exame geral integrado 2015-2 6º período

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Curso de Medicina UNIFENAS-BH Campus Belo Horizonte – Unidade Itapoã
EXAME GERAL INTEGRADO 2015-2
6º PERÍODO
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1.
ESTA AVALIAÇÃO CONSTA DE 40 QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA, COM
APENAS UMA ALTERNATIVA CORRETA.
2.
NÃO É PERMITIDO PORTAR RELÓGIOS, TELEFONE CELULAR,TABLETS OU
OUTRO APARELHO DE COMUNICAÇÃO DURANTE A AVALIAÇÃO.
3.
NÃO É PERMITIDO AUSENTAR-SE DO LOCAL DA AVALIAÇÃO DURANTE A
REALIZAÇÃO DA MESMA.
4.
NÃO É PERMITIDO EMPRÉSTIMO DE MATERIAL. A COLA, OU SUA TENTATIVA,
IMPLICARÁ NOTA ZERO NESTE EXAME.
5.
A INTERPRETAÇÃO DAS QUESTÕES FAZ PARTE DA AVALIAÇÃO, PORTANTO O
PROFESSOR
NÃO
ATENDERÁ
A
CHAMADOS
INDIVIDUAIS
PARA
ESCLARECIMENTOS.
6.
MARQUE SUAS RESPOSTAS NO CARTÃO DE RESPOSTA DE LEITURA ÓTICA.
SERÃO CONSIDERADAS SOMENTE AS RESPOSTAS MARCADAS NESTE CARTÃO
DE RESPOSTA E NELE NÃO SÃO PERMITIDAS RASURAS. SIGA AS INSTRUÇÕES
DE MARCAÇÃO DA RESPOSTA NESTE CARTÃO. ASSINE ESTE CARTÃO.
7.
UTILIZE A ÚLTIMA FOLHA DA PROVA PARA TRANSCREVER AS SUAS
RESPOSTAS, SE QUISER LEVÁ-LAS COM VOCÊ. ATENÇÃO: ESSA FOLHA NÃO
DEVERÁ SER DESTACADA DA PROVA DURANTE SUA REALIZAÇÃO. AO
ENTREGAR A PROVA AO TUTOR QUE A APLICA, DESTAQUE ESSA FOLHA NA
PRESENÇA DELE.
8.
ASSINE TODAS AS FOLHAS DA PROVA E NÃO DESTAQUE NENHUMA.
9.
VOCÊ TERÁ 2H PARA FAZER ESTA PROVA.
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ESTA PROVA SERÁ PUBLICADA NO TIU WEB, COM O SEU GABARITO, APÓS
SEU HORÁRIO DE TÉRMINO.
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ESTRUTURA EGIT 2015.2 – 6º PERIODO
Gabarito:
QUESTÃO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
NEFRO
URO
GT
PL
INFECTO
ONCO
HEMATO
PEDIATRICAS
PE
GT
TH
SEM
NU
GT
GT
GT
PL
PL
GT
GT
AMB
SEM
TH
PED
TH
SEM
GT
PL
PL
GT
AMB
GT
AMB
PL
INF
GT
GT
SEM
GT
OH
PL
AMB
TH
PL
GT
GT
SEM
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Para responder as questões de número 1 a 5, leia o caso abaixo:
Elza é uma mulher de 67 anos, portadora de doença de Chagas e doença renal crônica, devido à nefroesclerose
hipertensiva, realizando hemodiálise. Foi admitida na unidade de pronto-atendimento com quadro de febre e
fadiga por cerca de duas semanas. Negava sintomas respiratórios, urinários ou gastrointestinais. À admissão,
o
apresentava-se febril (Tax 40 C), FC: 108 bpm, PA: 140x82 mmHg. Apresentava sopro proto-mesossistólico 2+/4+
em ápice, irradiando para a região axilar esquerda. Abdome sem visceromegalias. Hemograma: Hemoglobina =
8,0 g/dL; Hematócrito= 28%; Leucograma mostrava contagem de leucócitos de 15.600 com 94% de segmentados.
Hemocultura revelou crescimento de S. aureus sensível a oxacilina em duas amostras. Ecocardiograma identificou
vegetação no folheto mitral posterior. A paciente fazia uso de eritropoetina humana recombinante, reposição
endovenosa de ferro com sacarato de ferro III e calcitriol via oral, diariamente.
Questão 1
Elza apresenta complicações em decorrência da redução significativa da taxa de filtração glomerular. Em relação
a estas alterações, assinale a alternativa que contém informações corretas.
a) A reposição de ferro nesta paciente deveria ser feita, preferencialmente, por via oral pela sua maior
absorção pelo trato gastrointestinal, devido à presença da hepcidina.
b) A necessidade de reposição de calcitriol ocorre devido à baixa ativação da vitamina D pela exposição
solar reduzida em pacientes como Elza.
c) As alterações observadas em pacientes como Elza podem ser explicadas, em parte, pelo acúmulo de
toxinas urêmicas decorrente da redução de sua taxa de filtração glomerular.
d) O uso de eritropoietina humana estará indicado a Elza se ela apresentar alterações na medula óssea,
como, por exemplo, fibrose da medula óssea, devido ao hiperparatireoidismo secundário à doença renal.
Justificativa:
Com a redução da capacidade filtrativa renal (redução da taxa de filtração glomerular), ocorre acúmulo de toxinas
urêmicas, dentre elas, a ureia; e a este quadro denominamos síndrome urêmica. A anemia se explica por vários
fatores: redução da biodisponibilidade do ferro no trato gastrointestinal devido à presença de hepcidina, sendo,
desta forma, indicado, nestes pacientes, o uso de apresentação venosa para reposição de ferro. Ocorre também
redução da meia vida das hemácias e redução da produção da eritropoietina pelo rim. A eritropoietina necessita
de estoque de ferro adequado e medula óssea devidamente funcionante. O hiperparatireoidismo secundário à
DRC pode levar à fibrose de medula óssea, levando ao agravamento da anemia e sendo causa da
irresponsividade desta à reposição de ferro e eritropoietina. O hiperparatireoidismo 2ª à DRC ocorre, inicialmente,
devido redução da ativação renal da vitamina D em calcitriol e este deixa de modular negativamente a paratireóide
na produção de PTH e também reduz a absorção de cálcio para trato gastrointestinal. Com cálcio sérico em menor
concentração ocorre também maior estimulo na produção de PTH. O PTH atua sobre o osso aumentando o
turnover ósseo e consequente desmineralização, levando a fraturas e podendo interferir na produção eritrocitária.
