liberalismo x neoliberalismo x keynesiana - Docente

Propaganda
LIBERALISMO
O liberalismo clássico é uma ideologia ou corrente do pensamento político
que defende a maximização da liberdade individual mediante o exercício dos
direitos e da lei. O liberalismo defende uma sociedade caracterizada pela livre
iniciativa integrada num contexto definido. Tal contexto geralmente inclui um
sistema de governo democrático, o primado da lei, a liberdade de expressão e
a livre concorrência econômica.
O liberalismo rejeita diversos axiomas (verdades fundamentais) que dominaram
vários sistemas anteriores de governo político, tais como o direito divino dos
reis, a hereditariedade e o sistema de religião oficial. Os princípios
fundamentais do liberalismo incluem a transparência, os direitos individuais e
civis, especialmente o direito à vida, à liberdade, à propriedade, um governo
baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em
eleições livres; igualdade da lei e de direitos para todos os cidadãos.
O liberalismo social ou novo liberalismo, um desenvolvimento do liberalismo
no início do século XX, tal como outras formas de liberalismo, vê a liberdade
individual como um objetivo central. A diferença esta no que se define por
liberdade, para o liberalismo clássico, liberdade é a inexistência de compulsão
e coerção nas relações entre os indivíduos, já para o liberalismo social a falta
de oportunidades de emprego, educação, saúde, etc., podem ser tão
prejudiciais para a liberdade como a compulsão e coerção.
Derivado disto, os liberais sociais estão entre os mais fortes defensores dos
direitos humanos e das liberdades civis, embora combinando esta vertente com
o apoio a uma economia em que o Estado desempenha essencialmente um
papel de regulador e de garantidor que todos têm acesso, independentemente
da sua capacidade económica, a serviços públicos que asseguram os direitos
sociais considerados fundamentais.
A palavra social é utilizada nesta versão do liberalismo com um duplo sentido.
Um primeiro como forma de diferenciação dos grupos que defendem correntes
do liberalismo como o liberalismo clássico, o neoliberalismo e o libertarianismo.
Um segundo como forma de vincar os ideais progressistas ao nível da defesa
das liberdades individuais e em oposição às ideias defendidas pelos partidos
conservadores.
O Liberalismo Social é uma filosofia política que enfatiza a colaboração mútua
através de instituições liberais, em oposição à utilização da força para resolver
as controvérsias políticas.
Rejeitando quer a versão pura do capitalismo quer os elementos
revolucionários da escola socialista, o liberalismo social coloca a sua ênfase
nas liberdades positivas, tendo como objetivo aumentar as liberdades dos mais
pobres e desfavorecidos da sociedade.
NEOLIBERALISMO
Neoliberalismo é um termo que foi usado em duas épocas diferentes com dois
significados semelhantes, porém distintos:
Na primeira metade do século XX significou a doutrina proposta por
economistas franceses, alemães e norte-americanos voltada para a adaptação
dos princípios do liberalismo clássico às exigências de um Estado regulador e
assistencialista;
A partir da década de 1970, passou a significar a doutrina econômica que
defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal
sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda
assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é
mais usado hoje em dia. (Estado Mínimo)
Escola Keynesiana
A escola de pensamento econômico keynesiana tem suas origens no livro
escrito por John M. Keynes chamado "Teoria Geral do Emprego, Juros e
Moeda" [1]. Rapidamente muitos economistas se "converteram" à nova escola
o que foi chamado de revolução keynesiana.
A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não
é auto-regulador como pensavam os neoclássicos, uma vez que é determinado
pelo "espirito animal" dos empresários. É por esse motivo, e pela ineficiência
do sistema capitalista em empregar todos que querem trabalhar que Keynes
defende a intervenção do Estado na economia.
A Teoria Keynesiana é baseada no principio de que os consumidores alocam
as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda.
