Anais do V Congresso da ANPTECRE “Religião, Direitos Humanos e Laicidade” ISSN:2175-9685 Licenciado sob uma Licença Creative Commons TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO E GERAÇÃO UNIVERSITÁRIA Paulo Agostinho N. Baptista Doutor em Ciências da Religião PUC Minas [email protected] CNPq ST 19 – TEOLOGIA(S) DA LIBERTAÇÃO Resumo: A Ação Católica Especializada abriu espaços importantes para a participação da juventude, especialmente nas décadas de 1950 e 1960. A Juventude Universitária Católica – JUC foi um desses espaços e contou com a participação de quase 10% dos universitários, algo entre 5.000 e 10.000 jovens, para uma população de acadêmicos próxima de 95.000 em 1960. No Congresso dos 10 anos da JUC, em 1960, houve a participação de mais de 500 desses jovens. Diversos autores reconhecem que a Teologia da Libertação - TdL teve sua gênese nesse ambiente e, principalmente, contou com o envolvimento desses jovens. Dessa forma, mais do que identificar essa proporção numérica, é fundamental lembrar o papel que teve essa entidade na formação política e teológica de lideranças. Muitos personagens da república, muitas lideranças religiosas e acadêmicas, e de diversos setores atuais, participaram desse movimento estudantil. E hoje? Algum movimento ocupou esse espaço que a JUC teve? Que espaços religiosos têm os jovens universitários para participar? Que movimentos os recebem e o que fazem? E a Teologia da Libertação se faz presente e interessa ao jovem universitário atual? De outro modo, pode-se ainda perguntar: que opções religiosas e políticas têm a geração universitária atual? Esta comunicação, a partir do método quantitativo, pretende apresentar, além de aspectos históricos do tema, dados de pesquisa com a geração universitária de uma das maiores universidades católicas do mundo, que em 2013 tinha 45.000 alunos de graduação: a PUC Minas. Objetiva, nessa perspectiva, comparar dois períodos: 1990 e 2013. Também fará relação com outras pesquisas com juventude universitária. A conclusão é que há interesse religioso e político nesse público, jovens simpáticos e que se identificam com a TdL, além de disposição de participação e inserção maior na vida acadêmica, especialmente na extensão e pesquisa. Há a acolhida dessa demanda? Esta Comunicação coloca, portanto, desafios aos movimentos religiosos e pastorais que trabalham com essa geração, inclusive levanta importante questionamento à Teologia da Libertação, tanto em suas concepções teóricas quanto praxísticas e sobre a sua renovação e de seus intelectuais. Palavras-chave: Teologia da Libertação; Geração universitária; Participação política; Participação religiosa; Pastoral universitária. Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 Introdução Depois de refletir em 2013 sobre a temática da pobreza e da classe social, em continuidade às pesquisas realizadas e as comunicações apresentadas nos GTs da Teologia(s) da Libertação – TdL, tanto na SOTER quanto na ANPTECRE, a partir de 2014 o foco da minha investigação tem sido a temática da juventude. Primeiramente, houve a discussão sobre o tema geral da TdL e problema da juventude contemporânea. Além do problema demográfico – o envelhecimento de nossa população e a queda da taxa de fecundidade (está hoje entre 1,7 e 1,9 e deveria estar no mínimo em 2,1 para repor a população), diminuindo a base da pirâmide e alargando a ponta – nossa juventude brasileira vive outro drama: está perdendo a vida cedo, especialmente os mais pobres. O problema é epidêmico, pois as mortes violentas têm vitimado nossos jovens, tanto os jovens-adolescentes (15 a 17 anos) quanto os jovens-jovens (18 a 24 anos) e jovens-adultos (25 a 29 anos). Basta ver o Mapa da Violência 2014 (WAISELFISZ, 2014). Acima de 10 mortes por 100.000 fala-se em epidemia, e a taxa para jovens entre 19 e 26 anos é de 100/100.000, com pico em 21 anos (124/100.000). Esses dados e discussões estão nos Anais de 2014 da SOTER (BAPTISTA, 2014a). Para este congresso da ANPTECRE, a discussão toma um aspecto/setor dessa juventude: a geração