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Questão 2
A paciente Elza é portadora de doença renal crônica, que se apresenta, do ponto de vista histológico, como uma
glomerulonefrite crônica. Assinale a alternativa que contém, correta e respectivamente, as alterações renais
macroscópicas e histológicas mais esperadas e predominantes neste tipo de glomerulopatia.
a) Rins reduzidos de volume e peso; hipercelularidade dos glomérulos, com proliferação de células
endoteliais, mesangiais, podócitos e células inflamatórias.
b) Superfície externa renal de aspecto liso; fusão dos pés dos podócitos.
c) Adelgaçamento do córtex renal; fibrose glomerular.
d) Cápsula renal que se descola com facilidade; predomínio dos crescentes glomerulares.
Justificativa:
Na glomerulonefrite crônica, os rins mostram-se reduzidos de volume e peso. A consistência é firme e a superfície
externa apresenta granulações de coloração e tamanhos variáveis, geralmente grosseiras e irregulares. A cortical
é irregularmente adelgaçada e a junção corticomedular torna-se apagada; a cápsula descola-se com dificuldade
(diante destas informações, as alternativas b e d estão erradas). A alteração fundamental desta glomerulopatia é a
fibrose glomerular (a alternativa c é a correta e deve ser assinalada). A hipercelularidade glomerular é
característica da glomerulonefrite difusa aguda (alternativa a errada); a fusão dos pés dos podócitos ocorre na
doença por lesão mínima e não é possível reconhecê-la na microscopia óptica (alternativa b errada); o predomínio
de crescentes glomerulares ocorre na glomerulonefritecrescêntica (alternativa d errada). Bogliolo, oitava ed.,
capítulo 15, páginas 541, 542, 543, 546, 556 e 557.
Questão 3
Sobre a doença que explica os achados de febre, sopro sistólico, vegetação em folheto mitral e o resultado da
hemocultura de Elza, assinale a alternativa que contém informações corretas.
a) A bactéria encontrada na hemocultura é considerada um microrganismo típico causador dessa doença.
b) O resultado do leucograma é considerado um critério maior de Duke para essa doença.
c) As alterações encontradas no ecocardiograma demonstram a ocorrência de fenômenos imunológicos com
deposição de imunocomplexos nessa doença.
d) O sopro encontrado é compatível com estenose mitral e constitui um sinal menor de Duke para essa
doença.
Justificativa:
O leucograma não constitui um critério de DUKE. A vegetação encontrada no ecocardiograma representa um
coágulo de plaquetas e fibrina infectado e não é consequência da deposição de imunocomplexos. O sopro é
compatível com insuficiência mitral (e não estenose) e não constitui sinal menor de DUKE.
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Questão 4
Observe a figura a seguir.
Na Doença de Chagas, apresentada por Elza, pode haver lesão das vias de condução do impulso elétrico do
coração, causando um bloqueio átrio ventricular, como apresentado na figura. Assinale a alternativa que NÃO
apresenta uma característica do bloqueio representado na figura acima.
a) Frequência ventricular regular (bradicardia).
b) Ondas P e complexos ventriculares com ritmos diferentes.
c) Frequência atrial regular.
d) Ondas P relacionadas a complexos QRS.
Justificativa:
No bloqueio átrio ventricular completo da Doença de Chagas, os átrios têm frequência que obedecem aos
estímulos elétricos do nó sinuatrial, que são regulares, e os ventrículos desenvolvem um marca-passo ectópico,
que tem uma frequência diferente, bradicárdica, REGULAR e independente da frequência atrial. Portanto, com
este bloqueio, no ECG, as ondas P não estão relacionadas a complexos QRS.
Questão 5
Para o tratamento de Elza, foi utilizada a oxacilina, que é um antibiótico da classe das penicilinas. Assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, um potencial mecanismo de resistência a este antibiótico:
a) Mutação da DNA girase, interferindo com a replicação bacteriana.
b) Mutação da fração ribossomal 50s, inibindo a síntese proteica.
c) Mutação da fração ribossomal 30s, destruindo a membrana celular bacteriana.
d) Mutação em enzimas responsáveis pela síntese da parede bacteriana.
Justificativa:
As penicilinas atuam inibindo a síntese da parede bacteriana por meio da ligação às enzimas denominadas PBP
(penicillinbindingproteins). A mutação, nestas enzimas, resulta em resistência a esta classe de antibióticos.
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Questão 6
Leia a reportagem abaixo e, a seguir, responda a questão.
Fonte: www.uai.com.br
“Doença renal crônica ameaça 15 milhões de brasileiros e poderá ser uma
das principais epidemias do século.
Publicação: 24/09/2014 15:00 Atualização:24/09/2014 10:34
Entre os 7 milhões a 10 milhões de diabéticos brasileiros, um terço deverá apresentar perda progressiva da
função renal, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). “Um em cada seis hipertensos
também podem apresentar a evolução deste quadro. Hoje são 30 milhões no Brasil”, estima o presidente da SBN,
Daniel Rinaldi dos Santos. Há que se considerar ainda a obesidade, o histórico familiar – não apenas de doença
renal como também de diabetes e hipertensão –, tabagismo, consumo de anti-inflamatórios não hormonais, dieta
rica em proteína animal e sal e até o envelhecimento como agravantes para uma possível disfunção dos rins.”
A reportagem descreve diversas doenças de base que podem evoluir para doença renal crônica. Para avaliação
prospectiva de acompanhamento e observação da ocorrência da doença renal crônica ao longo do tempo e para
comparação entre os pacientes com diversas causas, assinale a alternativa que apresenta o delineamento mais
adequado para esse estudo.
a) Transversal
b) Caso-Controle
c) Coorte
d) Ensaio clínico
Justificativa:
Um estudo prospectivo, observacional, que avalia a ocorrência de um evento ao longo do tempo é um estudo de
coorte
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CASO 2
Leia o caso apresentado abaixo e responda as questões de número 7 a 11:
(ADAPTADO DO ENADE 2010)
Ana Maria, 15 anos, moradora da zona rural de Itabirito, renda familiar de dois salários mínimos, chega ao
ambulatório de urologia do CEASC para avaliação de infecção urinária, recorrente há alguns anos, cerca de 5
episódios/ano, alguns sugestivos de cistite e outros característicos de pielonefrite. Refere que, esporadicamente,
apresenta episódios de diarreia e diz que não houve perda ou ganho excessivo de peso. Menarca aos 13 anos e
vida sexual ativa, há um ano, com ciclo menstrual irregular, às vezes com fluxo mais abundante. A mãe relata que
a filha está mais desanimada e houve queda no rendimento escolar. Mora em uma fazenda, onde seu pai trabalha
como administrador. Anda descalça e ajuda na lavoura. A alimentação da família é composta principalmente de
arroz, feijão, farinha e carnes além de leite, que todos consomem com fartura. Não tem hábito de comer hortaliças.
Ela substitui a carne por ovos ou por queijo frito, com muita frequência. No momento da consulta, não tinha
sintomas urinários.
