Dengue - NTM MACAÉ

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL
COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL – 6o AO 9o ANO
COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO CONTRA
O MOSQUITO
01/03/2016
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAÉ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL
COORDENAÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL – 6o AO 9o ANO
COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
VANESSA ARENARI
COORDENADORES
GLÓRIA MARIA – CIÊNCIA E BIOLOGIA
LEILA MANCEBO – LÍNGUA PORTUGUESA
LILIANE FONSECA – LÍNGUA INGLESA
MARTINHA PIMENTEL – CIÊNCIA E BIOLOGIA
MÔNICA MELLO – LÍNGUA PORTUGUESA
ROBERTA CARVALHO – ORIENTADORA PEDAGÓGICA
SÉRGIO GONÇALVES – MATEMÁTICA
TÂNIA PACHECO – LÍNGUA PORTUGUESA
VANESSA ARENARI – MATEMÁTICA
WALQUÍRIA BARROSO – EDUCAÇÃO FÍSICA
2
LÍNGUA PORTUGUESA
LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
ATIVIDADE 01
Leia com atenção os textos abaixo:
Dilemas da Saúde
Valeu, Brasil. Continue assim.
Com meu corpinho de 5
milímetros, passei um dia ao
lado dos soldados convocados
para
combater
nossos
mosquitos. Daqui não saio.
Daqui ninguém me tira.
_____________________
Fêmea do Aedes aegypti*
Tinha certeza de que a fama planetária chegaria, mas não
imaginei que a imprensa internacional viria me procurar aqui na
Vila Sônia, um bairro heterogêneo na porção sudoeste de São
Paulo. Adoro este lugar. Numa mesma ladeira, minha gente
coloniza casa de pobre, de classe média, terrenos baldios e até os
condomínios daquele pessoal que gota de dizer que vive no vizinho
mais rico: o Morumbi. Os moradores dos diferentes grupos
complicam as relações. Não se integram e fazem acusações
mútuas. Não entro nessa. O sucesso de meu negócio é baseado na
inclusão social. Não faço distinção. Para mim, é tudo sangue bom.
Fonte: Revista Época (p.58-63) 8 de fevereiro de 2016.
1) Apesar de irônico, os textos acima tratam de importante assunto:
a) Período de encubação da larva do Aedes aegypti.
b) Formas de combate ao mosquito Aedes aegypti.
c) Proliferação dos mosquitos Aedes aegypti.
d) Aumento da contaminação no RJ pelo mosquito Aedes aegypti.
2) O texto em questão é narrado em 1ª pessoa. Quem é o narrador?
a) fêmea do Aedes aegypti.
b) jornalista da Revista Época.
c) moradores do Morumbi.
d) soldado de combate à dengue.
3) O texto fala que o mosquito se prolifera em áreas “heterogêneas”. Segundo o texto, isso significa que:
a) as áreas infestadas pelo mosquito são sempre muito semelhantes.
b) o mosquito se reproduz em áreas de todos os tipos, independente de classe social ou localização.
c) o mosquito não se reproduz em condomínios de luxo.
d) o mosquito prefere áreas de classe social altas.
3
4) De acordo com as informações retiradas do texto acima, em qual das áreas assinaladas no mapa fica o
bairro “Vila Sônia” ao qual o narrador se refere?
(Interdisciplinaridade com Geografia)
A
B
C
D
5) Qual das frases abaixo indica maior grau de ironia do narrador em relação aos seres humanos?
a) “Os moradores de diferentes grupos complicam as relações.”
b) “Para mim, é tudo sangue bom.”
c) “Não se integram e fazem acusações mútuas.”
d) “Não entro nessa.”
4
EDUCAÇÃO FÍSICA
LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
ATIVIDADE 01
A partir da charge escreva uma mensagem de Combate à Dengue, ressaltando a proximidade da
programação das Olimpíadas no Brasil.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
ATIVIDADE 02
A DENGUE é uma doença viral, febril aguda, em geral incapacitante. É transmitida através do Mosquito
Aedes Aegypti e também pelo AedesAlbopictus.
ANAGRAMAS – Forme o maior número possível de
palavras usando as letras disponíveis do quadro em
anexo, porém respeite as regras básicas: não valem
nomes próprios e gírias; verbos somente no
infinitivo; palavras com cedilha e acentos são
aceitas. Desafiamos você atentar escrever sessenta
palavras.
ALBOPICTUS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 -
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 -
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 -
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 5
ATIVIDADE 03
Pense no espaço físico de sua escola.
a) Agora elabore uma lista com até cinco locais que você considera oportunos para que a fêmea do
Mosquito Aedes Aegypti, deposite seus ovos.
12345-
b) Estes locais são de pequena ou grande circulação de pessoas? De que maneira você poderia
orientar estas pessoas para que evitem se tornar vítimas desta epidemia.
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
6
ARTES
LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
INTERDISCIPLINARIDADE COM MATEMÁTICA E CIÊNCIAS
MOSQUITEIRA
A “mosquiteca” foi inventada por um professor da UFRJ (Maulori Cabral) em parceria com biólogos da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Foi testada por eles e realmente funciona.
Como fazer?
1.
2.
3.
4.
Pegue uma garrafa PET de 1,5 L ou mais.
Corte a parte superior para fazer uma espécie de funil.
Corte cerca de 10 cm da garrafa, perto da base.
Lixe a parte interna do pedaço similar a um funil (pode ser lixa para madeira de granulação 60, 100 ou
120) para deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão. Isto permite a subida da água
por capilaridade, aumenta a taxa de evaporação e atrai mais facilmente a fêmea do mosquito Aedes
aegypti.
5. Utilizando o “anel” (parte da tampa da própria garrafa), faça um fechamento com um pedacinho de
tela dobrado (não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o
mosquito passe).