universitária. Ainda em 2015, em julho na SOTER, outra comunicação focou na TdL e a Pastoral Universitária, setor que teve importante papel na criação dessa teologia, mas que ficou nos últimos anos limitada e reduzida no cenário pastoral e da juventude. Não é incomum vê-la muito mais presente em ações litúrgicas do que atuante no próprio âmbito acadêmico. A minha preocupação com a Geração Universitária começou em 1990, no contexto do trabalho com a pastoral dessa juventude. Em 2013 começamos, juntamente com os professores Pedro Ribeiro de Oliveira e Roberlei Panasiewicz, uma pesquisa apoiada pelo CNPq com a geração universitária da PUC Minas, na época composta de mais de 45.000 alunos de graduação. Essa pesquisa também realizou comparação com outra produzida em 1990 (BAPTISTA, 2013), portanto, comparando duas gerações. Os primeiros resultados foram publicados em 2014 e ofereceram uma Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 visão geral e uma análise específica sobre a situação religiosa (BAPTISTA, 2014b; OLIVEIRA, PANASIEWICZ, 2014). Para esta Comunicação tomarei alguns dados que não foram apresentados, tanto da pesquisa de 1990 quanto de 2013, e que considero importantes para o perfil dessa juventude e para a temática da religião, especialmente da Teologia da Libertação. Iniciamos com alguns aspectos históricos relevantes do tema. Passamos depois para os dados de pesquisa com a geração universitária de uma das maiores universidades católicas do mundo, a PUC Minas. De forma breve, ao final, também faremos relação com outras pesquisas com juventude universitária, mostrando que apesar da percepção do senso comum, há na juventude universitária interesse religioso e político, há jovens que são simpáticos e que se identificam com a TdL, além de estarem dispostos à participação e inserção na sociedade e na vida acadêmica. 1 A geração universitária da década de 1960 e a TdL É bastante conhecida a história da TdL que tem nos seus primeiros passos a atuação da juventude, numa perspectiva ecumênica, animada pelas mudanças do início dos anos de 1960 e no contexto do Concílio Vaticano II, e que se questionava: como é possível ser cristão num mundo de opressão, com tantos pobres e miseráveis? (GOMEZ DE SOUZA, 1984). Essa juventude indignada, atuando em movimentos sociais e políticos, mas também motivada por uma experiência espiritual e pastoral, especialmente vivida na dupla militância, no mundo acadêmico e sociopolítico, foi capaz de fazer surgir outra forma de se produzir teologia, num contexto de negação da liberdade, de miséria e opressão. A Ação Católica Especializada (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC), o Movimento Estudantil Cristão protestante (FUMEC), o trabalho do Setor de Responsabilidade Social da Igreja da Confederação Evangélica do Brasil, a Unión Nacional dos Estudantes Católicos do Peru (UNEC), o Movimento Internacional de Estudantes Católicos (MIEC) e da Juventude Estudantil Católica Internacional (JECI), o Movimento de Educação de Base (MEB), e tantos outros movimentos e grupos, no Brasil e em toda Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 a América Latina, foram fundamentais para alimentar o sonho profético-jesuânico de liberdade e de libertação. E a juventude, especialmente a geração universitária, nas décadas de 1950 e 1960, participante da JUC – Juventude Universitária Católica marcou esse processo. A população universitária em 1960 era de cerca de 95.000 estudantes. Nesse contexto, a JUC chegou a ter entre 5.000 e 10.000 jovens em seus quadros. É um número muito significativo e deixou marcas na história do país, formando lideranças nas diversas áreas, que ainda hoje estão presentes no cenário religioso, político, social e acadêmico. Em sua análise dessa geração, Luiz Alberto Gomez de Souza (1984, p. 9) afirma que a JUC foi sementeira da TdL: “foi no Brasil e, mais precisamente na JUC, no início dos anos 60 que, muitas das intuições do que constituiria mais tarde a teologia da libertação latino-americana, começaram a concretizar-se, num lento