GOP/024 21 a 26 de Outubro de 2001 Campinas - São Paulo - Brasil GRUPO IX ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DO NOVO SISTEMA INTEGRADO DE SUPERVISÃO E CONTROLE DE FURNAS Alberto de Oliveira Bayma Carlos Alberto Ferrara Carlos Alberto Silva Francisco Javier Illarri Sanz José Henrique Clapauch José Mauro Moraes Silva Luiz Mauro Gomes Silveira Mario Edison Mendes de Oliveira Ronaldo Leite de Almeida Pitta (*) Sergio Luiz Rohenkoln Teresa Cristina P. Nicolau FURNAS Centrais Elétricas S. A. FURNAS Centrais Elétricas S. A. RESUMO Este trabalho aborda os aspectos tecnológicos inovadores do novo Sistema Integrado de Supervisão e Controle da Operação de Sistemas Elétricos, desenvolvido por FURNAS para implantação nos seus Centros de Operação e no Centro Regional de Operação Sudeste (COSR-SE) do Operador Nacional do Sistema (ONS). O artigo descreve a arquitetura de hardware e software do sistema, e enfoca as principais características técnicas das áreas de Banco de Dados, Comunicação de Dados, Interface Homem-Máquina (IHM),e Acionamentos e Supervisão Local. As principais diferenças em relação aos demais sistemas deste tipo são realçados. PALAVRAS-CHAVE: Sistemas de Supervisão e Controle, Centros de Operação, Operação de Sistemas Elétricos, Banco de Dados, Interface Homem-Máquina. 1.1 - Estrutura operacional do sistema elétrico de FURNAS A operação do sistema elétrico de FURNAS é feita através de uma estrutura hierárquica em que o Centro de Operação do Sistema é responsável pela análise e supervisão global da operação do seu sistema elétrico e os Centros Regionais de Operação são os responsáveis pela supervisão local e pelas ordens de manobras para as usinas e subestações. Com o início da operação do ONS, este incorporou o Centro de Operação do Sistema de FURNAS, que passou a ser denominado Centro Regional de Operação Sudeste (COSR-SE). Considerando as novas responsabilidades de FURNAS quanto ao desempenho de suas instalações e equipamentos elétricos, a empresa criou um Centro de Operação da Transmissão (COT) para atuar em conjunto com seus Centros Regionais de Operação (COR), de forma a garantir o cumprimento dos contratos de prestação de serviços de transmissão e de fornecimento de energia para as empresas de energia elétrica e grandes consumidores. 1.0 - INTRODUÇÃO (*) Rua Real Grandeza, 219 Bloco E – sala 306 Botafogo Telefone: 0XX21- 5284344 Fax: 0XX21- 5285804 Rio de Janeiro CEP: 22283-900 Tanto o COT, como os 4 COR de FURNAS (Rio, Minas, Goiás e São Paulo), estão equipados com um Sistema de Supervisão e Controle (SSC). Os COR recebem as informações coletadas em tempo real por unidades terminais remotas (UTR) instaladas em cada usina e subestação de sua área de atuação. Estas informações são retransmitidas tanto para o COT quanto para o COSR-SE. A FIGURA 1 ilustra a interligação dos Centros. 1.2 - Atualização tecnológica dos Centros de Operação Os Sistemas de Supervisão e Controle de FURNAS que estão sendo substituídos foram projetados na década de 80 e entraram em operação comercial no segundo semestre de 1991. Os SSC dos COR utilizavam tecnologia distinta do SSC do Centro de Operação do Sistema de FURNAS. A decisão de desenvolver novos sistemas para seus Centros de Operação permitiu a FURNAS adotar uma única tecnologia, tanto para os COR como para o COT. Fixou-se como premissa básica que a substituição teria que ser feita sem interrupção da disponibilidade dos SSC nos Centros de Operação da empresa. Assim sendo, optou-se por uma solução que permitisse uma eficiente interligação entre os SSC novos e antigos, para garantir que na fase final de desenvolvimento e testes dos novos sistemas, estes operassem em paralelo com os antigos. Desta forma seria possível a substituição progressiva de cada um deles pelo novo SSC, sem qualquer descontinuidade operativa ou dificuldade para os operadores de sistema elétrico. O sistema que substituirá o atual COSR-SE será semelhante ao adotado para o COT, com exceção de aplicações para atender às necessidades específicas de cada centro, tais como o Controle Automático de Geração e as funções de Análise de Redes. 