6. Lixe a parte interna do pedaço similar a um funil (pode ser lixa para madeira de granulação 60, 100 ou
120) para deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão. Isto permite a subida da água
por capilaridade, aumenta a taxa de evaporação e atrai mais facilmente a fêmea do mosquito Aedes
aegypti.
7
7. Utilizando o “anel” (parte da tampa da própria garrafa), faça um fechamento com um pedacinho de
tela dobrado (não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o
mosquito passe).
8. Coloque cinco grãos de arroz ou de alpiste amassados, ou ainda ração para gatos dentro da parte
inferior da garrafa. Isto é necessário porque as fêmeas só põem ovos onde identificam a presença de
alimento para as larvas.
9. Sele as duas partes com fita isolante.
Como a mosquiteira funciona?
1. Encha com água limpa até cerca de 3 cm da borda do funil. Complete com água à medida que a mesma
for evaporando.
2. Coloque a armadilha no quintal ou onde ficam os mosquitos. É necessário ser um local sombreado, pois
as fêmeas do mosquito não gostam de sol.
3. A fêmea do mosquito verifica onde está havendo evaporação da água para colocar os ovos.
4. Os ovos descerão pelos buracos da tela e ficarão na parte inferior do recipiente. Além de servir de
elemento de ligação entre as duas partes, a tela não permite que as larvas passem para a parte
superior do recipiente. Portanto, a tela deve estar intacta, sem rasgo, pois se estiver destruída, ela se
tornará um criatório para os mosquitos.
5. Periodicamente esvazie a parte inferior e mate as larvas com cloro. Observe se está tudo certo com a
tela e encha novamente a armadilha com água. Verifique sua armadilha todos os dias.
6. O mosquito adulto vive de 30 a 35 dias e as fêmeas põem ovos de quatro a seis vezes durante esse
período. Em cada postura, ela põe cerca de 100 ovos, sempre em locais com água limpa e parada. Se
não encontra recipientes apropriados para depositar os ovos, a fêmea pode voar distâncias de até três
quilômetros até localizar um ponto que considere ideal. Um ovo de Aedes aegypti pode sobreviver até
450 dias (um ano e dois meses) mesmo que o local em que ele foi depositado fique seco. Quando o
local recebe chuva novamente, o ovo volta a ficar ativo, transforma-se em larva, depois em pupa e
atinge a fase adulta em dois ou três dias.
7. A mosquiteira interrompe o ciclo de vida do mosquito, pois impede que os mosquitos adultos saiam da
garrafa.
A Matemática da Mosquiteira
 Construa dez armadilhas, espalhe cinco pelo quintal ou na escola e dê as outras cinco aos amigos,
parentes e funcionários.
 Peça que cada um deles faça o mesmo. Assim, teremos os seguintes números de armadilhas em cada
ciclo:
Ciclo
Construo
Uso
Distribuo
Total
10
5
5
10
1º
5 novos
usam
distribuem
50
25
25
60
2º
25 novos
usam
distribuem
250
125
125
310
3º
125 novos
usam
distribuem
1.250
625
625
1.560


Se cada um fizer a sua parte, em apenas três rodadas, teremos 1.560 armadilhas enganando fêmeas do
mosquito. Em até 365 dias, a fêmea do mosquito estará morta e se não tiver colocado os ovos em local
apropriado para se transformarem em adultos, teremos (1.560 x 10 x 100 = 1. 560.000) mosquitos a
menos.
O número é este mesmo: mais de 1,5 milhões de mosquitos, considerando que cada armadilha engane
pelo menos 10 fêmeas e que estas coloquem apenas quatro vezes na sua vida adulta.
8
LÍNGUA INGLESA
LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
ATIVIDADE 01(Interdisciplinaridade com Artes)
Observe uma outra opção de construir a mosquiteira (Mosquito trap):
Vocabulary:
cap – tampa /yeast – fermento /half– metade/ topour- despejar /cloth–
pedaço de pano /bottom– fundo /towrap – envolver em algo, embrulhar
Observando as duas opções de construir a mosquiteira , identifique os ingredientes usados:
Mosquiteira 1 (Artes) :
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Mosquiteira 2 (Língua
Inglesa):________________________________________________________________________________
_______
9
_______________________________________________________________________________________
ATIVIDADE 02
Faça a associação das imagens com o verbos texto Mosquito Trap que estão no boxe .
To dissolve / to pour / to wrap / to add / to cut / to create / to discard
10
ATIVIDADE 03
Observe os personagens do cartum e responda:
Vocabulary:
To go ahead– ir em frente ,
continuar / laugh - rir, gargalhar /
near– perto / had – passado do
verbo tohave – ter
a) Por qual motivo o homem está zombando do amigo ?
_________________________________________________________________________
b) Quando o personagem fala “ I haven’thad a mosquito near me in years“, o que ele quis dizer para o
amigo? _________________________________________________________________________
c) O personagem “usa” um animal como se fosse um boné . Como se chama esse animal em inglês?
( ) turtle ( ) fish
( ) fox ( ) flog ( ) snake
d) Qual classe pertence esse animal ? (
) mamífero
(
) anfíbio (
) ave
(
) peixe
e) Qual é a razão de o personagem estar com um animal na cabeça?
( ) por estar na moda ( ) para afugentar os mosquitos ( ) para impressionar as garotas
( ) para colocar medo nos amigos ( ) para disfarçar a falta de cabelo
f) O verbo tohave está sendo usado em sua forma no passado e também como verbo auxiliar. Este verbo
é um verbo:
( ) regular
( ) irregular
g) Escolha ( T ) para TRUE e ( F ) para FALSE
( ) a palavra near é o oposto de far from
( ) haven’t é a forma contraída de havenot
( ) a palavra ahead quer dizer cabeça
( ) a palavra years significa meses do ano
( ) O passado do verbo have é haved
h) Imagine que o sapo tenha se alimentado de um mosquito que sugou néctar de uma planta. Que tipo de
consumidor ele é nessa situação?
