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2013
Maio
02/05/2013
Cidade europeia que transforma lixo em energia lida com falta de matéria prima
Oslo, na Noruega, precisa importar lixo para abastecer sua usina e gerar eletricidade. Em todo o norte da
Europa, a demanda é muito maior que a oferta
por The New York Times
Lixo em usina de geração de energia de Oslo, na Noruega: cidade precisa importar dejetos de outros
países
Foto: The New York Times
Fonte: http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/9l/5f/y1/9l5fy1hya7mz0pvnc3wun1wg6.jpg
A cidade de Oslo, Noruega, importa lixo. Ele é trazido da Inglaterra e da Irlanda, mas também da Suécia e
de outros países da região. A cidade chega a ter planos para importar lixo do mercado americano.
"Eu gostaria de importar lixo dos Estados Unidos", disse Pal Mikkelsen, em seu escritório em uma grande
fábrica na periferia da cidade que transforma lixo em aquecimento e eletricidade. "O transporte marítimo é
mais barato."
Veja
o
infográfico:
a
cidade
ideal(http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/a+cidade+ideal/n1596992720457.html)
Oslo, uma cidade que aposta na reciclagem, onde cerca de metade da cidade e a maioria de suas escolas
são aquecidas através da queima de lixo - lixo doméstico, resíduos industriais, até mesmo resíduos tóxicos
e perigosos provenientes de hospitais e apreendimentos de drogas - tem um problema: ela está,
literalmente, com falta de lixo para queimar.
O problema não é exclusivo de Oslo, uma cidade de 1,4 milhões de habitantes. Em todo o norte da Europa,
onde a prática de queimar lixo para gerar calor e eletricidade aumentou drasticamente nas últimas décadas,
a demanda por lixo é muito superior à oferta. "O norte da Europa tem uma enorme capacidade de geração",
disse Mikkelsen, 50, um engenheiro mecânico no ano passado foi o diretor da agência responsável por
transformar lixo em energia.
Mapa: pontos de coleta seletiva em São Paulo(http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/vejao-mapa-dos-pontos-de-coleta-seletiva-em-sao-paulo/n1597332021425.html)
No entanto, a população exigente do norte da Europa produz apenas cerca de 150 milhões de toneladas de
resíduos por ano, disse ele, muito pouco para abastecer e incinerar plantas que possam lidar com mais de
700 milhões de toneladas. "E os suecos continuam construindo" mais plantas, disse ele, com uma
expressão de desespero no rosto, “assim como a Áustria e a Alemanha."
A maioria das pessoas aprova a ideia. "Sim, absolutamente", disse Terje Worren, 36, um consultor de
software, que admitiu gerar aquecimento para sua própria casa com combustível e aquecer sua água com
eletricidade. "É uma ótima maneira de reutilizar o lixo."
Para alguns, pode parecer bizarro que Oslo iria recorrer à importação de lixo para produzir energia. A
Noruega está classificada entre os 10 maiores exportadores mundiais de petróleo e gás, e tem abundantes
reservas de carvão e uma rede de mais de 1,100 usinas hidrelétricas em suas montanhas ricas em água.
No entanto, disse Mikkelsen, a queima de lixo foi "uma estratégia de utilizar energia renovável, para reduzir
o uso de combustíveis fósseis."
É claro que outras regiões da Europa estão produzindo grandes quantidades de lixo, incluindo o sul da
Itália, onde cidades como Nápoles contratou cidades na Alemanha e na Holanda para aceitarem seu lixo,
ajudando a neutralizar a crise do lixo napolitano. Apesar de Oslo ter considerado aceitar o lixo italiano,
preferiu ficar com o que disse ser o lixo inglês, limpo e seguro. "É uma questão sensível", disse Mikkelsen.
Ainda assim, nem todo mundo se sente confortável com a proposta de acumular lixo. "De um ponto de vista
ambiental, é um problema enorme", disse Lars Haltbrekken, o presidente do mais antigo grupo ambientalista
da Noruega, uma afiliada da Amigos da Terra. "Existe uma pressão para produzir mais e mais lixo, porém
só enquanto exista essa demanda."
Em uma hierarquia de objetivos ambientais, Haltbrekken disse que produzir menos lixo deveria ficar em
primeiro lugar, enquanto gerar energia a partir do lixo deveria ficar em último lugar . "O problema é que
nossa menor prioridade entra em com nosso principal objetivo ", disse ele.
"Então, agora nós importamos lixo de Buenos Aires e outros lugares, e também conversamos a respeito da
possibilidade de importar lixo de Nápoles", acrescentou. "Nós dissemos, 'OK, pelo menos nós estamos
ajudando os napolitanos, ' mas isso não é uma estratégia de longo prazo."
De acordo com urbanistas, talvez não, mas por enquanto é uma necessidade. "A reciclagem e recuperação
de energia têm que andar de mãos dadas", disse Rooth Olbergsveen, da agência de recuperação de
resíduos da cidade. Reciclagem tem feito progressos, disse ela, e a separação de lixo orgânico, como
restos de alimentos, está permitindo que Oslo produza biogás, que está agora alimentando alguns ônibus
no centro de Oslo.
Haltbrekken reconheceu que ele não se beneficia da energia gerada pelo lixo. Sua casa, perto do centro da
cidade, construída por volta de 1890, é aquecida pela queima de pedaços de madeira, e sua água é
aquecida eletricamente. Em geral, segundo ele, a Amigos da Terra, apoia as metas ambientais da cidade.
No entanto, ele acrescentou: "A curto prazo, é claro, é melhor queimar o lixo em Oslo do que deixá-lo em
Leeds e Bristol."
Mas, "a longo prazo", disse ele, "não".
Fonte:
iG
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Meio
Ambiente(http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/2013-05-02/cidade-europeia-que-transformalixo-em-energia-lida-com-falta-de-materia-prima.html)
06/05/2013
Pense antes de jogar fora
por Aída Carla de Araújo, do MMA
Garrafas PET: reciclagem é de 56%.
Foto: Paulo de Araújo/MM
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n22-300x209.jpg
Folheto disponível no portal do MMA dá dicas de como tratar o lixo.
No Brasil, cada habitante gera em média 1,1 kg de resíduos por dia. O que fazer com ele? Pensando em
conscientizar a população, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) elaborou folheto chamando a atenção para
o princípio dos 3R (reduzir, reutilizar e reciclar). Trata-se de um conjunto de atitudes relacionadas aos
hábitos de consumo que ajudam a poupar os recursos naturais, gerar menos resíduos e minimizar seu
impacto sobre o meio ambiente, além de promover a geração de trabalho e renda.
“Foi um trabalho de equipe.Tentamos resumir ao máximo o número de informações que iríamos
disponibilizar naquela pequena publicação. Fomos desde a rota do lixo até a coleta seletiva”, afirma o
gerente do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Saburo Takahashi.
Segundo o folheto, os 3Rs também são objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que
prevê a extinção dos lixões até 2014. A Lei 12.305/2010, regulamenta a questão, abre caminho para que a
população brasileira possa se desenvolver ainda mais e conseguir superar grandes desafios como os
problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Recomendações
Para atingir esses objetivos, bastam atitudes simples que podem ser adotadas no dia a dia da população.
Adquirir sempre produtos mais duráveis, por exemplo, procurar aqueles que utilizem menos embalagens,
evitar sacos plásticos, comprar o suficiente para o consumo, aproveitar tudo o que puder dos alimentos,
colocar no prato só o que for comer, além de reformar e conservar objetos.
De acordo com a PNRS, a reutilização é o aproveitamento de resíduos sólidos antes da sua transformação
biológica, física ou físico-química. Isso significa utilizar frente e verso do papel, usar cartuchos de
impressora recarregáveis, reaproveitar vidros de geleia, maionese e outros alimentos, doar materiais como
roupas e objetos para instituições. E, por fim, a reciclagem que trata do processo de transformação dos
resíduos sólidos em insumos e novos produtos.
Para se ter uma ideia, no Brasil, 13% dos resíduos sólidos urbanos passam pelos processos de reciclagem,
inclusive por compostagem. Atualmente são reciclados papel de escritório (28%); papel ondulado (70%);
plásticos (19%); latas de alumínio (98%); latas de aço (49%); vidro (47%); pneus (92%); embalagens longa
vida (25%); resíduo sólido orgânico urbano (4% por compostagem) e garrafas PET (56%).
A PNRS estimula os municípios a adotar a coleta seletiva e destaca que os municípios devem priorizar a
participação dos catadores de materiais recicláveis e as ações de educação ambiental. Com isso, é possível
aumentar o índice de coleta seletiva e de reciclagem, e reduzir a quantidade de resíduos despejados nos
aterros sanitários.
* Publicado originalmente no site MMA(http://www.mma.gov.br/informma/item/9295-pense-antes-de-jogarfora).
Fonte: MMA/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/pense-antes-de-jogar-fora/)
06/05/2013
Brasil deve investir em energia renovável para não faltar luz, diz especialista
por Ingrid Tavares, do UOL, em São Paulo
A energia hidrelétrica é uma das melhores fontes energéticas, mas não deve ser o único recurso de um
país, sentencia Roger Duncan, professor da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. A
dependência de uma fonte pode afetar o abastecimento e ainda mexer no bolso do consumidor e no
ambiente.
Mesmo com grande potencial hídrico, o Brasil teve de acionar no fim de 2012 suas termelétricas para
impedir um sério racionamento de energia. O agravamento da seca e a falta de chuva afetaram os
reservatórios das hidrelétricas, que passaram por uma baixa histórica durante o verão passado, segundo o
ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O problema é que as usinas termelétricas usam combustíveis fósseis altamente poluentes, como óleo, gás
natural ou carvão, para gerar energia. Em janeiro, as cerca de 60 termelétricas ligadas foram responsáveis,
em média, por disponibilizar cerca de 13 mil megawatts de energia de uma demanda mensal de 58 mil
megawatts – isto é, mais de 20% da energia de todo o país não veio de uma fonte
limpa(http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/21/nivel-dos-reservatorios-sobe-mastermicas-vao-continuar-ligadas-afirma-ons.htm).
"É importante diversificar as fontes renováveis de energia. Quando há uma dependência de uma única
fonte, como a hidrelétrica no Brasil, você fica sujeito a secas e outros problemas que podem surgir. Por isso,
a importância de ter diversas fontes para, quando uma não estiver plena, a outra poder compensá-la sem
afetar [a população, nem o planeta]", conversa Duncan com a reportagem do UOL, após dar uma palestra
na Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, organizada em conjunto com o Consulado dos Estados
Unidos em São Paulo.
Referência em energias renováveis e eficiência energética nos Estados Unidos, Duncan visitou o Brasil para
falar de sua experiência de 12 anos à frente da Austin Energy, a nona maior concessionária pública daquele
país e que detém hoje 27% de capacidade instalada de energia limpa. Quando assumiu a empresa, nem
1% da geração vinha de fontes como o vento, o Sol ou a biomassa.
Futuro solar
O texano disse que o governo brasileiro precisa investir em um mapeamento das suas fontes, em especial
as renováveis, para, então, escolher os recursos mais robustos em cada área e o com melhor custobenefício para cada região. "Pessoalmente não tenho como dizer que vocês têm de se concentrar nessa ou
naquela fonte, mas com um inventário adequado e os estudos detalhados, ficará óbvio qual é a fonte
correta para ser utilizada".
Mas, entre uma fala e outra, o professor confessa suas apostas energéticas para o futuro global em uma
mistura do poder solar com as "matrizes locais".
"As fontes usadas nos Estados Unidos não são as mesmas do Brasil nem as da Ásia. Mas acho, em geral,
que a tendência no futuro é que a energia solar se torne a principal fonte no mundo inteiro. Em
segundo lugar, cito as 'fontes regionais', ou seja, as que serão produzidas em cada região, mas que não
precisam ser sempre as mesmas - o Brasil tem o Etanol da cana de açúcar, por exemplo", elogia Duncan.
Além disso, ele afirma que em alguns pontos do globo haverá o avanço da energia nuclear, já que "algumas
necessidades energéticas são difíceis de serem fornecidas apenas por fontes renováveis". "Então essa
mistura é o futuro, e essa mistura vai ser diferente em diferentes partes do mundo", conclui.
Além disso, ele afirma que em alguns pontos do globo haverá o avanço da energia nuclear, já que "algumas
necessidades energéticas são difíceis de serem fornecidas apenas por fontes renováveis". "Então essa
mistura é o futuro, e essa mistura vai ser diferente em diferentes partes do mundo", conclui.
Mas Duncan lembra que os consumidores têm de investir primeiro em um aquecedor solar, e não tampar o
telhado de placas fotovoltaicas. É que fica mais barato esquentar o chuveiro, do que fornecer energia
para a casa toda(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/03/18/energiasolar-sai-caro-na-casa-toda-mas-vale-para-esquentar-chuveiro.htm). De acordo com os cálculos do
professor, esquentar a água com a energia solar, e não mais com a elétrica, cortaria os custos em até 60%;
já os painéis só conseguiriam distribuir 10% de toda a energia usada por uma família.
Potencial esquecido
Dados da segunda edição de O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade, levantamento feito por ONGs
que acompanham o setor, o Brasil tem capacidade solar para atender 10% da sua demanda atual de
luz(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2012/11/12/brasil-menosprezapotencial-de-energia-solar-e-eolica-segundo-relatorio.htm) capacitando menos de 5% da área urbanizada
do país. Já no caso da eólica, o potencial inexplorado corresponde quase o triplo da capacidade atual.
Em São Paulo, se for considerada apenas a melhor faixa de incidência solar na região Noroeste, o governo
poderia abastecer 4,6 milhões de residências por ano, que equivale a 30% de todo o consumo residencial
do Estado.
O estudo com 25 mapas detalhados, que foi divulgado no mês passado, foi criado a partir de dados do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da análise técnica da Secretaria Estadual de Energia, lembra
o subsecretário Milton Flávio, que abriu a palestra de Duncan.
Fonte:
UOL
Notícias
>
Meio
Ambiente(http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimasnoticias/redacao/2013/05/06/brasil-tem-de-diversificar-matriz-para-nao-racionar-luz-diz-especialista.htm)
07/05/2013
Minhoca é opção ecológica para lixo orgânico
da AFP [email protected]
Composteira de minhocas permite reciclar naturalmente até 30% do conteúdo da lixeira mais rápido do que
a composteira clássica
Cada minhoca devora diariamente entre a metade e uma vez o seu
peso em resíduos orgânicos, materiais carbonados e até a poeira
Foto: FRANK PERRY/AFP
Fonte: http://imagem.band.com.br/zoom/f_170064.jpg
Quase nada escapa à sua presença: elas se movem sutilmente em meio às cascas de batata e revelam
uma silhueta rosada entre restos de verduras. No entanto, na lixeira orgânica, centenas de minhocas
digerem os rejeitos, reduzindo o seu volume, e produzem um fertilizante de qualidade para as plantas.
"É incrível o que comem, são hiper-vorazes!", diz Patricia Dreano, surpresa com o apetite de 400 minhocas
da espécie "Eisenia Foetida" que colonizaram uma composteira feita especialmente para elas, instalado no
subsolo da sua casa, situada perto de Josselin (Morbihan, oeste da França), debaixo da mesa onde prepara
suas sopas.
Importada da Austrália e dos Estados Unidos, a composteira de minhocas permite "reciclar naturalmente até
30% do conteúdo da nossa lixeira" mais rápido e facilmente do que a composteira clássica colocada em um
canto do jardim, conta Gwénola Picard, de 42 anos.
Ao lado do marido, criador de perus, ele fundou a fazenda de minhocas de Pays de Josselin, um criadouro
de milhões de minhocas, que se nutrem de excrementos de cavalos, vacas, aves de criação e restos de
comida recuperados dos restaurantes.
Usado por particulares, o princípio é simples: cada minhoca devora diariamente entre a metade e uma vez o
seu peso em resíduos orgânicos (cascas, pó de café...), materiais carbonados (papelão, jornais) e até a
poeira varrida com a vassoura.
À medida que o volume dos dejetos se reduz, acumula-se o de excrementos de lombrigas na composteira
de minhocas, uma espécie de torre composta de bandeiras sobrepostas e buracos, para permitir o
deslocamento das minhocas.
"Chá de minhoca"
Só falta recolher a composteira de minhocas, um fertilizante com a consistência da terra, destinado a nutrir o
solo e revitalizar as plantas. "Depois de dois meses, de cada 10 quilos de dejetos, são recuperados cinco
quilos", diz Gwénola Picard.