Ao exame físico, apresentava palidez cutâneo-mucosa (++/++++), estava hidratada, anictérica, sem
adenomegalias. AR: murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios, FR: 18 irpm. ACV: bulhas
normorrítmicas, FC: 80 bpm, pulsos amplos, rítmicos. AD: abdômen plano, indolor, sem massas, sem
visceromegalias. AGU: PPL ausente.
Exames solicitados mostram:
Hemograma:
GL=6.000/mm³ com B1%; S45%; E10%; L40%; M4%
Hm=4.000.000/mm³; Hb=8,7 g;dl; Ht=30%; VCM=75fl; CHCM=29%; RDW=15%
Plaquetas=460.000/mm³
(vide valores de referência no anexo 1)
Cinética do ferro: em andamento
Questão 7
Considere o caso de Ana Maria descrito acima e assinale a alternativa que contém conclusões INCORRETAS:
a) O achado mais comum no gram de gota de urina de Ana Maria, na vigência de infecção urinária, são
bastonetes gram negativos.
b) Ana deve ser submetida à antibioticoprofilaxia, em doses baixas, assim que obtiver urocultura negativa.
c) A via de acometimento mais frequente da pielonefrite aguda na infecção recorrente, como no caso de Ana
Maria, é a hematogênica.
d) As fimbrias do tipo I, observadas em algumas bactérias, são mais frequentemente relacionadas à cistite
aguda, o que pode ser o caso de Ana Maria.
Justificativa:
A maioria das infecções urinárias é provocada por bastonetes gram negativos como E.coli. Nas infecções urinárias
recorrentes, deve-se instituir a antibioticoprofilaxia, sempre com cultura negativa, pois nesse caso a dose é
terapêutica. A via de acometimento mais comum na infecção urinária, cistite ou pielonefrite, é a via ascendente. As
fímbrias tipo I são associadas a cistites, enquanto as do tipo II são associadas à pielonefrite.
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Questão 8
Ana Maria foi submetida à ultrassonografia que mostrou cálculo coraliforme, ocupando pelve renal e cálice inferior
do rim direito, cerca de 5 cm de diâmetro, com parênquima renal preservado. Levando-se em consideração esse
achado, assinale a alternativa que contém informação INCORRETA.
a) Casos como o de Ana Maria podem estar associados a bactérias produtoras de urease, sendo Proteus
mirabilis a mais comum.
b) Devido ao tamanho do cálculo encontrado nessa paciente, a melhor alternativa de tratamento é a
litotripsia extracorpórea (LECO).
c) Qualquer procedimento indicado para tratamento dessa paciente deve ser feito com urocultura negativa.
d) A cintilografia renal estática não é necessária no caso de Ana Maria.
Justificativa:
Proteus mirabilis é a bactéria mais comum nesses casos que envolvem ITU recorrente e cálculos coraliformes. O
tratamento com LECO não está bem indicado nesse caso pelo tamanho do cálculo, necessitando muitas
aplicações para alguma efetividade. Os tratamentos invasivos devem ser realizados sempre que possível com
urina estéril. O parênquima de Ana está preservado ao US, com isso, não há indicação para cintilografia renal
estática.
Questão 9
No caso de Ana Maria, as causas que, corretamente, podem ter favorecido a ocorrência de sua anemia são
a) o baixo peso ao nascer e a doença hemolítica.
b) a quadro carencial e as perdas sanguíneas.
c) a doença hemolítica e as perdas sanguíneas.
d) a prematuridade e o quadro carencial.
Justificativa:
Como se trata de adolescente com história de baixo nível sócio econômico, consideramos como causa o quadro
carencial (por deficiência de aporte, além da demanda aumentada nessa faixa etária), além da perda (por
considerar período menstrual e a parasitose intestinal). Não há na história referência a prematuridade, a baixo
peso ao nascer e a doença hemolítica.
Questão 10
Analise as opções abaixo e marque aquela que traz, corretamente, as alterações laboratoriais que se deveriam
encontrar para a anemia apresentada por Ana Maria, considerando sua causa mais provável.
a) Ferro diminuído, CTLF diminuída, IST <20%, ferritina normal e hemácias em gota à hematoscopia.
b) Ferro normal, CTLF normal, IST >20%, ferritina normal ou aumentada e hemácias em gota à
hematoscopia.
c) Ferro diminuído, CTLF aumentada, IST < 10%, ferritina diminuída e hemácias ovalocíticas à
hematoscopia.
d) Ferro diminuído, CTLF diminuída, IST <20%, ferritina normal ou aumentada e hemácias ovalocíticas à
hematoscopia
Justificativa:
A cinética do ferro é a principal ferramenta para diferenciação das anemias microcíticas e hipocrômicas,
principalmente entre a anemia ferropriva e a anemia de doença crônica. Nessa última, podemos encontrar
microcitose em 1/3 dos casos associada à CTLF diminuída, IST discretamente diminuído, mas nunca inferior a 10
e ferritina normal ou aumentada por se tratar de processo inflamatório próprio de infecções, doenças autoimunes,
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neoplasias malignas e que podem levar a anemia de doença crônica. Já na anemia ferropriva, que é a hipótese da
paciente em questão, o IST é inferior a 10, acompanhado de ferro diminuído e CTLF aumentada. Já a ferritina
pode estar normal, diminuída ou aumentada por ser proteína de fase aguda de inflamação. Quanto à
hematoscopia, os ovalócitos são a alteração de poiquilocitose mais frequentemente observada na anemia
ferropriva.
Questão 11
Considerando-se sintomas, sinais laboratoriais e fatores de risco, apresentados no caso de Ana Maria, assinale a
alternativa que contém os parasitos que, provavelmente, essa paciente poderia adquirir.
a) Enterobius vermicularis e Giardia lamblia
b) Ancilostomídeo e Enterobius vermicularis
c) Ancilostomídeo e Strongyloides stercoralis
d) Ascaris lumbricoides e Entamoeba histolytica
Justificativa:
Considerando o fato de Ana Maria andar descalça, de ela estar apresentando diarreia esporádica e de sua anemia
ferropriva, os dois parasitos que têm contaminação por passagem de larva pela pele e podem provocar anemia
ferropriva são: Ancilostomideo e Strongyloides.
CASO 3
Para responder as questões de número 12 a 16, leia o caso abaixo:
Cristina, uma criança de 6 anos de idade que tem diagnóstico de anemia falciforme (hemoglobinopatia SS) e que
faz controle com a equipe do Hemominas, foi levada à Unidade de Pronto Atendimento pela mãe, devido a quadro
de febre persistente (de até 39C), de inicio há 3 dias. Ao exame físico, encontra-se letárgica, com alteração do
sensório e com presença dos sinais Kernig e Brudzinsk. Como propedêutica, foi realizado punção lombar para
avaliação de líquor-rotina, pesquisa de antígenos e cultura, além de hemograma, proteína C reativa e
hemocultura.