( ) consumidor primário
( ) consumidor secundário
( ) consumidor terciário
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( ) consumidor quaternário
MATEMÁTICA MATEMÁTICA
E SUAS
TECNOLOGIAS
ATIVIDADE 01 MOSQUITEIRA(Interdisciplinaridade com Artes e Ciências)
A “mosquiteca” foi inventada por um professor da UFRJ (Maulori Cabral) em parceria com biólogos da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Foi testada por eles e realmente funciona.
Como fazer?
1.
2.
3.
4.
Pegue uma garrafa PET de 1,5 L ou mais.
Corte a parte superior para fazer uma espécie de funil.
Corte cerca de 10 cm da garrafa, perto da base.
Lixe a parte interna do pedaço similar a um funil (pode ser lixa para madeira de granulação 60, 100 ou
120) para deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão. Isto permite a subida da água
por capilaridade, aumenta a taxa de evaporação e atrai mais facilmente a fêmea do mosquito Aedes
aegypti.
5. Utilizando o “anel” (parte da tampa da própria garrafa), faça um fechamento com um pedacinho de
tela dobrado (não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o
mosquito passe).
6. Lixe a parte interna do pedaço similar a um funil (pode ser lixa para madeira de granulação 60, 100 ou
120) para deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão. Isto permite a subida da água
por capilaridade, aumenta a taxa de evaporação e atrai mais facilmente a fêmea do mosquito Aedes
aegypti.
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7. Utilizando o “anel” (parte da tampa da própria garrafa), faça um fechamento com um pedacinho de
tela dobrado (não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o
mosquito passe).
8. Coloque cinco grãos de arroz ou de alpiste amassados, ou ainda ração para gatos dentro da parte
inferior da garrafa. Isto é necessário porque as fêmeas só põem ovos onde identificam a presença de
alimento para as larvas.
9. Sele as duas partes com fita isolante.
Como a mosquiteira funciona?
1. Encha com água limpa até cerca de 3 cm da borda do funil. Complete com água à medida que a mesma
for evaporando.
2. Coloque a armadilha no quintal ou onde ficam os mosquitos. É necessário ser um local sombreado, pois
as fêmeas do mosquito não gostam de sol.
3. A fêmea do mosquito verifica onde está havendo evaporação da água para colocar os ovos.
4. Os ovos descerão pelos buracos da tela e ficarão na parte inferior do recipiente. Além de servir de
elemento de ligação entre as duas partes, a tela não permite que as larvas passem para a parte
superior do recipiente. Portanto, a tela deve estar intacta, sem rasgo, pois se estiver destruída, ela se
tornará um criatório para os mosquitos.
5. Periodicamente esvazie a parte inferior e mate as larvas com cloro. Observe se está tudo certo com a
tela e encha novamente a armadilha com água. Verifique sua armadilha todos os dias.
6. O mosquito adulto vive de 30 a 35 dias e as fêmeas põem ovos de quatro a seis vezes durante esse
período. Em cada postura, ela põe cerca de 100 ovos, sempre em locais com água limpa e parada. Se
não encontra recipientes apropriados para depositar os ovos, a fêmea pode voar distâncias de até três
quilômetros até localizar um ponto que considere ideal. Um ovo de Aedes aegypti pode sobreviver até
450 dias (um ano e dois meses) mesmo que o local em que ele foi depositado fique seco. Quando o
local recebe chuva novamente, o ovo volta a ficar ativo, transforma-se em larva, depois em pupa e
atinge a fase adulta em dois ou três dias.
7. A mosquiteira interrompe o ciclo de vida do mosquito, pois impede que os mosquitos adultos saiam da
garrafa.
A Matemática da Mosquiteira
 Construa dez armadilhas, espalhe cinco pelo quintal ou na escola e dê as outras cinco aos amigos,
parentes e funcionários.
 Peça que cada um deles faça o mesmo. Assim, teremos os seguintes números de armadilhas em cada
ciclo:
Ciclo
Construo
Uso
Distribuo
Total
10
5
5
10
1º
5 novos
usam
distribuem
50
25
25
60
2º
25 novos
usam
distribuem
250
125
125
310
3º
125 novos
usam
distribuem
1.250
625
625
1.560


Se cada um fizer a sua parte, em apenas três rodadas, teremos 1.560 armadilhas enganando fêmeas do
mosquito. Em até 365 dias, a fêmea do mosquito estará morta e se não tiver colocado os ovos em local
apropriado para se transformarem em adultos, teremos (1.560 x 10 x 100 = 1. 560.000) mosquitos a
menos.
O número é este mesmo: mais de 1,5 milhões de mosquitos, considerando que cada armadilha engane
pelo menos 10 fêmeas e que estas coloquem apenas quatro vezes na sua vida adulta.
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ATIVIDADE 02
Os dados abaixo são do monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika,
extraídos do site da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Comparativo de casos prováveis de dengue entre 2014a e 2015b da região Sudeste
Região/Unidade da Federação
Casos (n)
a
2014
2015b
Sudeste
311.639
1.026.226
Minas Gerais
58.177
189.378
Espírito Santo
18.879
34.699
Rio de Janeiro
7.717
68.659
São Paulo
226.866
733.490
Fonte: Sinan Online (atualizado em a13/07/15; b04/01/16).
Dados sujeitos a alteração.
a)
b)
c)
d)
Qual o estado da Região Sudeste com o maior número de casos de dengue em 2014? E em 2015?
Qual o estado da Região Sudeste com o menor número de casos de dengue em 2014? E em 2015?
Qual ou quais os estados da Região Sudeste tiveram redução dos casos de dengue de 2015 para 2016?
Construa uma nova tabela, colocando em ordem crescente os estados,apenas para os casos prováveis
de dengue em 2015.
e) Construa um gráfico de colunas para as informações do ano de 2014.