Sem odores, sem moscas e sem possibilidade de que as minhocas escapem. O único problema é recolher
regularmente o "chá de minhoca", um adubo líquido procedente da água da matéria em decomposição, para
evitar que as minhocas se afoguem.
"Abrir a composteira na minha casa já é uma prova", admite, sorridente, Patricia Ros-Chilias, diretora do
centro de lazer de Josselin. O que não a impede de receber, encantada, uma composteira de minhocas cor-
de-rosa nova em folha no refeitório das crianças. "É muito prática porque não precisa ir à rua" nos dias de
chuva ou frio.
"Estão ali do lado, sabemos que temos que alimentar nossas minhocas", explica. "É um gesto automático:
comemos e, em vez de jogarmos fora os restos, antes perguntamos se é possível reciclá-los", disse.
Embora o método seduza quase todos, "a demanda aumenta nas comunidades", constata Frédéric
Raveaud, da empresa Collavet-Plastiques, e criador do Eco-Worms, único modelo de composteira de
minhocas francês, muito colorido. "Há quatro anos, quando começamos, era um produto para engajados",
mas agora vendemos entre "3.000 e 3.500".
No município de Saint-Jean-Brévelay, perto de Vannes, onde são vendidos a partir de 40 euros a peça,
vinte particulares já estão em filas de espera.
"Os dejetos orgânicos que deveriam ir para as composteiras representam entre 15% e 20% do conteúdo
das lixeiras", diz Maxime Lohézic, do serviço ambiental desta comunidade.
"O potencial (destas minhocas) é enorme", pois estes animais são menores e mais discretos do que as
tradicionais, que vão se tornar os "novos bichos de estimação", após o pedido das autoridades competentes
para reciclar os dejetos de consumo privado.
Fonte: Band.com.br > Notícias > Ciência(http://noticias.band.uol.com.br/ciencia/noticia/?id=100000596556)
07/05/2013
Economia – Alagoas será a sede da primeira usina de etanol de segunda geração no Brasil
por PB - Poratl de Bragança Redação(http://noticias.portalbraganca.com.br/author/thomaz)
Desde 1984, pesquisadores da equipe da Embrapa Monitoramento por Satélite vêm trabalhando com a
questão da avaliação e do monitoramento do impacto ambiental da cana-de-açúcar. Várias
metodologias foram desenvolvidas e aplicadas no Nordeste e no Sudeste. Esta página apresenta os
principais conceitos e resultados obtidos pela Embrapa Monitoramento por Satélite em parceria com
várias instituições governamentais e não governamentais.
Fonte: http://www.cana.cnpm.embrapa.br/images/capa.jpg
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (7) a aprovação de
empréstimo, no valor de R$ 300 milhões, para a construção da primeira usina de etanol de segunda
geração no Brasil. A obra será construída pela empresa Bioflex Agroindustrial, do grupo GranInvest, no
município de São Miguel dos Campos (AL). O empreendimento será o segundo do tipo no mundo, de
acordo com informação da assessoria de imprensa do banco.
O projeto faz parte do Programa de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e
Sucroquímico (Paiss), criado pelo BNDES em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),
do Ministério da Ciência , Tecnologia e Inovação, em 2011. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento, a
produção e a comercialização de inovações tecnológicas destinadas ao processamento de biomassa
gerada a partir da cana-de-açúcar.
A unidade terá capacidade de produção de 82 milhões de litros por safra. O etanol de segunda geração
dará maior sustentabilidade ao etanol produzido no Brasil, avalia o banco. A expectativa é que ele contribua
para elevar a atual produtividade industrial do etanol em até 45%, atingindo em torno de 10 mil litros por
hectare.
O etanol de segunda geração, também chamado etanol celulósico, é produzido a partir de resíduos
agrícolas, como o bagaço da cana, palhas e outros tipos de biomassa vegetal.
Com o anúncio feito hoje, o total de operações aprovadas no âmbito do Paiss sobe para R$ 2 bilhões. Ao
todo, foram selecionados pelo programa 35 projetos voltados para o desenvolvimento e produção de etanol
à base de celulose e de produtos químicos derivados da biomassa da cana. Eles representam investimentos
superiores a R$ 3 bilhões, informou o BNDES por meio de sua assessoria.
Com informações da Agência Brasil
Fonte:
PB
Portal
de
Bragança
>
Notícias
>
Economia(http://noticias.portalbraganca.com.br/economia/economia-alagoas-sera-a-sede-da-primeira-usinade-etanol-de-segunda-geracao-no-brasil.php)
08/05/2013
Ministros reconhecem que mais ações climáticas são necessárias
por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Os representantes dos Ministérios de Meio Ambiente de 35 países que estiveram em Berlim
Foto: UNFCCC
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n13-300x201.jpg
Declaração final dos Diálogos Climáticos de Petersberg afirma que os esforços existentes não são
suficientes para lidar com o aquecimento global e defende iniciativas de REDD+ e eficiência energética.
“Os ministros percebem com grande preocupação que as ações atualmente planejadas não são o bastante
para limitar o aumento das temperaturas em 2ºC. Para alcançar esse objetivo, todos os países precisam
inspirar e possibilitar urgentemente mais ações climáticas, coletivamente e individualmente, com os países
desenvolvidos assumindo a dianteira.”
Esse é um dos parágrafos do documento final dos Diálogos Climáticos de Petersberg, evento que reuniu os
representantes dos Ministérios de Meio Ambiente de 35 países, incluindo Brasil, Índia, China e Estados
Unidos, em Berlim, na Alemanha.
A declaração começa destacando os ganhos relacionados a uma transformação no nosso modo de vida.
“Múltiplas oportunidades econômicas estão associadas à transição para as baixas emissões de gases do
efeito estufa e para a economia verde, como a criação de empregos e benefícios para a saúde pública e
inovação. Essas mudanças não devem acontecer apenas no que diz respeito à produção, mas também nos
padrões de consumo.”
Nesse sentido, os ministros apontam que é necessário o engajamento e o apoio de toda a sociedade nas
soluções climáticas. Qualquer ação para mitigar o aquecimento global seria desperdiçada se sua
implementação não for completa.
“Elevar a conscientização é fundamental. Uma comunicação proativa com o público é, portanto, essencial”.
Sobre o futuro acordo climático, que deve estar pronto em 2015 para substituir o Protocolo de Quioto em
2020, a declaração afirma que buscar o mínimo denominador comum para o consenso não será o
suficiente.
“O novo acordo deve conter fortes incentivos para medidas ambiciosas e para maneiras inovadoras de gerar
ações climáticas [...] O tratado deve respeitar o princípio de responsabilidades comuns, porém
diferenciadas, levando em conta assim a natureza dinâmica das mudanças climáticas e das
responsabilidades, capacidades e circunstâncias nacionais.”
Durante a reunião, a maioria dos ministros destacou a importância da transparência de todas as ações. Mas
houve divisão sobre qual deverá ser o primeiro passo, muitos desejam que as nações assumam metas
obrigatórias de redução das emissões de gases do efeito estufa, enquanto outros defendem que antes seria
necessário estabelecer compromissos nacionais internos.
Iniciativas como o REDD+, o corte no uso de poluentes climáticos de vida curta, como o metano, a busca
pela eficiência energética e os investimentos em fontes renováveis de energia foram reconhecidas como
uma parte importante da mitigação do aquecimento global e os ministros sugeriram que sejam mais
apreciadas dentro das negociação climáticas.
Sobre as negociações em si, o documento final de Petersberg identifica que a Convenção Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) é o fórum apropriado para os debates.
A próxima Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 19) será realizada em Varsóvia, na Polônia, em
novembro, e o foco dela também foi discutido pelos ministros.
“Será em Varsóvia que as fundações para o novo acordo climático serão construídas [...] A COP 19 deverá
avançar nas definições sobre a estrutura e natureza do acordo de 2015, que deve ser ambicioso, justo e
transparente.”
Leia a declaração final na íntegra (inglês)(http://pt.scribd.com/doc/140004333/Petersberg4-Conclusions-Bf)
*
Publicado
originalmente
no
CarbonoBrasil(http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mudancas_climaticas1/noticia=733939).
site
Fonte: CarbonoBrasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/ministros-reconhecem-que-mais-acoesclimaticas-sao-necessarias/)
13/05/2013
Planeta está em 'zona de perigo' com alta concentração de CO2, diz ONU
Volume de CO2 na atmosfera atingiu marca histórica nos Estados Unidos.
Alerta veio da comissária da ONU para o Clima, Christiana Figueres.
do G1, em São Paulo
A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que superou pela primeira vez a marca de 400 partes
por milhão (ppm) na última semana, deixa o planeta em uma "zona de perigo", advertiu nesta segunda-feira (13) a
secretária-executiva para o clima das Nações Unidas, Christiana Figueres.
"Com 400 ppm de CO2 na atmosfera, superamos o limite histórico e entramos em uma zona de perigo", afirma
Figueres, citada em um comunicado divulgado em Bonn, na Alemanha, sede da Convenção Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês)
"O mundo tem que acordar e perceber o que isto significa para a segurança dos seres humanos, para seu bemestar e seu desenvolvimento econômico", completa Figueres, que destacou também que "ainda existe uma
oportunidade para evitar os piores efeitos da mudança climática" e fez um pedido à comunidade internacional para
dar uma "resposta política capaz de enfrentar este desafio".
Ela lembrou também da rodada de negociação climática entre os países, que deve ocorrer no fim do ano na
Polônia, que terá como foco a construção de um novo plano global para conter as altas taxas de CO2 na
atmosfera.
O novo tratado (ou protocolo) está previsto para ser assinado em 2015 e entrar em vigor a partir de 2020 – tempo
de espera considerado longo por nações vulneráveis para assumir compromissos mais firmes. Ele substituirá o
Protocolo de Kyoto, único acordo já ativo pelo qual parte dos países ricos se compromete a reduzir seus gases
estufa.
Em colapso
Caso a temperatura global aumente mais que os 2ºC previstos, cientistas consideram que o planeta entrará em
um sistema climático marcado pelos fenômenos extremos
Limite simbólico
Na última quinta-feira (9), o observatório situado no vulcão de Mauna Loa, no Havaí, registrou uma concentração
de CO2 de 400,03 ppm, informou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês)
Apesar desta ser uma medida pontual, a média anual de 2013 deve superar os 400 ppm, um número simbólico
que marca uma tendência inquietante do planeta para o aquecimento, segundo os analistas.
O objetivo fixado pela comunidade internacional em 2009 é manter o aquecimento global a uma elevação máxima
da temperatura de 2ºC em relação aos níveis registrados antes da era industrial. Caso os 2ºC sejam superados,
os cientistas consideram que o planeta entrará em um sistema climático marcado pelos fenômenos extremos.
Com uma média anual de 400 ppm de concentração de CO2, o aquecimento global previsto será de pelo menos
2,4ºC, segundo o relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). E as
perspectivas são pessimistas: as emissões de CO2 na atmosfera não param de aumentar e, caso a tendência
persista, a temperatura pode aumentar entre 3 e 5 graus.
Emissões descontroladas
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgado no ano passado alertou que,
mesmo se até 2020 os países aplicarem políticas públicas que ajudem a reduzir a emissão de gases de efeito
estufa, o limite máximo proposto pelos cientistas para aquela data terá sido ultrapassado.
De acordo com o relatório “A lacuna das emissões”, em tradução livre do inglês, mesmo que todos os países
cumpram nos próximos oito anos o que foi prometido em acordos climáticos firmados em conferências da ONU,
eles ainda emitiriam 8 bilhões de toneladas (gigatoneladas) de gases a mais que o limite proposto para 2020.
O teto de emissões fixado por cientistas para 2020 é de 44 gigatoneladas de CO2 equivalente (medida que soma
a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases).
No entanto, há um cenário pior, caso nada seja feito. Se nos próximos oito anos nenhum governo cumprir o que
prometeu e as políticas verdes deixarem de ser vistas como prioridade - acrescentando ainda o desenvolvimento
econômico previsto para o período, as emissões de gases ultrapassariam em 14 gigatoneladas o limite calculado
pelos cientistas.
Emissões provenientes de indústria na França. Quantidade de CO2 na atmosfera é preocupante
Foto: Joel Saget/AFP
Fonte: http://s2.glbimg.com/llTOLYvENCG_DBREznazVtvDEY=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/05/24/emissao.jpg
Fonte: G1 >Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/05/planeta-esta-em-zona-de-perigo-comalta-concentracao-de-co2-diz-onu.html)
13/05/2013
Brasil quer usar fraturamento hidráulico para explorar gás
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-USN9foxL10/UZFEh_1CoQI/AAAAAAABXQg/qg3qxO9StjE/s1600/0,,16677061_303,00.jpg
Proibido em países da Europa, polêmico método é condenado por oferecer riscos ao meio ambiente.
Agência Nacional do Petróleo garante monitorar o tema, mas ONGs alertam para perigo de contaminação
da água e do solo.
Uma polêmica técnica de extração de gás natural, proibida em alguns países da Europa, será testada pela
primeira vez no Brasil. O fraturamento hidráulico (fracking, em inglês) é questionado pela falta de estudos
sobre possíveis danos ambientais.
A extração de gás natural por meio de fraturamento hidráulico é considerada uma alternativa diante do
esgotamento das reservas naturais mais acessíveis. Para extrair o gás, é preciso "explodir" as rochas. O
processo começa com uma perfuração até a camada rochosa de xisto. Após atingir uma profundidade de
mais de 1,5 mil metros, uma bomba injeta água com areia e produtos químicos em alta pressão, o que
amplia as fissuras na rocha. Este procedimento liberta o gás aprisionado, que flui para a superfície e pode
então ser recolhido.
Uma referênca sobre o tema é um estudo feito pela Duke University, na Pensilvânia, em que os cientistas
chamaram a atenção para o aumento da concentração de metano na água potável em locais próximos aos
poços usados para o fraturamento hidráulico.
Potencial promissor
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), com o fraturamento hidráulico
o Brasil poderia chegam à 10ª posição no ranking de maiores reservas mundiais de gás de xisto, também
conhecido como gás não convencional. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) pretende realizar em outubro
um leilão sobre a exploração desse gás. As bacias cotadas para entrar nesta rodada são a do Parecis (MT),
do Parnaíba (entre Maranhão e Piauí), do Recôncavo (BA), além das bacias do rio Paraná (entre Paraná e
Mato Grosso do Sul) e do Rio São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia).
Mas embora seja promissora economicamente, a técnica controversa é criticada por ambientalistas. "Há
uma clara vontade política para que isso aconteça [a exploração por meio de fraturamento hidráulico],
especialmente após as recentes avaliações muito otimistas sobre o potencial de gás de xisto em terra no
Brasil", disse à DW Brasil Antoine Simon, da divisão europeia da organização internacional Amigos da
Terra. A entidade assinou, junto com o Greenpeace e outras organizações de proteção ao meio ambiente,
uma carta pública em que expõe os motivos para o posicionamento contrário ao procedimento.
Para as entidades, parece não haver qualquer debate sobre as questões ambientais, sociais e de saúde
sobre os impactos gerados por essa atividade. A própria ANP reconhece a falta de estudos sobre os
impactos ambientais da prática. "O tema fraturamento hidráulico tem causado alvoroço na imprensa
mundial, pois seus riscos não foram esclarecidos plenamente", admitiu a assessoria de imprensa da
entidade. Na avaliação da ANP, o método possibilita aumentar a produção de gás natural, mas ainda
apresenta altos custos e complexidade nas operações.
Risco de contaminação
Entre os principais impactos ambientais alertados pelos especialistas estão a contaminação da água e do
solo, riscos de explosão com a liberação de gás metano, consumo excessivo de água para provocar o
fracionamento da rocha, além do uso de substâncias químicas para favorecer a exploração. Ainda há a
preocupação de que a técnica possa estimular movimentos tectônicos que levem a terremotos.
Para o coordenador do programa Mudanças Climáticas e Energia da organização ambientalista WWFBrasil, Carlos Rittl, os aspectos sociais e ambientais são totalmente ignorados: "o único argumento por trás
da exploração é o econômico", observa. "Essa tecnologia não se provou segura em nenhum lugar do
mundo".
