conceitos Básicos de Economia
SUMÁRIO
1.
APRESENTAÇÃO DO EXAME CPA-20......................................................................... 3
2.
APRESENTAÇÃO DO CURSO ........................................................................................ 5
3.
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR .............................................................................. 8
4.
MÉTODO DE ESTUDO ................................................................................................... 10
5.
AULA DEMONSTRATIVA .............................................................................................. 12
6.
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA ................................................................... 14
6.1.
Indicadores Econômicos .......................................................................................... 14
6.1.1.
Produto Interno Bruto (PIB) .............................................................................. 15
6.1.2.
Índices de Inflação (IPCA e IGP-M) ................................................................ 18
6.1.3.
Taxa de câmbio - PTAX ....................................................................................... 22
6.1.4.
Taxa SELIC (Meta e Over).................................................................................. 24
6.1.5.
Taxa DI ...................................................................................................................... 26
6.1.6.
Taxa Referencial (TR) .......................................................................................... 27
7.
POLÍTICAS ECONÔMICAS ........................................................................................... 29
7.1.
Política Monetária ...................................................................................................... 29
7.1.1.
Metas de Inflação .................................................................................................. 30
7.1.2.
Comitê de Política Monetária (COPOM) ......................................................... 31
7.1.3.
Relação entre Taxa de Juros e Atividade Econômica ............................... 35
7.1.4.
Instrumentos de Política Monetária ................................................................ 37
7.1.4.1.
Operações no Mercado Aberto (open market) ........................................ 37
00000000000
7.1.4.2.
Depósito Compulsório ...................................................................................... 38
7.1.4.3.
Operações de Redesconto .............................................................................. 40
7.2.
Política Fiscal ............................................................................................................... 42
7.3.
Política Cambial .......................................................................................................... 46
7.3.1.
Variações da Taxa de Câmbio ........................................................................... 47
7.3.1.1. Câmbio Desvalorizado ............................................................................................ 47
7.3.1.2. Câmbio Valorizado ................................................................................................... 48
7.3.1.3. Equilíbrio da Taxa de Câmbio .............................................................................. 49
8.
CONTAS EXTERNAS ...................................................................................................... 53
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8.1.
9.
Balanço de Pagamentos .......................................................................................... 53
RESUMO ............................................................................................................................ 59
Prezado aluno, seja bem-vindo!!!
Vamos iniciar nosso bate-papo com algumas informações interessantes
para você que pretende prestar o Exame de:
CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA – SÉRIE 20
Muitas pessoas nos procuram comentando que é difícil reunir todo o
material de estudo, que são conhecimentos diversos, que precisam de
cursos e mais cursos... comprar livros, etc...
Nós sabemos disso... e justamente por isso que criamos aqui um curso que
é integralmente voltado para a prova CPA-20.
Exatamente o que cai na prova, nem mais, nem menos!
Os alunos deste curso não precisam de NENHUM outro material de estudo,
fonte de consulta, complementação, etc... Nada! O curso é completo e
preciso. Aqui tem tudo o que cai na prova do CPA-20 e mais nada!
Além disso, o nível de aprofundamento de cada matéria é exatamente o
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que exigido, para que você não perca seu precioso tempo com
conhecimentos desnecessários. E isso é nosso maior diferencial, pode
acreditar! Não é à toa que nosso curso se Estratégia Concursos. Nós
entregamos exatamente o necessário, com precisão cirúrgica de conteúdo,
extensão e profundidade.
Vamos aos detalhes...
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1.
APRESENTAÇÃO DO EXAME CPA-20
A CPA-20 se destina a certificar Profissionais das Instituições Participantes
que atuam na prospecção e venda de produtos de investimento e na
manutenção de carteira de investimentos de clientes pessoas físicas ou
jurídicas atendidas nos segmentos: Alta Renda, Private, Corporate e
Investidores Institucionais.
Cabe destacar que a presente certificação é obrigatória, para quem atua
nestes segmentos, ou almeja trabalhar em uma instituição financeira.
No exame da CPA-20 o candidato deve demonstrar domínio sobre as
principais características dos produtos de investimento que são ofertados
no mercado financeiro, bem como primar pelos padrões éticos de
comportamento que devem ser adotados no relacionamento com os
investidores, de tal forma que os produtos oferecidos satisfaçam aos
objetivos e necessidades dos clientes atendidos.
Quem pode se inscrever para o Exame CPA-20 (público-alvo)?
O profissional vinculado a Instituição Participante poderá se inscrever
diretamente para a CPA-20.
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Também poderá se inscrever o estudante ou profissional sem vínculo com
instituição fiscalizada pelo Banco Central (Bacen) ou pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), além daquelas pessoas interessadas em
diferenciarem-se nos processos seletivos para emprego nos mercados
financeiro e de capitais.
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Pré-requisito:
Não existe pré-requisito quanto à formação acadêmica.
Como é o Exame CPA-20?
O exame é realizado presencialmente em laboratório computadorizado.
Para ser aprovado é necessário obter um aproveitamento igual ou superior
a 70% das 60 questões, todas de múltipla escolha com 4 alternativas, que
devem ser respondidas em até 2 horas e 30 minutos.
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2.
APRESENTAÇÃO DO CURSO
Não se preocupe se você está começando agora no Mercado
Financeiro ou não tem nem ideia do conteúdo do exame da CPA-20, pois
estou aqui para ajudar você!
Nossa proposta é oferecer um curso preparatório para quem nunca
teve contato com a matéria. Apresentarei o conteúdo em uma linguagem
simples, sem adentrar no “economês” que caracteriza a maioria dos livros
e cursos que encontramos por aí.
O nosso curso será conduzido em linguagem coloquial, na boa, como se
estivéssemos frente-à-frente. Assim, a exposição da matéria seguirá no
rumo de uma conversa, um bate-papo, como se um colega seu estivesse
explicando a aula que você faltou na escola ou faculdade.
- Entendeu?
E por este motivo, não nos prenderemos a maiores rigores linguísticos, mas
compartilharemos do conhecimento de uma forma bem direta,
seguindo a melhor didática para um aprendizado que se inicia.
O legal disso, é que mesmo sendo simples na exposição seremos
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bastante rigorosos na apresentação do conteúdo, que abrangerá todo
o edital do exame.
Para isso, organizarei cada Módulo partindo da exposição do
conteúdo, em aulas escritas e vídeos, e vários exercícios de fixação.
Todos
os
exercícios
são
apresentados
com
o
gabarito
e
demonstrativo/amparo legal de sua resolução.
No módulo final temos um simulado, contendo questões retiradas
de provas anteriores da ANBIMA.
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Quais assuntos abordaremos no curso?
Somente o que cai na prova! Sem enrolação! O que você precisará
saber estará disposto aqui. Nossa proposta é que você tenha a essência
da teoria, em um meio termo entre apresentação expositiva e um resumo.
Ou seja, não pretendo escrever um tratado sobre Finanças. NÃO FAREI
ISSO!!!
Serei
breve
na
apresentação,
com
os
conhecimentos
fundamentais para que você possa detonar no dia da prova.
Adicionalmente, nosso fórum permite que você tire todas as suas
dúvidas diretamente comigo. Se você não entender algum tópico,
precisar de uma explicação adicional, tem alguma questão que não
entendeu a resposta ou quer descobrir uma fonte adicional de pesquisa que
lhe pode ser útil, basta escrever para mim. Tentarei responder sua dúvida
o mais rápido possível... saiba que não durmo sem responder toda a
minha caixa de e-mail... assim, em 24h, no máximo, você terá uma
resposta.
Portanto, apesar de não nos conhecermos presencialmente, tenha em
mente que estarei sempre pronto a lhe ajudar. Combinado?
O que não farei: listar todas as abordagens existentes, sob o ponto de
vista de todos os autores que escreveram alguma coisa sobre o assunto!
Aqui a proposta é OBJETIVIDADE COM QUALIDADE! Logo, escreverei o
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necessário, sobre o ponto de vista dominante e que se faz presente na
maioria das provas desse exame. Portanto, não serei exaustivamente
longo na explicação, atendo-me ao necessário. Ok?
Os exercícios serão selecionados entre aqueles que já caíram nas
provas deste exame, prioritariamente, ou de outros assemelhados. Nosso
foco
é
fundamental
para
que
você
não
perca
tempo
conhecimentos desnecessários.
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Aqui será listado somente o que caiu e provavelmente cairá na sua prova.
Assim, os exercícios serão cuidadosamente colocados para que você
tenha plenas condições de praticar os conhecimentos adquiridos e
refletem exatamente a dificuldade esperada em sua prova!
O Conteúdo Programático foi elaborado seguindo precisamente o edital
atualizado da ANBIMA. Distribuí o conteúdo de nosso curso em 6
módulos, cada qual com vários capítulos, incluindo um módulo final com o
simulado preparatório, conforme o seguinte cronograma:
Módulo
Conteúdo Programático
Data
Mód. I
Princípios Básicos de Economia, Finanças e
Estatística
05/12
Mód. II
Fundos de Investimento
15/12
Mód. III
Demais Produtos de Investimento
25/12
Mód. IV
Tributação
05/01
Mód. V
Risco
15/01
Mód. VI
Regulação
25/01
Mód. VII
Ética
30/01
Mód. VIII
Simulado
05/02
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Então é isso, a proposta é um curso completo, mas de fácil leitura que
ajudará você a detonar no dia da prova. Como falei lá no início é um batepapo, de alguém que trilhou esse caminho um pouco antes que você,
combinado?
Bom, por falar nisso, acho que é a hora de me apresentar...
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3.