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CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA
NATUREZA E SUAS
TECNOLOGIAS
ATIVIDADE 01
Valeu, Brasil. Continue assim
Com meu corpinho de 5 milímetros, passei um dia ao lado dos soldados convocados para combater nossos
mosquitos. Daqui não saio. Daqui ninguém me tira.
Fêmea do Aedes aegypti
“Tinha certeza de que a fama planetária chegaria, mas não imaginei que a imprensa internacional
viria me procurar aqui na Vila Sônia, um bairro heterogêneo na porção sudoeste de São Paulo. Adoro este
lugar. Numa mesma ladeira, minha gente coloniza casa de pobre, de classe média, TERRENOS BALDIOS e
até os condomínios daquele pessoal que gosta de dizer que vive no vizinho mais rico: o Morumbi.
Sou a rainha absoluta deste e de outros Carnavais. Cinco milímetros de pura vitalidade. Os países
ricos nunca deram importância à grande família Aedes aegypti. Agora estão preocupadíssimos com o
quarto produto que conseguimos colocar no mercado, mesmo em tempos de acentuada crise econômica.
Depois da DENGUE, da pouco mencionada FEBRE AMARELA e da CHIKUNGUNYA, estamos bombando com
o vírus ZIKA. Meu marido é VEGANO, todo zen. A dupla jornada e a má fama sobram para mim. É a sina
das fêmeas da maioria das espécies, inclusive a humana. Sou eu quem acorda cedo para chupar o SANGUE
do povo da vizinhança. Sem isso, jamais teria energia suficiente para gerar 1.500 OVOS. Batalho pela
sobrevivência de meus descendentes, mas não posso reclamar. A Vila Sônia, como grande parte do Brasil,
é um paraíso para a REPRODUÇÃO de nossa gente. Temos CRIADOUROS por todos os cantos. Fechamos o
ano com recorde de produtividade: 1,6 milhão de infectados (só com o VÍRUS da dengue) em todo o país”.
(Adaptado de Revista Época, 8 de fevereiro de 2016)
Encontre no caça-palavras os termos destacados no texto.
W
A
Y
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G
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C
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V
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V
X
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ATIVIDADE 02
Melô do mosquito dengoso
(Melodia: “A barata diz que tem”)
O mosquito diz que quer
Com um beijo lhe agradar
É mentira do mosquito
Ele quer lhe atacar
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ele quer lhe atacar
O mosquito diz que a dengue
Não é nada de assustar
É mentira do mosquito
Não deixe a fêmea botar.
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Não deixe a fêmea botar
Nos pneus, garrafas velhas
Água limpa e parada
Lá está o grande perigo
A larvinha esganada
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
A larvinha esganada!
O mosquito diz que vai
Um dia lhe conquistar
É mentira do mosquito
Ele quer é lhe matar
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ele quer é lhe matar
Só dez dias é que gastam
Os ovinhos pra chocar
Fique esperto e se cuide
Para o mosquito matar
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Para o mosquito matar
O mosquito diz que a dengue
Vai lhe dar é muito amor
É mentira do mosquito
Ele traz é muita dor
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ele traz é muita dor.
Essa fêmea tão levada
Diz que n’água vai brincar
É mentira da vampira
Ela vai é procriar
Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh!
Ela vai é procriar
Descubra algumas palavras no texto que estão cifradas. Cada letra corresponde a um número:
16
ATIVIDADE 03
No quadro abaixo procure objetos que acumulam água:
Tanques
Casca de ovo
Calhas
Garrafas
Latas
Caixa d’água
Casca de coco
Pias
Pneus
Tampinhas
Poços
Banheiros
Vasos
a) Já encontrou? Agora cite quais deles precisam ser cuidados em sua casa.
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
b) Forme 5 frases com pares de palavras encontradas.
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
ATIVIDADE 04
Desenhe nos quadrinhos, os cuidados para acabar com o mosquito transmissor da Dengue, da Febre
Amarela, da Chikungunya e da Zika.
Não jogue lixo ao ar livre.
Tampe as caixas de água.
Vire as garrafas de cabeça para
baixo.
Lave os bebedouros dos animais.
Não deixe água depositada nos
vasos.
Não deixe água em pneus.
17
ATIVIDADE 05
Como é o Aedes aegypti?
 É muito parecido com um pernilongo comum, porém é mais escuro e possui listras brancas pelo
corpo e pelas patas.
 Costuma atacar as pessoas durante o dia.
 Vive e se reproduz em ambientes com água limpa, próximos a habitação humana.
 A fêmea coloca seus ovos na parede interna de recipientes com água, próximo à superfície, como
vasos, tambores, pneus, latinhas, copos descartáveis, caixas d’águas, calhas, etc.
 O ciclo de vida do mosquito dura aproximadamente dez dias.
 Machos e fêmeas alimentam-se de néctar e sucos vegetais. Mas, depois do acasalamento, a fêmea
precisa de sangue para maturação dos ovos. E é dessa maneira que ela é capaz de transmitir os
vírus da dengue ao homem.
Com base na leitura do texto sobre Aedes aegypti responda:
a) Por que após o acasalamento a fêmea do mosquito precisa picar para sugar sangue?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
b) Quando fêmeas e machos de mosquitos se alimentam de néctar e sucos vegetais, que tipo de
consumidor eles são?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
ATIVIDADE 06
Construção da Mosquiteira já apresentada nas disciplinas de Artes e Matemática.
18
GEOGRAFIA
CIÊNCIAS
HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS
Leia com atenção os textos abaixo:(Interdisciplinaridade com Língua Portuguesa)
Dilemas da Saúde
Valeu, Brasil. Continue assim.
Com meu corpinho de 5
milímetros, passei um dia ao
lado dos soldados convocados
para
combater
nossos
mosquitos. Daqui não saio.
Daqui ninguém me tira.