processo ligado a uma prática e, sobretudo, a uma prática política”. Um dos primeiros teólogos a produzir uma teologia da libertação na América Latina, para muitos considerado o seu teólogo pioneiro – Gustavo Gutierrez –, foi assessor da juventude universitária, do MIEC-JECI. Ele afirma que essa teologia é filha do seu contexto, dos sinais dos tempos, da articulação entre reflexão e compromisso com o tempo: El proceso de liberación es un signo de los tiempos, es un llamado a comprometerse com él al mismo tiempo que es tema de reflexión, un tema nuevo de reflexión, porque es nuevo también como noción global de los problemas que se encuentran dentre de él. (GUTIÉRREZ, 1968). Que sinais os tempos atuais indicam? Que compromissos? Que noção global se tem dos problemas e desafios e de suas perspectivas? No senso comum considera-se que a juventude atual é “alienada”, desmobilizada e sem compromisso com a mudança, inclusive a geração universitária. Há dados que poderiam confirmar esse processo: a abstenção de 21% nas últimas eleições, a maioria de jovens; a pouca participação da juventude em diretórios de representação na universidade (DA e DCE); o pouco envolvimento em atividades religiosas, constatada também pela manifestação de baixa filiação religiosa no último censo IBGE 2010... Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 Seria importante investigar as causas desse processo e também perceber outros sinais de envolvimento. Esse é um dos objetivos da pesquisa com a geração universitária da PUC Minas. Os dados indicam os problemas, mas também apontam para a esperança. 2 A Geração universitária da PUC Minas das últimas décadas e abertura para mudança As informações e dados mais gerais sobre a pesquisa com a juventude universitária da PUC Minas se encontram nos artigos já citados na introdução. Vamos nos concentrar aqui em alguns poucos dados sobre o interesse de participação dessa geração, especialmente comparando-os com a juventude universitária de 1990. Oportunamente, essa comunicação terá maior desenvolvimento num artigo. Apesar do crescimento na manifestação sobre ter algum tipo de “religião, religiosidade ou espiritualidade” da geração universitária da PUC Minas entre 1990 e 2013 (63,1% versus 89,3%), caiu bastante o número de católicos: de 79,2% para 55,1%. Por outro lado, houve crescimento de outras expressões religiosas, especialmente dos protestantes: de 3% para 17,6%. Também cresceu o número de espíritas (5,6% versus 6,7%) e de ateus (2,2% versus 5,4%). Há trânsito religioso, crise no catolicismo e mudanças importantes em outros grupos como os “sem religião”, mas que têm fé (7,4% em 2013 na PUC Minas). Os dados do IBGE 2010 e outras publicações mostram isso, como o livro organizado por Teixeira (2013), reunindo diversos pesquisadores, e o número de Debates do NER (v. 14, n. 24, Jul./Dez., 2013). A hipótese explicativa é que vem ocorrendo há tempos uma série de fenômenos, que afeta especialmente os jovens, como privatização e desinstitucionalização, trânsito e bricolagem religiosa, como já descreveram diversos pesquisadores da sociologia da religião (ORO, 1997; PIERUCCI, 1997; HERVIEU-LEGER, 2008; TEIXEIRA, 2013; Debates do NER, 2013). Os jovens têm fé e espiritualidade, mas não se identificam com uma religião institucionalizada. Mas a questão religiosa afeta os jovens. O efeito da mídia e do carisma, por exemplo do Papa Francisco, é reconhecido pelos jovens universitários da PUC Minas, e com curto período de tempo, menos de um ano desde a posse do Papa, pois o Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 questionário foi respondido em novembro de 2013. Para eles, o Papa mostrou sinais de mudança (56,8%) e seus discursos, gestos e atitudes revelam coerência (15,3%), totalizando uma avaliação positiva de 72,1%. Outros dados importantes colhidos em 2013 revelam esse processo de abertura: 69,3% não concordam com a frase “o mundo seria melhor sem a religião”. Para 78%, a oração “é um instrumento poderoso para se conseguir objetivos na vida”. Também há concordância de 91,4% que “a