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Meu nome é Amable Zaragoza, sou Especialista em Previdência
Complementar.
Sou
servidor
público
de
cargo
efetivo,
na
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC – órgão
que fiscaliza os fundos de pensão.
Atualmente estou licenciado, mas no meu breve histórico profissional eu
desempenhei os cargos de Coordenador-Geral de Monitoramento de
Investimentos,
Coordenador-Geral
de
Pesquisas
Atuariais,
Contábeis e Econômicas, Coordenador-Geral de Projetos Especiais
e de Conselheiro Titular na Câmara de Recursos da Previdência
Complementar (CRPC) - Ministério da Fazenda.
Minha formação inicial foi na Academia Militar das Agulhas Negras,
onde me graduei em Ciências Militares, no curso de Intendência, que
abrange Administração e Logística. Nessa oportunidade fui o 3º colocado
da minha turma. Depois disso, estudei na Universidade do Estado da
Bahia, onde concluí uma pós-graduação em Política e Estratégia.
Permaneci 12 anos no Exército, sete dos quais chefiei diversas equipes em
temas relacionados à Gestão Financeira e Finanças Públicas. Saí do
00000000000
Exército no posto de Capitão, quando desempenhava a função de Gestor
Financeiro do Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.
Na PREVIC, concluí a segunda graduação, em Administração, na
Universidade do Sul de Santa Catarina e mestrado em Direção e Gestão
de Planos e Fundos de Pensão, na Universidade de Alcalá, em Madri
(Espanha). Recentemente, me afastei do doutorado em Economia, na
Universidade Católica de Brasília, para me dedicar ainda mais à carreira de
professor.
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Também arranjei tempo para buscar algumas certificações profissionais,
das quais eu destaco:
Gestor e Conselheiro de Entidades Fechadas de
Previdência Complementar - Investimentos, concedido
pelo Instituto de Certificação da Seguridade Social
(ICSS)
Certificado de Gestor Previdenciário dos Regimes
Próprios de Previdência, concedido pela Associação
Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e
Municipais (ABIPEM)
CPA-10 – ANBIMA
CPA-20 - ANBIMA
Daí a bagagem para ensinar (à distância), com conhecimento de causa, a
matéria deste nosso curso.
Justamente por isso, posso garantir que quem confia no Estratégia
Concursos terá grandes resultados. Acredite!
Eu percorri esse caminho combinando minha vida profissional e pessoal, de
marido e pai de 3 filhos: uma mocinha de 13, uma princesinha de 8 e um
super-herói de 4 anos.
Falta de tempo não é motivo... tempos atrás (lá no Exército) eu li um
provérbio árabe que trago comigo:
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"Quem quer fazer encontra um meio! Quem não quer fazer,
arranja desculpas"
Eu acreditei e consegui! Coloque sua energia aqui, esse curso pode
ser seu passo decisivo rumo à Certificação Profissional.
Eis aqui seu futuro selo profissional que estará no seu currículo:
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Tudo pronto? Então vamos explorar melhor o nosso método...
4.
MÉTODO DE ESTUDO
Desde já alerto que este curso está TOTALMENTE atualizado com as
alterações normativas de 2016!!!
Neste início da aula não se preocupe em decorar cada linha do que está
sendo apresentado. Apenas siga a leitura que nas próximas páginas os
conceitos serão automaticamente absorvidos por você, caro aluno.
Alguns deles serão muito repetidos nos exercícios, então continue
lendo e não se preocupe se não tiver decorado tudo, ok?
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Depois da primeira lida nesta aula, sugiro que você faça uma segunda
leitura, preferencialmente no dia seguinte, fazendo anotações, resumo
ou mapa mental.
É essa segunda leitura que faz você memorizar toda a aula... confie
neste método de estudo, ele dá resultados! Na véspera da prova leia
somente suas anotações e resumos... são esses os papéis que fazem a
mágica da memorização...
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A medida que você vai realizando os exercícios, vá completando seu
resumo, para que ele fique consistente, tendo a essência do que será objeto
de questões em sua prova.
Simples assim:
Primeira leitura – conhecer os conceitos e a teoria.
Segunda leitura – anotar os conceitos mais importantes, organizando as
ideias no papel, de modo que você tenha um resumo próprio em mãos.
Se tiver tempo, leia mais vezes o material...
Percebeu que você terá aqui tudo o que você precisa saber para
fechar a prova dessa certificação? Espero que sim.
Mas com o seu resumo na mão a vida fica mais fácil, pode acreditar!
Por fim, gostaria de deixar com vocês a mensagem de uma das pessoas
mais admiráveis do esporte brasileiro. Não se trata de um simples
vencedor, ou campeão. Quem conhece a trajetória de esforço e de
permanente dedicação à perfeição em seu trabalho sabe que essa pessoa
foi muito especial.
Imagine alguém que ficava o tempo todo pensando em como ser melhor
do que foi no dia anterior, de como poderia superar os seus próprios limites.
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Não importava se ele era bom o bastante, o maior desafio não era contra
os outros, era contra ele mesmo, para ser cada vez melhor no que fazia.
Sabe de quem eu estou falando?
Dele mesmo, Ayrton Senna!
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Se você está de acordo até aqui, siga em frente!
5.
AULA DEMONSTRATIVA
A aula de hoje destina-se a apresentar a metodologia que empregamos no
curso preparatório para o Exame de Certificação Profissional CPA-20 da
ANBIMA.
Como você leu anteriormente, o curso é organizado em Módulos.
Iniciaremos pelo Módulo I, cujo conteúdo que você terá acesso a seguir é
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a primeira de 6 partes deste módulo.
No Módulo I trabalharemos os seguintes assuntos:
Conceitos Básicos de Economia
Conceitos Básicos de Finanças
Conceitos Básicos de Estatística
Negociação, Liquidação e Custódia
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Conceito e finalidade de Benchmarks e Índices de
Referência
Exercícios de Fixação
Para que você possa conhecer nosso curso, a presente aula demonstrativa
é gratuita e já contempla uma parte da matéria que você precisará estudar
para ser aprovado.
Assim, na aula de hoje estudaremos os principais conceitos de Economia:
1.1
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Indicadores econômicos (definição): PIB, índices de
1.1.1
inflação (IPCA e IGP-M), taxa de câmbio (PTAX), taxa
SELIC, taxa DI e TR
Política Monetária: metas de inflação; instrumentos de
política monetária: open market, redesconto e
1.1.2
depósitos compulsórios (conceito e impactos no
mercado). COPOM (atribuições e impactos das
decisões). Relação entre juros e atividade econômica
1.1.3
Política Fiscal: necessidade de financiamento do setor
público, implicações sobre a dívida pública
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Política Cambial: cupom cambial, reservas
1.1.4
internacionais, regimes de taxa de câmbio. Relações e
conceitos
1.1.5
Contas Externas: Balança Comercial, Transações
Correntes, Conta de Capital. Conceitos
Vamos começar?
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6.
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Para fins de certificação, é necessário que o profissional demonstre que
conhece os principais conceitos que fundamentam o entendimento do
cenário econômico. Neste sentido, não vamos explorar em profundidade
cada um dos temas, vamos focar no que será exigido em sua prova,
combinado?
O funcionamento da economia não é algo trivial de ser explicado, ele
depende de uma série de fatores que atuam simultaneamente e resultam
em cenários mais favoráveis ou menos favoráveis para que um país e os
investimentos naquele território se desenvolvam e prosperem.
Portanto, para que possamos iniciar nosso estudo, vamos estudar alguns
indicadores econômicos, que nada mais são do que a expressão numérica
de um determinado fato econômico, assim expresso para que possamos
medir e comparar realidades.
6.1. Indicadores Econômicos
00000000000
A Economia é medida através da coleta
de
dados,
que
são
número
que
registram determinadas informações.
Por exemplo, se queremos saber se as
pessoas de determinada região estão
empregadas, medimos o número de
pessoas e quantas delas possuem
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emprego e quantas não possuem. Assim, conseguimos criar um indicador
de desemprego, por exemplo.
Neste sentido, vamos trabalhar agora com os indicadores que sintetizam
as principais informações em relação a uma determinada economia,
iniciando nosso estudo pela medição do Produto Interno Bruto, mais
conhecido por sua sigla: PIB.
6.1.1.
Produto Interno Bruto (PIB)
Produto Interno Bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens e
serviços finais produzidos em um determinado país, em um determinado
período de tempo1.
Por valor de mercado se entende
o
valor
total
de
todas
as
transações de bens e serviços
efetuadas na economia por todas
as pessoas físicas e jurídicas. Bens
e serviços finais englobam bens
00000000000
tangíveis (como imóveis, veículos,
equipamentos, etc.) e serviços
intangíveis (serviços em geral,
incluindo médicos, espetáculos,
intermediações, representações, etc.).
1
Geralmente por ano.
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No preço final do produto ou serviço não é computado o valor dos bens ou
serviços intermediários e seus respectivos insumos, para se evitar dupla
contagem.
Assim, se imaginássemos um país que produz um único produto, tal como
pão. Este país imaginário produz R$ 10.000 em pão no ano.
1. Valor da produção anual de pão: R$ 10.000.
2. Para produzir o pão é necessária farinha, que custou R$
5.000.
3. Para produzir a farinha, foi necessário o trigo, que custou R$
3.000.
Note que a produção de trigo resulta em um produto avaliado em R$ 3.000.
Esse trigo é vendido para o moinho, que produz a farinha. Quando da venda
da farinha para a padaria, por exatos R$ 5.000, temos novamente uma
transação comercial de insumo.
A farinha será utilizada para fabricar o pão. Deste modo, o PIB do país é a
soma de tudo o que foi produzido, descontando-se os insumos.