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Fêmea do Aedes aegypti*
Tinha certeza de que a fama planetária chegaria, mas não
imaginei que a imprensa internacional viria me procurar aqui na
Vila Sônia, um bairro heterogêneo na porção sudoeste de São
Paulo. Adoro este lugar. Numa mesma ladeira, minha gente
coloniza casa de pobre, de classe média, terrenos baldios e até os
condomínios daquele pessoal que gota de dizer que vive no vizinho
mais rico: o Morumbi. Os moradores dos diferentes grupos
complicam as relações. Não se integram e fazem acusações
mútuas. Não entro nessa. O sucesso de meu negócio é baseado na
inclusão social. Não faço distinção. Para mim, é tudo sangue bom.
Fonte: Revista Época (p.58-63) 8 de fevereiro de 2016.
De acordo com as informações retiradas do texto acima, em qual das áreas assinaladas no mapa fica o
bairro “Vila Sônia” ao qual o narrador se refere?
A
B
C
D
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HISTÓRIACIÊNCIAS
HUMANAS E SUAS
TECNOLOGIAS
O texto abaixo é mais indicado para turmas de 8º e 9º ano
Doença pelo vírus Zika: um novo problema emergente nas Américas?
Zika virus disease: is it a new emerging problem in the Americas?
Enfermedad por virus Zika: ¿unnuevo problema emergente enlas Américas?
Desde que Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral descobriram as Américas e o Brasil, e, em
seguida, foi iniciado o tráfico de escravos nas Américas, não se via o fenômeno de introdução de novas
doenças, até então desconhecidas no Novo Mundo, como no atual momento em que vivemos. De fato,
durante os primeiros séculos de colonização das Américas, principalmente por Espanha e Portugal, várias
doenças do Velho Mundo foram introduzidas nos (futuros países) territórios colonizados. Assim, varíola,
sarampo, tuberculose e muitas outras doenças de transmissão direta (ou contagiosas) foram introduzidas
nas colônias1. A febre amarela foi uma das doenças trazidas com a escravidão e, com ela, veio o Aedes
aegypti, principal transmissor do vírus da febre amarela (VFA). Estudos conduzidos no início deste século
XXI, por Bryant et al2, apoiados por outros estudos3,4,5, mostraram que o VFA foi introduzido há pouco mais
de 300 anos, período que coincide com as grandes navegações e o tráfico de escravos 1.
Neste mundo globalizado e com alterações climáticas propícias à dispersão de vetores e suas
doenças, bem como o crescente número de voos internacionais, favoráveis à movimentação de doentes ou
pessoas infectadas em período de incubação, estamos vivenciando no Brasil a introdução e um rápido
processo de dispersão rumo célere ao endemismo de dois novos arbovírus para as Américas – mas que são
velhos conhecidos na África e Ásia: o vírus Chikungunya (para detalhes no Brasil ver artigos de Teixeira et
al6 e Nunes et al7), introduzido em julho/agosto de 2014, após ter entrado no Caribe em dezembro de
2013 e, anteriormente, ter causado grandes epidemias na África e Ásia desde 2004; e o vírus Zika,
possivelmente introduzido no mesmo período durante a Copa do Mundo realizada em 2014 no Brasil.
O vírus Zika é um flavivírus (família Flaviviridae) transmitido por Aedes aegypti e que foi
originalmente isolado de uma fêmea de macaco Rhesusfebril na Floresta Zika (daí o nome do vírus),
localizada próximo de Entebbe na Uganda, em 20 de abril de 19478,9. Esse vírus é relacionado ao VFA e
dengue, também transmitidos por Aedes aegypti e que causam febre hemorrágica. O vírus Zika tem
causado doença febril, acompanhada por discreta ocorrência de outros sintomas gerais, tais como cefaleia,
exantema, mal estar, edema e dores articulares, por vezes intensas. No entanto, apesar da aparente
benignidade da doença, mais recentemente na Polinésia Francesa e no Brasil, quadros mais severos,
incluindo comprometimento do sistema nervoso central (síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa e
meningite), associados ao Zika têm sido comumente registrados, o que mostra quão pouco conhecida
ainda é essa doença 10,11,12.
Reconhecida quase simultaneamente, em fevereiro de 2015 na Bahia11 e em São Paulo, a
circulação da doença causada pelo vírus Zika foi rapidamente confirmada pelo uso de métodos
moleculares e, posteriormente, no Rio Grande do Norte12, Alagoas, Maranhão, Pará e Rio de Janeiro,
mostrando uma capacidade de dispersão impressionante, somente vista no Chikungunya nos últimos dois
anos nas Américas.
O vírus Zika foi isolado, pelo Instituto Adolfo Lutz, de um paciente que recebeu uma transfusão
sanguínea contaminada de um doador em período de incubação, e confirmado pelo Instituto Evandro
Chagas, bem como de vários pacientes do Rio Grande do Norte e da Bahia. A possibilidade de o vírus Zika
ser transmitido por sangue e hemoderivados levanta a questão da inclusão dessa (e outras?) arbovirose(s)
20
na triagem de doadores de sangue, para uma doença que não dispõe de kits comerciais para diagnóstico
laboratorial; nem será menos oneroso o desenvolvimento de métodos moleculares para detecção do Zika,
seja em banco de sangue, seja em laboratórios de saúde pública, exceto nos laboratórios de referência
que, há muito tempo, estão sobrecarregados com a demanda da vigilância das outras arboviroses como
dengue, febre amarela, Mayaro, Oropouche, encefalites por arbovírus, etc. Além disso, o reconhecimento
do aumento de casos de comprometimento do sistema nervoso central, em pacientes com doença pelo
vírus Zika, pressupõe a necessidade de aprimorar a vigilância de síndromes neurológicas em doentes febris
agudos.