religião ajuda as pessoas a superar os problemas e enfrentar os desafios da vida”. Ela também ajuda a “ampliar os relacionamentos” para 78,7%, inclusive na vida profissional para 76,3%. Por que então há baixa filiação e baixa frequência? Além das teses dos sociólogos da religião referidas acima e outras mais, pode-se levantar uma hipótese interna quanto à qualidade da formação, tanto das lideranças quanto da iniciação religiosa das crianças, adolescentes e jovens. Não há só problema nas teologias, inclusive na linguagem e na comunicação desta, mas também falta de criatividade e interação das liturgias e, especialmente, atraso e conservadorismo da reflexão sobre as diretrizes e práticas morais. Sem falar, ainda, na questão da coerência, muito cara aos jovens, questão agravada pelas diversas denúncias e escândalos religiosos, como o caso da pedofilia no catolicismo e da exploração econômicas dos grupos pentecostais. Curiosamente, quando perguntados sobre atividades e horas gastas por semanas, os universitários da PUC Minas colocaram “atividades religiosas” em 2º. lugar, depois de “outras leituras”, com o tempo entre 1 e 4 horas semanais. Num elenco de diversas atividades e movimentos do tipo social, político, sindical, cultural, artístico e religioso, que os estudantes poderiam manifestar sobre interesse em participar, alguns resultados mostram esperança: 5% em CEBs, 26% em Grupos Ecológicos, 14,7% em Grupos de Jovens, 14,3% em Movimento Estudantil, 12,5% em Pastoral Universitária, 32,2% em Trabalho Voluntário e 18,6% em Voluntariado Religioso, dentre outros grupos e movimentos. Será que as instituições religiosas não estão sabendo envolver os jovens e oferecer espaço para um novo perfil de juventude? Geração Universitária e Teologia da Libertação: palavras inconclusivas Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST1908 Esta breve comunicação mostra, com poucos dados apresentados, que há abertura da geração universitária, pelo menos da PUC Minas, em questões de natureza religiosa, política e social. Mas também acadêmica: 70% têm interesse em participar de atividades de extensão (71%) e de pesquisa (70,7%). Mas a pesquisa da Secretaria Nacional de Juventude (2013) mostrou dados (soma das menções) que vão na mesma toada: a principal preocupação da juventude é a corrupção (67%), seguida do poder dos traficantes (46%) e da desigualdade (42%). Essa realidade os atinge duramente. Manifestaram também sobre assuntos que eles mais gostariam de conversar com pais, amigos e a sociedade. Com a sociedade, as cinco primeiras pela ordem, são: desigualdade, violência, drogas, política e cidadania. Com os pais, segue quase a mesma ordem, acrescentado em 1º. lugar educação e profissão, e em 5º lugar a religião. Impressiona que os jovens, nessa pesquisa, acreditam que eles podem mudar o mundo (91%), através de mobilizações (45%) e participação em associações (44%), sendo que 46% participam ou já participaram delas. E a religião aparece como a 3ª atividade que eles frequentam por mês, depois de lazer em passeios e festas em casa de amigos. A Teologia da Libertação nasceu no meio da juventude universitária, jovens mobilizados pelas questões emergentes de sua época. Hoje, vemos que os jovens estão preocupados com diversos desafios urgentes: corrupção, tráfico de drogas, desigualdade... As religiões e a TdL conseguem ouvi-los e mobilizá-los? Eles querem participar de CEBs, grupos ecológicos, voluntariado, como mostrou a pesquisa na PUC Minas e, na pesquisa da SNJ, 54% consideram a política muito importante. Creio que é o momento em se pensar em formas pedagógicas criativas de envolvimento, começando pela práxis das questões emergentes levantadas pelos sujeitos do futuro: as juventudes. Referenciais BAPTISTA (Coord.), Paulo Agostinho Nogueira. Relatório da Pesquisa "Perfil do Estudante da PUCMG". HORIZONTE, Belo Horizonte, v. 11, n. 31, p. 1275-1314, out. 2013. ISSN 2175-5841. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/5904>. Acesso em: 24 Out. 2013. 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