Assim, temos que a produção foi de R$ 10.000, pois tanto o trigo quanto a
farinha foram insumos de produção, o PIB desse país seria de R$ 10.000.
00000000000
Não se consideraria os valores consumidos para se obter os insumos de
produção de produtos finais.
Isso evita a dupla contagem, que geraria uma dificuldade para vermos o
que de fato foi produzido para consumo efetivo da sociedade. Note que a
avaliação é sobre o que foi produzido, independentemente de sua
comercialização ou não. Ou seja, avaliamos a produção em cada período
de tempo, geralmente um ano.
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Logo, quando vemos no noticiário que o PIB do Brasil foi de 4 trilhões de
reais em um determinado ano, sabemos que a produção de bens e serviços
finais da economia foi neste montante, ainda que alguns dos produtos
produzidos tenham ficados estocados (sem efetiva comercialização naquele
ano).
Deu
para
compreender
até
agora?
É
importante
que
você
vá
compreendendo os conceitos, pois eles vão gradativamente ficando um
pouquinho mais complexos. Tranquilo? Adiante, então...
O cálculo do PIB mede os dispêndios ou a demanda final de bens e serviços
e os destinos dos produtos, tendo em vista quem os adquire. Deste modo,
o PIB pode ser calculado como o somatório do consumo, investimento,
gastos do governo e as exportações líquidas.
Vejamos a fórmula do PIB:
Y = C + I + G + (X – M)
Fórmula do PIB:
Na qual...
Y = PIB
C = Consumo das famílias e empresas
I = Investimento (em equipamentos, estoques e bens de produção)
G = Consumo do Governo
00000000000
X = Exportações de mercadorias e serviços
M = Importações de mercadorias e serviços
 O consumo significa as despesas efetuadas pelas famílias e empresas
em bens de consumo duráveis e não duráveis, excluindo-se bens
imóveis.
 Investimentos são os dispêndios com bens de capital (bens que geram
outros bens ou serviços no futuro), estoques e estruturas.
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 Gastos (ou consumo) do Governo é o somatório das despesas em
todos os níveis, federal, estadual e municipal.
 Exportações são os produtos e serviços vendidos pelo país para outros
países.
 Importações são os produtos e serviços comprados pelo país de outros
países.
6.1.2.
Índices de Inflação (IPCA e IGP-M)
A INFLAÇÃO é um fenômeno de aumento contínuo e generalizado no
nível de preços praticados na economia.
Pode ter diferentes origens ou fontes, desde o desequilíbrio financeiro do
setor público até uma escassez generalizada de determinados produtos, tal
como a falta de alimentos decorrentes de uma safra destruída por fatores
climáticos adversos.
Esse
processo
inflacionário
ocasiona também contínua perda
00000000000
de
capacidade
moeda,
de
reduzindo
aquisitivo
dos
compra
o
da
poder
agentes
econômicos.
Portanto, dentro de um cenário
inflacionário, o aumento contínuo
dos preços conduz a uma perda de capacidade de consumo dos agentes
econômicos, corroendo o valor da moeda.
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Um aumento esporádico ou sazonal de preços de determinados produtos
não significa necessariamente que existe inflação na economia.
O contrário da inflação é o que se chama de deflação, quando ocorre a
queda generalizada dos preços na economia por um período contínuo de
tempo.
Para medirmos o comportamento dos preços da economia, utilizamos
índices de preços.
Índices de preços é uma medida da variação média de um conjunto de
preços entre dois períodos considerados – é a taxa de inflação no período,
em outras palavras.
Os índices de preços se destacam no suporte aos processos de gestão e no
acompanhamento do desempenho da economia como um todo, de
empresas e da política de investimento é de extrema relevância para o
alcance das metas.
No Brasil existem vários índices, que indicam a variação de preços em
segmentos específicos da economia, com diferentes finalidades.
A inflação oficial do Brasil é medida pelo IPCA.
Assim como o Brasil, os demais países medem sua inflação através de um
00000000000
índice geral de preços, que acompanha as variações de preços de um grupo
selecionado
de
bens
e
serviços
(cesta),
e
seguindo
determinada
metodologia de apuração.
Nesse caso, a taxa de inflação e reconhecida como o percentual médio de
aumento dos preços dessa cesta selecionada de bens e serviços em certo
período.
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IPCA – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO
É calculado pelo IBGE, mede a variação de preços no mercado varejista.
Considera famílias com renda de 1 a 40 salários mínimo, residentes em
áreas urbanas. O IPCA serve para corrigir os balanços e demonstrações
financeiras trimestrais e semestrais das companhias abertas.
A coleta de preços é feita nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro,
Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador,
Curitiba, Goiânia e Brasília.
Os preços coletados são ponderados pela Pesquisa de Orçamento Familiar
(POF), que determina o percentual de cada despesa mensal das famílias
amostradas nos diferentes bens e serviços. Esse percentual determina o
peso a ser aplicado no cálculo da variação de preços, para determinação do
índice.
O IPCA é utilizado como referência para a META DE INFLAÇÃO definida pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Comitê de Política Monetária
(COPOM).
PONDERAÇÃO DAS DESPESAS PAR CÁLCULO DO IPCA
TIPO DE GASTO
Alimentação
PESO % NO INDICADOR
00000000000
25,21
Transportes e comunicação
18,77
Despesas pessoais
15,68
Vestuário
12,49
Habitação
10,91
Saúde e cuidados pessoais
8,85
Artigos de residência
8,09
Total
100
Outro importante índice de inflação é o IGP-M.
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IGP-M – ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO: registra a inflação
de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços
finais, entre o 21º dia do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. Ele
é formado pelos seguintes índices:
 Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPA-M),
 Índice de Preços ao Consumidor, baseado no consumo
das famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos –
Mercado (IPC-M) e
 Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado
(INCC-M).
A formação do IGP-M obedece a seguinte proporção:
PONDERAÇÃO DAS DESPESAS PAR CÁLCULO DO IGP-M
TIPO DE GASTO
PESO NO INDICADOR
IPA-M
60%
IPC-M
30%
INCC
10%
Total
100%
Por abranger um conjunto maior de preços, incluindo-se as vendas no
atacado e custos de construção, o IGP-M é bastante utilizado para reajuste
de operações financeiras, especialmente as de longo prazo.
00000000000
A INDEXAÇÃO é a correção de valores nominais de uma quantia em
dinheiro, no sentido de compensar a perda do valor de compra devido à
inflação, para manter o poder de compra.
Contrato indexado a um índice de preços significa que o valor nominal do
contrato será corrigido pelo índice ao final do período considerado.
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Exemplo:
Imagine um contrato de aluguel de um apartamento. O valor acordado é
de R$ 1.000,00 ao mês, estando indexado o reajuste anual pelo IGP-M.
Ao final de 12 meses, apura-se o IGP-M, hipoteticamente de 11,75% no
período.
Assim, ao renovar o seu contrato, o valor que era de R$ 1.000,00 será
reajustado, multiplicando-se o preço pelo índice:
Valor do aluguel X IGP-M = Valor atualizado (indexado)
R$ 1.000,00
X 1,1175
=
R$ 1.175,00
Logo, o contrato de aluguel indexado de nosso exemplo passará a ter como
valor mensal de cobrança a importância de R$ 1.175,00, dada a variação
do índice de referência no período.
6.1.3.
Taxa de câmbio - PTAX
Taxa de câmbio expressa uma relação entre as unidades de uma moeda e
outra, ou seja, uma relação entre os valores das moedas. Por exemplo,
00000000000
Real frente ao Euro, Real frente ao Dólar, etc.
Ao admitirmos que são necessários R$3,80 para se adquirir U$ 1,00,
dizemos que a taxa de câmbio é de R$ 3,80 por U$ 1,00 dólar.
Se em algum momento forem necessários mais reais para se adquirir a
mesma quantidade de dólares, dizemos que a moeda nacional de
desvalorizou; caso contrário, supondo que precisemos de R$ 3,00 para
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comprar U$ 1,00, dizemos que o Real se valorizou (ou apreciou) frente ao
Dólar.
Em termos práticos, a moeda de uma economia é como se fosse um
produto (uma mercadoria), negociável no mercado, que pode ser comprado
ou vendido a determinado preço em relação a outra moeda.
A
taxa
de
câmbio
representa o valor com
que
a
autoridade
monetária aceita negociar
a moeda do país, ou seja,
vender
a
moeda
da
emissão de um país, na
compra
de
moeda
estrangeira, ou adquiri-la,
realizando a venda de moeda estrangeira.
O Banco Central de um país deve adquirir moeda estrangeira e pagar em
moeda nacional os exportadores de bens e serviços e os devedores que
tenham obtido empréstimo no exterior. As operações de venda de moeda
estrangeira vinculam-se a diversos pagamentos internacionais, como
importações, amortizações de dívidas internacionais, etc.
00000000000
Um câmbio encontra-se valorizado quando se necessita de menor volume
de moeda nacional para adquirir um mesmo volume de moeda estrangeira.
Neste caso, o ambiente econômico é favorável aos importadores, os quais
podem adquirir produtos no exterior com menos moeda nacional.
Um câmbio é definido como desvalorizado quando é necessária mais moeda
nacional para se comprar um mesmo volume de moeda estrangeira. O
câmbio desvalorizado favorece aos exportadores, os quais recebem um
volume maior de moeda nacional na venda de um mesmo produto.
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Em resumo:
TAXA DE CÂMBIO – é o preço de uma unidade monetária de uma moeda
em unidades monetárias de outra moeda.