Questão 12
Ao analisar o resultado do líquor-rotina de Cristina, você observa:
3
celularidade: 250 cels/mm ; 90% polimorfonucleares; proteínas 500mg/dl; glicose 10mg/dl (glicemia 120 mg/dl).
Considerando o quadro clínico acima descrito e associado a esse resultado, assinale alternativa que apresenta,
corretamente, o provável diagnóstico dessa paciente.
a) Meningite bacteriana.
b) Meningite viral.
c) Encefalite herpética.
d) Doença priônica.
Justificativa:
Cristina apresenta líquor com aumento importante da celularidade, com predomínio de polimorfonucleares, além
de aumento importante de proteínas, com baixa de glicorraquia que, associado ao quadro clínico, indicam se tratar
de uma meningite bacteriana. Nas meningites virais há pouco aumento de celularidade e de proteínas, sem
diminuição de glicose, sendo que na encefalite herpética ainda pode haver precença de hemáceas. Na doença
prionica há presença de proteína específica e o diagnóstico é feito com teste moleculares.
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Questão 13
No caso de Cristina, são fatores relacionados ao aumento do risco de contrair infecções, EXCETO:
a) A asplenia functional de pacientes portadores de anemia falciforme.
b) Defeitos na opsonização e nas vias do complemento.
c) Defeitos na síntese de imunoglobulinas.
d) A presença de multiplas lesões orgânicas causadas pelas crises de vaso-oclusão.
Justificativa:
Pacientes portadores de anemia falciforme, devido ao processo de vaso-oclusão e lesão frequente do endotélio,
apresentam lesões orgânicas múltiplas, que predispõem a infecções, processo de vaso-oclusão acentuado no
baço, o que faz com que, na idade de Cristina, o baço já está fibrosado, levando a quadro de asplenia funcional;
também se descrevemo defeitos nas vias do complemento e na opsonização. Não há descrição de defeitos na
síntese de imunoglobulinas, mesmo com a autoesplenectomia, pois são também sintetizadas nos linfonodos.
Questão 14
Após atendimento e prescrição adequados, você continua a anamnese de Cristina fazendo perguntas à mãe sobre
a vacinação da sua filha. Então, a mãe lhe apresenta o seguinte cartão da criança:
Idade
BCG
Hepatite
B
Ao
nascer
X
X
2m
3m
4m
5m
6m
9m
12 m
15 m
4a
Penta
VIP/VOP
Pneumo
10v
Rotavirus
Meningococo
C
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
FebreAmarela
Hepatite
A
Triplice
viral
X
X
Tetra
viral
HPV
X
X
X
X
Assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, o status vacinal de Cristina, de acordo com as
recomendações do Ministério da Saúde.
a) A criança apresenta vacinação em dia.
b) A criança apresenta vacinação anti-HPV atrasada.
c) A criança apresenta vacinação antimeningocócia e a antipneumocócica atrasadas.
d) A criança apresenta vacinação anti-varicela atrasada.
Justificativa:
De acordo com o Ministério da Saúde, a criança deveria ter recebido a 3ª dose de antipneumocócia aos 6 meses,
reforço aos 12 meses e aos 2 anos e a dose da vacina antimeningocócia aos 5 meses e reforço aos 15 meses.
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Questão 15
Após 24 horas de internação, Cristina evoluiu com quadro de choque séptico e sinais de lesão renal aguda,
apesar do tratamento adequado, com reparação de volume, suporte hemodinâmico e antimicrobianos. Evoluiu
com redução do débito urinário e, nos exames, foi identificada acidose metabólica com anion gap aumentado. No
exame de urina, foram vistos vários cilindros epiteliais e granulosos grossos, com FENA > 1% e densidade urinária
de 1010.
Em relação ao quadro atual de Cristina, podemos afirmar, corretamente, que
a) se trata de lesão renal pré-renal, devido à baixa perfusão dessa paciente.
b) é a necrose tubular aguda o provável diagnóstico devido o quadro de sepse dessa paciente.
c) está indicado uso de bicarbonato de sódio endovenoso para tratamento da acidose metabólica de Cristina.
d) é mais provável, baseado no exame de urina dessa paciente, que haja lesão glomerular.
Justificativa:
A lesão renal aguda pode ser pré-renal, renal e pós-renal, sendo que a lesão pré-renal ocorre nos pacientes com
baixo débito e o exame de urina tem, como características, presença de cilindros apenas hialinos ou ausência dos
mesmos, fração de excreção de sódio (FENA) < 1% e densidade urinária > 1015. Na lesão renal (intrínseca),
sendo que 90% dos casos são devido à necrose tubular aguda e à sepse – sua principal etiologia –, os túbulos em
sofrimento não conseguem manter seu poder de concentração urinária e a densidade urinária < 1015 com FENA >
1%. A sepse urinária não necessita de situações de baixo débito para provocar lesão renal aguda; isto ocorre por
citocinas (DAMPS, PUMPS) geradas pela infecção bacteriana. Dentre outras causas de lesão renal intrínseca,
temos as glomerulopatias rapidamente progressivas, mas como teríamos lesão glomerular, o achado de hematúria
e o de proteinúria seriam necessários para suspeição. Devido à lesão renal aguda, ocorre a redução da
eliminação e ácido fixo, e estes podem, inclusive, aumentar, na paciente, devido a metabolismo anaeróbio celular,
a e produção de ácido láctico. Esta característica leva à acidose metabólica com anion gap aumentado. Também,
o cálculo do anion gap é essencial para a definição de causa e para a proposição de tratamento, não sendo, desta
forma, resolvido com uso de bicarbonato e sim com retirada dos ácidos fixos por método dialítico.
Questão 16
O hemograma e a contagem de reticulócitos, da paciente Cristina, colhidos à admissão, mostravam os seguintes
resultados:
Hm=2.020.000/mm³; Hb=7,3g/dl; Ht=19,3%; VCM=96fl; HCM=36pg; CHCM=37,8%
GL=19.350/mm³ com B7% S51% L31% M11%
Plaquetas=543.000/mm³
Reticulócitos=13%
Baseado nas informações desses exames, é INCORRETO afirmar que
a) a elevação do número de plaquetas pode ser secundaria à autoesplenectomia.
b) a leucocitose pode ocorrer na anemia falciforme, mesmo em pacientes não infectados.
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c) o valor da hemoglobina já determina a indicação de transfusão de concentrado hemácias,
independentemente de suas condições clínicas.
d) a reticulocitose reflete a hiperplasia da medula óssea aliada à hemolise crônica de paciente portadores de
anemia falciforme.
Justificativa:
A plaquetose ou trombocitose na anemia falciforme é secundária à falta de função do baço, ao processo
inflamatório crônico e à hiperplasia medular; a leucocitose discreta ocorre frequentemente no paciente falcêmico,
devido à hiperplasia medular e ao processo inflamatório crônico e pode não indicar processo infeccioso agudo; as
transfusões de hemácias dependem das condições clínicas do paciente e não apenas do valor isolado da
hemoglobina, principalmente em pacientes portadores de anemia crônica e a medula óssea estimulada pela
hemólise crônica torna-se hiperplásica e é a responsável pela reticulocitose.