Finalmente, é importante ressaltar a necessidade de melhorar o controle vetorial nos municípios
infestados com Aedes aegypti, já que somente essa espécie no Brasil está, até o momento, associada à
transmissão de três arboviroses, dengue, Chikungunya e Zika e, também, o enorme desafio da vigilância
epidemiológica em reconhecer precocemente as novas áreas com transmissão para minimizar o impacto
dessas doenças na população.
RevPan-AmazSaude 2015; 6(2):9-10
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Editor Associado da RevPan-AmazSaude
Diretor do Instituto Evandro Chagas/SVS/MS, Ananindeua, Pará, Brasil
De acordo com o texto “Doença pelo vírus Zika: um novo problema emergente nas Américas?”, publicado
na sala virtual, responda às questões propostas:
1) O mosquito Aedes aegypti foi introduzido nas Américas em que contexto e associado a qual doença?
a) Escravidão; sarampo.
b) Grandes navegações; tuberculose.
c) Grandes navegações; varíola.
d) Escravidão; febre amarela.
2) Que doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti?
a) Varíola, dengue, febre amarela e sarampo.
b) Tuberculose, chikungunya, febre amarela e zika.
c) Febre amarela, dengue, zika, chikungynya.
d) Sarampo, zika, dengue, tuberculose.
3) Que fatores propiciaram a introdução dos vírus Chikungunya e Zika no Brasil e nas Américas?
a) Globalização, alterações climáticas propícias à dispersão de vetores e suas doenças, aumento do
número de voos internacionais que movimentam doentes e pessoas infectadas em período de
incubação.
b) Globalização, alterações climáticas propícias à dispersão de vetores e suas doenças, aumento do
número de voos nacionais que movimentam doentes e pessoas infectadas em período de
incubação.
c) Globalização, alterações climáticas desfavoráveis à dispersão de vetores e suas doenças, aumento
do número de voos nacionais que movimentam doentes e pessoas infectadas em período de
incubação.
d) Globalização, alterações climáticas desfavoráveis à dispersão de vetores e suas doenças, diminuição
do número de voos internacionais que movimentam doentes e pessoas infectadas em período de
incubação.
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PRODUÇÃO DE TEXTO
1ª
etapa
• Troca de informação sobre o Aedes Aegypti como vetor de doenças.
2ª
etapa
• Transmissão do vídeo "O ciclo de vida do Aedes Aegypti"em
https://www.youtube.com/watch?v=eRXHcSgX9AE
3ª
etapa
• Participação em uma "aula passeio" pelas dependências da escola para
observar a existência de foco que favoreça a reprodução do mosquito.
4ª
etapa
• Produção de texto de gêneros textuais diversificados sobre o tema "Xô,
mosquito!"
• 6º ano - poema
• 7º ano - cartaz
• 8º ano - história
• 9º ano - relatório
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APÊNDICE: TEXTO DE APOIO
Valeu,
Brasil.
Continue
Assim
Com meu corpinho de 5 milímetros, passei um dia
ao lado dos soldados convocados para combater
nossos mosquitos. Daqui não saio. Daqui ninguém
me tira
Fêmea do Aedes aegypti*
Fonte: ÉPOCA (p.58-63) 8 de fevereiro de 2016
Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA
Tinha certeza de que a fama planetária chegaria,
mas não imaginei que a imprensa internacional viria
me procurar aqui na Vila Sônia, um bairro heterogêneo
na porção sudoeste de São Paulo. Adoro este lugar.
Numa mesma ladeira, minha gente coloniza casa de
pobre, de classe média, terrenos baldios e até os
condomínios daquele pessoal que gosta de dizer que
vive no vizinho mais rico: o Morumbi. Os moradores
dos diferentes grupos complicam as relações. Não se
integram e fazem acusações mútuas. Não entro nessa.
O sucesso de meu negócio é baseado na inclusão
social. Não faço distinção. Para mim, é tudo sangue
bom.
Sou a rainha absoluta deste e de outros Carnavais.
Cinco milímetros de pura vitalidade. Os países ricos
nunca deram importância à grande família Aedes
aegypti. Agora estão preocupadíssimos com o quarto
produto que conseguimos colocar no mercado, mesmo
em tempos de acentuada crise econômica. Depois da
dengue, da pouco mencionada febre amarela e da
chikungunya, estamos bombando com o vírus zika. No
dia em que a diretora da Organização Mundial da
Saúde (OMS) disse que ele seria a grande preocupação
de 2016, a imprensa correu para cá. Revista
ÉPOCA, Associated Press, Le Monde, France Presse,
EFE, emissoras de TV. Tsc, tsc, tsc. Fraquinhos esses
jornalistas. Olham e não veem. Passei o dia ao lado
deles e ninguém notou. Quando os repórteres
chegaram, lá pelas 9 horas da manhã, eu já estava na
labuta. Meu marido é vegano, todo zen. A dupla
jornada e a má fama sobram para mim. É a sina das
fêmeas da maioria das espécies, inclusive a humana.
Sou eu quem acorda cedo para chupar o sangue do
povo da vizinhança. Sem isso, jamais teria energia
suficiente para gerar 1.500 filhotes. Batalho pela
sobrevivência de meus descendentes, mas não posso
reclamar. A Vila Sônia, como grande parte do Brasil, é
um paraíso para a reprodução de nossa gente. Temos
criadouros por todos os cantos. Fechamos o ano com
recorde de produtividade: 1,6 milhão de infectados (só
com o vírus da dengue) em todo o país.
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Estamos com a bola toda, mas não deixamos de
observar os passos incertos do inimigo. Naquele dia, os
agentes de saúde vieram à Rua Dr. Cesar Salgado para
fazer o que chamam de bloqueio. Quando um caso de
dengue é confirmado pelo hospital e notificado às
autoridades, a equipe de vigilância recebe a missão de
percorrer a vizinhança num raio de 300 metros. O
objetivo é ir de casa em casa para procurar nossas
larvas e orientar a população sobre o combate ao
mosquito. Se uma de nós pica o doente no período de
transmissão do vírus, sai infectando quem estiver pela
frente.