Quanto maior a renda, maior a percentagem da renda poupada. Assim se a
renda agregada aumenta, em função do aumento do emprego, a taxa de
poupança aumenta simultaneamente. E como a taxa de acumulação de capital
aumenta, a produtividade marginal do capital se reduz, e o investimento é
reduzido já que a lucratividade é proporcional a produtividade marginal do
capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento, o
que faz com que a demanda efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego
se reduza para um ponto de equilíbrio onde a poupança e os investimentos
fiquem iguais. Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de
desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de
capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena), Keynes
defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos
econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a demanda
efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno
emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento
de déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar
orçamentos deficitários na fase expansiva dos ciclos.
Deve se notar que, para o estado aumentar a demanda efetiva, ele deve gastar
mais do que arrecada, porque a arrecadação de impostos reduz a demanda
efetiva, enquanto que os gastos aumentam a demanda efetiva.
O ciclo de negócios segundo Keynes ocorre porque os empresários têm
"impulsos animais" psicológicos que os impedem de investir a poupança dos
consumidores, o que gera desemprego e reduz a demanda efetiva novamente,
e por sua vez causa uma crise econômica. A crise, para terminar, deve ter uma
intervenção estatal que aumente a demanda efetiva através do aumento dos
gastos públicos.
O papel do Estado na economia, segundo Keynes.
A mais importante Agenda do Estado não está relacionada às atividades que
os indivíduos particularmente já realizam, mas às funções que estão fora do
âmbito individual, àquelas decisões que ninguém adota se o Estado não o
faz. Para o governo, o mais importante não é fazer coisas que os indivíduos já
estão fazendo, e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas fazer
aquelas coisas que atualmente deixam de ser feitas. (John Maynard Keynes,
The end of laissez-faire) [2]
A escolha não deve ser se o estado deve ou não estar envolvido (na
economia), mas como ele se envolve. Assim, a questão central não deve ser o
tamanho do estado, mas as atividades e métodos do governo. Países com
economias bem-sucedidas têm governos que estão envolvidos em um amplo
espectro de atividades. (Joseph Stiglitz, More instruments and broader goals...)
[3]
Estas duas citações, a primeira do próprio Keynes, em 1926, e a segunda de
Stiglitz, que é considerado por muitos um neo-keneysiano, servem para
desmistificar muitas das críticas feitas por políticos neoliberais aos
ensinamentos de Keynes. Keynes nunca defendeu a estatização da economia,
nos moldes em que foi feita na União Soviética. O que Keynes defendia, na
década de 1930, e que hoje Stiglitz e os novos-desenvolvimentistas defendem
é uma participação ativa de um Estado enérgico nos segmentos da economia
que, embora necessários para o bom desenvolvimento de um país, não
interessam ou não podem ser atendidos pela inciativa privada.
Não se trata promover uma competição entre o Estado e o mercado, mas sim
de obter uma adequada complementação ao mercado, que agindo sozinho não
é capaz de resolver todos os problemas, conforme demonstraram Grenwald e
Stiglitz [4] (1986), em busca de uma maior eficiência geral da Economia.
Não constitui uma dedução correta dos princípios da Economia que o autointresse esclarecido sempre atua a favor do interesse público.
A aguda intuição de Keynes, que o levou a recomendar a intervenção do
estado na economia, vêm encontrando cada vez mais respaldo nas recentes
descobertas da economia da informação, como demonstra o teorema de
Greenwald-Stiglitz:
O efeito da influência de Stiglitz é tornar a Economia mais presumivelmente
intervencionista do que Samuelson propunha. Samuelson considerava as
falhas de mercado como "exceções" à regra geral dos mercados eficientes.
Mas os teoremas de Greenwald-Stiglitz postulam ser as falhas de mercado a
"norma", e estabelecem que "os governos quase sempre podem
potencialmente melhorar a eficiência da alocação de recursos em relação ao
livre mercado." E o teorema de Sappington-Stiglitz "estabelece que um governo
'ideal' poderia atingir um maior nível de eficiência administrando diretamente
uma empresa estatal do que privatizando-a."
Fonte(s):http://www.wikipedia.org
Download