Questão 17
Após seu plantão, você estuda sobre o caso atendido e avalia o Informe Epidemiológico do Estado de Minas
Gerais de 2014.
Assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, a interpretação das variáveis apresentadas.
a) A classificação etiológica de meningites está apresentada como variável categórica e a maior frequência
de meningites bacterianas definidas é de etiologia meningocócica.
b) A classificação etiológica de meningites está apresentada como variável categórica e a maior frequência
de meningites bacterianas definidas é de etiologia pneumocócica.
c) A classificação etiológica de meningites está apresentada como variável quantitativa e a maior frequência
de meningites bacterianas definidas é de etiologia por H. influenza.
d) A classificação etiológica de meningites está apresentada como variável quantitativa e a maior frequência
de meningites bacterianas definidas é de etiologia pneumocócica.
Justificativa:
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As informações se encontram em variáveis categóricas e não quantitativas e a maior frequência de etiologia das
meningites bacterianas é observada para o meningococo.
CASO 4
Para responder as questões de número 18 a 23, leia o caso abaixo:
Rafael é um adolescente portador de DM tipo I, que vem apresentando, há 2 semanas, quadro de emagrecimento,
poliúria, polidpsia e polifagia. Sua mãe informou que ele vinha se queixando também de disúria e polaciúria, além
de febre (até 38C), intermitente, há alguns dias, e do aparecimento de algumas lesões na pele. Não aceita
ingestão oral desde o dia anterior. Ele chega, à Unidade de Pronto Atendimento letárgico, com respiração de
Kussmaul, hálito cetônico e instabilidade hemodinâmica e com lesões de pele.
Questão 18
As lesões de pele apresentadas por Rafael eram pápulo-eritematosas, com pústulas e crostas, de bordas
irregulares e com distribuição irregular em face e membros inferiores. O aspecto dessas lesões corresponde,
corretamente, com o diagnóstico de
a) dermatite seborreica.
b) impetigo.
c) larva migans.
d) miliária.
Justificativa:
A descrição é compatível com impetigo. A dermatite seborreica apresenta lesões eritematosas, descamativas, em
placas gordurosas. A larva migrans apresenta-se em lesão eritemato-papulares, serpiginosa. A miliária apresentase em lesões papulares, vesiculares-peroladas.
Questão 19
Considerando a Assistência Integral a Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), na avaliação clínica de Rafael,
você o considera com sinais de perigo. Assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, esses sinais.
a) Febre e emagrecimento.
b) Febre e letargia.
c) Infecção associada e poliúria.
d) Letargia e não ingestão por via oral.
Justificativa:
Segundo o AIDPI, os sinais de perigo são letargia, não ingesta por via oral, convulsões e petéquias.
Questão 20
Devido às manifestações associadas ao trato urinário, você suspeita da presença de infecção do trato urinário,
associada ao quadro clínico apresentado por Rafael. Essa associação está correta porque a infecção urinária e
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a) as lesões de pele apenas indicam gravidade desse quadro e são responsáveis por levar à instabilidade
hemodinâmica.
b) as lesões de pele aumentam a demanda metabólica de Rafael, levando a polifagia e ao emagrecimento.
c) a infecção de pele leva a cicatrizes renais e, portanto, à insuficiência renal aguda que Rafael apresenta.
d) as lesões de pele podem ter sido o gatilho para a descompensação da doença de base de Rafael, levando
ao seu quadro clínico atual.
Justificativa:
A infecção urinária e lesão de pele não estão necessariamente associadas à gravidade do quadro de Rafael. A
demanda metabólica, com polifagia e emagrecimento, é decorrente do diabetes mellitus descompensado. A
infecção urinária não leva necessariamente a cicatrizes renais e o impetigo pode levar à lesão apenas
indiretamente, por produção de imunocomplexos associados a quadro de glomerulonefrite difusa aguda.
Questão 21
Devido ao quadro de instabilidade hemodinâmica, foi colocada, em Rafael, sonda vesical de demora.
Posteriormente, foi solicitada urocultura. A amostra de urina foi coletada pela enfermeira supervisora do setor e
encaminhada ao laboratório para análise. Após 24 horas do plantio primário, a urocultura mostrou o crescimento
de 3 microrganismos, sendo um deles uma levedura branca de aspecto cremoso e dois BGN, corados pelo
método de Gram.
Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais adequada em relação à urocultura desse adolescente.
a) Deve-se repetir a coleta de urina e apenas considerar o resultado da segunda amostra, pois se trata, com
certeza, de contaminação na primeira coleta.
b) Deve-se considerar urocultura polimicrobiana e proceder à realização do antibiograma dos
microrganismos bacterianos e identificação fenotípica da levedura.
c) Deve-se considerar apenas a levedura, identificá-la e desprezar os microrganismos bacterianos.
d) Deve-se repetir a coleta de urina e, se houver o isolamento dos mesmos microrganismos, liberar resultado
confirmado em duas amostras distintas.
Justificativa:
Paciente diabético e sondado tem predisposição para ter infecção urinaria polimicrobiana, inclusive com agente
leveduriforme. Quando o paciente está cateterizado, a coleta é feita por pessoal qualificado (enfermagem) o que
pressupõe assepsia adequada, garantindo a qualidade dessa amostra.
Questão 22
Para identificar a levedura branca e cremosa, vista na urocultura de Rafael, realiza-se uma técnica chamada de
a) antibiograma.
b) microcultivo.
c) plantio primário em ágar sabouraud.
d) tubo germinativo.
Justificativa:
Leveduras brancas e cremosas são do gênero Candida; e uma das espécies mais prevalentes é a albicans, que
pode ser identificada com um exame extremamente barato que é o tubo germinativo.
Questão 23
Foi realizada uma gasometria arterial de Rafael, que mostrou o seguinte resultado:
pH: 7,25 ; pCO2: 30 ; HCO3: 12 ; pO2: 90 ; BE: -22 ; Sat:95%
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(vide em anexo 2 os valores de referência)
Assinale a afirmativa que mostra a interpretação correta da gasometria de Rafael.
a) Acidose metabólica e acidose respiratória.
b) Acidose metabólica com compensação respiratória esperada.
c) Alcalose respiratória com compesanção renal esperada.
d) Alcalose respiratória com acidose metabólica.