Outro ponto questionado pelo especialista é o fato de o Brasil investir na exploração de combustíveis
fósseis, em vez de apostar em fontes renováveis. Ele lembra que pelo menos 2/3 das reservas mundiais
conhecidas precisam permanecer no subsolo para evitar o aquecimento global.
"O Brasil é muito abundante em fontes de energia de baixo impacto. O governo investe muito menos em
energia eólica e solar, em aproveitamento da própria biomassa da cana-de-açúcar e de resíduos de
madeira, por exemplo", considera.
Proibido na França e na Bulgária
O fraturamento hidráulico é motivo de controvérsia em todo o mundo. De acordo com a organização Amigos
da Terra, o método é permitido na Polônia e no Reino Unido, mas proibido na França e na Bulgária. Outros
países europeus declararam moratória à técnica de extração, com o objetivo de fazer uma análise mais
aprofundada sobre os impactos ambientais. É o caso da Irlanda, República Tcheca, Romênia, Alemanha e
Espanha.
O Greenpeace se posicionou oficialmente contra o método. A instituição diz ter sérias preocupações com os
impactos diretos e indiretos sobre a saúde individual e pública. Segundo a entidade, muitos desses
impactos não são só locais, mas podem ser sentidos em nível regional e mesmo global.
Produção de gás de xisto
De acordo com a ANP, há registros de operações de fraturamento hidráulico convencional desde 1950 no
Brasil. A agência afirma que, desde então, mais de 6 mil operações foram realizadas utilizando baixas
pressões e vazões, sem registros de incidentes graves. Não há experiência no Brasil de realização de
fraturamento com volumes de fluido e potência hidráulica nos níveis utilizados nos Estados Unidos, onde se
concentra a produção.
De acordo com a IEA, a experiência norte-americana mostra que o gás não convencional pode ser
explorado economicamente. A produção de gás de xisto nos Estados Unidos aumentou de forma acentuada
a partir de 2005. Cinco anos depois, o gás de xisto já representava mais de 20% da produção de gás do
país.
Fonte: Deutsche Welle/TERRA.COM > Notícias > Ciência(http://noticias.terra.com.br/ciencia/brasil-querusar-fraturamento-hidraulico-para-explorar-gas,2c66901143f8e310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)
14/05/2013
Nível recorde de CO2 forma novo marco na mudança climática
por Agência EFE(http://info.abril.com.br/autores/agencia-efe/)
Foto: sx.chu
Fonte: http://info.abril.com.br/images/materias/2013/05/mudanca-climatica-20130514115326.jpg
Los Angeles – A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera alcançou um novo marco na história
das medições científicas, uma marca que certifica, segundo os analistas, a realidade de um aquecimento global de
consequências imprevisíveis e cada vez mais preocupantes.
Na semana passada, a presença de CO2 no ar chegou as 400 partes por milhão de moléculas nos registros da
estação atmosférica Mauna Loa, no Havaí, considerada o epicentro mundial para o estudo dos gases do efeito
estufa desde que começou a operar em 1958.
O número em si não se traduz em uma "ameaça imediata" para o ser humano, como explicou à Agência Efe o
geoquímico Ralph Keeling do Centro Oceanográfico de San Diego, na Califórnia, mas é um dado simbólico com o
qual os cientistas tentam conscientizar mentes.
"É um patamar ao qual não deveríamos ter chegado. De fato, não seria preciso ter superado os 350", declarou
Keeling, um dos responsáveis do relatório publicado na sexta-feira pela Administração Nacional de Oceanos e
Atmosfera (NOAA, em inglês) dos Estados Unidos.
Este especialista sustenta que a civilização se encontra "em zona de perigo" sem que no horizonte próximo se
vejam sinais de melhoria. Em 25 anos estima-se que o CO2 representará 450 partes por milhão de moléculas de
ar dado o contínuo uso de combustíveis fósseis para o desenvolvimento dos países.
A queima de carvão, petróleo e gás natural está sendo o motor da dramática aceleração do aumento do CO2 na
atmosfera, disse em conversa telefônica com a Efe o diretor da divisão de vigilância global da NOAA em seu
laboratório do Colorado, James Butler.
"Durante a civilização humana o dióxido de carbono esteve em níveis de entre 180 a 280 partes por milhão. Em
pouco mais de 100 anos, a espécie humana o elevou a 400. Não há ciclo natural neste planeta capaz de fazer
algo assim tão rápido", esclareceu Butler.
Ainda não se sabe se existe um ponto sem retorno, aquele que uma vez superado gere uma desestabilização tão
drástica que condene o ser humano a calamidades climáticas globais que, por enquanto, são mais próprias dos
filmes; um ultimato que, apesar de trágico, nos ajudaria a tomar medidas para frear as emissões.
"As pessoas não veem perigos em curto prazo, portanto não se assustam, isso é parte do problema. Se nos
concentrarmos no longo prazo, nos daremos conta que a magnitude do que estamos fazendo é muito
preocupante", insistiu Keeling, cujo pai foi pioneiro no estudo do dióxido de carbono.
A chamada "Curva de Keeling", criada por Charles David Keeling, está na base das demonstrações que validam
as teorias da mudança climática que deram origem às cúpulas ambientais de Kioto e Copenhague.
Charles Keeling faleceu em 2005 e seu filho Ralph continuou seu legado.
"Não penso que meu pai teria se surpreendido muito por termos chegado a este ponto, embora ele esperasse
que, uma vez sabendo da existência de uma rápida mudança no clima, teríamos feito mais", comentou seu
descendente.
Para Butler, as pessoas têm que fazer um esforço para "entender suficientemente" que o aquecimento global "é
verdade" e "têm que confiar em quem sabe mais", mas admite que "isso é difícil".
"Leva entre 10 e 20 anos para que se notem os efeitos", indicou Butler.
Uma vez na atmosfera, o CO2 permanece ali durante milhares de anos, o que faz com que as mudanças
climatológicas radiquem nas emissões acumulativas.
A taxa de aumento de dióxido de carbono se acelerou desde que começaram as análises contínuas em 1958, ao
passar de 0,7 partes por milhão ao ano então a uma média de 2,1 partes por milhão na última década.
Devido ao aumento da temperatura no planeta, se prevê que nos próximos anos os gases metano que se
encontram em sedimentos superficiais nos oceanos e sob o gelo do ártico se liberem na atmosfera. Esse gás
poderia acelerar até cinco vezes mais o aquecimento global.
Algo similar já aconteceu em tempos pré-históricos, lembrou Butler. Também não é a primeira vez que o CO2 se
situa nos níveis atuais, mas isso ocorreu de forma gradual em períodos de milhares de anos quando o homem
ainda dava seus primeiros passos como australopiteco.
Fonte: Info Exame > Notícias Tecnologias Verdes(http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/nivelrecorde-de-co2-forma-novo-marco-na-mudanca-climatica-14052013-23.shl)
14/05/2013
Não deveríamos ter superado os 350, diz especialista sobre nível do CO2
Concentração de dióxido de carbono na atmosfera superou 400 partes por milhão de moléculas, segundo
relatório
A concentração recorde de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, de 400 partes por milhão de moléculas,
não se traduz em uma "ameaça imediata" para o ser humano, mas deveria ter sido evitada. "É um patamar
ao qual não deveríamos ter chegado. De fato, não seria preciso ter superado os 350", declarou à Agência
EFE o geoquímico Ralph Keeling, do Centro Oceanográfico de San Diego, na Califórnia, e um dos
responsáveis do relatório publicado na sexta-feira pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera
(NOAA, em inglês) dos Estados Unidos.
A marca registrada pela estação atmosférica Mauna Loa, no Havaí, considerada o epicentro mundial para o
estudo dos gases do efeito estufa desde que começou a operar em 1958, é, segundo analistas, a realidade
de um aquecimento global de consequências imprevisíveis e cada vez mais preocupantes.
Keeling sustenta que a civilização se encontra "em zona de perigo" sem que no horizonte próximo se vejam
sinais de melhoria. Em 25 anos, estima-se que o CO2 representará 450 partes por milhão de moléculas de
ar devido ao contínuo uso de combustíveis fósseis para o desenvolvimento dos países.
A queima de carvão, petróleo e gás natural está sendo o motor da dramática aceleração do aumento do
CO2 na atmosfera, disse em conversa telefônica com a EFE o diretor da divisão de vigilância global da
NOAA em seu laboratório do Colorado, James Butler. "Durante a história da civilização humana, o dióxido
de carbono esteve em níveis de entre 180 a 280 partes por milhão. Em pouco mais de 100 anos, a espécie
humana o elevou a 400. Não há ciclo natural neste planeta capaz de fazer algo assim tão rápido",
esclareceu Butler.
Ainda não se sabe se existe um ponto sem retorno, aquele que uma vez superado gere uma
desestabilização tão drástica que condene o ser humano a calamidades climáticas globais que, por
enquanto, são mais próprias dos filmes; um ultimato que, apesar de trágico, nos ajudaria a tomar medidas
para frear as emissões. "As pessoas não veem perigos em curto prazo, portanto, não se assustam. Isso é
parte do problema. Se nos concentrarmos no longo prazo, nos daremos conta que a magnitude do que
estamos fazendo é muito preocupante", insistiu Keeling, cujo pai foi pioneiro no estudo do dióxido de
carbono.
A chamada "Curva de Keeling", criada por Charles David Keeling, está na base das demonstrações que
validam as teorias da mudança climática que deram origem às cúpulas ambientais de Kioto e Copenhague.
Charles Keeling faleceu em 2005 e seu filho, Ralph, continuou seu legado. "Não penso que meu pai teria se
surpreendido muito por termos chegado a este ponto, embora ele esperasse que, uma vez sabendo da
existência de uma rápida mudança no clima, teríamos feito mais", comentou.
Para Butler, as pessoas têm que fazer um esforço para "entender suficientemente" que o aquecimento
global "é verdade" e "têm que confiar em quem sabe mais", mas admite que "isso é difícil". "Leva entre 10 e
20 anos para que se notem os efeitos", indicou Butler.
Uma vez na atmosfera, o CO2 permanece ali durante milhares de anos, o que faz com que as mudanças
climatológicas radiquem nas emissões acumulativas. A taxa de aumento de dióxido de carbono se acelerou
desde que começaram as análises contínuas em 1958, ao passar de 0,7 partes por milhão ao ano então a
uma média de 2,1 partes por milhão na última década.
Devido ao aumento da temperatura no planeta, se prevê que nos próximos anos os gases metano que se
encontram em sedimentos superficiais nos oceanos e sob o gelo do ártico se liberem na atmosfera. Esse
gás poderia acelerar até cinco vezes mais o aquecimento global. Algo similar já ocorreu em tempos préhistóricos, lembrou Butler. Também não é a primeira vez que o CO2 se situa nos níveis atuais, mas isso
ocorreu de forma gradual em períodos de milhares de anos quando o homem ainda dava seus primeiros
passos como australopiteco.
Veja períodos em que a vida na Terra quase acabou Extinções em
massa(http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/extincao-massa/)
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/infograficos/extincao-massa/img/iframe.jpg
EFE - Agencia EFE - Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização
escrita da Agencia EFE S/A.
Fonte: TERRA.COM > Notícias > Ciência(http://noticias.terra.com.br/ciencia/nao-deveriamos-ter-superadoos-350-diz-especialista-sobre-nivel-do-co2,80af95d82cd9e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html)
14/05/2013
Instituto Ethos lança Carta de Compromisso pela Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos
por Flávia Albuquerque - Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-14/instituto-ethoslanca-carta-de-compromisso-pela-gestao-sustentavel-de-residuos-solidos)
Documento busca adesão de empresas na destinação correta de lixo
e na coleta seletiva dos resíduos. Mais de 60 emrpesas já assinaram
Foto: Blog do Mílton Jung/Creative Commons
Fonte: http://www.ebc.com.br/sites/default/files/styles/large/public/caminhao_de_lixo.jpg
São Paulo – Pelo menos 62 empresas já aderiram à Carta de Compromisso pela Gestão Sustentável de
Resíduos Sólidos, lançada hoje (14) pelo Instituto Ethos, na capital paulista. O documento busca a adesão
voluntária de companhias em todos os setores para agilizar a implementação da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) entre os governos e o âmbito corporativo. Entre os compromissos das empresas
estão a destinação ambientalmente correta dos resíduos gerados em suas atividades, a promoção de coleta
seletiva em projetos patrocinados pela empresa e o estímulo a pesquisas sobre o ciclo de vida dos
produtos.
O gerente executivo de Políticas Públicas do Instituto Ethos, Caio Magri, explicou que para os governos a
Carta pede a revisão fiscal e tributária para auxiliar na ampliação do mercado da reciclagem e da logística
reversa; a criação de mecanismos eficientes para fiscalização e autuação, visando a garantia dos acordos
setoriais, e o investimento para abertura de mais aterros sanitários em todo o país. “O objetivo é que essas
novas políticas públicas, aqui sinalizadas, possam ser um vetor de indução de mudanças para as empresas
e o mercado, contribuindo de forma decisiva para a PNRS”.
Magri reforçou que é preciso colocar a PNRS como um marco regulatório para todos os estados,
harmonizando as políticas públicas, já que em alguns pontos há políticas locais contraditórias ou
incompletas do ponto de vista da PNRS. “Precisamos de um marco regulatório que seja igual para todos e a
referência e o mais avançado que nós temos é a PNRS. Há municípios, por exemplo, que têm leis de
tratamento de resíduos que não incluem os catadores. Isso é um equívoco. A lei tem que ser mudada. Os
estados e municípios têm que mudar a lei”.
O representante do Ministério do Meio Ambiente, Nei Maranhão, falou que o Brasil é assimétrico em muitos
aspectos e com avanço diferenciado para a evolução das prática das políticas públicas estabelecidas pelo
governo federal. “Eu acho que nossa lei de resíduos sólidos é muito inovadora porque propõe gestão
compartilhada, obrigando que haja envolvimento entre consumidores, fabricantes e a cadeia de distribuição,
assim como o poder público”.
O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, destacou que a entidade tem tentando contribuir com a
criação de espaços que propiciem o avanço das agendas e reconhecendo a importância da integração com
a sociedade civil. “Somente com a combinação de esforços das empresas, aprendendo com a sociedade
civil e dialogando fortemente com o governo, é que o país conseguirá vencer os desafios que existem”.
Edição: Denise Griesinger
Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
Fonte: EBC > Notícias > Brasil(http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/05/instituto-ethos-lanca-carta-decompromisso-pela-gestao-sustentavel-de)
15/05/2013
Com incentivo financeiro, Las Vegas adota medidas sustentáveis
por Redação do EcoD
O excesso de luzes nos cassinos, hotéis e restaurantes sempre foi o chamariz de Las Vegas
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/Las-Vegas.jpg
Uma cidade que surge em meio a uma formação desértica, em 1905. Uma outra cidade iluminada, repleta
de faixas, cassinos e casas de shows que recebe, por ano, 40 milhões de turistas. Os dois casos referem-se
à Las Vegas, nos Estados Unidos, conglomerado urbano famoso pelos desperdício de energia. Mas se esta
metrópole acumulava críticas pelas suas fachadas, também é verdade que passou a receber muitos elogios
a partir de 2005, por conta de suas iniciativas sustentáveis, segundo noticiou o Guardian Sustainable
Business Blog.
As mudanças em Las Vegas tornaram-se mais contundentes depois que o Legislativo do estado de Nevada
aprovou um pacote de incentivos financeiros. Os empresários que adotam medidas ambientalmente
sustentáveis nas construções, por exemplo, têm esse gasto ressarcido pelo governo.
Os empreendimentos construídos sob o conceito Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental) devem
estar aliados a uma série de sistemas de classificação para a concepção, construção e operação. Para
receber o certificado Leed Building é preciso reduzir insumos desde a construção, adotar ideias criativas
para a geração de energia, ser adaptado à geografia local, às paisagens; e reutilizar os resíduos. As ideias
do Leed já são adotadas em 135 países. Em Las Vegas, são 97 construções com esses princípios.
Água
Os grandes prédios da cidade mostram como reduzir o desperdício do recurso. Descargas diminuem 1,28
litros de água a cada vez que são acionadas. O modelo mais tradicional tem seis litros por descarga. Outra
medida é o uso de uma “supermáquina” usada em hotéis para lavagem de lençóis, que reduz em 30 litros o
gasto de água por lavagem.
Sistema de descarga adotada nos hotéis reduz em 4 litros a quantidade de água jogada fora. Já com o
reuso de colheres e copos estabelecimentos economizam U$ 800 mil.
