DOENÇAS VESICULARES

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FEBRE AFTOSA
DOENÇAS VESICULARES
Profa.ELISABETH MARTINS SILVA DA ROCHA
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA
Picornaviridae; Aphtovirus;
7 sorotipos: A,O ,C SAT-1,SAT-2,SAT-3 e ASIA 1
Cada sorotipo: grande variedade de subtipos
Sequenciamento do gene VP1: diferenciação dos isolados
Necessidade de lab. Mundial de referência: Pirbright
e regional :Centro Panamericano
de febre Aftosa
Não há imunidade cruzada entre os sorotipos
Permanência do vírus em produtos curados em sal e tecidos de
animais infectados mantidos a 1 a 7 C:
•Presunto (medula óssea)---------------------89 dias
•Carne (gânglios linfáticos)------------------50 dias
•Couro bovino---------------------------------352 dias
Permanência do vírus em tecidos e fluidos de animais infectados
mantidos a 1 a 7 C:
•Sangue (suíno)--------------------------------70 dias
•Sangue (bovino)-------------------------------60 dias
•Medula óssea (bovina)---------------------210 dias
•Medula óssea (suína)-------------------------42 dias
•Língua (bovino)------------------------------33 dias
•Língua (suíno)--------------------------------10 dias
ETIOLOGIA
INATIVAÇÃO VIRAL:
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
pH ácido ( menor que 6,5)
•Diminuição da produção de leite : 22 a 40 %
pH alcalino (maior que 11)
•Diminuição da produção de carne : 25 a 35 kg/animal
Desinfetantes químicos: Carbonato de sódio 4%, formol 10%
hidróxido de sódio 1 %
•Complicações secundárias: mastites, descarte de animais
•Morte por complicações cardíacas
Calor : acima de 50 C
Luz UV, ionização por raios solares e raios gama
•Abortos
•Infertilidade por lesões na adenohipófise
•Bloqueio de acesso a um mercado internacional que impõe fortes
restrições e praticam preços de 20 a 40 % mais altos, em média para
produtos oriundos de regiões livres
1
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
100 % morbidade; 1 a 10 % mortalidade
Principal via de transmissão : aeróssois :trato respiratório superior
Suscetibilidade: ruminantes domésticos e selvagens
suínos domésticos e selvagens
Experimentalmente: Cães, gatos, coelhos,camdgs lactentes,
hamsters
Saúde Pública:
Humanos podem se infectar clinicamente ou inaparente
Transmissão por soluções de continuidade da pele,
ingestão de leite não pasteurizado
Não comprovada transmissão por ingestão de carne
Via oral importante para bezerros e suínos
Vias genital e conjuntival :menor importância
INFECÇÃO PODE PERMANECER LATENTE EM ANS.
RECUPERADOS E EM VACINADOS: PORTADORES
Transmissão a partir de ans. em período de incubação ou em fase
aguda (3-4 dias antes dos sinais clínicos ):
Urina,descargas nasais, saliva, fezes, leite,sêmen, tecidos abortados
Difusão viral por rios, lagoas, vento
EPIDEMIOLOGIA
PAPEL EPIDEMIOLÓGICO DAS DIFERENTES SPS:
BOVINOS: lesões geralmente mais graves
Excreção viral : 6-24 meses após recuperação
OVINOS /CAPRINOS: Lesões brandas
Excreção viral : 3-4 meses
PATOGENIA
Vírus
Trato respiratório
Viremia
X faringe
Vesículas primárias
(24 hs: esôfago,intestino,rúmen)
SUÍNOS: Excreção somente durante período clínico
Amplificadores da disseminação
Tecidos alvo
Mucosa bucal
língua
AVES: Transmissão mecânica por excreção fecal após ingestão
do vírus
Pele
úbere
patas miocárdio
HUMANOS: mecanicamente ou biologicamente
PATOGENIA
SINAIS CLÍNICOS