Justificativa:
Na interpretação gasométrica, o pH sempre irá definir o distúrbio primário em questão. Se pH < 7,40, o distúrbio
primário será acidose e, se pH > 7,40, será alcalose. Porque nenhum distúrbio, através de seus mecanismos
compensatórios, hipercorrigem um distúrbio primário, isto é, leva um pH ácido (<7,40) para valores acima de 7,40
e vice-versa. Em decorrência de um distúrbio primário, mecanismos de compensação são acionados como
tampões intracelulares e extracelulares, além da compensação respiratória (eliminação de ácidos voláteis) nos
distúrbios primários metabólicos e da compensação renal (eliminação de ácidos fixos e reabsorção e geração de
NaHCO3 pelos túbulos renais) nos distúrbios primários respiratórios. Caso o achado de pCO2 (os distúrbios
primário metabólicos com compensação respiratória) for diferente do esperado da resposta fisiológica, teremos
um distúrbio associado respiratório. E, nos distúrbios primários respiratórios, o HCO3 medido como compensação
renal esperada, fisiológica, for diferente, teremos distúrbios metabólicos associados. No caso da Rafael, ele
apresenta uma acidemia (pH 7,25) devido à acidose metabólica (HCO3 12) e com resposta respiratória esperada,
pCO2 26 ( 2), não havendo um distúrbio respiratório associado. O pCO2 esperado na acidose metabólica = (1,5 x
HCO3 medido) + 8 ( 2).
CASO 5
Leia o caso abaixo e responda as questões de número 24 a 27:
Arnaldo é um paciente de 60 anos que está em controle da infecção pelo HIV, desde 2007, no CEASCUNIFENAS. À época do diagnóstico do HIV, a propedêutica inicial também apontou que o paciente apresentava
hepatite C crônica. Veio com o uso regular da terapia antirretroviral, com um bom controle. Tentou tratar a hepatite
C crônica em 2010, mas infelizmente não apresentou resposta virológica sustentada. Em junho de 2015, apesar
do bom controle do HIV, o paciente apresentou um episódio de hemorragia digestiva alta secundária a varizes de
esôfago. Ultrassom abdominal mostrava fígado com textura heterogênea, sugestiva de cirrose hepática, além de
aumento do calibre da veia porta e esplenomegalia.
Questão 24
Em relação ao tratamento do HIV e da hepatite C crônica de Arnaldo, podemos afirmar, corretamente, que
a) as medicações para o tratamento destas infecções são semelhantes, pois os agentes causadores das
duas infecções são retrovírus.
b) o tratamento do HIV deve conter sempre medicamentos que atuem em três enzimas diferentes do ciclo de
replicação viral.
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c) o tratamento do HIV deve ser oferecido apenas quando a contagem de CD4 está abaixo de 350 cels/mm
ou se o paciente está sintomático.
d) a enzima protease pode ser inibida tanto no tratamento do HIV quando no da hepatite C.
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Justificativa:
O HCV não é um retrovírus. O tratamento do HIV deve conter três medicamentos com mecanismos de ação
diferentes, mas podem atuar em uma mesma enzima (ex: transcriptase reversa). O tratamento do HIV deve ser
oferecido a todos os pacientes.
Questão 25
Em relação à hepatite C de Arnaldo, podemos afirmar corretamente que
a) este paciente não constitui uma exceção já que mais de 80% dos pacientes evolui com cirrose ao longo
da vida.
b) este paciente tem elevada chance de evoluir com hepatocarcinoma, uma vez que o virus da hepatite C se
integra ao material genético do hepatócito.
c) as novas medicações de ação direta contra o HCV possibilitam uma chance de cura neste paciente,
superior a 60%.
d) o anti-HCV tende a desaparecer em aproximadamente seis meses, caso este paciente venha a ser
curado.
Justificativa:
Apenas cerca de 20% dos infectados pelo HCV evoluem para cirrose ao longo da vida. O HCV não se integra ao
DNA do hepatócito. As novas drogas têm uma eficácia entre 70-100%. O anti-HCV geralmente não desaparece
com o tratamento por refletir a resposta imune ao vírus (contato prévio). O que desaparece é o vírus (ou seja, o
PCR-HCV se torna negativo).
Questão 26
Após o episódio de hemorragia digestiva alta de Arnaldo, foram realizados os seguintes exames:
Hemograma:
GL=3.200/mm³ com B2%; S65%. L25%, M8% / Hm=2.800.000/mm³ / Hb=8,1 g/dl, Ht=24,0% / VCM=85,0 fl /
Plaquetas=85.000/mm³
(vide valores de referência no anexo 1)
Coagulograma:
Atividade de protrombina (AP)=45%; RNI=1,80
Tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTa)= paciente 55”; controle 42”
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a interpretação dos exames descritos e a sua respectiva
causa.
a) O quadro de hiperesplenismo justifica a leucopenia à custa de linfopenia leve e a plaquetopenia moderada
e o coagulograma mostra alterações secundárias à hepatopatia crônica de Arnaldo.
b) Arnaldo apresenta leucopenia à custa de neutropenia leve, plaquetopenia grave e coagulograma normal,
devido ao quadro de hemorragia digestiva alta aguda.
c) A anemia apresentada por Arnaldo é caracteristicamente ferropriva, devido ao quadro de hemorragia
digestiva alta aguda e o coagulograma sugere alterações da fase primária da hemostasia.
d) Arnaldo tem coagulograma normal, pois a hepatite C não afeta os hepatócitos e o hemograma mostra
pancitopenia secundária ao sangramento digestivo agudo.
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Justificativa:
Arnaldo é portador de hepatopatia crônica que leva à baixa de produção dos fatores de coagulação e,
consequentemente, à alteração do coagulograma, que mostra a fase secundária da hemostasia: atividade de
protrombina + RNI e tempo de tromboplastina parcial ativado. Esses exames não estão relacionados à fase
primária da hemostasia. Além disso, Arnaldo apresenta quadro de hipertensão porta, com esplenomegalia e
hiperesplenismo, evidenciado pela leucopenia à custa de linfopenia leve e plaquetopenia moderada. A anemia é
caracteristicamente normocítica e normocrômica e sugere ser devida a hemorragia aguda / hemorragia digestiva
alta.
Questão 27
Uma das complicações da falência hepática é a
a) reduçao da contagem de plaquetas, devido a falta de compensação da medula óssea.
b) alargamento do TP e TTPa, pela falta de síntese dos fatores de coagulação.
c) alteração no exame agregação plaquetária, às hemorragias frequentes.
d) alargamento do tempo de trombina por afetar apenas a concentração de fibrinogênio.
Justificativa:
Como a maior parte dos fatores de coagulação, tanto da fase extrínseca quanto da fase intrínseca, são produzidos
no fígado, no caso de falência hepática, os exames que avaliam ambas as fases estarão alterados (alargados).
Podemos ver redução na contagem de plaquetas, mas devido a presença de hipertensão porta, com
hiperesplenismo. Não é somente a concentração de fibrinogênio que estará alterada e sim a de praticamente
todos os fatores da coagulação. A disfunção hepática não leva a alterações na agregação plaquetária.