Para a irrigação de jardins, campos e gramados, um resort resolveu usar nanofiltros para limpar a água de
uma corrente subterrânea, considerada imprópria para o consumo humano.
Lixo
Os cassinos geradores de 500 mil toneladas de lixo anuais tentam reduzir a pegada ecológica. Antes a
maioria desse insumo ia para os aterros sanitários. Com o incentivo do governo, os empreendimentos
investiram na triagem dos resíduos sólidos, além de destinar para a venda, por exemplo, plástico, papel e
produtos de alumínio.
Os resíduos das refeições são enviados para uma fazenda de porcos nas proximidades ou passam por
compostagem. O óleo que é usado no cozimento é recolhido e vendido para ser convertido em
biocombustível. O reparo de colheres e copos, que normalmente acabavam no lixo devido a danos ínfimos,
tem evitado o gasto de 800.000 dólares (R$ 1,6 milhões), por ano.
* Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/maio/com-incentivofinanceiro-las-vegas-adota-medidas?tag=cidades-sustentaveis).
Fonte:
EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/com-incentivo-financeiro-las-vegas-adotamedidas-sustentaveis/)
16/05/2013
O modelo hidroelétrico está se esgotando no Brasil?
Segundo especialistas, a fim de garantir oferta, país deve priorizar a construção de novas usinas. Mas para
avançar Amazônia a dentro é preciso superar desafios, sem atropelos
por
Vanessa
Barbosa(http://exame.abril.com.br/jornalistas/vanessa-barbosa),
EXAME.COM(http://exame.abril.com.br/)
de
Usina de Santo Antonio, em construção no Rio Madeira, na Bacia Amazônica
Foto: Santo Antonio/Divulgação
Fonte: http://exame3.abrilm.com.br/assets/images/2013/3/138867/size_590_antonio.jpg?1363114299
São
Paulo
–
Polêmicas
envolvendo
a
construção
de
grandes
hidrelétricas(http://exame.abril.com.br/topicos/hidreletricas)
na
Amazônia(http://exame.com.br/topicos/amazonia) e seus impactos socioambientais, incluindo a questão
indígena, dão a sensação de que o modelo hidroelétrico está se esgotando. Soma-se a isso a
vulnerabilidade das usinas(http://exame.com.br/topicos/usinas) ao humor do clima. A falta de chuvas tem
levado os reservatórios a níveis preocupantes, que obrigam o acionamento das termelétricas.
Para especialistas em energia(http://exame.com.br/topicos/energia), o país deve continuar priorizando a
construção de novas usinas hidroelétricas. Segundo o professor Nivalde de Castro, diretor do Grupo de
Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), a
justificativa é simples: "Trata-se de uma fonte que temos em abundancia, barata e limpa", afirmou durante
evento em Foz do Iguaçu realizado pelo movimento Planeta Sustentável.
Atualmente, o país conta com 972 usinas, que somam 82,5GW, ou 65,7% da capacidade da matriz
energética brasileira. Na prática, quase 90% da energia que consumimos vem de usinas hidrelétricas. Mas a
forma como a expansão do setor está acontecendo, diz o especialista, não tem permitido construir usinas
com reservatórios, como se fazia antes, por esbarrar em limites legais.
Justamente para suprir a ausência de reservatório ao longo do ano nas usinas a fio d'água, é preciso de
fontes complementares. De acordo com o especialista, o país precisa investir em fontes renováveis como
bioeletricidade e eólica, mas para ter segurança, também é preciso contar com termelétricas. "As outras
fontes são intermitentes", explica.
Mais de 100 usinas previstas para a Amazônia
Na visão de Cláudio Sales, do Instituto Acende Brasil, para aproveitar a competitividade de seus recursos
naturais e desenvolver seu potencial hidroelétrico, o país tem um desafio grande: aprender a lidar sem
atropelos com a questão indígena.
Na Amazônia, o potencial hidrelétrico brasileiro é de 250 mil MW. Já foram aproveitados 35% desse
potencial. Mais de 100 usinas estão previstas para região. Acontece que boa parte das regiões promissoras
estão em áreas de reservas indígenas.
"Dos 19.673MW de potencia adicional previstos no Plano Decenal de Energia 2021, 16.089MW (82%)
interferem em terras indígenas", diz. Sales destaca, entretanto, que segundo a Constituição o
aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos em terras indígenas, só podem
ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas.
Mas o Brasil ainda não regulamentou esse processo de consulta aos povos indígenas, ressalta. "Para fazer
tem que fazer direito, não de forma atropelada, como está acontecendo com Belo
Monte(http://exame.com.br/topicos/belo-monte)", afirma.
Segundo Pedro Bara, líder da Estratégia de Infraestrutura da Iniciativa Amazônia Viva do WWF, envolver a
sociedade e promover o debate qualificado em torno dos interesses, necessidades e urgência de se
implantar grandes projetos de infraestrutura em áreas conservadas da Amazônia é imprescindível uma vez
que as consequência afetarão a todos.
"Não podemos sair fazendo projeto sem olhar o big picture, é uma Bacia só na Amazônia. Ainda não caiu a
ficha do setor elétrico", critica. A realização de consultas públicas e debates é um passo importante para
viabilizar a participação da sociedade na construção de um modelo sustentável para a região, defende.
Fonte: EXAME.COM > Notícias > Meio Ambiente e Energia(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-eenergia/noticias/o-modelo-hidroeletrico-esta-se-esgotando-no-brasil)
17/05/2013
Gargalos impedem avanço da reciclagem e deixam empresas com até 30% de capacidade ociosa
por Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n39.jpg
Rio de Janeiro – A coleta seletiva ainda enfrenta gargalos para se tornar abrangente no país, como
determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrará em vigor na segunda metade do ano que
vem. A avaliação foi feita por André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial pela Reciclagem
(Cempre), fórum que reúne 38 grandes empresas nacionais e multinacionais desde a Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.
Vilhena destaca que um dos entraves para o avanço da coleta seletiva no Brasil é a falta de qualificação
dos gestores locais responsáveis por elaborar os planos municipais de resíduos sólidos: “O envolvimento
das prefeituras é o ponto de partida. Temos hoje poucos municípios fazendo a coleta seletiva e,
principalmente, fazendo a coleta seletiva de forma abrangente. Para mudar isso, os gestores públicos
necessitam de treinamento para que possam efetivamente implantar os programas em seus municípios”.
A falta de capacitação é mais grave no interior, mas também está longe do ideal nas grandes cidades:
“Vamos pegar os exemplos das maiores cidades do Brasil: os programas tanto de São Paulo quanto do Rio
de Janeiro são muito pouco abrangentes, precisam passar por uma reformulação e ampliação significativas.
Sem dúvida alguma, no curto espaço de tempo, precisamos melhorar muito os programas de coleta seletiva
nas cidades brasileiras, especialmente nas maiores”.
Com programas de coleta seletiva pouco organizados, a indústria recicladora padece de pouca oferta de
matéria-prima e, segundo estimativas do Cempre, funciona, em média, com capacidade ociosa entre 20% e
30%. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2010 já mostrava que o
Brasil deixava de movimentar R$ 8 bilhões anualmente por não aproveitar o potencial do setor. De acordo
com o Cempre, apenas 14% das cidades brasileiras têm coleta seletiva, sendo 86% delas no Sudeste.
Outro entrave para a reciclagem no Brasil, segundo Vilhena, é o peso tributário sobre o setor, que se
beneficiaria de mudanças na cobrança de impostos: “De cara, deveria ser dispensado o recolhimento do
ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] na venda de sucatas e materiais recicláveis,
além de produtos com 100% de material reciclado. Poderia ser feita, a partir disso, uma redução gradativa
do imposto conforme o percentual de material reciclado na composição”, defende ele, que acredita haver
bitributação no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): “em alguns setores, o produto já teve
a cobrança do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. quando foi descartado, e tem o desconto de
novo durante a reciclagem”.
Edson Freitas, da organização não governamental EccoVida, concorda com as duas análises: “muita gente
prefere a informalidade por causa dos impostos. Pago uns 30% de imposto sobre minhas garrafas e ainda
tenho que pagar para destinar o lixo não aproveitável. Um dos projetos que desenvolvo, de produção de
telhas a partir de PET [politereftalato de etileno, utilizado na fabricação de embalagens e outros produtos],
eu trouxe de Manaus, porque lá não era viável por falta de plástico selecionado”.
Em seu galpão, o presidente da ONG conta que processa mil toneladas de material reciclado por mês, mas
a falta de oferta o impede de vender o dobro disso de matéria-prima para fábricas como a Companhia de
Bebidas das Américas (Ambev), que usa suas PETs na produção de garrafas 100% recicladas, que
corresponderam a 28% da produção em 2012 e devem chegar a 40% em 2013. No ano passado, a
companhia reutilizou 60 milhões de PETs na produção, número que deve saltar para 130 milhões neste
ano, com a autorização da Anvisa para o uso de material reciclável em mais três fábricas da empresa,
somando seis homologadas.
A produção de PET a partir de material reciclável economiza 70% de energia e reduz em 70% a emissão de
gás carbônico na atmosfera. Além das PETs, a Ambev também produz, em sua fábrica de vidro, sete em
cada dez garrafas desse material inteiramente com cacos reciclados, sendo 88% deles provenientes da
própria cervejaria e 12% de cooperativas.
O problema da falta de material de que Freitas se queixa, no entanto, não é causado só pela escassez de
planos municipais. Para Vilhena, é preciso maior envolvimento da população: “Temos que melhorar o
engajamento do cidadão brasileiro nos programas de coleta seletiva, que ainda estão aquém do desejado”.
Edson Freitas destaca que é preciso uma mudança de pensamento em relação aos materiais recicláveis:
“nem chamo de lixo uma PET ou uma embalagem de papelão, porque não são lixo. Têm o mesmo valor que
tinham quando o produto estava armazenado dentro delas. É só limpar que continua a ser material com
valor comercial e utilidade”.
* Edição: Graça Adjuto
** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-0517/gargalos-impedem-avanco-da-reciclagem-e-deixam-empresas-com-ate-30-de-capacidade-ociosa).
Fonte:
Agência
Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/gargalos-impedem-avanco-dareciclagem-e-deixam-empresas-com-ate-30-de-capacidade-ociosa/)
17/05/2013
Rio de Janeiro quer selecionar 25% do lixo até 2016
por Vinícius Lisboa, da Agência Brasil
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n210.jpg
Rio de Janeiro – Com apenas 1% de lixo recolhido em coleta seletiva em 2012, o município do Rio quer
aumentar esse percentual para 25% até 2016 e começará neste ano a pôr em prática as medidas que
buscarão esse objetivo. Em cerca de três meses, a Central de Triagem de Irajá será inaugurada, dando
início ao projeto orçado em R$ 50 milhões, anunciado em 2011. O projeto recebeu investimentos de R$ 22
milhões, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e de R$ 28 milhões da
Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
“Ela vai atender aos bairros de Irajá, Marechal Hermes e Deodoro”, adiantou o coordenador de Projetos de
Coleta Seletiva da Comlurb, Jorge Otero. Segundo ele, nove caminhões de lixo vão circular nos bairros a
partir da inauguração e apenas mulheres trabalharão na coleta seletiva.
As garis passaram por uma capacitação de 15 dias e serão responsáveis também por advertir as
residências que não aderirem ao novo modo de coleta. “Na primeira vez, os moradores serão avisados. Na
segunda, advertidos. Se houver terceira, haverá multa”, explica Otero. Ele diz que o valor da punição ainda
não está definido.
As garis do projeto foram selecionadas no banco de classificados do último concurso e vão iniciar o trabalho
no novo modelo. Um detalhe diferente na coleta seletiva será o uniforme: em vez do tradicional laranja, elas
vestirão camisas verdes.
A Central de Triagem de Irajá será a primeira das seis que funcionarão na cidade. Ainda neste ano, deve
ser inaugurada a da Central do Brasil, no bairro da Gamboa, que atenderá ao centro e à zona sul. Na zona
norte, haverá uma central na Penha, e mais três serão construídas na zona oeste: em Bangu, Campo
Grande e Vargem Grande.
Para a coleta, não será necessário separar os diferentes tipos de material reciclável. As garis recolherão o
“lixo molhado” e o “seco” em dias alternados. O lixo molhado inclui os materiais orgânicos e os papéis de
banheiro e cozinha, já o seco é todo material reciclável: papel, plástico, metal, vidro, isopor e outros.
Na central de Irajá, 200 catadores de cooperativas trabalharão sem precisar de atravessadores para vender
o que selecionarem, e outros 300 devem ser empregados pela unidade Central do Brasil. O lançamento
oficial do projeto deve ocorrer ainda neste mês.
De acordo com Otero, a coleta seletiva é realizada atualmente em 44 bairros da cidade, mas sem atingi-los
em sua totalidade. O coordenador da Comlurb assegura que, ainda neste ano, esses locais terão a coleta
seletiva em todas as ruas e casas.
* Edição: Graça Adjuto
** Publicado originalmente no site Agência Brasil(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-17/rio-querselecionar-25-do-lixo-ate-2016).
Fonte: Agência Brasil/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/rio-de-janeiro-quer-selecionar-25-do-lixoate-2016/)
20/05/2013
Transformar lixo em riqueza depende primeiro do fabricante
por Ricardo Abramovay*
Foto: Divulgação/ Internet
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/ResiduosSolidos.jpg
O principal instrumento que permitiu aos países desenvolvidos ampliar de maneira significativa a reciclagem
de resíduos sólidos, desde o início do milênio, é a responsabilidade ampliada do produtor (Extended
Producer Responsibility, na expressão em inglês). Relatório recém-publicado pela agência ambiental
européia(http://www.eea.europa.eu/pressroom/newsreleases/highest-recycling-rates-in-austria) mostra que
a quantidade de lixo incinerada ou mandada para aterros reduziu e que a reciclagem, no continente, passou
de 23% a 35% dos resíduos, entre 2001 e 2010, um aumento muito considerável.
Mais que isso: a Alemanha vem conseguindo descasar a produção de riqueza da geração de lixo. Relatório
do
Bifa
Environmental
Institute(http://www.bmu.de/fileadmin/bmuimport/files/english/pdf/application/pdf/3r_abschlussbericht_en_bf.pdf) mostra que, entre 2000 e 2008
(portanto, antes da crise), o PIB, em termos reais, cresceu quase dez por cento, e o volume de lixo caiu
nada menos que 15%. A intensidade em lixo da vida econômica, medida decisiva para avaliar a qualidade
da relação que uma sociedade mantém com seus recursos ecossistêmicos, declina mais de 22%.
Maior riqueza e menos lixo: como isso é possível?
A responsabilidade ampliada do produtor ajuda a responder essa pergunta. O conceito, que hoje se
encontra no âmago das políticas europeias e é adotado também em vários Estados norte-americanos, foi
usado pela primeira vez em 1990 pelo pesquisador Thomas Lindhqvist num relatório para o Ministério do
Meio Ambiente da Suécia. Vale a pena citar sua própria definição: “A responsabilidade ampliada do produtor
é uma estratégia de proteção ambiental para alcançar o objetivo de reduzir o impacto ambiental de um
produto tornando seu fabricante responsável pelo conjunto do ciclo de vida do produto e, especialmente, por
sua coleta, sua reciclagem e sua disposição final”.
É claro que, para que isso ocorra, o consumidor tem que fazer uma separação correta, os comerciantes
devem possuir dispositivos onde alguns resíduos serão colocados, e o governo precisa organizar a coleta
nos domicílios. Mas é ilusão imaginar que o avanço europeu recente na redução do lixo e na elevação da
taxa de reciclagem seja apenas devido ao nível educacional da população e à eficiência das prefeituras.
O fundamental, e que em última análise responde pelos bons resultados europeus, é a responsabilidade do
fabricante pelo conjunto do ciclo de vida do produto. No caso francês, por exemplo, já existem 19 cadeias
produtivas em que vigora um ecoimposto que contribui para financiar os sistemas municipais de coleta e
reciclagem. Quem produz o detrito paga antecipadamente (e cobra de seu consumidor, é claro) por dar-lhe
a destinação correta. Acaba de ser aprovada uma lei segundo a qual quem compra uma cadeira paga 0,20
euros por sua reciclagem futura e 4 euros para que um colchão não acabe na rua ou num rio. É uma prática
contrária à que marcou o crescimento econômico do século 20.