No Brasil, utilizamos a PTAX, que é a taxa que expressa à média das taxas
de câmbio praticada no mercado interbancário, divulgada pelo BACEN.
Todas as operações de câmbio são registradas obrigatoriamente no
SISBACEN pelas instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio.
Outras expressões bastante utilizadas em câmbio:
 Dólar Spot: Taxa à vista
 Dólar Forward: Taxa negociada no mercado futuro
(contratos a termo)
A PTAX é calculada com base na média de todos os negócios com moedas
estrangeiras realizados no mercado interbancário com liquidação para dois
dias úteis após o dia da operação (D+2).
Apesar da PTAX ser associada ao dólar, todas as moedas negociadas
oficialmente no Brasil têm a sua PTAX.
00000000000
6.1.4.
Taxa SELIC (Meta e Over)
A Taxa SELIC representa a taxa média de juros das operações diárias de
financiamentos realizadas entre as instituições financeiras no mercado
monetário, sendo as operações lastreadas em Títulos Públicos Federais. Os
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negócios são registrados e controlados pelo SELIC (Sistema Especial de
Liquidação e Custódia).
A taxa SELIC META é definida
pelo COPOM, com base na meta
de inflação elaborada pelo CMN.
É a SELIC META que regula a
taxa SELIC OVER, assim como
todas as demais taxas do Brasil.
A taxa SELIC OVER é apurada no SELIC,
obtida mediante o cálculo da taxa média
ponderada
e
ajustada
das
operações
de
financiamento por um dia, lastreadas em
títulos públicos federais e cursadas no Sistema
SELIC na forma de operações compromissadas.
A taxa SELIC OVER pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata
de uma média das taxas de negociação dos Títulos Públicos Federais,
enquanto que a taxa SELIC META só é alterada pelo COPOM, através de
reuniões ordinárias ou extraordinárias. (Veremos com mais detalhe no item
1.2).
As reuniões ordinárias ocorrem 8 vezes ao ano, a cada 45 dias,
00000000000
aproximadamente.
TAXA SELIC representa o custo primário do dinheiro
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6.1.5.
É
Taxa DI
resultante
dos
contratos
de
CDI
(Certificados de Depósito Interbancário).
Os CDI são os títulos de emissão das
instituições financeiras, que lastreiam as
operações no mercado interbancário.
Sua função é, portanto, transferir
recursos
de
uma
instituição
financeira para outra.
Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro
sobrando empresta para quem não tem.
A taxa média diária do CDI é utilizada para avaliar a rentabilidade de
fundos. O CDI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre
os bancos em títulos privados. As negociações entre as instituições
financeiras podem ser pré-fixadas ou pós-fixadas.
O CDI é o instrumento em que as instituições financeiras “trocam” recursos
entre si. Como a negociação é restrita ao mercado interbancário, o
00000000000
investidor não aplica diretamente em CDI.
Neste caso, a taxa do CDI representa o comportamento médio das taxas
de empréstimos realizados entre bancos nas operações de um dia. O DI é
calculado diariamente pela CETIP S/A – Mercados Organizados.
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Esquematizando:
6.1.6.
Taxa Referencial (TR)
00000000000
A Taxa Referencial é apurada e anunciada mensalmente pelo governo. Sua
fórmula de cálculo segue regras próprias, sendo obtida com base na
remuneração média mensal (taxas prefixadas) dos CDB/RDB operados
pelos maiores bancos, considerados os 30 maiores bancos por volume de
captação.
Ela foi criada em 1991 visando se tornar a taxa básica financeira (TBF).
Vejamos a sua fórmula:
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Fórmula da Taxa Referencial:
Sobre o valor médio das remunerações dos CDB/RDB é aplicado um
redutor, que visa refletir a tributação incidente sobre os CDB/RDB e a taxa
real de juros da economia.
Nesta metodologia, a TR reflete a taxa de juros esperada de inflação,
embutida pelos agentes econômicos na remuneração dos títulos de renda
fixa.
A divulgação dessas taxas é importante para o mercado, permitindo que os
agentes melhorem suas estimativas com relação às várias taxas de
economia (inflação, juros reais, etc.).
A determinação da TR é formada a partir dos CDB/RDB, as quais são
definidas supondo influências das variações da taxa CDI. Com isso, mais
uma vez, destaca-se a importância da Taxa CDI para todo o mercado
financeiro, atuando efetivamente sobre a formação dos preços de seus
diversos instrumentos financeiros.
A TR é utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos
recursos das cadernetas de poupança e do FGTS.
00000000000
A TR é o principal indicador utilizado nos financiamentos concedidos pelas
instituições do Sistema Financeiro de Habitação, principalmente a Caixa
Econômica Federal.
É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.
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7. POLÍTICAS ECONÔMICAS
A Economia visa propiciar condições de atendimento às necessidades de
bens e serviços demandados pela sociedade. Assim, o governo estabelece
objetivos sociais e macroeconômicos, tal como pleno emprego, distribuição
de riqueza, estabilidade de preços e crescimento econômico.
Em termos práticos, para atuar na Economia, o governo faz uso de políticas
econômicas:
Política Monetária
Política Fiscal
Política Cambial
Vejamos os principais pontos de cada uma delas, conforme a previsão de
nosso edital.
7.1. Política Monetária
Política monetária é o controle da oferta de moeda (dinheiro) na economia,
00000000000
ou seja, o meio de estabilizar e controlar ao máximo os níveis de preços
para garantir a liquidez ideal (equilíbrio) do sistema econômico do país.
Para controlar a moeda e a taxa de juros as autoridades monetárias
utilizam-se de alguns instrumentos, dos quais podemos citar:
Operações com Títulos Públicos (open market)
Redesconto Bancário
Depósito Compulsório
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Os principais objetivos da política monetária são:
 manter em equilíbrio a quantidade de moeda no mercado,
 conservar o nível dos preços estável
 incentivar a produção
 garantir a estabilidade cambial
7.1.1.
Metas de Inflação
Após a estabilização econômica promovida pelo Plano Real, em 1994, o
Brasil passou por uma série de ajustes em sua economia. Um dos mais
importantes foi o controle da inflação.
Assim, em 1999, o país passou a adotar o regime de metas para a inflação,
que estabelece uma meta para o IPCA que deve ser atingida a cada ano,
considerando limites de tolerância inferior e superior.
Deste modo, temos uma meta de inflação definida, bem como a tolerância
de sua variação para mais e para menos.
As metas são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
00000000000
Para os anos de 2017 e 2018 a meta de inflação é de 4,5% a.a., com
tolerância de 1,5% a.a. para mais e para menos.
Portanto, temos:
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O Banco Central do Brasil (Bacen) é a instituição responsável pela condução
da política monetária para atingir a meta estabelecida.
Para viabilizar a atividade de condução da política econômica, o Banco
Central criou um comitê denominado COPOM (Comitê de Política
Monetária). O qual estudaremos em mais detalhes no próximo tópico.
7.1.2.
Comitê de Política Monetária (COPOM)
O Comitê de Política Monetária –
vinculado
COPOM,
ao
Banco
Central, foi instituído em 1996.
O
COPOM
Diretoria
é
composto
Colegiada
do
pela
Banco
Central do Brasil, reunindo-se
vezes
ao
ano.
As
8
reuniões
ocorrem nas terças e quartas, reservando-se o primeiro dia para
apresentações de dados e debates e o segundo dia para a votação e
definição da taxa de juros meta.
00000000000
A taxa de juros meta, que servirá de referência para o mercado financeiro,
é definida no Brasil como a TAXA SELIC META, que vimos antes nesta
aula.
O calendário das reuniões ordinárias é divulgado até o final de outubro do
ano anterior; podem haver reuniões extraordinárias, por convocação do
presidente do BACEN.
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Em 1999, os objetivos do COPOM em suas decisões de política monetária
passaram a incluir também o cumprimento das metas de inflação da
economia, conforme as diretrizes definidas pelo CMN.
OBJETIVOS BÁSICO DOS COMPOM:

Definir a meta da TAXA SELIC e eventual viés. A taxa vigora
por todo período entre duas reuniões ordinárias do COPOM;

Estabelecer as diretrizes da política monetária

Analisar o comportamento da inflação (Relatório de Inflação).
O objetivo principal, como podemos ver, é definir a taxa de juros meta a
ser praticada pela autoridade monetária.
O COPOM realiza reuniões periódicas visando avaliar a economia e calibrar
os instrumentos da política monetária. Ao final de cada reunião é informada
ao mercado a meta da TAXA SELIC, que vigorará até a próxima reunião
do Comitê.
Junto com a taxa, pode (ou não) ser divulgado o VIÉS, de subida ou
descida dos juros, que representa um poder concedido ao presidente do
Banco Central para modificar unilateralmente a taxa META SELIC, em
qualquer momento que julgar conveniente, antes da próxima reunião
00000000000
ordinária.
Essa prerrogativa de modificar a meta da taxa de juros entre as reuniões é
usada normalmente diante de expectativas de eventos novos e relevantes
na conjuntura econômica.
Alguns dias após cada reunião do COPOM, o Banco Central divulga a ata da
reunião, onde é apresentada a avaliação da decisão tomada e a tendência
das próximas reuniões do colegiado. As atas das reuniões são divulgadas
em 6 dias úteis em português e em 7 para a versão em inglês.
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Na avaliação das decisões de alterações nas taxas de juros, o COPOM
examina informações de 3 (três) naturezas:
Conjuntura: estudos sobre a atividade da economia, finanças públicas,
índices gerais de preços, entre outros indicadores;
Mercado
avalia
Cambial:
comportamento
do
o
mercado
ambiente
cambial,
econômico
reservas
externo,
monetárias
internacionais, etc.