2.0 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO NOVO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE 2.1 - Introdução Os novos SSC tiveram sua arquitetura de hardware e software projetadas de tal forma que todas as especificações funcionais e de desempenho exigidas do SSC antigo fossem não só atendidas, como superadas pela adoção de soluções técnicas modernas, baseadas nos novos conceitos de redes de comunicação de dados, Banco de Dados relacionais, e nas facilidades de processamento gráfico disponíveis nos microcomputadores de última geração. Foi adotado o modelo cliente-servidor com hardware e sistemas operacionais distintos e mais adequados às funcionalidades de cada camada. Para os servidores, optou-se por máquinas ALPHA da COMPAQ e sistema operacional OpenVMS, por suas características já amplamente comprovadas de robustez, desempenho e adequação a sistemas de tempo real. Para os clientes, que constituem as consoles de operação, foram utilizados microcomputadores com Windows NT, por sua adequação ao desenvolvimento de interface gráfica. A seguir, são descritas as arquiteturas de hardware e de software adotadas, sendo que esta última está subdividida em quatro subsistemas: Banco de Dados, Comunicação de Dados, Acionamentos e Supervisão Local, e Interface Homem-Máquina. 2.2 - Arquitetura de Hardware Após a avaliação de diversas configurações de hardware chegou-se a uma configuração composta por servidores ALPHA e sistema operacional OpenVMS, formecidos pela COMPAQ. Estes servidores operam em “cluster”, com dois controladores de discos e um conjunto de discos magnéticos dispostos em um “disk array” configurado com espelhamento. Cada servidor ALPHA é dotado de uma placa dual de comunicação, para interligação a um anel de fibra ótica (FDDI) , operando à velocidade de 100 Mbps. Para garantir a continuidade operacional do anel de fibra ótica, foram inseridos no mesmo dois concentradores de comunicação, através dos quais são conectados microcomputadores. Cada micro é conectado por uma placa dual de comunicação aos dois concentradores, garantindo que o anel continuará operacional mesmo se os micros forem desligados. Dois hubs, conectados através de fibra ótica ao anel FDDI, são utilizados para a interligação da LAN do SSC aos demais sistemas de supervisão e controle e à rede corporativa de FURNAS. Cada hub possui: uma switch responsável pela interligação das diversas redes; um roteador de oito canais responsável pelo roteamento de mensagens através de canais de microondas usados para a comunicação entre os SSC; um servidor de terminais com 32 portas seriais RS232, usado para a interligação de cada UTR ao seu COR. Todas as redes locais usam os protocolos TCP/IP, NETBEUI, IPX e DECNET. Os roteadores usam os protocolos TCP/IP e DECNET. A duplicação dos hubs e seus componentes garante elevados índices de confiabilidade e disponibilidade para a WAN que interliga as diversas LAN dos SSC dos centros de microcomputadores e sistema operacional Windows NT. Cada micro pode ter um ou dois monitores de vídeo de 21” com resolução de 1024X768 pixels, e se conecta aos concentradores através de um cartão de interface dual de rede de fibra ótica. Clientes adicionais, fora da sala de controle, podem se conectar à rede LAN dos SSC através de cartão de interface de rede Ethernet. Clientes remotos também podem ser conectados à LAN do SSC através de um modem ligado a uma porta serial do Servidor de Terminais instalado nos hubs. O protocolo de rede empregado para a ligação de um cliente à LAN é o TCP/IP, embora também estejam disponíveis nos clientes os protocolos DECNET, NETBEUI e IPX. 2.3 - Arquitetura de Software 2.3.1 - Subsistema de Banco de Dados Ao analisar possíveis alternativas de um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) para o projeto do novo Sistema de Supervisão e Controle, optou-se pela adoção do ORACLE, um SGBD comercial de uso geral e consagrado no mercado. Esta solução, tradicionalmente considerada inviável para utilização em tempo real, revelou-se adequada para este fim nos extensivos testes de avaliação efetuados. Este SGBD mostrou-se adequado, do FIGURA 2 operação da empresa. A FIGURA 2 apresenta um esquema simplificado da configuração básica de hardware dos novos SSC de FURNAS. ponto de vista de performance e confiabilidade, para ser adotado como solução única, tanto para dados cadastrais e históricos, quanto para tempo real. As Consoles de Operação são constituídas por 2 Thank you for using Wondershare PDFelement. You can only convert up to 5 pages in the trial version. To get the full version, please purchase the prog ram here: http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=973&m=db