Na prática corrente até aqui, a vida econômica se organiza de maneira linear, a partir do procedimento
“pega-produz-consome-joga”. Os produtos vão do berço à sepultura e, para fazer novos produtos, recorrese novamente a matérias-primas virgens, que alimentam processos produtivos, cujos resultados são
consumidos e, em seguida, jogados fora. O problema é que não existe esse “fora”.
A escassez e o encarecimento das matérias-primas, as possibilidades cada vez mais limitadas de encontrar
espaços para aterros e os custos exorbitantes da incineração abrem caminho a que os agentes econômicos
passem a tratar como fonte de riqueza os materiais até então destinados ao lixo. Relatório recente da
Fundação Macarthur(http://www.ellenmacarthurfoundation.org/business/reports/ce2013) fala em economia
circular, em oposição à economia linear do “pega-produz-consome-joga”: a economia circular é aquela em
que parte crescente dos resíduos é usada como insumo na fabricação de novos produtos.
Numa economia circular, a própria concepção do produto, seu design, já incorpora e amplia as
possibilidades de recuperação e reutilização dos materiais nele contidos. Isso revoluciona, por exemplo, a
maneira como são fabricados bens eletrônicos, cujas ligas devem prever recuperação e manuseio fácil, sem
o que o destino de materiais, muitas vezes raros e preciosos, acabará sendo o lixo e, pior, o lixo tóxico, já
que a separação dos componentes é muito difícil. Existindo responsabilidade ampliada do produtor, o
fabricante exigirá de seus engenheiros um produto que, contrariamente ao que ocorre hoje, facilite o
trabalho da reciclagem e, preferencialmente, o reuso da maior parte daquilo que o integra.
O trabalho da Fundação Macarthur mostra que, na Grã-Bretanha, a substituição de garrafas descartáveis de
cerveja pela velha prática do depósito de vasilhame permitiria, por exemplo, a redução de 20% do custo
total do produto. Onze Estados norte-americanos já adotaram leis que obrigam a volta dessa prática. O
consumo de cerveja “one-way”, por exemplo, pode ser mais confortável, mas, se o seu custo real estiver
incorporado ao produto, caberá ao consumidor saber se deseja, de fato, pagar por ele.
São exemplos importantes e que oferecem lições valiosas, neste momento em que, no Brasil, se
estabelecem os acordos setoriais que vão dar vida para a nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Acabar com os lixões, melhorar a situação dos catadores e ampliar seu papel no interior da política são
objetivos decisivos. Mas a capacidade de a PNRS diminuir a produção de lixo e ampliar a reciclagem
depende, antes de tudo, de mecanismos que estimulem os fabricantes a usar menos materiais, menos
energia e propiciar à sociedade maiores oportunidades de transformar lixo em riqueza. É fundamental então
que fique claramente esclarecida sua responsabilidade pelos resíduos ligados aos produtos que colocam no
mercado.
* Ricardo Abramovay é professor titular da FEA e do IRI-USP, pesquisador do CNPq e da Fapesp, e autor
deMuito Além da Economia Verde, lançado na Rio+20 pela Editora Planeta Sustentável.
**
Publicado
originalmente
no
site
Prêmio
Empreendedor
Social/Folha
de
S.
Paulo(http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2013/05/1278057-transformar-lixo-emriqueza-depende-primeiro-do-fabricante.shtml).
(Prêmio Empreendedor Social/ Folha de S. Paulo)
Fonte:
Envolverde(http://envolverde.com.br/ambiente/transformar-lixo-em-riqueza-depende-primeiro-dofabricante/)
20/05/2013
Falta de lixo em Oslo, Noruega, pode comprometer geração de eletricidade
Pouca produção de resíduos de outros países pode afetar usinas.
Europa produz 150 milhões de toneladas de lixo por ano.
do New York Times
Usina de incineração do lixo e que gera energia elétrica para população de Oslo, na Noruega. Falta de lixo
preocupa autoridades
Foto: Brian Cliff Olguin/The New York Times
Fonte:
http://s2.glbimg.com/nD3fbC_bi1qE4NkeWPChfKUEPzg=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/05/19/oslo2.jpg
Oslo é uma cidade que importa lixo: uma parte vem da Inglaterra e a outra da Irlanda. Ela também recebe lixo da
vizinha Suécia e tem até planos de aproveitar o mercado dos Estados Unidos. "Eu gostaria de trazer um pouco de
lixo americano", afirmou Pal Mikkelsen em seu escritório em uma usina gigante na periferia da cidade, onde o lixo
é transformado em calor e eletricidade. "O transporte marítimo é barato."
Oslo(http://g1.globo.com/mundo/noruega/cidade/oslo.html) cuida da natureza: metade da cidade e quase todas as
escolas são aquecidas pela queima de lixo – lixo doméstico, industrial e até mesmo lixo hospitalar e tóxico, vindo
da apreensão de drogas. Contudo, a cidade enfrenta um problema: Oslo não tem mais lixo para queimar.
O problema não acontece só em Oslo, uma cidade de 1,4 milhão de habitantes. Em todo o norte da Europa, onde
a prática de queimar lixo para gerar calor e eletricidade cresceu drasticamente nas últimas décadas, a demanda
por lixo é muito superior à oferta.
"O norte da Europa possui grande capacidade de gerar energia", afirmou Mikkelsen, um engenheiro mecânico de
50 anos que atua como gestor da agência de geração de energia a partir do lixo em Oslo.
Embora a população exigente do norte da Europa produza apenas 150 milhões de toneladas de lixo por ano, isso
é muito pouco para as usinas de incineração, que são capazes de processar mais de 700 milhões de toneladas.
"Além disso, os suecos constroem mais usinas", afirmou com olhar exasperado, "assim como a Áustria e a
Alemanha".
Estocolmo se tornou uma concorrente tão grande que chegou a convencer algumas cidades norueguesas a
enviar seu lixo ao país vizinho. De navio ou caminhão, incontáveis toneladas de lixo saem de regiões que
produzem resíduos demais para outras que têm capacidade de incinerá-lo e produzir energia.
"Existe um mercado europeu para o lixo – os resíduos viraram commodity", afirmou Hege Rooth Olbergsveen,
conselheira sênior do programa de recuperação de lixo de Oslo. "É um mercado que só cresce."
Embora a população exigente do norte da Europa produza apenas 150 milhões de toneladas de lixo por ano, isso
é muito pouco para as usinas de incineração, que são capazes de processar mais de 700 milhões de toneladas
Lixo exportado: uma boa ideia?
A maior parte das pessoas aprova a ideia. "Sim, com certeza", afirmou Terje Worren, de 36 anos, um consultor de
software que admitiu aquecer a casa com óleo e a água com eletricidade. "Essa é uma ótima maneira de
reaproveitar o lixo."
Os ingleses também gostam da ideia, embora não costumem transformar o lixo em energia. A empresa de
Yorkshire que faz a coleta de lixo em cidades como Leeds, no norte de Inglaterra, agora exporta até mil toneladas
de lixo por mês – ou "combustível derivado de resíduos", como o lixo é chamado após a seleção daquilo que não
pode ser incinerado – para países no norte da Europa, incluindo a Noruega, de acordo com Donna Cox, porta-voz
da prefeitura de Leeds.
O imposto sobre os aterros sanitários que é cobrado pelo governo inglês torna mais barata a exportação para
lugares como Oslo. "Isso nos ajuda a reduzir os gastos cada vez maiores com o imposto", escreveu Cox em um email.
Para algumas pessoas, parece estranho que Oslo importe lixo para produzir energia, levando-se em consideração
que a Noruega(http://g1.globo.com/topico/noruega/) está entre os dez maiores exportadores de petróleo e gás
natural do mundo e tem reservas abundantes de carvão mineral, além de uma rede com mais de mil usinas
hidrelétricas nas montanhas do país.
Ainda assim, Mikkelsen afirmou que a queima de resíduos era "uma medida renovável para reduzir o consumo de
combustíveis fósseis".
Naturalmente, outras regiões da Europa produzem grandes quantidades de lixo, incluindo o sul da Itália, onde
cidades como Nápoles pagaram o governo da Alemanha e da Holanda para aceitar o lixo da cidade, ajudando a
reduzir a crise do lixo.
Embora Oslo tenha levado em consideração o lixo da Itália, a cidade preferiu continuar com o lixo inglês, que era
mais limpo e seguro. "É uma questão complicada", afirmou Mikkelsen.
Fonte: http://s2.glbimg.com/oWlmDTtJZ3BEdSPLCEQkZkTOJM=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/05/19/620x650_incinerador_.jpg
Reciclagem
Lixo pode ser apenas lixo em algumas partes do mundo, mas em Oslo é algo muito tecnológico. As famílias
separam tudo, colocando lixo orgânico em sacolas verdes, plásticos em sacolas azuis e vidros em outras. As
sacolas são entregues gratuitamente em supermercados e outras lojas.
A maior das duas usinas de incineração de lixo de Mikkelsen utiliza sensores computadorizados para separar as
sacolas de acordo com a cor, levando-as aos fornos por meio de esteiras. A arquitetura da usina, com seu exterior
curvado e luzes que podem ser vistas de longe pelos motoristas que passam, compete com a da belíssima Ópera
de Oslo.
Ainda assim, nem todo mundo se sente confortável com essa dependência do lixo. "Do ponto de vista ambiental, o
problema é enorme", afirmou Lars Haltbrekken, diretor do grupo ambientalista mais antigo da Noruega, afiliado
aos Amigos da Terra. "Isso eleva a pressão por uma produção de dejetos cada vez maior, enquanto houver esse
excesso de capacidade produtiva".
Segundo Haltbrekken, a redução da produção de lixo vem em primeiro lugar na hierarquia dos objetivos
ambientais, ao passo que a geração de energia a partir do lixo deveria estar em último. "O problema é que nossa
menor prioridade entra em conflito com a maior", afirmou.
"Por isso, agora importamos lixo de Leeds e de outros lugares e temos discussões com Nápoles", acrescentou.
"Dissemos: 'Tudo bem, estamos ajudando os napolitanos', mas isso não é estratégia de longo prazo".
Talvez não, afirmam urbanistas, mas, por enquanto, isso é uma necessidade. "A reciclagem e a recuperação de
energia precisam caminhar lado a lado", afirmou Rooth Olbergsveen, da agência de recuperação de lixo da
cidade. A reciclagem fez grandes progressos, afirmou, e a separação de lixo orgânico, como restos de alimentos,
começou a permitir a produção do biogás em Oslo, que está servido de combustível para os ônibus da cidade.
Haltbrekken reconheceu que não se beneficia da energia gerada pelo lixo. Sua casa fica perto do centro da cidade
e foi construída em 1890; por isso, seu aquecimento ambiente é feito por meio da queima de madeira e o da água,
por meio de eletricidade. Em geral, afirmou, os Amigos da Terra apoiam os objetivos ambientais da cidade.
Ainda assim, ele acrescentou que "em curto prazo, é melhor queimar o lixo em Oslo do que deixá-lo em Leeds ou
Bristol". Mas, no longo prazo, "não pode continuar assim", afirmou.
Lixo é removido em usina de Oslo e encaminhado para incineração
Foto: Brian Cliff Olguin/The New York Times
Fonte:
http://s2.glbimg.com/zbm5RXEajivsVpgCfuiyh5FNEvA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/05/19/oslo1.jpg
Fonte: G1 > Natureza(http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/05/falta-de-lixo-em-oslo-noruega-podecomprometer-geracao-de-eletricidade.html)
20/05/2013
Causa de tremores, extração de gás provoca dilema na Holanda
por Anna Holligan, da BBC News na Holanda
Klaas Koster e Jannette Schoorl mostram a rachadura na parede de sua casa em Middelstum
Fonte:
http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2013/05/20/130520105803_rachadura_holanda_304x17
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O governo da Holanda está sendo pressionado a reduzir a extração de gás no norte da Holanda por causa
dos terremotos na região, cada vez mais fortes e frequentes.
O fenômeno é uma maldição para os milhares de habitantes que vivem perto dos campos de gás de
Groningen – o maior complexo do tipo na Europa.
Existe um consenso entre todas as partes envolvidas no problema – incluindo as empresas de gás – de que
o processo de extração do gás está por trás dos terremotos, mas o país está enriquecendo com a
exploração.
Em 2012 o governo holandês faturou cerca de 14 bilhões de euros (R$ 32 milhões) com os campos de gás
de Groningen. Sem essa receita, o deficit da Holanda seria semelhante ao do Chipre (6,3%), país
fortemente atingido pela crise econômica.
"É um estrondo vindo em sua direção, cada vez mais alto", diz Daniella Blanken, que coordena o Groningen
Ground Moviment.
"Tudo começa a tremer. E termina com um estrondo, como se um peso enorme tivesse caído sobre a casa.
É assustador, realmente assustador".
Daniella nos levou para visitar um bairro novo nos arredores da cidade. É um subúrbio típico holandês, com
um canal correndo pelo lado esquerdo da rua. Mas Middelstum é uma das áreas mais atingidas pelos
terremotos.
Quantas dessas casas foram afetadas? "Pelo menos 60%, mas as mais antigas sofreram mais", conta
Daniella.
Rachaduras
Existem aproximadamente 60 mil casas dentro da zona de terremotos. As empresas de gás estão lidando
com cerca de 6.000 reclamações relacionadas a danos.
Mais cedo, na cozinha aconchegante da casa de Daniella, a voz tremeu de emoção para explicar seu
desespero: "Queremos que eles coloquem a nossa segurança acima de tudo, mas eles não colocam".
"O governo tem que proteger seus cidadãos", disse ela, fazendo uma pausa antes de acrescentar: "Nós não
nos sentimos protegidos".
Estacionamos do lado de fora de uma casa de fazenda enfeitada com flores. Número 13, lar de Klaas
Koster e Jannette Schoorl.
Eles chamam a atenção para uma rachadura irregular de cerca de 7cm de largura que atravessa um degrau
de concreto e sobe pela parede externa da casa, como se um raio tivesse atingido o imóvel e deixado ali
uma marca feia e permanente.
"Os especialistas dizem que esta parte da casa está dizendo adeus," diz Klaas.
Seu tom de voz é jovial, um esforço deliberado para lidar com um problema que os moradores não podem
evitar. O piso da sala está claramente afundando. É uma grande preocupação numa região que se encontra
quase totalmente abaixo do nível do mar. Esta não é uma região que pode se dar ao luxo de afundar ainda
mais.
Também não pode se dar ao luxo de abrir mão do uso de gás. No Parlamento holandês, em Haia, a 200 km
de distância, o ministro da Economia, Henk Kamp, explica o porquê: "Quase todas as pessoas aquecem
suas casas com o gás de Groningen e cozinham suas refeições com o gás de Groningen".
"É muito importante também para o orçamento do nosso governo".
O governo holandês possui grande participação nos campos de gás. Enquanto há simpatia pelo situação
dos moradores, poucos estão dispostos a sacrificar a prosperidade econômica gerada pelo gás de
Groningen.
É como colocou o atendente de um estacionamento: "Se os moradores de Groningen não gostam, eles
devem se mudar para outro lugar".
Há uma outra razão pela qual o Ministério da Economia rejeitou algumas recomendações científicas para
reduzir imediatamente a escala de explorações: contratos.
"Temos contratos de longo prazo com outros países", o ministro admite. "E isso é também um ponto
importante para nós".
O governo não conseguiu dar valor exato aos montantes que estão em jogo. O Ministro da Economia disse
que estava fazendo um levantamento sobre as possíveis multas para o caso de redução no fornecimento de
gás para clientes estrangeiros.
Nada pode ser excluído
O gás em Groningen foi descoberto na década de 1960. Desde então, o governo holandês arrecadou cerca
de 250 bilhões de euros na venda deste recurso natural.
Em agosto passado, houve um tremor de magnitude 3,4, maior do que qualquer especialista já havia
previsto. Ele minou a confiança dos moradores e obrigou o governo a abrir um inquérito.
"Nós sempre soubemos que terremotos poderiam ocorrer, mas agora não sabemos mais a que magnitude
estes podem chegar", diz Chiel Seinen, que representa a empresa petrolífera NAM, que incorpora as
empresas Royal Dutch Shell Plc e Exxon Mobil Corp.
Seinen disse que sua empresa mantém um regime de indenizações, e que não há limites para estas. "As
pessoas podem contar que nós da NAM iremos compensá-los pelos danos causados pelos tremores de
terra", diz ele.