Mercado
inclui
Financeiro:
a
liquidez
do
sistema
bancário,
comportamento das operações do mercado aberto, etc.
Essas metas representam um intervalo no qual se pretende manter a
inflação da economia. Caso essas metas não sejam cumpridas, o Banco
Central deve elaborar um documento no qual explica as razões para o
descumprimento e as providências tomadas para que a inflação atinja as
metas estabelecidas, através de uma carta aberta ao Ministro da
Fazenda.
Estabelecida
a
meta
para
a
TAXA
SELIC
pelo
COPOM,
é
de
responsabilidade do Banco Central, através de sua mesa de operações do
mercado aberto, manter a Taxa SELIC diária o mais próximo possível da
meta.
00000000000
A calibragem da TAXA SELIC para a meta estabelecida pelo COPOM pode
ser executada por operações de compra e venda de Títulos Públicos
Federais no mercado aberto (open market), redesconto e depósito
compulsório, conduzidas pelo Banco Central.
Outra atividade importantíssima para o mercado de responsabilidade do
COPOM é a publicação do documento chamado Relatório de Inflação. De
publicação
trimestral,
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esse
documento
analisa
detalhadamente
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a
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conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas
projeções para a taxa de inflação.
Competências:
CMN – determina a meta de inflação
COPOM – determina a meta da taxa de juros (Taxa SELIC Meta)
BACEN – atua para manter a inflação próxima a meta
Conceitos:
TAXA SELIC – representa a taxa média dos financiamentos lastreados em
títulos públicos federais, apurados diariamente no SELIC. É entendida como
a taxa básica de juros da economia.
VIÉS – é uma tendência de comportamento das taxas de juros para o
intervalo de duas reuniões ordinárias do COPOM.
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7.1.3.
Relação
Econômica
entre
Taxa
de
Juros
e
Atividade
A taxa de juro definida pelo COPOM exerce o papel de balizar o mercado
em relação à taxa de juros praticada pelo mercado. Assim, a depender da
taxa, a atividade econômica pode ser mais aquecida (estimulada) ou
desencorajada.
Quanto maior a taxa de juros definida, menor o incentivo para as empresas
investirem nas suas atividades, uma vez que o investimento em títulos
financeiros poderá ser muito mais rentável do que a própria atividade da
empresa.
O mesmo acontece com as pessoas – quanto maior a taxa de juro, maior a
rentabilidade de investimentos e menor é o incentivo ao consumo. Nas duas
situações, note que há desaquecimento da economia.
Por outro lado, quanto menor a taxa de juros, maior o incentivo para que
as empresas invistam nas próprias atividades, buscando lucratividade
maior que a baixa rentabilidade obtida com investimentos financeiros,
aumentando, consequentemente, o nível de emprego e a renda da
população.
00000000000
Além do aumento do consumo pela elevação da renda, as pessoas também
tenderão a consumir mais, uma vez que investir pode não ser tão atrativo
em termos de rentabilidade.
Nesse caso, note que há aquecimento da economia, porém, se o
crescimento da demanda para consumo for maior que o crescimento da
oferta de produtos e serviços, haverá um aumento no nível geral dos
preços, ou seja, inflação.
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Portanto, através da definição da meta da taxa de juros, as autoridades
monetárias buscam manter a inflação dentro dos limites definidos pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN).
Assim, como forma de ajustar as variações ocorridas nesse percurso,
utilizam alguns instrumentos da política monetária para controlar a
disponibilidade de moeda em circulação.
Quando a inflação tende a subir, eleva-se a Taxa SELIC Meta, para
desestimular os investimentos e o consumo. Em cenários de queda de
inflação, a Taxa SELC Meta é reduzida, para estimular a expansão da
economia.
Mais
inflação
Menos
inflação
Eleva-se a
Taxa SELIC
Reduz-se a
Taxa SELIC
Memorize: Mais Inflação
Menos Inflação
00000000000
Mais Taxa SELIC
Menos Taxa SELIC
A Política Monetária pode ser expansionista ou contracionista.
Classifica-se como expansionista quando as ações da autoridade monetária
conduzem a um aumento de moeda em circulação no mercado.
Por outro lado, a política monetária é contracionista quando as aplicações
dos instrumentos de política monetária levam a redução da disponibilidade
de dinheiro.
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EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
Efeito
Tipo
Efeito na
nas
Liquidez
Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Efeito na
Inflação
(PIB)
Expansionista
Eleva
Reduz
Estimula
Eleva
Contracionista
Reduz
Eleva
Desestimula
Reduz
7.1.4.
Instrumentos de Política Monetária
Os três principais instrumentos de política monetária utilizados pelas
autoridades são: operações no mercado aberto (open market); alterações
nas taxas de depósito compulsório; e taxa de redesconto.
Vejamos cada um deles.
00000000000
7.1.4.1.
Operações no Mercado Aberto (open market)
Neste instrumento de execução de política monetária, as autoridades
monetárias compram ou vendem títulos públicos no mercado financeiro.
Este é o instrumento de maior flexibilidade para execução e de efeito mais
rápido sobre a economia.
Se ocorrer a venda de títulos públicos federais, o governo recebe moeda
em troca de títulos, retirando de circulação algumas unidades de moeda.
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Por outro lado, na compra de títulos públicos federais do mercado, o
governo recebe o título e entrega moeda, aumentando a disponibilidade de
recursos em circulação na economia.
Com
esses
procedimentos,
as
autoridades
monetárias
conseguem
aumentar ou reduzir a disponibilidade de moeda no mercado, de acordo
com as suas necessidades.
Os principais objetivos das operações de mercado aberto são:
controlar a taxa de juros do curto prazo
gerenciar a liquidez da economia
sinalizar a orientação da política monetária
EFEITOS DO OPEN MARKET
Ação
Efeito na Liquidez
Efeito nas Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Compra de Títulos
Eleva
Reduz
Estimula
Venda de Títulos
Reduz
Eleva
Desestimula
00000000000
7.1.4.2.
Depósito Compulsório
Todos os agentes que fazem parte do sistema bancário são obrigados a
manter no Banco Central um depósito obrigatório, que é chamado de
Depósito Compulsório.
Esse depósito compulsório é calculado como uma parte de seus depósitos
a vista recebidos pela instituição bancária, que são obrigatoriamente
depositados junto ao Banco Central.
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Ao aumentar a alíquota do depósito compulsório, o Bacen reduz o volume
de dinheiro disponível nos bancos para que possam emprestar para a
população ou para as empresas. Isso faz com que seja reduzindo o volume
de recursos na economia. Os bancos, por sua vez, para manterem seu nível
de lucro, tendo menos dinheiro para emprestar, passam a cobrar juros mais
caros dos tomadores de empréstimo. Assim eles conseguem obter o mesmo
lucro emprestando menos dinheiro.
Portanto temos:
Por outro lado, ao diminuir a alíquota do depósito compulsório, o Bacen
aumenta o volume de recursos disponíveis para os bancos emprestarem,
elevando o volume de moeda em circulação.
Tendo elevada quantidade de dinheiro disponível para emprestar, os
bancos conseguem cobrar juros menores e ainda assim manterem o
mesmo nível de lucro.
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Na política monetária expansionista, o Banco Central reduz a alíquota do
depósito compulsório, pois isto faz com que fiquem mais dinheiro disponível
nos bancos.
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Na política monetária contracionista, o Bacen eleva a alíquota, obrigando
que uma parcela maior do dinheiro que está depositado nos bancos seja
recolhido ao Banco Central, reduzindo o montante disponível.
É importante destacar que o efeito das alterações de alíquota do Depósito
Compulsório não é imediato na economia, uma vez que é necessária toda
a movimentação bancária. Portanto, a alteração do depósito compulsório é
um instrumento para controlar a liquidez de médio prazo.
EFEITOS DO DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Ação
Efeito na Liquidez
Elevação de
Alíquota
Queda de Alíquota
7.1.4.3.
Efeito nas Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Reduz
Eleva
Desestimula
Eleva
Reduz
Estimula
Operações de Redesconto
As operações de redesconto são uma espécie de empréstimo de curto prazo
que o Bacen oferece aos bancos. Assim, quando um banco tem pouca
00000000000
disponibilidade de recursos e precisa de liquidez imediata para fazer frente
a algum compromisso, a instituição bancária pode recorrer ao redesconto.
Assim, o Bacen disponibiliza uma espécie de assistência financeira, mas
cobra juros por isso. Essa cobrança tem caráter “punitivo”, obrigando os
bancos a serem mais prudentes na gestão de sua liquidez.
O objetivo do redesconto é dar liquidez aos bancos, inclusive em operações
de poucas horas.
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Para fins de política monetária, classifica-se como expansionista quando há
aumento de moeda em circulação no mercado. Portanto, quando as taxas
das operações de redesconto são reduzidas, estimula-se aos bancos a
tomarem dinheiro emprestado no Bacen para oferecer à população.
Por outro lado, a política monetária é contracionista quando há redução da
disponibilidade de dinheiro. Logo, quando são aumentadas as taxas de
redesconto os bancos evitam recorrer ao auxílio do Bacen, reduzindo a
disponibilidade de recursos na economia.
EFEITOS DO REDESCONTO
Ação
Efeito na Liquidez
Elevação de
Alíquota
Queda de Alíquota
Efeito nas Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Reduz
Eleva
Desestimula
Eleva
Reduz
Estimula
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7.2. Política Fiscal
A Política Fiscal representa o conjunto de medidas relativas as receitas e
despesas do Governo. Assim como em qualquer família ou empresa, o
governo também deve controlar seus gastos e os adaptar às suas receitas.