FORMAÇÃO DE VESÍCULAS:
1. Lise das células infectadas
2. Edema intracelular (degeneração balonosa)
Miocárdio: degeneração e necrose (degeneração Zenker ou de Kitt
“coração tigrado”)
Adeno-hipófise: Degeneração células
Podem estar ausentes
P inc: 2-7 dias
Febre alta, vesículas secundárias mucosa bucal, patas (espaço
interdigital e banda coronária)
Salivação intensa e claudicação
Emagrecimento e fraqueza do animal
Aftas na glândula mamária
Miocardite (pp em bezerros): morte súbita ou insuficiência
cardíaca – aftosa malignaLesão hipofisária: pêlos longos , sem brilho, podem não apresentar
cio ou cios inférteis
2
DIAGNÓSTICO
Clínico : Presuntivo
Laboratorial: sorologia (ELISA e vírus-neutralização)
RFC: alto custo e baixa sensibilidade
•Acs: ~5-10 dias após primeiros sinais
•ELISA: p/ identificar níveis de proteção na população ou atividade
viral
•Teste Probang: pesquisa de vírus no líquido esofágico-faríngeo
Isolamento viral: conteúdo vesicular,epitélio
(Líquido de Valleé :tampão fosfato com glicerina) ou somente gêlo
CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS
CONTROLE E PROFILAXIA
A) VACINAÇÃO : bovinos e bubalinos
As demais sps quando surtos (vacinação estratégica e perifocal)
Regiões endêmicas: vacinas polivalentes
Brasil: obrigatório que até os 2 anos de idade os bezerros sejam vacinados
pelo menos 4 vezes e, posteriormente semestralmente.
FATOS SOBRE A VACINAÇÃO:
• Não previne doença em ans. já infectados ou que tornaram-se infectados antes
da imunidade ter se desenvolvido após vacinação ( 14-21 dias após)
2. Ans jovens com acs colostrais : sem eficácia
(vacinar aos 3 meses – reforço 90 dias e depois semestralmente)
3.Ans vacinados e imediatamente após contato com vírus: carreadores virais
4.Testes sorológicos NÃO distinguem infectados e vacinados
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
1.Suspeitos:Notificação à vigilância sanitárias(autoridades responsáveis
pela campanha de erradicação da doença
Estomatite vesicular em bovinos e suínos
2. Restrições de entrada e saída até investigação
Rinotraqueíte infecciosa bovina
3. Proibição de movimento de animais num raio de 8 Km e envio de amostra
Para lab crredenciado
Diarréia viral bovina (BVD)
4. Confirmados: ÁREA INFECTADA no mínimo por 10 Km
OBS. SE CONDIÇÕES ADEQUADAS P/DISSEMINAÇÃO: ÁREA MAIOR
5. Animais abatidos imediatamente: os infectados e os contactantes
Febre Catarral Maligna em bovinos
Língua Azul em bovinos e Ovinos
ETIOLOGIA
ESTOMATITE VESICULAR
•Rhabdoviridae; Vesiculovirus
•2 sorotipos; Indiana e New jersey
•Indiana : 3 subtipos : 1 (EUA)
2 ( vírus Cocal ;ilha Trinidad; vírus Salto ;Argentina)
3 ( Alagoas)
Brasil : Indiana 2 e 3
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EPIDEMIOLOGIA
Suscetibilidade: EQUINOS, BOVINOS e SUÍNOS
-Macacos também podem ser afetados
PATOGENIA
Abrasões pele, mucosas
Picadas insetos?
Vesículas no local
Podem coalescer
SAÚDE PÚBLICA: Humanos- estado “gripal’
Disseminação : viremia ? Ou contaminação ambiental?
-Restita às Américas (Canadá até a Argentina)
•Focos aparecem subitamente e simultaneamente em várias
propriedades bastante distantes uma da outra
•Geralmente em épocas quentes e chuvosas
•Animais adultos mais afetados (10- 15% com sinais clínicos)
•Em áreas com alta população de insetos: enzoótica
EPIDEMIOLOGIA
•Apenas suspeita de transmissão por vetores(viremia????)