Quando pergunto se Chiel Seinen acredita que vidas possam estar em perigo, ele levanta as sobrancelhas:
"Você não pode excluir nada. Se as pessoas estão no lugar errado, na hora errada..."
E esse é o medo das famílias que vivem na região há várias gerações, muito antes das empresas de gás
começarem a sacudi-la.
O Groningen Ground Movement considera levar seu caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos,
usando como base a violação do seu direito básico de viver sem medo.
De volta à fazenda, Klaas Koster serve um chá de erva doce e pega uma pilha de recortes de jornais –
contrastando a escala de cobertura nos jornais com o nível de respostas do governo.
Ele e Jannette Schoorl são duas das muitas pessoas que ainda aguardam por algum tipo de compensação.
Eles estão cansados de lutar para convencer os especialistas, financiados pela NAM, de que as últimas
rachaduras foram causadas pelas extrações.
E Jannette está tendo problemas para dormir: "Nós dormimos debaixo de uma viga. À noite eu penso: e se
houver um terremoto e essa viga cair em cima da gente? Espero viver para contar sobre isso".
Fonte:
BBC
Brasil
Notícias(http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130520_terremoto_holanda_an.shtml)
>
20/05/2013
Mercado de materiais de construção ecológicos vive boom
Estimulado pela demanda por edifícios mais sustentáveis, mercado de materiais “verdes” deve dobrar até
2020, atingindo 254 bilhões de dólares
por
Vanessa
Barbosa(http://exame.abril.com.br/jornalistas/vanessa-barbosa),
EXAME.COM(http://exame.abril.com.br/)
de
Materiais verdes: mercado deve crescer quase 120% em sete anos
Foto: Ian Muttoo/Flickr.com/CC
Fonte: http://exame2.abrilm.com.br/assets/images/2013/5/196046/size_590_parede-verde.jpg?1369062603
São Paulo – O mercado de construção verde(http://exame.com.br/tags/edificios-verdes) parece ter
passado
ileso
pela
crise
econômica
mundial.
A
demanda
por
edifícios
sustentáveis(http://exame.com.br/topicos/sustentabilidade) continua em alta e desperta o interesse por
produtos que também contenham credenciais ecofriendly.
De acordo com um novo relatório feito pela consultoria Navigant Research, o mercado mundial de materiais
de construção ecológicos deve crescer dos atuais 116 bilhões de dólares para mais de 254 bilhões de
dólares em 2020, um aumento de quase 120%.
"Materiais de construção verdes contam com tecnologias avançadas que reduzem seu impacto ambiental
em relação aos produtos tradicionais e possibilitam melhor desempenho do edifício", diz Eric Bloom,
analista sênior de pesquisa da Research Navigant.
O crescimento do mercado futuro de edifícios verdes e o uso proporcional de materiais verdes serão
impulsionados, segundo o estudo, por uma combinação de políticas e regulamentações que priorizam a
eficiência energética e design ecológico, a expansão de programas de certificação voluntária para edifícios
e pela redução de custos dos materiais.
Além disso, a demanda do consumidor por esse tipo de edifício e a crescente evidência de que eles
conferem vantagens de mercado quantificáveis - que vão da economia de energia e corte de custos
operacionais à valorização imobiliária – também deverão contribuir para a alta desse mercado, avalia a
consultoria.
Fonte: EXAME.COM > Notícias > Meio Ambiente e Energia(http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-eenergia/noticias/mercado-de-materiais-de-construcao-ecologicos-vive-boom)
21/05/2013
Brasil estuda geração de energia elétrica a partir de resíduos sólidos urbanos
por Redação CicloVivo
A tecnologia pode reduzir os impactos ambientais dos aterros
sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil.
Foto: Agência Brasil
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n510.jpg
Representantes do governo federal e do setor privado se reuniram na última quinta-feira (16), em São Paulo
(SP), para debater a viabilidade técnica e econômica da implantação de uma usina de geração de energia
elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning.
As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de negócio nacional
e o arcabouço legal necessário.
Um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento. “Uma usina
como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é
gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da
combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera. Segundo o estudo, realizado pela Proema
Engenharia e Serviços Ltda, toda a estrutura envolve um investimento estimado em 140 milhões de euros,
além do custo de manutenção, que pode ficar em 29 milhões por ano”, conta Junia Motta, coordenadora da
Área de Química da ABDI.
Por outro lado, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais
dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que envolve alto risco de
contaminação do solo no longo prazo. “O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a
definição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no
Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse
objetivo à realidade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirma o gerente de projetos da ABDI, Miguel
Nery.
A versão final do documento deve ser apresentada em julho, mas empresas como Braskem, Foz do
Brasil/Odebrecht, Foxx e Proema já estão inseridas no debate e participaram do encontro. Também
estiveram presentes representantes do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), da Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de
Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).
Entre os dados mostrados no evento está o crescente uso do mass burning em países como Estados
Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmente, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem
cada vez mais a incineração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como
reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning
desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz
da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria Helena Orth,
diretora da Proema.
* Publicado originalmente no site CicloVivo(http://ciclovivo.com.br/noticia/brasil-estuda-geracao-de-energiaeletrica-a-partir-de-residuos-solidos-urbanos).
Fonte: CicloVivo/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-estuda-geracao-de-energia-eletrica-apartir-de-residuos-solidos-urbanos/)
21/05/2013
Hong Kong lança plano para enfrentar crise do lixo
Foto de 6 março de 2013 mostra lixão em Hong Kong
Fonte: http://www.domtotal.com/img/noticias/2013-05/613715_142077.jpg
Hong Kong lançou nesta segunda-feira um plano de dez anos para reduzir o lixo individual em 40% como
parte de um esforço para acompanhar as outras cidades asiáticas e prevenir uma crise ambiental iminente.
Com uma população de mais de 7 milhões de habitantes, a cidade atualmente envia 1,27 quilo diário de lixo
por pessoa para três grandes depósitos ao ar livre, que devem alcançar sua capacidade máxima em 2020.
O projeto do governo propõe atingir esta meta de redução, expandindo a reciclagem, tarifando os serviços
sobre resíduos domésticos e melhorando a infraestrutura relacionada com o lixo.
Também debate a possibilidade de construir incineradores e aumentar os locais de depósito disponíveis.
"Para enfrentar os desafios da questão do lixo precisamos fundamentalmente dos esforços conjuntos de
toda a comunidade para adotar uma cultura ambientalmente sustentável na vida cotidiana", afirmou a
jornalistas o secretário municipal de Meio Ambiente, Wong Kam-sing.
"Estamos comprometidos em tomar todas as iniciativas e decisões necessárias de forma a podermos
colocar Hong Kong em um caminho claro, na direção de um estilo de vida de menos uso e menos lixo",
afirmou Wong no documento.
O governo espera reciclar 55% do lixo da cidade, incinerar 23% e descartar 22% em depósitos até 2022.
Em 2011, 52% do lixo foram descartados em depósitos e 48%, reciclados.
Mas a proposta de construir um incinerador é impopular entre moradores e alguns ambientalistas.
Outras medidas possíveis incluem a expansão da reciclagem dos resíduos alimentares, um sistema de
separação e coleta de lixo e uma determinação sobre a construção de extensões de depósitos de lixo.
Segundo o relatório, a maior parte das 9.000 toneladas de resíduos gerados em Hong Kong todos os dias é
de origem doméstica, de empresas e indústrias e é composta, em sua maior parte, de putrescíveis, papel e
plásticos.
A cidade do sul da China tem uma elevada taxa de produção de lixo em comparação com outras cidades
asiáticas com desenvolvimento econômico semelhante, disse Wong, que acrescentou que Hong Kong ficou
para trás porque não seguiu os passos necessários para reduzir o lixo.
A geração local de lixo per capita é maior do que em outras grandes cidades asiáticas, incluindo Tóquio e
Seul, que geram, respectivamente, 0,77 kg e 0,95 kg de lixo diário por pessoa, segundo o documento.
Wong também citou o exemplo de Taipé, onde um sistema de taxação do lixo por volume reduziu a
quantidade de resíduos por pessoa em 65% entre 2000 e 2011, segundo estatísticas da Autoridade
Ambiental de Taiwan.
O Departamento de Proteção Ambiental da cidade havia apresentado anteriormente um projeto de dez anos
para a gestão do lixo da cidade em 2005, mas foi criticado por ter fracassado em implementar grande parte
do plano.
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Fonte:
TERRA.COM
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Sustentabilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/hong-kong-lanca-plano-para-enfrentarcrise-do-lixo,fe5c2278212ce310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html)
21/05/2013
Brasil avança na elaboração de Plano de Redução de Poluentes
O Inventário de Emissões de Dioxinas e Furanos será usado como base para definir as regras para
controlar a liberação desses elementos
por Carolina Gonçalves
Fonte:
http://www.hojeemdia.com.br/polopoly_fs/1.122264.1368271154!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscap
e_315/image.jpg
Em setembro de 2014, o governo deve apresentar um Plano Nacional de Redução de Emissões de
Poluentes Orgânicos Permanentes, que será construído a partir de inventários sobre a situação de
substâncias presentes no País, como o que foi lançado nesta terça-feira em Brasília sobre as emissões de
dioxinas e furanos. O levantamento revela quanto é emitido no Brasil, os Estados que mais concentram
emissões e as atividades que mais respondem pela liberação das duas substâncias.
O documento, que foi elaborado nos últimos dois anos, a partir de dados repassados pelos setores
responsáveis por atividades emissoras de dioxinas e furanos, mostra que atividades como a incineração de
resíduos e a produção de metais ferrosos estão entre as principais emissoras.
Como permanecem muito tempo na natureza, esses elementos podem ser absorvidos por animais em toda
a cadeia alimentar e alcançar os seres humanos.
No corpo humano, as substâncias podem provocar doenças nervosas, imunológicas, reprodutivas e câncer.
As dioxinas e furanos, diferentes de outros poluentes já proibídos no País, não são produzidas
intencionalmente para serem utilizadas como produto final. "São elementos produzidos como consequência
de outros processos, mas que tem um dos mais altos graus de toxicidade, ou seja, pequenas quantidades
dessas substâncias são capazes de produzir grandes estragos", explicou Letícia Carvalho, director de
Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O Inventário Nacional de Fontes e Estimativas de Emissões de Dioxinas e Furanos será usado como base
pelos especialistas e autoridades do governo, que devem se debruçar sobre as regras e acordos para
controlar a liberação desses elementos por vários setores. "Melhores técnicas e melhores práticas são os
melhores caminhos preconizado pela Convenção de Estocolmo para dar conta das dioxinas e furanos, mas
não será uma regulação proibitiva", acrescentou Letícia Carvalho.
Mesmo não compondo o ranking dos maiores desafios do País e a lista dos 21 Poluentes Orgânicos
Persistentes (POPs) proibitivos pela Convenção de Estocolmo, ratificada por vários países em 2004, as
dioxinas e furanos estão classificados entre as substâncias mais perigosas, capazes de provocar doenças e
ameaçar sistemas silvestres. A convenção não prevê o banimento, mas recomenda o controle dessas
substâncias.
As emissões desses elementos também ocorrem, por exemplo, a partir das atividades de setores como o de
transporte e geração de energia e de queimas feitas a céu aberto e despejo incorreto de resíduos. "Ao
inventariar essas fontes vai ser possível definir estratégias e a gente pode discutir com base do que existe
no País", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
De acordo com a ministra, com a exposição das fontes e da situação do País que está entre os 14 menos
poluentes do mundo entre os emissores de dioxinas e furanos, será possível definir a estratégia para
cumprir as determinações de Estocolmo. "Todos os países signatários terão de fazer o inventários e
começamos o processo aqui. O caminho está desenhado, a estratégia está definida e os recursos estão
alocados. Esse é o primeiro inventário, com toda a identificação de fontes e os outros inventários de outros
POPs estão sendo concluídos", garantiu Izabella Teixeira.
No País, a região sudeste foi apontada como uma das maiores emissoras, impulsionada pela atividade
industrial em estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O Pará também foi destacado no
relatório em função da extração de minério de ferro. No Distrito Federal, unidade da federação que também
ocupa o topo da lista, foram observados o uso de incineradores para eliminação de resíduos as queimas a
céu aberto.
Fonte:
Agência
Brasil/TERRA.COM
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Notícias
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Ciência
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Sustentabilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/brasil-avanca-na-elaboracao-de-planode-reducao-de-poluentes,5de32278212ce310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html)
21/05/2013
Encontro brasileiro quer tirar do papel metas sustentáveis
Participantes devem apontar caminhos mais práticos para decisões tomadas em conferências internacionais
Fonte: http://www.portalaz.com.br/imagens/geral/20130521101222_3922d.jpg
Quase um ano depois da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
lideranças de governos e de organizações da sociedade civil ligadas ao meio ambiente começam a discutir
nesta terça-feira, em Brasília, alternativas para tirar do papel metas que combinam desenvolvimento
econômico, ambiental e social em todo o planeta.
Os participantes da 12ª edição do Encontro Verde das Américas terão dois dias para apontar caminhos
mais práticos para os acordos diplomáticos e as decisões tomadas em conferências internacionais, como a
que ocorreu no Rio de Janeiro em junho do ano passado.
As palestras e discussões previstas para o evento devem resultar em uma carta com as reivindicações e as
recomendações que os participantes considerarem mais relevantes. Depois de consolidado, o documento
Carta Verde das Américas será entregue a autoridades e organizações brasileiras e de outros países que
atuam na área.
Toda a discussão, que ocorrerá nas salas e corredores do Museu da República, na Esplanada dos
Ministérios, será marcado pelo relato de experiências como a da indústria turística mexicana e portuguesa,
da evolução de políticas ambientais adotadas pela Indonésia, pelo Quênia, por Cuba e pela Costa Rica, e
pela agenda de adaptação às mudanças climáticas implantada na Malásia e na Noruega.
A expectativa é que outras iniciativas de menor proporção e mais locais sejam apresentadas para que os
participantes do encontro consigam definir estratégias mais eficazes para a adoção de práticas sustentáveis
pelas diferentes economias do mundo.
Autoridades brasileiras foram convidadas para resgatar a memória da Rio+20, reforçando as metas
estipuladas na conferência, e para mostrar como os termos de ajustamento de conduta, conhecidos como
TAC, adotados no Brasil, estão dando bons resultados na solução de impasses ambientais envolvendo
comunidades tradicionais, grandes empresas e governos, por exemplo. Os brasileiros também vão apontar
as dificuldades na gestão de resíduos sólidos e os desafios e potencialidades das unidades de conservação
no país.
O encontro, que começará com a entrega de um prêmio a uma personalidade ou instituição que se
destacou nos últimos meses por adotar medidas em busca da sustentabilidade, será seguido por uma
discussão em torno do futuro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca).
O secretário-geral da organização, Robby Ramlakhan, pretende destacar a importância da cooperação para
a integração amazônica, que envolve a Bolívia, o Brasil, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Peru,
Suriname e a Venezuela. O grupo tem buscado alternativas financeiras para viabilizar projetos importantes
na região. A Otca conta apenas com recursos de países como a Alemanha para o esforço de manter
projetos de conservação e desenvolvimento em andamento na floresta amazônica formada pelo território
dos oito países.
Fonte:
Agência
Brasil/TERRA.COM
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Notícias
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Ciência
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Sustentabilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/encontro-brasileiro-quer-tirar-do-papelmetas-sustentaveis,973daa33a92ce310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html)
22/05/2013
Ecotorcedor arrecada mais de 1 tonelada de resíduos recicláveis no paulistão 2013
por Assessoria de Imprensa
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n87.jpg
Mogi Mirim foi o município com os melhores resultados, seguido de Itu, Sorocaba, Lins e Ribeirão Preto.
Entre os meses de janeiro e maio o Programa Ecotorcedor – realizado pela Manager Esportes,
Netcommerce e WIdeias com apoio institucional da Federação Paulista de Futebol e patrocínio da Tetra Pak
– percorreu as 17 cidades-sedes do Campeonato Paulista Série A1 2013 envolvendo os torcedores em
diversas ações ligadas à sustentabilidade e cidadania. Neste período, mais de 1 tonelada de resíduos
recicláveis foram coletados nos ecopontos instalados nos estádios.