Caso os gastos sejam maiores que as despesas, o governo terá que buscar
fontes para se financiar. Portanto, o objetivo central é manter um equilíbrio
entre receitas e despesas. Os principais mecanismos são o controle dos
gastos públicos e a receita tributária.
Os gastos públicos são um importante elemento de estímulo da economia.
Assim, ao elevar os gastos públicos, o governo injeta dinheiro na economia,
aumentando a liquidez e gera emprego e renda. Note que isso faz com que
se eleve a produção da indústria e um aumento na demanda por bens e
serviços.
O aumento da renda da população, seja oriunda diretamente do trabalho
nas obras públicas ou de outros setores beneficiados por uma melhor
infraestrutura, aumenta a demanda agregada que poderá, em certas
situações, gerar um quadro inflacionário. Por isso, é fundamental que o
equilíbrio seja encontrado.
00000000000
Por outro lado, quando o Governo reduz os gastos públicos, ocorre a
redução da liquidez e um menor estímulo à economia, o que pode levar a
recessão.
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Para fazer frente às despesas, o Governo precisa de receita, tendo como
principal fonte a tributação, especialmente os impostos.
Se aumentar sua arrecadação com elevação das alíquotas ou com criação
de novos impostos, o governo estará aumentando os custos das empresas,
as quais irão repassar os custos para os preços que os consumidores
pagam, logo temos um incentivo a inflação.
De modo contrário, a redução dos impostos leva ao aumento da quantidade
de moeda disponível na economia (liquidez), o que possibilita a elevação
do consumo da população e empresas. Se o crescimento da demanda for
muito acelerado, pode causar inflação por excesso de demanda.
Note que o aumento da renda e/ou da demanda pelo consumo têm efeito
benéfico sobre a arrecadação, uma vez que amplia as operações e,
portanto, a receita tributária do governo?
Mais uma vez ressalto a importância do equilíbrio que deve ser alcançado
entre tributação e despesa, para que não seja gerada inflação ou restrição
do crescimento econômico.
Em geral, as contas do setor público resultam de uma equação bastante
simples:
00000000000
O resultado primário pode ser um déficit primário ou um superávit primário.
Do resultado primário, devem ser retirados os recursos que serão utilizados
para pagamento dos juros da dívida pública. Note que esse dinheiro não
reduz a dívida, apenas paga os juros do conjunto de dívidas.
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Quando o Governo consegue um resultado primário positivo, ele conseguiu
economizar parte de sua receita para pagar os juros da dívida. Por outro
lado, quando ocorre um déficit primário, o Governo precisa de recursos
para que possa pagar suas despesas gerais, levando a uma maior
necessidade de empréstimos.
Portanto, o Governo deve objetivar um superávit primário em montante
suficiente para pagamento dos juros da dívida, pois somente assim ele terá
recursos para pagamento de suas despesas não financeiras e sobre os juros
da dívida federal.
Quando faltam recursos para honrar as despesas e/ou juros da dívida, o
setor público precisa financiar suas necessidades financeiras. Isso pode ser
feito através de:
o Dívida Interna – emitindo títulos públicos federais e dívidas
bancárias
o Dívida Externa – empréstimos contratados no exterior e
00000000000
emissões de títulos públicos federais no exterior
o Alienação de Ativos – venda de bens, imóveis, etc.
A Política Fiscal pode ser classificada em:
Expansionista
Contracionista
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POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA - o governo busca incentivar a
demanda, aumentando seu gasto e seu déficit para estimular o crescimento
da economia (PIB), sob o risco de elevar a inflação.
POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA - o governo busca economizar em
suas despesas, diminuindo o déficit público e, se possível, gerando
superávit. Assim, desestimula o crescimento da economia (PIB), podendo
gerar recessão, com o objetivo de controlar a inflação.
EFEITOS DA POLÍTICA FISCAL
Tipo
Efeito na
Liquidez
Efeito
Efeito na
nas
Atividade
Taxas
Econômica
de
Juros
(PIB)
Efeito na
Inflação
Expansionista
Eleva
Reduz
Estimula
Eleva
Contracionista
Reduz
Eleva
Desestimula
Reduz
MECANISMOS DA POLÍTICA FISCAL
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Tipo
Gasto Público
Tributos (Impostos)
Expansionista
Eleva
Reduz
Contracionista
Reduz
Eleva
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7.3. Política Cambial
Política Cambial é o conjunto de ações governamentais diretamente
relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que
se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no
balanço de pagamentos.
A Política Cambial destina-se a equilibrar as contas do país com o exterior.
Para tanto, é necessário avaliar o comportamento do mercado de câmbio e
da taxa de câmbio.
Taxa de Câmbio – representa a relação de troca entre a moeda nacional
e a de outro país. Ela representa uma determinada a quantidade da moeda
nacional necessária para se adquirir a moeda de outro país. Essa relação é
fundamental para as exportações e importações.
A moeda de cada país é uma espécie de “produto”, que pode ser negociada
no mercado. Como qualquer produto, tem um preço de negociação
atrelado. Logo, para comprar unidades monetárias de um país, é necessário
despender algumas unidades monetárias de outra moeda.
Portanto, a taxa de câmbio expressa o valor que a Autoridade Monetária de
um país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua
00000000000
emissão (compra de moeda estrangeira) ou readquirir a sua moeda (vender
moeda estrangeira).
O Banco Central de cada país deve adquirir moeda estrangeira para remeter
recursos para os países
que
transacionam
com ele
no
mercado
internacional. No caso de exportadores, o Banco Central recebe moeda
estrangeira e repassa o valor correspondente em moeda nacional para o
exportador.
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Por outro lado, ao realizar uma importação, a autoridade monetária realiza
o pagamento em moeda estrangeira no exterior, e cobra o valor
correspondente em moeda nacional do importador.
Esse mecanismo de conversão da moeda nacional por moeda estrangeira é
que dá origem à taxa de câmbio.
No Brasil adota-se o regime de Política Cambial Flutuante Suja. Significa
que não há uma taxa de câmbio definida. São as forças de oferta e
demanda de moeda estrangeira é que fazem que a cotação da moeda suba
ou desça. Porém essa variação não é “limpa”. Pois o Banco Central pode
intervir, quando achar necessário, comprando ou vendendo moeda
estrangeira, para estabilizar as cotações e o desempenho das contas
externos e balanço de pagamentos do Brasil.
Portanto, a política cambial é flutuante (pois varia de acordo com o
mercado) do tipo suja (pois pode sofrer interferência do Banco Central).
7.3.1.
Variações da Taxa de Câmbio
7.3.1.1. Câmbio Desvalorizado
00000000000
Quando o câmbio está desvalorizado, é necessária uma quantidade maior
de moeda nacional para a mesma quantidade da moeda do outro país.
Neste caso, temos um cenário favorável aos exportadores pois ao vender
uma mercadoria, receberão mais da moeda nacional no momento da
conversão monetária para cada unidade de moeda estrangeira recebida
pela operação comercial.
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Por outro lado, o câmbio desvalorizado é uma situação desfavorável para
os importadores, pois irão pagar mais unidades de Real por cada unidade
monetária necessária para pagar o produto no exterior.
Com o câmbio desvalorizado, menos pessoas se interessam por compras e
viagens internacionais, pois precisarão despender um volume de Reais
maior na compra de dólares para fazer a sua viagem ou a importação de
produtos.
Por outro lado, aos estrangeiros fica muito mais barato para viajar para o
Brasil e para comprar produtos brasileiros. Além disso, torna mais fácil a
entrada de recursos estrangeiros para investimento no país.
Câmbio Desvalorizado:
Favorável ao
Exportador
Desfavorável ao
Importador
7.3.1.2. Câmbio Valorizado
00000000000
Quando o câmbio está valorizado, as pessoas e empresas precisam de
menos unidades de Real para comprar cada unidade de Dólar, por exemplo.
Logo, para que se faça uma exportação, será recebido menos unidades de
Real para cada unidade de Dólar faturada.
Ao importador, a situação fica mais favorável, pois precisará desembolsar
menos unidades de Real para compra de cada Dólar que será utilizado para
pagar pela compra no exterior.
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Com o câmbio valorizado, muitas pessoas se interessam por compras e
viagens internacionais, pois precisarão despender um volume de Reais
menor na compra de dólares para fazer a sua viagem ou a importação de
produtos.
Por outro lado, aos estrangeiros fica muito mais caro para viajar para o
Brasil e para comprar produtos brasileiros. Por fim, torna mais difícil a
entrada de recursos estrangeiros para investimento no país.
Câmbio Valorizado:
Desfavorável ao
Exportador
Favorável ao
Importador
7.3.1.3. Equilíbrio da Taxa de Câmbio
Note que se houver muita importação, teremos como resultado o aumento
da
disponibilidade
de
produtos
à
venda
no
país,
aumentando
a
competitividade e a oferta, possivelmente resultando em redução de
preços. Ou seja, impacta em menor produção e menor inflação.
00000000000
No entanto, se a importação for em larga escala, essa medida pode
inviabilizar a produção nacional, gerando alto grau de desemprego e
desestimulado a economia nacional como um todo.
Por outro lado, a exportação diminui a oferta no mercado nacional,
diminuindo a oferta agregada dos produtos, podendo causar elevação dos
preços ao mesmo tempo em que estimula a produção nacional. Logo, o
aumento da exportação leva a potencial estímulo da economia (aumento
do PIB), porém causa inflação. Sendo assim, mais uma vez, é fundamental
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a atuação do Governo e da autoridade monetária para equilibrar os efeitos
da política cambial na economia nacional.
