programa de disciplina

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PROGRAMA DE DISCIPLINA
CÓDIGO: IH1564
CRÉDITOS: 3
DIA: sexta feira
HORÁRIO: 14,00/18,00 hs.
NOME DA DISCIPLINA: HISTÓRIA AGRO-AMBIENTAL
COMPARADA
PROFESOR RESPONSÁVEL: HÉCTOR ALIMONDA
( ) Obrigatória Mestrado
CATEGORIA ( ) Fundamental Mestrado
(x) Específicas de linha de pesquisa
( ) Obrigatória Doutorado
( ) Fundamental Doutorado
( ) Laboratórios de Pesquisa
OBJETIVO DA DISCIPLINA:
Desenvolver nos alunos uma sensibilidade histórica para a compreensão dos problemas sócio-ambientais,
demonstrando a relevância da aplicação do instrumental teórico da história agroambiental na
compreensão de questões socio-ambientais atuais. Através da discussão de elementos teóricos e
empíricos estabelecer padrões analíticos que permitam construir um entendimento comparativo na
análise de dinâmicas agroambientais comparadas
EMENTA: Neste semestre, a disciplina oferecerá uma atenção especial à comparação histórico
ambiental entre Brasil e Argentina, de interesse tanto para a formação dos alunos do CPDA como do
Doutorado Binacional. O programa se adéqua também à presença, no começo deste semestre, do Dr.
Martín. Como tema de reflexão, o curso propõe o exame da construção e de-construção da noção de
desenvolvimento.
CONTEÚDO PROGRÁMATICO:
1-Ecología política histórica. Reflexôes e discussões teóricas
Breve referência ao despotismo oriental (modo de producción asiático) pela relação entre
desenvolvimento e controle da água (Alimonda, Escobar, Worster);
Os aportes disciplinares para a revitalização do campo de uma ecologia política histórica
(geografia, história, ciências políticas);
Hegemonía e governamentalidade, duas categorías relevantes para a compreensão das
relações sociedade-natureza. (Gramsci y Foucault)
A produção da natureza. Uma natureza estatal? (Lefebvre, Smith, Whitehead et. Al
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2- História ambiental argentina. A natureza colonizada no tempo extenso
Conquista e apropriação do território argentino. Sarmiento e as projeções espaciais de
uma nação.
A história econômica revisitada desde outro lado. Uma periodização possível: Do celeiro
do mundo ao neo-extractivismo exportador.
A colonialidade da natureza: extracção mineira e florestal (Casos de Catamarca e o Chaco).
(Assistir o video documental “Rio Arriba” de Ulises de La Orden)
3- História ambiental de Mendoza. A heroica produção de uma natureza estatal
Os “domadores del agua”. Engenharia e política sobre a natureza
Apropiação da terra. Imigrantes, água e acumulação originária
A lei de águas de 1884. Origens, mudanças e actualidade
A desestructuração social do “mundo viñatero” ante a globalização
4. Os pesos e as medidas: a quantificação da natureza nos primórdios do desenvolvimento
5. Desmatamento e progresso em um contexto regional: Santa Catarina, inícios do século XX
6. História agroambiental: reflexões sobre alguns elementos teóricos e conceituais em
estudos de história agroambiental comparada
7. Reinvenção da América ou a reinvenção da natureza? A natureza domesticada.
8. O Imperialismo Ecológico europeu e os padrões estruturais de formação ambiental na
América Latina. As conseqüências agro-ambientais da introdução de espécies exóticas ( vegetais,
animais e microorganismos). As mutações da paisagem e a insustentabilidade nos ciclos de exploração
econômica pós-conquistas.
9. A era do desenvolvimento, sua crítica e sua crise. - A invenção do Terceiro Mundo. O
desenvolvimento, o pensamento crítico e a América Latina. O ornitorrinco de Chico de Oliveira. O pósdesenvolvimento de Arturo Escobar. José Maria Tortosa y “el maldesarrollo”. O mundo andino, a natureza
com direitos e o “Buen Vivir”. Há vida e história ambiental depois do desenvolvimento?
METODOLOGIA DAS AULAS: Aulas expositivas, apresentação de seminários, discussão com
docentes convidados
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FORMA DE AVALIAÇÃO: Participação nas aulas, aproveitamento de leituras, avaliação dos
seminários, trabalhos escritos.
BIBLIOGRAFIA:
1. Alimonda, Héctor, “Presentación”, em Arturo Escobar, Una minga para el postdesarrollo –
Lugar, medio ambiente y movimientos sociales en las transformaciones globales, Programa
Desarrollo y Transformación Global, Fondo Editorial de la Facultad de Ciencias Sociales,
Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, 2010.
Worster, Donald, “Transformações da terra: para uma perspectiva agroecológica na história”,
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Escobar, A. (2005), Depois da Natureza. Passos para uma Ecología Política Antiesscencialista, en
Alimonda, H. y Parreira, C. (orgs.) (2005), Políticas Públicas Ambientais Latino-americanas,
FLACSO-Brasil, Editorial Abaré, Brasilia, pp. 17-55.
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en Mendoza, Argentina. 1879-2000”. Tesis Doctoral. Pp. 9-46.
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(eds): State/Space: A Reader, Blackwell, Oxford, pp. 84–100. Capítulo seleccionado
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2. Alimonda, H., Ferguson, J., “Imagens, deserto e memória nacional: as fotografias da campanha
do Exército argentino contra os índios (1879), em Ângela Mendes de Almeida, Berthold Zilly, Eli
Napoleão de Lima (orgs.), De sertões, desertos e espaços incivilizados, Mauad, Rio de Janeiro,
2001.
Martín, F. (2010) Capítulo 3 “La naturaleza del poder. Ecología política del desarrollo (capitalista) regional
en Mendoza, Argentina. 1879-2000”. Tesis Doctoral. Pp. 87-115.
Martín, F. (2009) “La colonialidad de la naturaleza como imposibilidad de la dignidad humana.
Reflexiones en torno a la apropiación de los bienes comunes en el tiempo extenso de Argentina”.
en Wester, J. H., Romero, E. O.; Michelin D. B. y Pérez Zavala, G. (Eds.), Dignidad del hombre y
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3
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3. Martín, F. (2010) Capítulo 3 “La naturaleza del poder. Ecología política del desarrollo
(capitalista) regional en Mendoza, Argentina. 1879-2000”. Tesis Doctoral. Capítulos 3, 4, 5 y 6.
4. Secreto, Maria Verônica, (Desmedidos) – A revolta dos quebra-quilos (1874-1876), Mauad, Rio
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