Com essa caça desesperada aos criadouros, a
prefeitura tenta interromper a transmissão da doença.
Não é elegante debochar do adversário, mas sinto até
pena de nossos caçadores. Neste ano, os valentes
agentes de saúde receberam reforços. O Exército
promete deslocar 220 mil soldados para ajudá-los em
todo o Brasil. Cada funcionário faz dupla com um dos
recrutas. Fiquei emocionada de ver a dignidade com
que esses garotos se portam diante dos portões, com
educação e firmeza, para transmitir segurança aos
moradores e aos agentes. Estava quase sendo traída
pelo meu espírito maternal. Pobres moços e moças.
São soldados de uma guerra perdida. Eles se esforçam
de verdade, mas têm no rosto a expressão frustrada de
quem trabalha para enxugar gelo. A cada larva
destruída, milhares de outras seguem ocultas.
Naquela manhã, os moradores da vizinhança
disseram ter visto uma equipe de vigilância pela
primeira vez. Para mim também foi novidade. Este é
um país curioso. O povo tolera sucessivas epidemias
de dengue há pelo menos três décadas. Em 1986,
fizemos um ataque de massa no Rio de Janeiro. O
povo sofreu, mas os governantes não deram bola.
Acharam que dengue fosse doença branda. Era para
ser. Somos vetores de vírus que têm uma única missão
na Terra: crescer e se multiplicar. Nosso objetivo é
infectar mais e mais gente, mas não desejamos a morte
rápida de ninguém. Quem faz isso são aqueles vírus
pouco inteligentes (tipo o ebola) que atacam tão forte
que morrem junto com o hospedeiro. Se o povo
brasileiro morre de dengue, a causa é a desorganização
e a carência crônica de atendimentos básicos de saúde.
Essa culpa, minhas asinhas delicadas não carregam.
Os especialistas dizem que a coisa mais constante
feita no combate a nossa espécie foi a inconstância.
Sou prova disso. Corte de verbas, interrupções
rotineiras, campanhas de conscientização que
começam no verão e não chegam ao outono,
indicações políticas em detrimento do conhecimento
técnico... Uma bênção para nossa grande família.
Recentemente, o ministro da Saúde, Marcelo Castro,
lançou a meta de visitar todas as casas do Brasil até
fevereiro. Todas? Ri alto. Nem São Paulo, o Estado
mais rico do país, tem condições de fazer isso. As
visitas de rotina, realizadas mensalmente pelos
municípios, alcançam apenas 16% dos domicílios
paulistas. No dia 30 de janeiro, um mutirão especial
visitou 450 mil casas. Até o secretário estadual de
Saúde, David Uip, entrou na dança. Em Sorocaba, fez
força para arrastar uma geladeira e procurar nossas
larvas naqueles esconderijos que ninguém olha.
Felizmente, no dia a dia, a vigilância não tem pernas e
braços para tanto.
Dia desses dei uma espiada na Supervisão de
Vigilância em Saúde, no Butantã. É o órgão da
prefeitura que manda os combatentes para cá. Fui
observar o esquema tático do inimigo. Ter corpinho de
mosquito ajuda muito. Fiquei lá quietinha, só ouvindo.
A chefe Elizabeth Helena Hetesi se descabela para
distribuir a equipe de 93 pessoas de acordo com as
demandas dos bairros da região. Dispõe de 14 carros
para percorrer as ruas, mas a dengue não é o único
problema. O telefone com as reclamações e denúncias
da população não para. A papelada se multiplica mais
rápido que o Aedes. Os cinco biólogos não dão conta
de tanta praga urbana. É dengue, rato, barata,
caramujo, abelhas, pernilongos, escorpiões. Bem
escondidinha, ouvi o desabafo dela: “Uma vez, nossos
agentes foram recebidos a bala numa comunidade”.
Quando termina o dia, exausta, Elizabeth corre para
um hospital de Barueri, onde dá plantões como
enfermeira para complementar a renda.
Enquanto essa for a rotina dos vigilantes, estamos
bem. Além dos recursos escassos, o maior desafio que
eles enfrentam é conseguir mudar os hábitos da
população. Em São Paulo, 85% dos criadouros estão
dentro das casas. Engana-se quem imagina que o
trabalho de porta em porta se resume a vistoriar os
vasinhos com água parada e entregar folhetos
explicativos sobre as doenças que transmitimos. Para
combater o mosquito, é preciso lidar com
acumuladores. Gente que se apega a todo tipo de
inutilidade. Na visita à Vila Sônia, os quintais lotados
de tranqueira eram maioria absoluta. Disso eu já sabia.
É ali que minha gente faz a festa. Naqueles pequenos
ângulos escondidos que a chuva transforma em
piscinas exclusivas.
Algumas de nossas larvas desfrutavam o dolce far
niente em dois dos vasos do quintal da professora
aposentada Ines Borges Segura, de 73 anos, quando os
chatos dos agentes apareceram. Eram tantos pratinhos
de plantas e tanto acúmulo de objetos, que os
vigilantes jamais dariam conta de olhar tudo. Espiaram
alguns e logo encontraram as larvas. Orientaram a
moradora e foram embora, contando com a
colaboração dela para limpar a própria casa. Sacos de
latas de alumínio amassadas, caixas de papelão
empilhadas sobre uma esteira ergométrica abandonada,
uma churrasqueira entulhada de garrafas. Pertinho dali,
crianças brincavam no pátio de uma escolinha de
educação infantil. Sangue novo a nossa espera. Ines
tentou justificar. “A água que vocês encontraram nos
vasos era da chuva de ontem”, disse. Os agentes nem
responderam. Era como se não tivessem ouvido nada.