Lembra que comentei que a Taxa de Câmbio no Brasil é flutuante suja?
Pois bem, ela depende da oferta e demanda por moeda estrangeira para
ser fixada. Logo, quando temos um câmbio valorizado (gasta-se poucos
Reais para cada Dólar), as pessoas passam a comprar mais dólares,
aumentando a demanda por dólar.
Quando muitas pessoas querem comprar dólar, mas poucas querem
vender, naturalmente o preço do dólar tende a subir, forçando a taxa de
câmbio para uma situação de equilíbrio, em preço maior (R$ para cada
US$) que a situação inicial.
Quando o câmbio está desvalorizado (gasta-se muitos Reais para cada
Dólar), poucas pessoas se interessam em comprar dólares, portanto
quando muitos querem vender e poucos desejam comprar, o preço da
moeda estrangeira tende a cair. Deste modo, o câmbio desvalorizado acaba
forçando o preço do dólar para baixo, levando a uma situação de equilíbrio.
Portanto, com o Câmbio Flutuante, o próprio mercado cambial tende a
encontrar um preço de equilíbrio justo para as transações entre moedas.
Com a finalidade de preservar o equilíbrio cambial, o Banco Central atua
00000000000
pontualmente nas situações de desequilíbrio momentâneo, comprando ou
vendendo moeda estrangeira. Assim, temos o câmbio flutuante sujo, como
explicado anteriormente.
Consegue entender que o equilíbrio tende a ser alcançado pelo próprio
mercado e o BACEN atua somente nos casos de desequilíbrio?
Parece complexo, mas fica bem mais fácil de entender com um caso prático.
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Exemplo:
Vamos nos imaginar em 19/05/2014. Naquela data, o dólar fechou o dia
valendo R$ 2,29. Neste mesmo dia, a companhia aérea American Airlines
fez uma promoção de passagens a US$400,00 ida e volta, para viajar no
mês seguinte!
Ou seja, uma passagem São Paulo-Nova Iorque estava sendo negociada a
aproximadamente: R$ 2,29 * 400,00 = R$ 916,00
Consegue concordar que a demanda por viagens à Nova Iorque seria muito
maior se as passagens custassem menos de R$ 1000,00 ida e volta?
Pois bem, imaginemos que você não aproveitou aquela oportunidade e
resolveu comprar sua passagem no início de 2016.
Em 21 de janeiro de 2016, a cotação do dólar estava em R$ 4,38.
Imaginemos agora se fosse feita a mesma promoção, vejamos quanto
custaria a mesma passagem de US$ 400,00.
Teríamos: R$ 4,38 * 400,00 = R$ 1.752,00
Consegue compreender que quando a moeda está desvalorizada existe
menos interesse em viagens ao exterior e compra de produtos importados,
pois ficam muito mais caros na nossa moeda nacional?
00000000000
Pois bem, é isso que acontece com a economia como um todo. Quando a
moeda se valoriza, aumenta a demanda por compra de moeda estrangeira.
Já quando o Real se desvaloriza, temos menos interesse em compras no
exterior.
No próximo tópico iremos enquadrar as variações cambiais dentro do
conjunto de contas externas do país.
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Por enquanto, vamos a uma rápida revisão:
Real contra
Dólar
Fluxo de
Exportação
Importação
Americano
Moeda
Indústria Nacional
Estrangeira
Favorável
Valorizado
importar
máquinas e equipamentos
ex. R$ 2,00
para comprar
p/
Diminui
Aumenta
cada US$
Saída
e tomar empréstimo no
(Gasto no
exterior, mas sofre com a
Exterior)
concorrência de produtos
1,00
estrangeiros mais baratos
no Brasil.
Favorável para venda da
Desvalorizado
Entrada
ex. R$ 4,00
para comprar
Aumenta
Diminui
cada US$
produção no Exterior, mas
tem
(Gasto no
Brasil)
1,00
dificuldades
comprar
para
máquinas
equipamentos
e
tomar
empréstimo no exterior.
Valorizado: significa que o Real “vale muito” frente ao dólar.
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e
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8. CONTAS EXTERNAS
Como vimos até agora, a economia do país funciona dentro de um conjunto
amplo
de
engrenagens
de
políticas
e
instrumentos
de
intervenção/estabilização que estão disponíveis para o Governo e para a
Autoridade Monetária.
Devemos considerar que os países se relacionam globalmente, comprando
e vendendo produtos e serviços, uns dos outros. Por este motivo, é
necessário avaliarmos o desempenho das contas externas do país, para
entendermos como tem se comportado a demanda por produtos, bens e
serviços, tanto de importação quanto de importação. Também precisamos
ver como se dão os fluxos de moeda, investimentos, enfim... uma série de
informações que podem ser úteis na condução da política econômica do
país.
Neste contexto, ganha relevo o Balanço de Pagamentos, como veremos
agora.
8.1. Balanço de Pagamentos
00000000000
Não se preocupe em decorar o Balanço de pagamentos, apenas é
necessário conhecer os conceitos de cada uma das transações. Por hora,
vou lhe apresentar a estrutura para que fique mais fácil de entender a
finalidade de cada conta, ok?
Adiante....
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O balanço de pagamentos registra os valores de todas as transações
internacionais realizadas por um país, considerando os diferentes tipos de
transações realizados entre residentes e não-residentes.
O Balanço de Pagamentos resulta do somatório do saldo das contas
corrente, conta de capitais e conta de erros e omissões:
O Balanço de Pagamentos deverá apresentar o resultado das transações do
país com o resto do mundo. No Brasil ele sempre é calculado em Dólares
Americanos, mesmo em transações com países de outras moedas.
Se a Conta Corrente apresenta um déficit, ou seja, o somatório das saídas
de divisas forem superiores que as entradas nas transações correntes, o
país precisará se financiar através da conta de capitais. Ou seja, o país
precisará de empréstimos ou de investimentos diretos para compensar a
saída de moeda estrangeira.
Caso não consiga equilibrar o déficit corrente com o movimento de capitais,
o país precisará consumir suas reservas monetárias internacionais, para
manter sua capacidade de pagamento no exterior.
00000000000
Não vamos aprofundar aqui porque não é necessário para sua prova. Mas
deve ficar claro que não é saudável para o país manter um desequilíbrio no
balanço de pagamentos por muitos anos, pois pode resultar em consumo
de suas reservas internacionais e, no final de tudo, pode levar à moratória
ou quebra de sua economia.
Mas vamos entender um pouco mais a Conta Corrente...
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Detalhando a Conta Corrente, vemos que ela é formada pelo somatório dos
saldos das contas Balança Comercial, Balança de Serviços e Transferências
Unilaterais:
As transações correntes representam o dia-a-dia do comércio internacional,
tanto de bens e serviços, quanto as remessas de dinheiro entre os países.
A negociação de bens envolve a exportação e importação de mercadorias,
como vemos na Balança Comercial:
A Balança de Serviços apresenta a série de despesas com prestadores de
serviços internacionais, sendo uma saída (ou entrada) efetiva de divisas.
Por fim, as transferências unilaterais registram as remessas de moeda
entre países.
Exemplo: Migrantes que trabalham em países desenvolvidos e remetem
00000000000
parte de sua renda para seus familiares em seus países de origem.
Agora, vejamos a estrutura básica do Balanço de Pagamentos:
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Cada uma destas contas possui uma finalidade e metodologia de apuração
específica. Vejamos a síntese de cada uma delas, de forma que estejamos
prontos para nossa prova de certificação:
BALANÇO DE PAGAMENTOS
A. BALANÇA
Registra o saldo apurado das Exportações menos
COMERCIAL
as Importações. Valores FOB.2
B. BALANÇA DE
SERVIÇOS
00000000000
Corresponde aos valores transacionados entre os
residentes
e
o
resto
do
mundo
em
viagens
internacionais, fretes, seguros, lucros, dividendos,
2
Transações fixadas pelo valor FOB (free on board). FOB é a sigla internacional que representa o valor de
embarque de mercadorias sem considerar despesas de frete e seguros)
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royalties, gastos governamentais com embaixadas e
organismos internacionais, etc.
São remessas internacionais de dinheiro referentes
C.
às doações de mercadorias e assistência, remessas
TRANSFERÊNCIAS financeiras de migrantes para outros países, etc.
UNILATERAIS
Valores que são enviados sem contraprestação de
bens ou serviços.
Serve para avaliarmos se o país está exportando ou
importando poupança. Quando o saldo é negativo,
significa
D. SALDO EM
CONTACORRENTE
D=A+B+C
que
o
país
está
financiando
seus
investimentos internos com a poupança externa. Ou
seja, a poupança interna não é suficiente, tendo sido
necessário
recorrer
a
recursos
externos
para
viabilizar a formação de capital.
Um saldo positivo (superávit) demonstra que o país
está
enviando
para
o
exterior
os
recursos
excedentes de poupança interna, colaborando para
financiar investimentos no resto do mundo.
São os recursos que entram ou saem do país sob a
00000000000
forma
de
investimento
financiamentos
E. MOVIMENTO
direto,
empréstimos
internacionais,
e
amortizações,
repatriação de investimentos, etc.
DE CAPITAIS
Nesta conta registra-se a aplicação de recursos na
economia
nacional,
especialmente
no
mercado
financeiro e de capitais.
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Essa conta destina-se a equilibrar o Balanço de
Pagamentos, uma vez que os registros realizados
nos milhões de operações podem conter erros ou
F. ERROS E
omissões de lançamento. Como o Balanço de
OMISSÕES
Pagamentos
utiliza-se
do
método
de
partidas
dobradas da contabilidade, temos que ter um total
de créditos igual ao total de débitos, servindo para
ajustar eventuais distorções nos resultados.