Com o apoio das prefeituras locais, foram plantadas 16.260 mudas para a formação de bosques urbanos e
houve a arrecadação de 12.220 itens em roupas e brinquedos, 3 toneladas de alimentos não perecíveis e
35 mil itens de higiene e limpeza para distribuição a entidades de assistência social. O município de Mogi
Mirim foi o que apresentou os melhores resultados, cumprindo todas as ações propostas pelo programa. O
prefeito Luís Gustavo Antunes Stupp será homenageado com o troféu “Prefeito Sustentável”. Itu, Sorocaba,
Lins e Ribeirão Preto ocupam, respectivamente, o segundo, terceiro, quarto e quinto lugares no ranking.
Entre os torcedores, que formaram uma rede de mais de 130 mil pessoas na fan page do Ecotorcedor no
Facebook e acumularam pontos ao participar das ações, a disputa por prêmios como tablets, notebooks,
bicicletas, smartphones, vídeo games e vagas para jogar em um estádio oficial durante o torneio
comemorativo Ecopa – que será realizado em junho – teve 128 ganhadores. A torcida do S.C. Corinthians
foi a mais participativa e o clube também será homenageado, por meio de seu presidente Mário Gobbi, com
o troféu “Torcida Sustável”.
“Os resultados superaram nossas expectativas, tanto pela participação ativa dos torcedores quanto pelo
engajamento das prefeituras, secretarias de Esportes e Meio Ambiente. Ficou provado que o futebol pode e
deve cumprir um importante papel como formador de opinião para a sustentabilidade, incentivando atitudes
que reflitam a nova base da consciência cidadã. Devemos, portanto, fazer disso uma prática contínua,
especialmente nos preparando para os grandes eventos esportivos que podem fazer do Brasil um grande
exemplo para o mundo”, afirma Lívio Giosa, diretor executivo do Programa Ecotorcedor.
A tabela completa com dados sobre a participação e pontuação dos torcedores, clubes e prefeituras está
disponível no site www.ecotorcedor.com.br e na a fan page www.facebook.com/Ecotorcedor.
Fonte: Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/ecotorcedor-arrecada-mais-de-1-tonelada-de-residuosreciclaveis-no-paulistao-2013/)
24/05/2013
Saneamento - será que desta vez vai?
por Washington Novaes *
Segundo este jornal (15/5), o governo federal está anunciando que no mês que vem, como parte de um
"pacote de investimentos para impulsionar a economia", começa a implantar o Plano Nacional de
Saneamento Básico, em discussão desde 2007 e que prevê R$ 508,5 bilhões a serem aplicados até 2033,
"para universalizar o acesso de todas as residências a água de boa qualidade, assim como o tratamento
dos esgotos coletados". Mais 20 anos. E para "impulsionar a economia"...
Mas será que desta vez os planos conseguem sair do campo das intenções? Garante o Ministério das
Cidades que já no segundo semestre R$ 50 bilhões devem sair dos cofres públicos para as obras ainda em
2013 e 2014. E que também haverá uma complementação de R$ 2 bilhões por ano, com a isenção do
pagamento do PIS e da Cofins para as empresas do setor. Com esses e outros recursos se pretende
investir em saneamento R$ 298,1 bilhões "nos próximos 20 anos". Os restantes R$ 210,4 bilhões deverão
vir "dos Estados, municípios e empresas privadas".
Sempre ficam dúvidas. Ainda falta assinar contratos com grande parte das empresas que operarão com os
R$ 40 bilhões projetados para ocorrerem imediatamente. Hoje só estão sendo investidos pelo governo
federal R$ 500 milhões, ou a centésima parte do projetado - e ainda assim, segundo o ministério, é "mais do
que era investido em todo o setor há seis anos". Porque, segundo o próprio ministro, "a área do saneamento
básico não tinha projeto e nem política; faltava formulação de política". Nesse caso, onde ficam os dois
mandatos do governo anterior e os primeiros anos deste, seu sucessor?
O fato é que ainda temos 10% das residências sem receber água de boa qualidade e, de acordo com a
Pnad (2011), 37,4% sem ligação com redes de esgotos (23 milhões de casas, 70 milhões de pessoas). Para
completar, diz o IBGE (maio de 2012) que 11% dos domicílios estão em áreas com esgotos a céu aberto.
Não são as únicas dúvidas. Do orçamento total de R$ 16,1 bilhões para essa área em 2012, apenas R$ 3,5
bilhões foram aplicados. Não espanta, assim, que até em algumas capitais de Estados os esgotos coletados
não cheguem a 10%. Ou que apenas 36,3% dos esgotos das cem maiores cidades sejam canalizados. E
que 5,4 bilhões de litros de esgotos não tratados sejam despejados a cada dia em cursos d'água e no mar onde são a principal causa de poluição (O Globo, 25/9/2012). Por essas e outras causas, cidades como
Ribeirão Preto (SP), com mais de 500 mil habitantes, só podem consumir água subterrânea. Também só
pode ser de perplexidade a reação ante a notícia de que as redes de água no Brasil continuem a perder
37,5% da que sai das estações de tratamento. A grande exceção é Brasília, onde a perda está próxima de
zero. No Estado de São Paulo, é de 32,5%; na capital, 25,6%, com a redução nos últimos anos permitindo
uma economia de R$ 275,8 milhões anuais.
O ceticismo quanto à possibilidade de avanços ainda encontra argumentos no fato de que a partir de janeiro
de 2014 deixarão de receber recursos da União para o saneamento municípios que não formularam
projetos para os serviços de coleta e tratamento de esgotos, além do abastecimento de água - mas só 11%
deles os apresentaram no prazo, tal como ocorreu com os projetos para a área dos resíduos sólidos.
Levantamento do Instituto Trata Brasil mostra (21/5) que mesmo as maiores cidades, acima de 500 mil
habitantes, não têm usado recursos no setor; 65% das 138 obras monitoradas em dezembro de 2012,
apesar do valor de R$ 6,1 bilhões, estavam paralisadas atrasadas ou não iniciadas. Só 20 obras estavam
concluídas no final de 2012. De um ano para o outro, as obras paralisadas passaram de 23% para 34%.
É lamentável que seja assim, num momento em que estão sendo encontradas soluções em várias partes,
no Brasil e fora. Brasília mesmo chegou a praticamente 100% no abastecimento de água e na coleta de
esgotos. Nesta última, como já se comentou neste espaço, foi vital a adoção, há mais de 20 anos, do
sistema de coleta por ramais condominiais, que reduz entre 30% e 50% os custos, sem prejuízo da
qualidade (apenas enfrentando a resistência das grandes empreiteiras). Criado pelo engenheiro
pernambucano José Carlos Mello, esse sistema já atende hoje a mais de 15 milhões de pessoas em
diversos locais do País, embora viva "escondido". Portugal também avançou extraordinariamente no setor,
com outros métodos: trata 90% de seus esgotos e abastece com água 97,1% da população, graças,
inclusive, a consórcios intermunicipais.
Esse tipo de consórcio também deveria ter sido adotado há muito tempo no Brasil, principalmente na área
dos resíduos, na qual cerca de 50% do que é coletado vai parar em lixões a céu aberto (que terão de ser
eliminados, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos). Aterros adequados, instalados em locais
equidistantes dos municípios que se associassem, economizariam recursos e permitiriam soluções mais
rápidas. Da mesma forma, é preciso que os municípios se convençam da necessidade de reciclar, por meio
de compostagem, os resíduos orgânicos, que significam pelo menos 50% do lixo coletado. O processo de
compostagem permite em pouco tempo transformar em fertilizante (para jardins e canteiros públicos,
contenção de encostas e outros usos que não a alimentação humana - de modo a evitar riscos com metais
pesados) a parcela maior do lixo domiciliar e comercial, que contribui decisivamente para em poucos anos
esgotar um aterro sanitário.
Retornando ao início, não estamos condenados, como os moradores de Londres (EcoD, 14/5), a utilizar nas
casas água de esgotos tratada e reciclada, como comentou o jornal The Guardian, porque em 25 anos a
capital britânica aumentará em 80% seu consumo. Temos condições privilegiadas por aqui. Mas
continuamos achando que temos todo o tempo para enfrentar os dramas. Não é assim.
* WASHINGTON NOVAES É JORNALISTA. E-MAIL: [email protected].
Fonte: O Estado de São Paulo > Opinião(http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,saneamento--sera-que-desta-vez-vai-,1035058,0.htm)
25/05/2013
Embrapa amplia sua capacidade na pesquisa sobre biogás
Fonte: http://www.rondonoticias.com.br/imagensNoticias/thumbs/embrapa2_1.jpg
A Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, será a responsável pela operação do primeiro Laboratório de Estudos em Biogás de Santa
Catarina. A estrutura fará parte do Laboratório de Análises Físico-Químicas da Embrapa Suínos e Aves, localizada
em Concórdia, no Oeste catarinense, e será oficialmente inaugurada na próxima segunda-feira, 27 de maio, às
17h, com a presença do governador do Estado, João Raimundo Colombo.
O Laboratório de Estudos em Biogás é resultado de um convênio com a SCGÁS (Companhia de Gás de Santa
Catarina), que auxiliou com recursos financeiros, a DBFZ (Centro Alemão de Pesquisa em Biomassa) e GIZ
(Sociedade Alemã de Cooperação Internacional), que forneceram tecnologia e treinamento para os técnicos da
Embrapa Suínos e Aves na cidade alemã de Leipzig. O projeto também teve o apoio da BGT Energie, empresa
que desenvolve projetos de usinas de gás e energia.
A Embrapa Suínos e Aves pesquisa a geração de biogás desde os anos 80. A partir do ano 2000, essa alternativa
de tratamento dos resíduos da produção agrícola voltou a ser procurada especialmente por suinocultores e, desde
então, a Embrapa desenvolveu várias pesquisas sobre o tema. Agora, ganhará mais condições para realizar
análises físico-químicas de resíduos orgânicos (incluindo os de suínos), avaliando assim a qualidade e o potencial
de geração de biogás resultante da decomposição anaeróbia destes substratos.
A expectativa é de que a Embrapa Suínos e Aves tenha, a partir de agora, ainda mais capacidade para fazer parte
de iniciativas que pretendem explorar a geração de biogás a partir do aproveitamento de resíduos. “Vamos colocar
o laboratório à disposição de órgãos públicos e empresas privadas que pretendem desenvolver ações neste
sentido. Nossa intenção é assinar acordos de cooperação técnica que nos permitam avançar em nossas
pesquisas e, ao mesmo tempo, oferecer serviços importantes às cadeias produtivas com as quais atuamos”, disse
o chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini.
Autor: Embrapa
Fonte: rondonoticias.com.br > Notícias(http://www.rondonoticias.com.br/ler.php?id=120859)
28/05/2013
Banco Mundial diz que 1,2 bi de pessoas não têm acesso à eletricidade
por Agência EFE(http://info.abril.com.br/autores/agencia-efe/)
As populações que não têm acesso à eletricidade se concentram na África e na Ásia
Foto: Photo Pin
Fonte: http://info.abril.com.br/images/materias/2013/05/Eletricidade-20130528204433.jpg
Washington – Cerca de 1,2 bilhões de pessoas não têm acesso à eletricidade no mundo todo e 2,8 bilhões têm
que recorrer a madeira ou biomassa para cozinhar, informou nesta terça-feira o Banco Mundial (BM) em um novo
relatório sobre energia.
"A demanda continuou ultrapassando a provisão. A eletricidade precisa ser acessível, e gerada cada vez mais de
maneira sustentável e utilizada eficientemente", afirmou Rachel Kyte, vice-presidente do organismo internacional
em comunicado.
O relatório, elaborado junto com a Agência Internacional de Energia (AIE), assinala que entre 1990 e 2010 cerca
de 1,7 bilhões de pessoas obtiveram acesso à eletricidade, mas ressaltaram que o número só é ligeiramente
superior ao crescimento da população nessas duas décadas, de 1,6 bilhões.
Segundo o documento, 80% das pessoas que não têm acesso à eletricidade vivem em áreas rurais e a maioria se
encontra na Ásia e na África Subsaariana.
Por outro lado, destaca que o progresso na expansão do acesso à eletricidade e combustíveis fósseis foi apenas
"modesto" e que 18% da energia global consumida é de origem renovável.
O organismo internacional ressaltou a importância de alcançar o objetivo traçado pelas Nações Unidas de dobrar
a porcentagem de energia de origem renovável até 36% em 2030, ao lembrar que o consumo de energia não
deixou de crescer.
Por isso, lembrou que os países que lideram o consumo energético mundial, especialmente Estados Unidos e
China, deverão ser os principais em fomentar uma maior eficiência no consumo energético.
Fonte: Info EXAME.COM > Notícias > Mercado(http://info.abril.com.br/noticias/mercado/banco-mundial-dizque-1-2-bi-de-pessoas-nao-tem-acesso-a-eletricidade-28052013-46.shl)
28/05/2013
Estudo revela que 24 milhões de toneladas de lixo tiveram destino inadequado em 2012
por Daniel Mello, Repórter da Agência Brasil
Fonte:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assi
st715269/prev/AMCA_2829.jpg
São Paulo – Em 2012, foram enviados para destinos inadequados 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%),
segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
(Abrelpe), divulgado hoje (28). A pesquisa aponta ainda que, dos 64 milhões de toneladas de resíduos
gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados.
O percentual de coleta apresentou, entretanto, um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55
milhões de toneladas em 2012. “Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o índice de coleta tem
crescido paulatinamente, indicando que a universalização desses serviços é um caminho possível”, avaliou
o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
O Nordeste é a região com maior percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como
lixões. De acordo com o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8 mil toneladas por dia, não
tiveram destinação final adequada. Apenas 77% dos resíduos produzidos no Nordeste são coletados, sendo
que a região responde por 26% (51,6 mil toneladas diárias) do lixo gerado no país.
A melhor cobertura de coleta foi verificada no Sudeste (96,8%), a região que melhor destina os resíduos,
com 72% do lixo (pouco mais de 70 mil toneladas diárias) enviados para aterros sanitários. Apesar disso,
51% das cidades da região, o equivalente a 854 municípios, não tratam adequadamente os seus resíduos.
Para o diretor da Abrelpe, faltam os investimentos necessários para avançar na coleta e destinação correta
dos resíduos sólidos. “As mudanças demandadas pela PNRS [Política Nacional de Resíduos Sólidos]
requerem investimentos concretos e perenidade”, ressaltou. O problema, segundo Silva Filho, é que muitas
cidades não têm condições de aportar esses recursos. “A maioria desses municípios tem menos de 10 mil
habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos
de maneira isolada”, completou.
Edição: Juliana Andrade
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Fonte: EBC > Notícias > Meio Ambiente(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-28/estudo-revelaque-24-milhoes-de-toneladas-de-lixo-tiveram-destino-inadequado-em-2012)
29/05/2013
O que fazer com o lixo
por Tinna Oliveira, do MMA
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n810.jpg
MMA explica na Câmara as atribuições de todos na gestão adequada dos resíduos sólidos.
Em audiência púbica na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (28/05), a diretora de Ambiente Urbano
do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Zilda Veloso, explicou como se dá a responsabilidade
compartilhada na gestão dos resíduos sólidos, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(lei nº 12.350), aprovada em 2010. A regulamentação define o envolvimento de todos segmentos – governo,
fabricante, importador, comerciante, distribuidor e a sociedade em geral no descarte e reciclagem do lixo.
“Nós estamos tratando de uma lei que ficou quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional e não foi à
toa”, disse. “Ela traz uma mudança de postura do cidadão comum aos empresários”.
A audiência, promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, foi iniciativa
do deputado Guilherme Campos (PSB-SP). O parlamentar afirmou que pretende abrir o debate em torno de
proposta de sua autoria que prevê a criação de uma comissão especial, onde seriam feitos, eventualmente,
ajustes na lei, com base em experiências bem-sucedidas e ouvindo todos os setores. Segundo ele, existem
diversos projetos tramitando que interferem na legislação em vigor, o que poderia descaracterizar o que foi
aprovado e está vigorando.
Logística Reversa
O principal tema em debate foi a logística reversa, que consiste em procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e
reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada. Zilda Veloso lembrou que a lei também é importante para tentar mudar uma cultura histórica de
enterrar o lixo, o que ajudaria a reduzir os impactos negativos no meio ambiente e à saúde por conta da
gestão inadequada.
Sobre a responsabilidade compartilhada que a logística reversa exige, a diretora afirma que todos possuem
atribuições individualizadas e encadeadas. “Para o consumidor, pede-se o descarte correto dos produtos;
aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes o procedimento da logística reversa e aos
municípios a limpeza pública e o manejo dos resíduos”, enfatizou.