Questão 28
Quanto à seção Resumo, de um artigo original, assinale a alternativa que contém informações INCORRETAS.
a) Deve ser estruturado sempre seguindo: Introdução, Justificativa, Métodos, Resultados, Discussão e
Conclusão.
b) Deve ser redigido de forma autoexplicativa e responder o objetivo do trabalho no item Conclusão, quando
aplicável.
c) Por definição, é uma versão condensada da investigação científica, com o objetivo de apresentar uma
visão geral do trabalho.
d) Pode ser informativo, como é utilizado em artigo original e revisão sistemática, ou pode ser indicativo, que
apresenta o tema em revisões ou artigos de opinião.
Justificativa:
O resumo pode ser estruturado ou não estruturado e os itens em um artigo estruturado podem variar de acordo
com o periódico e não necessariamente ter todos os itens apresentados.
CASO 6
Leia o caso abaixo e responda as questões de número 29 a 32:
Vítor, 28 anos, reside em um bairro da zona norte de Belo Horizonte e trabalha em um ferro velho. Após início da
temporada de chuvas, Vítor começou a apresentar quadro de febre alta, dores pelo corpo e atrás dos olhos e
manchas vermelhas pelo corpo. Após três dias, começou a sentir-se muito fraco e com prurido intenso pelo corpo.
Ficou preocupado com a possibilidade de tratar-se de dengue e, por isso, procurou a Unidade de Pronto
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Atendimento próxima a sua casa. O plantonista, ao examiná-lo, percebeu a presença de linfademomegalia cervical
anterior, retroauricular, axilar e inguinal, com linfonodos móveis, indolores, fibro-elásticos e sem sinais flogísticos,
além de leve esplenomegalia. Solicitou exames que mostraram:
Hemograma:
GL=2.800/mm³ com 760 neutrofilos; 1540 linfócitos; 400 monócitos e presença de 100 linfócitos atípicos
Hm=5.300.000/mm³; Hb=14,0g/dl; Ht=48%, VCM=90,5 fl
Plaquetas=21.000/mm³
(vide valores de referência no anexo 1)
Teste rápido para dengue: positivo
Questão 29
Em relação ao manejo clínico do quadro de dengue apresentado por Vítor, assinale a alternativa que contém
informações corretas.
a) O uso de cristaloides, como o soro fisiológico, por via endovenosa, é a base do tratamento inicial de
pacientes com formas graves, incluindo o choque.
b) No hemograma, a leucometria é o indicador mais importante de gravidade da doença e que deve ser
acompanhada diariamente nas formas graves.
c) A transfusão de plaquetas está indicada sempre que houver plaquetopenia, independentemente da
presença de sangramento.
d) A sensibilidade do teste rápido para detecção do antígeno viral NS1 é maior a partir do quinto dia de
doença.
Justificativa:
O indicador mais importante do hemograma é o hematócrito (e também a contagem de plaquetas). As plaquetas
devem ser utilizadas na dengue apenas em caso de sangramento ativo. O teste rápido NS1 é mais sensível nos
primeiros dias de doenças (até o 4º dia) quando a viremia é mais expressiva.
Questão 30
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os exames indicados
linfadenomegalias com características semelhantes à apresentada por Vítor.
a) Biópsia incisional de linfonodo.
b) Tomografia computadorizada de tórax, mediastino, abdome e pelve.
c) Exames de BAAR no escarro e teste cutâneo para tuberculina (PPD).
d) Sorologias para HIV, hepatites B e C, Epstein Barr e citomegalovírus.
para
propedêutica
de
Justificativa:
Vítor apresenta linfadenomegalia com linfonodos móveis, indolores, fibro-elásticos e sem sinais flogísticos, típica
de hiperplasia reacional, quadro benigno. Nesse caso, não há indicação de biópsia de linfonodo e nem de exames
de imagem como tomografia, utilizados quando a suspeita é de malignidade. Exames de escarro e PPD são
utilizados quando há suspeita de tuberculose, infecção essa que não dá linfadenomegalia com as características
descritas acima. Na TBC, os linfonodos são coalescentes e aderidos a planos profundos.
Questão 31
Na avaliação do exantema apresentado por Vítor, você observou áreas extensas de vermelhidão, sem solução de
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continuidade, que poupavam a região perioral e com aspecto de lixa. Assinale a afirmativa que apresenta,
corretamente, a classificação desse exantema.
a) Exantema escartaliniforme
b) Exantema mobiliforme
c) Exantema rubeoliforme
d) Exantema urticariforme
Justificativa:
As características apresentadas são de exantema escarlatiniforme. Os outros não apresentam áreas extensas de
vermelhidão, sem solução de continuidade ou aspecto de lixa.
Questão 32
Com relação ao hemograma de Vitor, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o mecanismo
fisiopatológico responsável pelo surgimento da neutropenia.
a) Destruição autoimune por reação cruzada à resposta imunológica à infecção viral da dengue.
b) Aumento da destruição dos leucócitos associada à esplenomegalia e consequente hiperesplenismo.
c) Aumento de consumo periférico de neutrófilos associado à baixa produção da medula óssea devido a
infecção viral.
d) Não há neutropenia real e sim uma pseudoneutropenia devido ao recrutamento de neutrófilos para pool
sanguíneo marginal.
Justificativa:
Na dengue, o processo inflamatório faz com que haja recrutamento agudo de leucócitos para os tecidos, com uma
neutropenia real, além da dificuldade da medula óssea em compensar devido à infecção viral aguda. A
esplenomegalia se deve à hiperplasia reacional de polpa branca e não ao aumento de sequestro pela polpa
vermelha = hiperesplenismo. Não ocorre reação autoimune contra neutrófilos na dengue.
Questão 33
São características adequadas para a seção Discussão de um artigo original, EXCETO:
a) Relacionar os achados aos estudos semelhantes.
b) Repetir os resultados analisados importantes.
c) Ressaltar os maiores e novos achados.
d) Ressaltar a relevância clínica dos achados.
Justificativa:
Os resultados analisados são apresentados na seção Resultados e não devem ser repetidos na Discussão, onde
deve ser feita a interpretação, ressaltando-se os maiores e novos achados e a sua relevância clínica, além de
relacionar a estudos semelhantes.
CASO 7
Para responder as questões de número 34 a 37, leia o caso abaixo:
João, 60 anos, há alguns meses, vem se queixando de jato urinário fraco, com esforço miccional e sensação de
esvaziamento incompleto. Em relação ao trato digestivo, refere diarreia de aspecto sanguinolento, alternada com
constipação, e sensação de tenesmo retal. Realizado exame parasitológico de fezes que se mostrou positivo.
Relata já ter tido, anteriormente, vários episódios semelhantes que foram tratados com sucesso, pois
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desapareciam os sintomas.
Questão 34
Uma hipótese que você pensa para explicar, corretamente, os sintomas intestinais apresentados pelo paciente
em questão é
a) giardíase.
b) doença da tenia anã.
c) teníase.
d) esquistossomose.