•Já demonstrada transmissão transovariana em mosquitos (vírus
Indiana)
•Transmissão : ferimentos bucais ou nos cascos,
traumatismos nos tetos
cochos contaminados com saliva
Período de incubação : 24 hs até 10 dias
SINAIS CLÍNICOS
Sialorréia com febre alta
Claudicação
48-72 hs : vesículas
Úlceras: infecção secundária
Curso da doença : ~8-15 dias
DIAGNÓSTICO
•ELISA,Vírus-neutralização para acs e vírus
•Material para lab: vesículas; soro (acs)
FEBRE CATARRAL
MALIGNA
CONTROLE E PROFILAXIA
•Não há vacinas
•Tratamento sintomático
•Legislação sanitária: todos equinos transferidos para fora do
país são testados sorologicamente, exigindo-se sorologia -
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EPIDEMIOLOGIA
Morbidade baixa e letalidade 95-100%
Formas crônicas em 30%
Recuperação
clínica 20 até 50% casos
Ocorre de forma esporádica : 1- 2 bovinos
Já obs. Até 20% do rebanho
Ocorre somente após contato com ovinos (reservatórios)
Já obs em bovinos sem contato com ovinos (???)
Suscetíveis: suínos, ans lab., cervídeos selvagens,búfalos
PATOGENIA
•Presume-se que o vírus penetre pelo trato respiratório
•Ocorre viremia associada à cel
•Lesões não contém vírus : Imunomediadas
Linfócitos T céls NK IL-2 em excesso
-
•Pseudomembranas na gengiva e língua
• pneumonia com tosse dolorosa
• inflamação faringe: asfixia
•Inflamação seios cefálicos: rompimento chifres
• cólicas, diarréia,cistite, abortos
• Lesões vesiculares por todo o corpo ou só pescoço,dorso,
úbere,intedigital
•SNC: excitação, acessos epileptiformes e coma
SINAIS CLÍNICOS P incubação : 2- 8 semanas
DIAGNÓSTICO
•Hipertermia,depressão
Pelos dados epidemiológicos e clínica
(Falta de contagiosidade e aparecimento esporádico)
•Emagrecimento
Achados anatomopatológicos (formalina 10%)
-•Lesões
-
ulcerativas mucosa oral, narinas e focinho
•Salivação
Cultivo vírus em céls ou ovos embrionados
•Corrimento nasal e ocular (purulento)
Diferencial com plantas tóxicas (Ramaria flavo-brunnescens)
-Só no outono , claudicação e perda dos pêlos da vassoura da
cauda
•Opacidade da córnea
•Incoordenação, decúbito
CURSO : 1-15 dias
FORMAS AGUDAS: 1-3 dias (gastroenterite hemorrágica)
CONTROLE E PROFILAXIA
Evitar introdução de ovinos provenientes de áreas de ocorrência
da doença
RINOTRAQUEÍTE
INFECCIOSA BOVINA
Eliminação
de carcaças
Desinfecção dos estábulos
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ETIOLOGIA
Herpesviridade; Alphaherpesvirinae
Gen. Varicellovirus
•Herpesvirus bovino 1 (BHV-1)
-
Latência nos gânglios sensoriais
Reativação após estresse (parto, desmame, transporte)
PODE CAUSAR: ABORTOS, VULVOVAGINITE PUSTULOSA,
BALANOPOSTITE E DOENÇA SISTÊMICA EM RECÉMNASCIDOS
SINAIS CLÍNICOS
Anorexia, polipnéia ou dispnéia
Tosse, rinite mucosa ou catarropurulenta
Grande exsudato nasal, sialorréia
-
Conjuntivite catarral
Vestíbulo nasal muito eritematoso :”red nose’
Diarréia e perda de peso rápida
PATOGENIA
•Transmissão geralmente por aerossóis
•X viral nas mucosas trato respiratório : secreção viral nasal
•Penetra em terminações nervosas intra-axonalmente até gânglio
trigêmeo (latência)
•Necrose tecidual : infecção secundária com efeito sistêmico grave
•Raramente viremia associada aos linfócitos em vacas prenhes
(abortos)
OBS. Subtipos virais 1.2 : síndrome genital
•Latência nos gânglios sacrais
•Pode levar a endometrite
•Geralmente sem viremia e aborto
DIAGNÓTICO
•Clínico e anatomopatológico
•Sorologia pareada (SN e ELISA) 14 –21 dias de intervalo