Resultado
final
líquido
das
várias
transações
realizadas entre os residentes e não residentes.
G. SALDO DO
BALANÇO DE
PAGAMENTOS
Positivo (superávit) – entraram mais divisas no
país do que saíram.
Negativo (déficit) – saíram mais divisas do país do
que entraram.
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9. RESUMO
PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB
Produto Interno Bruto (PIB) é o valor de mercado de todos os bens e
serviços finais produzidos em um determinado país, em um determinado
período de tempo3.
Y = C + I + G + (X – M)
Fórmula do PIB:
Na qual...
Y = PIB
C = Consumo das famílias e empresas
I = Investimento (em equipamentos, estoques e bens de produção)
G = Consumo do Governo
X = Exportações de mercadorias e serviços
M = Importações de mercadorias e serviços
A metodologia de apuração do PIB considera os preços finais, evitando
dupla contagem.
ÍNDICES DE INFLAÇÃO
A INFLAÇÃO é um fenômeno de aumento contínuo e generalizado no
nível de preços praticados na economia.
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Índices de preços é uma medida da variação média de um conjunto de
preços entre dois períodos considerados – é a taxa de inflação no período,
em outras palavras.
IPCA – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO
É calculado pelo IBGE, mede a variação de preços no mercado varejista.
Considera famílias com renda de 1 a 40 salários mínimo, residentes em
áreas urbanas.
3
Geralmente por ano.
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O IPCA é utilizado como referência para a META DE INFLAÇÃO definida
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Comitê de Política
Monetária (COPOM).
PONDERAÇÃO DAS DESPESAS PAR CÁLCULO DO IPCA
TIPO DE GASTO
PESO % NO INDICADOR
Alimentação
25,21
Transportes e comunicação
18,77
Despesas pessoais
15,68
Vestuário
12,49
Habitação
10,91
Saúde e cuidados pessoais
8,85
Artigos de residência
8,09
Total
100
A inflação oficial do Brasil é medida pelo IPCA.
IGP-M – ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO: registra a inflação
de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços
finais, entre o 21º dia do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. Ele
é formado pelo Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPA-M), Índice de
Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) e pelo Índice Nacional do Custo
da Construção – Mercado (INCC-M). A formação do IGP-M obedece a
seguinte proporção:
PONDERAÇÃO DAS DESPESAS PAR CÁLCULO DO IGP-M
00000000000
TIPO DE GASTO
PESO NO INDICADOR
IPA-M
60%
IPC-M
30%
INCC
10%
Total
100%
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TAXA DE CÂMBIO – PTAX
TAXA DE CÂMBIO – é o preço de uma unidade monetária de uma moeda
em unidades monetárias de outra moeda.
PTAX - calculada com base na média de todos os negócios com moedas
estrangeiras realizados no mercado interbancário com liquidação para 2
dias úteis após o dia da operação (D+2).
Apesar da PTAX ser associada ao dólar, todas as moedas negociadas
oficialmente no Brasil têm a sua PTAX.
TAXA SELIC – (META e OVER)
TAXA SELIC representa o custo primário do dinheiro
A taxa SELIC META é definida pelo COPOM, com base na meta de inflação
elaborada pelo CMN.
A taxa SELIC OVER é apurada no SELIC, obtida mediante o cálculo da taxa
média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no Sistema SELIC na
forma de operações compromissadas.
TAXA DI
00000000000
É resultante dos contratos de CDI (Certificados de Depósito Interbancário).
Os CDI são os títulos de emissão das instituições financeiras, que lastreiam
as operações no mercado interbancário.
Sua função é, portanto, transferir recursos de uma instituição
financeira para outra.
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TAXA REFERENCIAL - TR
Calculada pela média mensal (taxas prefixadas) dos CDB/RDB.
Fórmula da Taxa Referencial:
Sobre o valor médio das remunerações dos CDB/RDB é aplicado um
redutor, que visa refletir a tributação incidente sobre os CDB/RDB e a taxa
real de juros da economia.
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POLÍTICA MONETÁRIA
Conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os meios de
pagamento disponíveis às necessidades da economia do país.
Executada através do controle da quantidade de dinheiro em circulação no
mercado.
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Instrumentos de Política Monetária:
Operações com Títulos Públicos (open market)
Redesconto Bancário
Depósito Compulsório
o Compra e/ou venda de títulos públicos
Open Market
federais executada pelo Bacen no mercado
aberto
o Instrumento mais ágil e eficaz
Redesconto
Bancário
o É a taxa de juros cobrada pelo Bacen pelos
empréstimos concedidos aos bancos
o Obrigação de depósito junto ao Bacen de
parte dos recursos que foram depositados nos
Depósito
Compulsório
bancos
o Limita
a
disponibilidade
de
moeda
às
instituições bancárias para empréstimo à
pessoas e empresas
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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
EFEITOS DO OPEN MARKET
Ação
Efeito na Liquidez
Efeito nas Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Compra de Títulos
Eleva
Reduz
Estimula
Venda de Títulos
Reduz
Eleva
Desestimula
EFEITOS DO DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Ação
Efeito na Liquidez
Efeito nas Taxas
de Juros
Efeito na
Atividade
Econômica
Elevação de
Alíquota
Reduz
Eleva
Desestimula
Queda de Alíquota
Eleva
Reduz
Estimula
Efeito na
Atividade
Econômica
EFEITOS DO REDESCONTO
00000000000
Ação
Efeito na Liquidez
Efeito nas Taxas
de Juros
Elevação de
Alíquota
Reduz
Eleva
Desestimula
Queda de Alíquota
Eleva
Reduz
Estimula
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COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA - COPOM
OBJETIVO PRINCIPAL: de estabelecer as diretrizes da política monetária
e definir a taxa de juros meta a ser praticada pela autoridade monetária
COPOM - Define a TAXA SELIC e o seu VIÉS.
CMN – Define a meta de inflação
VIÉS – é uma tendência de comportamento das taxas de juros para o
intervalo de duas reuniões ordinárias do COPOM.
OBJETIVOS BÁSICO DOS COMPOM:



Definir a meta da TAXA SELIC e eventual viés. A taxa vigora por todo
período entre duas reuniões ordinárias do COPOM;
Estabelecer as diretrizes da política monetária
Analisar o comportamento da inflação.
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
Tipo
Efeito na
Liquidez
00000000000
Efeito
Efeito na
nas
Atividade
Taxas
Econômica
de
Juros
(PIB)
Efeito na
Inflação
Expansionista
Eleva
Reduz
Estimula
Eleva
Contracionista
Reduz
Eleva
Desestimula
Reduz
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POLÍTICA FISCAL
A Política Fiscal representa o conjunto de medidas relativas as receitas e
despesas do Governo. Classifica-se em:
POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA - o governo busca incentivar a
demanda, aumentando seu gasto e seu déficit para estimular o
crescimento da economia (PIB), sob o risco de elevar a inflação.
POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA - o governo busca economizar
em suas despesas, diminuindo o déficit público e, se possível, gerando
superávit. Assim, desestimula o crescimento da economia (PIB),
podendo gerar recessão, com o objetivo de controlar a inflação.
EFEITOS DA POLÍTICA FISCAL
Tipo
Efeito
Efeito na
Efeito na
nas
Atividade
Liquidez
Taxas
Econômica
de Juros
(PIB)
Efeito na
Inflação
Expansionista
Eleva
Reduz
Estimula
Eleva
Contracionista
Reduz
Eleva
Desestimula
Reduz
00000000000
MECANISMOS DA POLÍTICA FISCAL
Tipo
Gasto Público
Tributos (Impostos)
Expansionista
Eleva
Reduz
Contracionista
Reduz
Eleva
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POLÍTICA CAMBIAL
Política Cambial é o conjunto de ações governamentais diretamente
relacionadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que
se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no
balanço de pagamentos.
Taxa de Câmbio – representa a relação de troca entre a moeda nacional
e a de outro país. Ela representa uma determinada a quantidade da moeda
nacional necessária para se adquirir a moeda de outro país. Essa relação é
fundamental para as exportações e importações.
Câmbio Desvalorizado:
Câmbio Valorizado:
Favorável ao
Exportador
Desfavorável ao
Exportador
Desfavorável ao
Importador
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Favorável ao
Importador
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BALANÇO DE PAGAMENTOS
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PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO DE PAGAMENTOS:
A. BALANÇA
Registra o saldo apurado das Exportações menos
COMERCIAL
as Importações. Valores FOB.4
Serve para avaliarmos se o país está exportando ou
importando poupança. Quando o saldo é negativo,
significa
D. SALDO EM
CONTACORRENTE
D=A+B+C
que
o
país
está
financiando
seus
investimentos internos com a poupança externa. Ou
seja, a poupança interna não é suficiente, tendo sido
necessário
recorrer
a
recursos
externos
para
viabilizar a formação de capital.
Um saldo positivo (superávit) demonstra que o país
está
enviando
para
o
exterior
os
recursos
excedentes de poupança interna, colaborando para
financiar investimentos no resto do mundo.
São os recursos que entram ou saem do país sob a
forma
de
investimento
direto,
empréstimos
e
00000000000
financiamentos
E. MOVIMENTO
internacionais,
amortizações,
repatriação de investimentos, etc.
DE CAPITAIS
Nesta conta registra-se a aplicação de recursos na
economia
nacional,
especialmente
no
mercado
financeiro e de capitais.
4
Transações fixadas pelo valor FOB (free on board). FOB é a sigla internacional que representa o valor de
embarque de mercadorias sem considerar despesas de frete e seguros)
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