Justificativa:
A esquistossomose, no Brasil, tem caráter recidivante, e os sintomas mais relatados são o que correspondem à
forma intestinal, com diarreia sanguinolenta, alternada com constipação e tenesmo.
Questão 35
Após o tratamento da parasitose intestinal, João persistia com a sintomatologia urinária. Marque abaixo a
alternativa que mostra o exame mais adequado para avaliar o funcionamento do trato urinário inferior, nesse
caso.
a) Uretrocistoscopia
b) Estudo urodinâmico
c) Uretrocistografia miccional
d) Tomografia computadorizada
Justificativa:
O melhor exame para avaliação do trato urinário inferior é o estudo urodinâmico que é capaz de distinguir
obstrução infravesical de hipocontratilidade detrusora.
Questão 36
Durante a propedêutica, notaram-se, em João, PSA=7,0 e PSA livre= 0,7 (repetido e confirmado); ao toque retal,
observou-se próstata aumentada de tamanho (2 x), fibroelástica, sem nódulos. A melhor conduta nesse caso
seria indicar
a) biópsia prostática transretal.
b) tratamento com antibiótico por 14 dias.
c) prostatectomia radical.
d) cintilografia renal dinâmica.
Justificativa:
O paciente tem indicação de biópsia devido aos valores de PSA, mesmo com toque retal sem alterações.
Questão 37
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O paciente deste caso apresenta dificuldade para urinar, queixa que pode se correlacionar com uma condição que
acomete a próstata. Considerando o quadro prostático que mais se associa a queixas urinárias, assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, o aspecto morfológico (macro ou microscópico) mais esperado para a
próstata de João.
a) Nódulo mal delimitado, brancacento, de consistência pétrea, localizado na zona de transição.
b) Nódulos de diferentes diâmetros na superfície de corte, com consistência variável de acordo com a sua
constituição histológica, e localizados na zona periférica.
c) Proliferação de pequenos ácinos que infiltram difusamente o estroma com células mostrando nucléolos
evidentes
d) Proliferação de glândulas hiperplásicas, com formas e tamanhos variados, às vezes, dilatadas
cisticamente.
Justificativa:
A condição prostática mais associada a queixas urinárias é a hiperplasia nodular da próstata, caracterizada
morfologicamente por nódulos de diferentes diâmetros na superfície de corte da próstata, com consistência
variável, de acordo com a sua constituição histológica, e localizados na zona de transição ou lobos, laterais e
médio. A descrição de nódulo mal delimitado, brancacento, de consistência pétrea, com localização na zona
periférica é a do adenocarcinoma da próstata (alternativas a e b erradas). A proliferação de pequenos ácinos que
infiltram difusamente o estroma com células mostrando nucléolos evidentes é alteração histológica do
adenocarcinoma da próstata (alternativa c errada). A hiperplasia nodular da próstata caracteriza-se pela
proliferação de glândulas hiperplásicas com formas e tamanhos variados, às vezes, dilatadas cisticamente
(exatamente como descrito na letra d, que deve ser assinalada). Bogliolo, oitava ed., capítulo 17, páginas 630, 631
e 635.
CASO 8
Para responder as questões de número 38 a 40, leia o caso abaixo.
Mauro é um paciente de 48 anos, morador da zona rural de Curvelo, que vem evoluindo com tosse seca crônica e
emagrecimento. Por ser tabagista de longa data (35 anos/maço), a suspeita inicial do médico de família da região
foi de neoplasia de pulmão.
o
Ao exame: Peso 48 kg (IMC: 17,1); hipocorado (+/4+), hidratado, anictérico, acianótico,Tax: 37,2 C; murmúrio
vesicular diminuído difusamente com roncos e sibilos esparsos bilaterais. FR: 18 irpm. FC: 88bpm. PA: 115x60
mmHg. Bulhas rítmicas e normofonéticas, sem sopros. Abdome indolor, sem visceromegalias. Presença de edema
cervicofacial e em membros superiores, mais intensos à esquerda, e de telangiectasias e circulação colateral em
regiões mamárias, supra e infraclaviculares.
Ao realizar a propedêutica, a radiografia mostrou infiltrado intersticial retículo-nodular bilateral e alargamento
mediastinal; e o exame de escarro evidenciou a presença de estruturas leveduriformes arredondadas com
brotamentos.
Questão 38
Em relação ao manejo clínico de Mauro, assinale a alternativa com conclusão correta.
a) O teste de sensibilidade do microrganismo é fundamental para a escolha do tratamento desse paciente.
b) O tratamento desse paciente deve ser prolongado, com pelo menos seis meses de duração.
c) A anfotericina B é a medicação de primeira escolha nas formas leves como esta apresentada pelo
paciente.
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d) A realização de exame sorológico é fundamental neste paciente pois é considerado o padrão-ouro para o
diagnóstico.
Justificativa:
O fungigrama não é realizado na prática clínica e o fungo é geralmente sensível às drogas de primeira linha. A
anfotericina B é a medicação de escolha apenas em formas graves. O padrão-ouro no diagnóstico da
paracoccidioidomicose é a visualização do agente etiológico (exame direto ou cultura) e não a sorologia.
Questão 39
O quadro clínico apresentado por Mauro – anamnese e exame físico –, é compatível com diagnóstico de
a) insuficiência cardíaca.
b) tumor de cabeça e pescoço.
c) pericardite aguda.
d) síndrome de compressão de veia cava superior.
Justificativa:
Mauro apresenta tosse seca, emagrecimento, roncos e sibilos pulmonares, edema cervicofacial e de membros
superiores, mais intensos à esquerda, telangiectasias e circulação colateral em regiões mamárias, supra e
infraclaviculares e RX de tórax com infiltrado intersticial retículo-nodular bilateral e alargamento mediastinal, tudo
compatível com diagnóstico de síndrome de compressão de veia cava superior.
Questão 40
O médico da família também solicitou um hemograma de Mauro, que mostrou:
Hm=3.800.000/mm³ ;Hb=10,7 g/dl; Ht=32,0; VCM=84 fl; HCM=28,0 pg ; CHCM=33,4%
GL=8.900/mm³ com B3%; S56%, L34%, M5%, E2%
Plaquetas=257.000/mm³
(Vide valores de referência no anexo 1)
Contagem de reticulócitos: 1%
Com relação ao caso descrito e ao resultado do hemograma, assinale a alternativa que mostra, corretamente, o
diagnóstico da anemia de Mauro.
a) Anemia ferropriva
b) Anemia de doença crônica
c) Anemia hemolítica
d) Anemia perniciosa
Justificativa:
Mauro apresenta quadro de anemia leve, normocítica e normocrômica, associada a quadro infeccioso crônico,
típico dos quadros de anemia de doença crônica. A anemia ferropriva é microcítica, a anemia perniciosa é
macrocítica e, nas anemias hemolíticas, temos a presença de reticulocitose.
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