•Isolamento
viral (IF)
•PCR
•Histopatologia: Giemsa ou IF: corpusculos de inclusão
Material a ser enviado: suabs nasais, fígado fetal,placenta
Encefalites (- de 6 meses de idade), ranger de dentes,
convulsões, decúbito lateral e opistótonos
CONTROLE E PROFILAXIA
•Surtos geralmente após estresse: estresse
•Isolamento doentes e tratados com antibióticos de largo espectro
•Vacinação :
• vacinas BHV 1+ PI 3 + Vírus sincicial respiratório
Bovino
- + Vírus da Diarréia Viral Bovina
VULVOVAGINITE
PUSTULOSA INFECCIOSA
DOS BOVINOS
Vacinas c/ virus atenuado podem induzir abortos
Vacinas inativadas : necessárias várias doses e adjuvantes
X formas nervosas em bezerros: 1 dose na primeira semana de
vida
2 meses após
ao desmame
revacinação anual
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ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA
MESMO AGENTE DA RIB; BHV 1.2
Transmissão pelo coito,mãos tratadores,instrumentos
da inseminação artificial
-SINAIS
LÍNGUA AZUL
CLÍNICOS
Exantemas vesiculosos vestíbulo vaginal
Inflamação necrótica da mucosa uterina
DIAGNÓSTICO
Clinico e sorologia
PROFILAXIA
Identificação dos portadores/quarentena
ETIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
•Suscetibilidade: Ovinos, Bovinos e ruminantes selvagens
Reoviridae;Orbivirus
~ 24 sorotipos
-Sorotipos: variação na mortalidade (20-50% a 50 a 75%)
-
•Transmissão: insetos (mosquitos Culicoides,Aedes lineatopennis,
Ornithodorus coriaceus e Melophagus ovinus
- biológicos: fêmeas tornam-se infectadas e o vírus
•Vetores
replica nos seus tecidos
•Maior ocorrência nos meses de verão e outono
•Viremia persistente nos bovinos (reservatórios)
•Nessa fase: vírus no sêmen e em embriões
EPIDEMIOLOGIA
PATOGENIA
•Não tem sido diagnosticada no Brasil
Infecção inicial nos linfonodos regionais
•Rio Grande do Sul 1991 : surto de abortos com malformações
fetais: soropositivos
Viremia (associado a hemácias) até órgãos linfóides
-
•Anticorpos para o vírus em diferentes estados brasileiros,Argentina
e Paraguai
-
Grande replicação no endotélio de pequenos vasos
Participação de hipersensibilidade do tipo I
Orbivirus de origem silvestre de patogenicidade desconhecida
ou nula ,abundantes na Amazônia : reações cruzadas ?
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SINAIS CLÍNICOS
Doença subclínica a grave
Estado nutricional , exposição solar e idade influenciam gravidade
OVINOS p inc: até 10 dias
Febre,corrimento
nasal muco-purulento ou sanguinolento
Salivação,avermelhamento da mucosa oral e nasal
Edema da língua, focinho, mucosa oral
Úlceras nas faces laterais da língua
Cianose da mucosa oral e nasal
Diarréia , dispnéia e perda de lã
Coronite( linha avermelhada no rodete cornário)
Laminite
Abortos
SINAIS CLÍNICOS
BOVINOS: geralmente subclínico
Ulcerações da língua e cavidade oral
-
Coronite, laminite
Esfoliação dos epitélios dos tetos
Abortos, mal formações congênitas (hidrocefalia, microcefalia,
cegueira,deformações da mandíbula
DIAGNÓSTICO
•Inoculação de material em ovos embrionados, cultura de céls
(sangue, baço,linfonodos)
•Pesquisa
de acs: Imunodifusão (Acs precipitantes detectados
por vários anos) ou ELISA
CONTROLE
•Embargo no comércio de animais, sêmen e embriões
•Combate dos vetores (larvicidas e inseticidas )
•Vacinas atenuadas(podem ser teratogênicas se na primeira
metade da gestação em ovelhas)
•Vacinas inativadas e recombinantes
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