PRÉ VESTIBULAR SOCIAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA Professor: Leandro B. dos Santos Disciplina: História Geral Aula 03 – Fenícios, Hebreus e Persas Fenícios: 1 – Geografia, povoamento e história A fenícia era uma estreita faixa de terra comprimida entre a cordilheira do Líbano e o Mar Mediterrâneo. A proximidade do mar, as florestas de cedro e a existência de excelentes portos contribuíram para transformar os fenícios numa civilização de navegadores e comerciantes. Os fenícios eram de origem semita e povoaram as costas de Mediterrâneo, por volta de 3000 a. C. Organizaram-se em cidades-Estados, destacando-se Biblos, Sídon e Tiro. A ascensão marítimocomercial da Fenícia ocorreu após a conquista de Creta pelos aqueus, em 1400 a. C. Cartago foi a principal colônia fundada no Mediterrâneo pelos fenícios, que realizaram a primeira viagem de circunavegação da África. A partir do século VII a. C., a Fenícia entrou em decadência e foi conquistada sucessivamente pelos assírios, babilônios e persas. 2 – Civilização e cultura fenícias Os fenícios desenvolveram uma civilização de navegadores e comerciantes. Além do comércio marítimo e terrestre, desenvolveram uma próspera indústria ligada à produção naval, têxtil e metalúrgica. Sua sociedade era de castas (sacerdotes, aristocratas, comerciantes, homens livres e escravos) e o regime político das cidades-Estados era a monarquia teocrática. Nas ciências, desenvolveram a matemática e a astronomia, impulsionando a construção naval e a navegação. A religião era politeísta e tinha como principais divindades Baal e Astarte. A maior realização dos fenícios foi a criação do Alfabeto, adotado mais tarde pelos gregos e difundido para o Ocidente. Hebreus: 1 – Geografia, povoamento e história A Palestina é uma região do Oriente Próximo, localizada entre o Mediterrâneo e o mar Vermelho, a meio caminho entre o Egito e a Mesopotâmia. Essa região englobava o vale do Jordão, a Samaria, a Judéia e a faixa costeiro do Mediterrâneo. Habitada, inicialmente, por vários povos (cananeus, filisteus, arameus), foi povoado no segundo milênio antes de Cristo pelos hebreus (“aqueles que vêm do outro lado do rio”), tribos nômade-pastoris provenientes da Mesopotâmia. A partir de então, a história dos hebreus dividiu-se em cinco períodos principais: Patriarcas, Juízes, Reis e o Cisma. 2 – As fases da evolução política • Período dos Patriarcas: nessa fase inicial, os hebreu não possuíam unidade política e estavam organizados em tribos, cujos líderes eram os patriarcas. Abraão foi o primeiro dos patriarcas e de seu neto Jacó originaram-se as 12 tribos de Israel. Por volta de 1700 a. C., os hebreus deslocaram-se para o Egito, foram escravizados pelos faraós e libertados por Moisés, que os reconduziu para a Palestina. No monte Sinai, Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei (Dez Mandamentos), firmando com ele a Aliança. • Período dos Juízes: a reconquista da Palestina levou ao fortalecimento do poder dos líderes políticos e militares conhecidos como juízes (Jefté, Sansão, Gedeão e Eli). • Período dos Reis: nessa fase, houve a centralização política e a fundação da monarquia israelita, com a capital em Jerusalém. Saul, Davi e Salomão foram os reis de Israel • Cisma: após a morte de Salomão, em 926 a. C., a monarquia foi dividida em dois reinos: o de Israel e o de Judá. O primeiro foi destruído pelos assírios e o segundo pelos caldeus (cativeiro Babilônico). Após a conquista da Caldéia, pelos persas, os hebreus retornaram à Palestina, sendo dominados sucessivamente por Alexandre Magno e pelos romanos. Em 70 d. C, após esmagar uma revolta, os romanos destruíram pela segunda vez o Templo de Jerusalém e expulsaram os judeus de Palestina (Diáspora). Estes só retornaram a partir de 1918, fundando em 1948 o Estado de Israel. 