Pela lei em vigor, a logística reversa até agora é obrigatória nas seguintes cadeias produtivas: agrotóxicos,
seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus
componentes, além de produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro.
Para viabilizar e ampliar o procedimento, estão sendo feitos outros acordos setoriais, que são atos
contratuais firmados entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. “O acordo é
uma oportunidade de negociação”, destacou a representante do MMA durante a audiência.
* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente(http://www.mma.gov.br/informma/item/9364o-que-fazer-com-o-lixo).
Fonte: MMA/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/o-que-fazer-com-o-lixo/)
29/05/2013
Brasil é o sétimo maior consumidor de energia do mundo, afirma Banco Mundial
por Redação EcoD
Cerca de 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso à eletricidade.
Foto: UN Photo/Kibae Park
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/n617.jpg
Quantas pessoas no mundo inteiro carecem de acesso à eletricidade e aos combustíveis domésticos
seguros? Qual é a parcela de uso de energia renovável em todo o mundo? O que estamos fazendo para
melhorar a eficiência energética?
O Relatório Estrutura de Acompanhamento Global da Energia Sustentável para Todos, publicado no Fórum
de Energia, em Viena (Áustria), no dia 28 de maio, responde a essas perguntas e pode indicar rumos para
as políticas brasileiras, que é o sétimo maior consumidor de energia do mundo, segundo o documento. O
país está atrás da China, EUA, Rússia, Índia, Japão e Alemanha.
O estudo apresenta dados nacionais e globais, que indicam o tamanho dos desafios para que os países
cumpram os três objetivos da iniciativa Energia Sustentável para Todos (SE4ALL). São eles: proporcionar
acesso universal à energia moderna, dobrar o uso de energia renovável e duplicar a taxa de melhoria da
eficiência energética – tudo isso até 2030.
Atualmente, no mundo, cerca de 1,2 bilhão de pessoas (quase a população da Índia) não têm acesso à
eletricidade e 2,8 bilhões dependem da lenha ou de outra fonte de biomassa para combustível doméstico,
que quando estão na fase sólida poluem o ambiente e prejudicam a saúde, o que contribui para cerca de 4
milhões de mortes prematuras, na maioria de mulheres e crianças.
O relatório identificou os países de alto impacto que oferecem o maior potencial de progressos rápidos.
Vinte países na Ásia e na África representam cerca de dois terços de todas as pessoas sem acesso à
eletricidade e três quartos dos usuários de combustíveis domésticos sólidos. Outros 20 países de alto
impacto – entre eles, o Brasil – são responsáveis por 80% do consumo de energia e deverão liderar o
caminho para duplicar a parcela de fontes renováveis a 36% da mescla global de energia e dobrar a
melhoria da eficiência energética.
Um exemplo de progresso entre esses países é a China: o país mais populoso do mundo é o maior
consumidor de energia, mas está também liderando o mundo em expansão da energia renovável e na taxa
de melhoria da eficiência energética.
O relatório concluiu que, para o alcance das metas, serão necessárias medidas políticas, que devem incluir
incentivos fiscais, financeiros e econômicos, fim dos subsídios a combustíveis fósseis e definição do preço
do carbono. A comunidade global também terá de investir em melhorias energéticas, apontou o documento,
que estima os atuais investimentos em energia: cerca de 409 bilhões de dólares por ano. O valor deve
dobrar para alcançar as três metas.
Segundo o Banco Mundial, seriam necessários entre 600 e 800 bilhões de dólares adicionais, incluindo pelo
menos 45 bilhões de dólares para expansão da eletricidade, 4,4 bilhões de dólares para combustíveis
destinados à culinária moderna, 394 bilhões para eficiência energética e 174 bilhões para energia
renovável.
Qual é o ritmo de expansão do acesso à energia?
Embora 1,7 bilhão de pessoas tenham conseguido acesso à eletricidade entre 1990 e 2010, a taxa estava
ligeiramente à frente com relação ao crescimento da população (em 1,6 bilhão) no mesmo período. O ritmo
dessa expansão terá que dobrar para atingir a meta de 100% até 2030. Chegar a esse ponto exigirá um
investimento adicional por ano de 45 bilhões de dólares em acesso, cinco vezes o nível anual.
Do ponto de vista do aquecimento global, no entanto, o custo dessa expansão é baixo: levar a eletricidade
às pessoas aumentaria as emissões globais de dióxido de carbono em menos de 1%.
SE4ALL e relatório
A Energia Sustentável para Todos, uma coalizão global de governos, setor privado, sociedade civil e
organizações internacionais, pretende alcançar a meta dobrando o volume de energia renovável na mescla
global de energia, passando da parcela atual de 18% para 36% até o ano limite. A iniciativa também procura
dobrar a taxa de melhoria da eficiência energética.
O SE4ALL foi lançado em 2011 pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que atualmente
preside o conselho consultivo juntamente com o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim.
A Estrutura de Acompanhamento Global é um marco nesse esforço, afirmou Rachel Kyte, vice-presidente
do Banco Mundial para a área de Desenvolvimento Sustentável e membro da iniciativa Energia Sustentável
para Todos. “A estrutura oferece parâmetros para cumprir as metas globais de energia”, afirmou ela. “Todos
poderão medir o progresso com relação a essas informações de base. E sabemos que isso é importante,
porque o que se mede é o que será feito”.
* Publicado originalmente no site EcoD(http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/maio/brasil-e-osetimo-maior-consumidor-de-energia-do?tag=energia).
Fonte: EcoD/Envolverde(http://envolverde.com.br/noticias/brasil-e-o-setimo-maior-consumidor-de-energiado-mundo-afirma-banco-mundial/)
29/05/2013
Volume de lixo cresce em proporção maior que a população brasileira
por André Trigueiro*
Foto: Divulgação/ Internet
Fonte: http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/05/lixocapa.gif
Em 2012, 24 milhões de toneladas foram descartadas inadequadamente. Geração de lixo por pessoa
aumentou de 955g por dia para 1,223 kg.
Boa parte do lixo produzido no Brasil termina em lugares inadequados. É o que revela uma pesquisa
divulgada, com exclusividade, pela coluna Sustentável.
Na última década, 40 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Essa nova classe média passou a
consumir mais, e quem consome mais gera mais lixo.
Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou 9,65%. No mesmo período, o volume de lixo cresceu
mais do que o dobro disso, 21%. É mais consumo, gerando mais lixo, que nem sempre vai para o lugar
certo.
Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), apenas
no ano passado, foram descartados 24 milhões de toneladas de resíduos em lugares inadequados. Isso
seria suficiente para encher 168 estádios de futebol do tamanho do Maracanã.
O Nordeste é a região que tem o maior volume de resíduos descartados em lugares impróprios.
No lixão de Itabuna, no sul da Bahia, por exemplo, diariamente, toneladas de lixo são despejadas sem
nenhum tratamento.
“Nós temos no Brasil hoje, ainda, mais de 3 mil municípios que fazem uso dessas formas de destinação
inadequadas. É muita coisa ainda para ser arrumada no país”, diz Carlos Silva Filho, diretor-executivo da
Abrelpe.
Em dez anos, de 2003 a 2012, a geração de lixo por pessoa aumentou de 955g por dia para 1,223 kg. Foi o
que aconteceu na casa de Jeferson e Denise, no subúrbio do Rio de Janeiro. O aumento da renda mudou
também o lixo. “Embalagem de iogurte, embalagem de leite, enlatado, leite em caixa. Nós dois trabalhamos
fora, e, no final de semana. estamos sempre pedindo comida por telefone“, diz o empresário Jeferson
Rodrigues.
Para José Gustavo Feres, economista do IPEA, é um retrato do que acontece em todo o país. “As pessoas
com mais renda consomem mais eletroeletrônicos, consomem mais embalagens plásticas, e este tipo de
resíduo tem impacto ambiental maior até do que os resíduos orgânicos”, afirma.
Até 2014, a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que os lixões devem ser erradicados e
substituídos por aterros sanitários. A diretora do Ministério do Meio Ambiente diz que esse prazo será
mantido.
“O governo têm colocado recursos por parte do Governo Federal e têm incentivado as prefeituras a se
engajarem nessa ideia de fazer a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos”, afirma Zilda Veloso,
diretora do Ministério do Meio Ambiente.
O coordenador da pesquisa da Abrelpe diz que o desafio é grande. “Nós tivemos um aumento na geração e
não tivemos o correspondente na destinação, ou seja, o país evoluiu economicamente, mas não evoluiu
ambientalmente”, diz Silva.
* André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje
leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ,
autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação,
coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia,
lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do
Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da
Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.
Mundo
**
Publicado
originalmente
no
site
Sustentável(http://www.mundosustentavel.com.br/2013/05/volume-de-lixo-cresce-em-proporcao-maior-quea-populacao-brasileira/).
Fonte:
Mundo
Sustentável/Envolverde(http://envolve(rde.com.br/sociedade/volume-de-lixo-cresce-emproporcao-maior-que-a-populacao-brasileira/)
29/05/2013
Vida digna para todos
Fonte: http://www.mma.gov.br/media/k2/items/cache/3ec69bb1fef0a0d44adf9d9c0cadfa56_XL.jpg
Semana do Meio Ambiente abre espaço para debate sobre Rio+20 e Plano de Ação para Produção e
Consumo Sustentáveis
por Tinna Oliveira
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abre, nesta segunda-feira (03/06), às 9h, as comemorações
do Dia Mundial do Meio Ambiente, com uma programação que se desenvolverá ao longo da semana. Em
seguida, acontecerá o debate “A Geopolítica do Desenvolvimento Sustentável”. O evento concentrará as
atividades no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e reunirá representantes de organizações governamentais
e não governamentais, organismos internacionais, setor privado e academia.
Será, na opinião da ministra, uma oportunidade para que especialistas e sociedade civil possam debater o
Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), que tem como proposta assegurar vida
plena e digna para todos. Visa, também, relembrar os compromissos assumidos pelo Brasil e outros países,
em 2012, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
“A expectativa é poder detalhar melhor, discutir mais o PPCS e criar alternativas para avançar, a fim de
alcançar o objetivo final que é o de entregar medidas institucionais, processos de capacitação, decisões e
acordos setoriais que visem à sustentabilidade”, destaca a secretaria de Articulação Institucional e
Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles.
PROGRAMAÇÃO
O evento será dividido em duas partes. Durante a manhã, haverá painéis sobre contratações públicas,
construção e varejo, atividades que levam em conta a sustentabilidade. “É importante trabalhar critérios de
sustentabilidade que possam ser úteis, por exemplo, nas construções públicas e privadas”, diz Mariana
Meirelles. “Esse tema e muitos outros serão debatidos, juntamente com nossos parceiros”.
No período da tarde, acontecerão oficinas sobre consumismo infantil, embalagens e meio ambiente, estilo
de vida sustentável, relatórios de sustentabilidade nas empresas, cadeia produtiva da construção, compras
públicas sustentáveis e os setores industriais. Todas essas questões ambientais discutidas visam garantir
um futuro mais justo e sustentável para o Brasil.
Mais informações no hotsite(http://hotsite.mma.gov.br/semanadomeioambiente/) do evento.
EVENTOS PARALELOS
Outros eventos em comemoração à data acontecem em Brasília. Na quinta-feira (06/06), às 9h30, o
Ministério do Meio Ambiente promove, juntamente com a Câmara dos Deputados, o seminário sobre os
Desafios para a Implementação da Lei dos Resíduos Sólidos, no Anexo II da Câmara (confira a
programação
completa
aqui(http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cmads/seminarios-e-outros-eventos/eventos-2013/seminarios/seminario-desafios-para-aimplementacao-da-lei-dos-residuos-solidos/programacao)). O evento marca a mobilização em torno da IV
Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que acontece de 24 a 27 de outubro, em Brasília.
O evento também serve como etapa preparatória para a conferência virtual que acontecerá entre 26 de
agosto e 10 de setembro. Além disso, a Câmara, por meio da Comissão do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável e do e-Democracia é parceira do MMA na organização da conferência virtual.
O evento discutirá os quatro eixos temáticos da conferência: Produção e Consumo Sustentáveis; Redução
dos Impactos Ambientais; Geração de Trabalho, Emprego e Renda; e Educação Ambiental.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O MMA também comemora o Dia da Educação Ambiental, 3 de junho, com duas programações. O
Departamento de Educação Ambiental, com o apoio do Governo do Distrito Federal, prepara uma Sala
Verde Especial nos jardins em frente ao edifício sede do órgão, localizado na Esplanada dos Ministérios. A
sala, com materiais e vídeos educativos socioambientais, será aberta ao público a partir das 14h e
permanece até o dia 7 de junho.
Em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade de Brasília (UnB), o MMMA também
promove o 2° Painel de Debates sobre Educação Ambie ntal, no auditório 2 Candangos, da UnB. Será
discutido o papel da Educação Ambiental na construção da sustentabilidade universitária. Para participar do
debate,
inscreva-se
aqui(https://docs.google.com/forms/d/1kw1k_aBczCUMTNErbKKgr2yaD9y37n9xnQF7IICmegs/viewform).
Fonte: MMA > InfoMMA > Notícias(http://www.mma.gov.br/informma/item/9366-vida-digna-para-todos)
31/05/2013
Búzios critica projeto estadual de lançamento de esgoto no município
PRAIA RASA, com águas tranquilas e pouco profundas localiza-se
no extremo esquerdo da Praia de Manguinhos
Fonte: http://www.buziosturismo.com/itens_gerais/buziosvirtual/praias_rasa.jpg
O governador Sérgio Cabral (PMDB) encaminhou à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em
regime de Urgência, um Projeto de Lei que pretende lançar em Armação dos Búzios o esgoto de outros três
municípios e, segundo os moradores e a prefeitura, trará prejuízos ao meio ambiente, transformando a
cidade num grande reservatório de esgoto. A população está mobilizada junto com o prefeito, André
Granado (PSC), para tentar derrubar a medida.
O projeto 2158/2013 libera R$ 11,5 milhões de subsídio à Prolagos – concessionária responsável pelo
serviço de saneamento e abastecimento de água – e tem como uma de suas finalidades “transpor os
efluentes das estações de tratamento de esgotos de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, da Lagoa de
Araruama para o Rio UNA”, que deságua na Praia Rasa, em Búzios.
“É destruir três praias e recuperar meia. Esse projeto de lei vai realmente destruir parte de Búzios”, define a
presidente da ONG Ativa Búzios, Monica Werkhauser. A moradora conta que a população está se
mobilizando para sensibilizar os parlamentares a votar contra o projeto. “Queremos evitar que Búzios vire o
penico da Região dos Lagos”, diz ela. Uma petição pública foi feita e um protesto está marcado na cidade
para o próximo dia 5 – Dia Internacional do Meio Ambiente.
Na semana passada, uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal de Búzios para debater o
projeto. O prefeito André Granado e o vice, Carlos Muniz, além de deputados, representantes do Instituto
Estadual do Ambiente (Inea) e da Prolagos estiveram presentes.
Granado explica que o projeto trará prejuízos ao meio ambiente e à pesca local: “Não podemos salvar a
Lagoa de Araruama e matar os nossos pescadores, matar as nossas praias”. “Com certeza as entidades
envolvidas vão encontrar uma outra opção”, disse.
A Prolagos utiliza um sistema de tratamento de esgoto chamado de tomada a tempo seco que “consiste na
interceptação do esgoto presente nas galerias pluviais, evitando que seja despejado in natura no meio
ambiente". A concessionária, entretanto, explica em seu site que “quando chove muito e por um período
prolongado, as comportas são abertas evitando inundações. O sistema de abertura das comportas é
automatizado e abre quando a água represada atinge um nível pré-estabelecido. Quando isso acontece, o
esgoto já está suficientemente diluído pela água de chuva”.
“Mais absurdo é dizer que este despejo não faria nenhum mal ao meio ambiente, pois já estaria diluído.
Como se a água pudesse diluir microorganismo muito nocivos à saúde humana”, afirma o biólogo e morador
de Búzios, Carlos Simas, ressaltando que o modelo de tratamento utilizado pela Prolagos é ineficiente.
Fonte:
TERRA.COM
>
Notícias
>
Ciência
Sustentabilidade(http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/buzios-critica-projeto-estadual-delancamento-de-esgoto-no-municipio,c6b71c92b5bfe310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html)
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