A “chuva de ontem” ou o “sempre olho, mas não
percebi” são as desculpas clássicas. “Enquanto o
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cidadão não perceber que o problema é dele e não do
outro, não vamos ganhar essa guerra”, diz a agente de
saúde Angelita Ribeiro dos Santos Lima. A
inconsequência, o relaxo e a incapacidade de admitir
os próprios erros são algumas características humanas
muito apreciadas por nós, os Aedes. No Brasil, estamos
bem servidos.
E o Exército? Será páreo para nós? À tarde, já nas
imediações da Rua João Geraldo dos Santos, percebi
que, sem a companhia do soldado Filipe Alves,
Angelita teria dificuldade de entrar num terreno baldio.
A dupla foi recebida pelos latidos de três cães viralatas e pela cara de poucos amigos de dois homens que
moram em casebres dentro do terreno. Num dos cantos
do matagal, uma montanha de garrafas com resíduos
de água da chuva. O dono da casa mantinha distância,
enquanto Angelita vistoriava as garrafas. Foi aí que
Filipe fez valer o peso da farda.
– Grande, acompanhe a gente aqui, por gentileza.
O homem, que se identificou como Edilson da Cruz
Oliveira, ouviu as orientações a contragosto e
protestou: “A maior dengue está dentro da prefeitura”,
disse. Angelita sentiu o clima tenso e logo se despediu.
Nem conseguiu reparar na pilha formada por dezenas
de extintores de incêndio veiculares jogados num
canto, um potencial parque aquático para nossas
pequenas larvas. Para inspecionar tanto lixo, a dupla
levaria uma tarde inteira. Impraticável.
E assim vamos ganhando a guerra. Segundo o
último levantamento nacional de infestação, realizado
em 1.843 municípios, quase metade das cidades
apresenta uma quantidade excessiva de mosquitos.
Está tudo dominado. O lixo é nosso depósito
preferencial (35%) na Região Norte e na Região Sul
(49%). No Nordeste, nos reproduzimos principalmente
nos reservatórios de água (82%). As residências são
nosso principal abrigo no Sudeste (52%) e no CentroOeste (36%).
Neste momento de crise aguda, os gestores têm
evitado bater boca em público. As disputas ocorrem
nos bastidores. “O mosquito não é federal, não é
estadual, não é municipal, não é público nem privado”,
diz o secretário municipal de Saúde, Alexandre
Padilha. “Estamos numa crise de saúde pública
extremamente grave. Se as pessoas ficarem
preocupadas em trocar acusações, seremos fortemente
derrotados.” Não teríamos conseguido expandir tanto
nossos domínios sem a parceria vital dos governantes e
do povo brasileiro. Devemos muito a esta terra. Em
Cingapura, por exemplo, nos demos mal. O país virou
modelo de combate ao mosquito depois de investir em
medidas drásticas, entre elas a aplicação de multas
pesadas a quem mantém larvas em casa. No Brasil,
isso não cola. Ninguém quer assumir o ônus da
impopularidade. “Era só o que faltava, não é?”, diz o
secretário estadual de Saúde, David Uip. “O cidadão
diria que não fizemos o que tinha de ser feito e ainda
queremos penalizá-lo.” Onde o Estado errou? “São
Paulo fez o melhor possível dentro daquilo que estava
acostumado a fazer”, disse. “Ficou claro que era
insuficiente.” Bota insuficiente nisso. No ano passado,
o Estado registrou a segunda maior incidência de
dengue do país, atrás apenas de Goiás. Foram 1.665
casos da doença a cada 100 mil habitantes e mais de
400 óbitos.
“Se as coisas estivessem funcionando, não era para
nenhuma pessoa saudável morrer de dengue”, diz o
professor Expedito Luna, do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade de São Paulo. As coisas
melhoraram muito para nós quando a obrigação de
combater nosso povo passou a ser municipal, no início
dos anos 2000. O subfinanciamento crônico da saúde
impulsionou nossa expansão. Os municípios não têm
dinheiro para executar todas as ações rotineiras e,
também, as emergenciais. Faltam técnicos, biólogos e
acesso a laboratórios de controle dos vetores. Com a
atual divisão de atribuições, os Estados se eximiram da
responsabilidade. Pecam por não cobrar ações dos
municípios. O governo federal deveria ser uma
instância com capacidade de liderança para coordenar
os esforços nacionais. Aí, complicou. “Enquanto a
organização do combate à dengue for do jeito que
vemos hoje, nunca teremos algo consequente no
Brasil”, diz Luna.
Um dia depois da visita à Vila Sônia, a prefeitura
planejou uma nebulização contra o mosquito no Jardim
Jaqueline, um bairro periférico na divisa com Taboão
da Serra. Animados, os agentes se paramentaram,
foram buscar o veneno (chamado malathion) no
depósito central e rumaram para as ruas com maior
infestação de mosquitos. Conseguiram entrar em
poucas casas. A maioria estava fechada. Quando
bateram na porta de um condomínio infestado,
voltaram frustrados. Mesmo com casos confirmados da
doença naquele prédio, o síndico não autorizou a
entrada dos agentes. Mais um investimento público
fracassado. Bingo!
Diante de condições tão favoráveis à expansão de
nossos negócios, tenho apenas duas preocupações. A
principal é a pesquisa do mosquito transgênico, que, se
prosperar, tornará estéreis nossos parceiros e acabará
com nossa descendência. Problemaço que ainda não
sabemos como resolver. Conhecendo bem o Brasil, sei
que a liberação de um produto desses enfrentará anos
de entraves burocráticos. Temos tempo para achar uma
solução. Minha segunda preocupação é a zona de
conforto em que nossos diretores executivos estão
mergulhados. Se eles estão achando que nossa
expansão em outros países será tão fácil quanto foi
aqui, podem cometer um erro de avaliação fatal. Não
devemos subestimar a capacidade de organização e o
senso de responsabilidade de outras culturas.
Terra como o Brasil não há. Daqui não saio. Daqui
ninguém me tira.
*Em depoimento a Cristiane Segatto
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