3 – Civilização e cultura dos Hebreus A economia, inicialmente pastoril e agrícola, durante a monarquia, tornou-se mercantil e Jerusalém transformou-se num dos maiores entrepostos do Oriente Próximo. As relações comerciais eram realizadas principalmente com o Egito, Fenícia, Síria, Ásia Menor, Arábia e o reino de Sabá. Os hebreus não se destacaram nas ciências ou nas artes. No direito, produziram o Código Deuteronômico e sua literatura está contida no Antigo Testamento, onde destacam-se os Salmos de Davi, os Cânticos e Provérbios de Salomão e o Livro de Jô. No plano religioso, os hebreus constituíram a única civilização monoteísta do Oriente Antigo. A imagem do Deus único, Iavé, não podia ser reproduzida em pinturas ou estátuas. O Judaísmo passou por uma reforma religiosa realizada pelos profetas (Amós, Oséias, Isaías e Miquéias). Durante o domínio romano, o Judaísmo, dividiu-se em três seitas: fariseus, saduceus e essênios. O monoteísmo judaico exerceu grande influência sobre o Cristianismo e o Islamismo. Persas: 1 – O Irã, a geografia e o povoamento O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situava-se a leste do crescente fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia. Foi povoado, no segundo milênio antes de Cristo, por tribos nômade-pastoris de origem indoeuropéia, os arianos. Dois grupos arianos ocuparam o Irã: os medos e os persas. Os primeiros fixaram-se ao norte, perto da Assíria; os segundos, instalaram-se ao sul, junto do oceano Índico. Os medos foram dominados pelos assírios até que, em 612 a. C., aliaram-se aos caldeus e destruíram o império Assírio. O reino da Média transformou-se num dos mais poderosos do Oriente Anrigo. 2 – Apogeu de declínio dos persas Os persas foram dominados pelos medos até 550 a.C., quando Ciro, da família Aquemênida, destronou Astiges, rei da Média, e fundou o Império Persa. Ciro conquistou o reino da Lídia, as cidades gregas da Ásia Menor – Mesopotâmia, Palestina e Fenícia. Seu sucessor, Cambises, conquistou o Egito e a Líbia. Dario I dotou o império de uma organização político-administrativa: dividiu-o em províncias (satrapias), instituiu uma moeda-padrão (o dárico) e construiu as estradas reais, dotadas de um sistema de correios. As Guerras Médicas assinalaram a partir de 490 a. C., o declínio do Império Persa. Em 334 a. C., no reinado de Dario III, este império foi conquistado por Alexandre Magno. 3 – O dualismo religioso dos persas A civilização persa desenvolveu uma cultura eclética e com poucas contribuições realmente originais. As artes, particularmente, foram muito influenciadas pelas culturas egípcia, mesopotâmica e grega. A monarquia absoluta teocrática caracterizava-se por uma política de tolerância econômica, cultural e religiosa. A liberdade de troca, a moeda-padrão e a rede de estradas impulsionaram o desenvolvimento do comércio, principal atividade econômica do Império Persa. A contribuição mais importante e original dos pesas foi a religião. O Mazdeísmo persa, fundado por Zoroastro, baseava-se no dualismo religioso e na eterna luta entre o Bem (Ormuz-Mazda) e o Mal (Ahriman). Esta religião baseava-se na crença no Juízo Final e na vinda de um Messias. Seus princípios básicos estão contidos no Zend Avesta, livros sagrado dos persas. MELLO, Leonel Itaussu A. COSTA, Luiíz César Amad. História Antiga e Medieval: da comunidade primitiva ao Estado Moderno. 3ª Edição. Editora Scipione. 1995. Pp 62, 63, 71, 72, 78,79. Leandro B. dos Santos Historiador