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PRÉMIO PRIMUS INTER PARES
Construir em equipa
as lideranças futuras
24 jovens testam competências
Peniche. Só um será o primeiro
Primeiro exercício da semifinal:
a apresentação
na semifinal, em
entre os seus pares
individual
aos colegas
foto nuno botelho
Aprender
com metáforas
Entre provas
individuais
e em
testam-se os melhores,
seguidos a par e passo por uma
de observadores
da
equipa
especializada
Egor, consultora
em seleção e recrutamento, liderada por Amândio da Fonseca,
que acompanha a iniciativa desde o início, em 2003. Esta é já a
décima edição do Primus: "Nestes três dias, criamos metáforas,
desafios
testar
que permitem
uma série de capacidades. À medida que os dias avançam, as
provas ganham maior complexidade. E interessante ver como
cada um reage", conta.
Vasco Ferreira, 25 anos, a fazer um mestrado em Finanças
na Faculdade de Economia da
Universidade
do Porto,
onde
também se licenciou em Gestão,
já está habituado a este tipo de
provas — neste ano, participou
numa iniciativa interna da instituição, que colocou os estudangrupo,
Nas paredes, afixam o seu futuro
— ou pelo menos, como o imagi-
nam. Como vão poder resumir o
seu percurso profissional daqui a
25 anos, em 2038? Nas folhas
brancas, em formato A 2, contam-se as histórias de sucesso dos 24
participantes apurados para a semifinal do prémio Primus Inter
Pares, uma iniciativa conjunta entre o Expresso e o Banco Santander Totta, que procura encontrar
aqueles que serão os líderes empresariais do futuro.
Entre desenhos, recortes de revistas e palavras escritas a marcadeslindam-se
dores,
percursos
há
profissionais
promissores:
mesmo quem se veja, pelo caminho, como ministro da Economia
e, em 2038, chegue a Presidente
da República. Todos se projetam
como gestores de sucesso, Presidentes-executivos
de grandes empresas — e em todos esses currículos imaginários há dois pontos
em comum: experiências profissionais internacionais
e uma carreira de sucesso aliada ao bem-es-
tar pessoal.
Por agora, rostos ainda imberbes de pouco mais de 20 anos começam a dar os primeiros passos
no seu currículo profissional. São
alunos de mestrados
nas áreas de
Gestão, Economia e Engenharia,
que concorrem a um prémio que
abrirá as portas de escolas de negócios de prestígio (como as espanholas lESE ou IE) aos três primeiros classificados, aqueles que
mostrem
ser os primeiros entre
domínio de com-
os seus pares no
petências como a capacidade de
trabalho em equipa,
liderança,
improviso ou criatividade.
São exatamente essas qualidades, acrescidas de outras como a
inteligência emocional, capacidade de comunicação e orientação
para o sucesso, que são testadas
durante três dias, pelos 24 semifinalistas, num hotel em Peniche.
tes à prova, em equipas. "Aqui,
Sinto que o
espírito de equipa saiu reforçado. Os candidatos
são pessoas
tem sido diferente.
muito
maduras,
inteligentes
emocionalmente,
que sabem ouvir, ler sinais e coordenar equipas", afirma. Destaca as provas
noturnas, no exterior do hotel
onde estão instalados,
como o
ponto alto dos três dias que dura a semifinal. "Sinto que fui cuidadoso com as pessoas da minha equipa, preocupado
com
aquilo que cada um estava a sentir. Na prova de rapei, por exemplo, procurei ajudar aqueles que
tinham medo", diz.
Andrea Soares, 22 anos, acredita que estes testes são importantes para exercitar aquilo a que
chama "ingredientes
para o sucesso: 3 + 1". "À visão estratégica, ao empenho e às habilidades
comunicativas
dee relacionais,
ve juntar-se um último elemento
essencial
para todos aqueles que
pretendam ser gestores: ser artista. Temos de trabalhar com paiafirma
xão, de ser inspiradores",
a jovem, que está a fazer um mestrado na área de Gestão, no ISCTE. Apesar de ter sido recrutada
para a PT, para o marketing, Andrea quer conhecer o mundo: "O
meu futuro passa pela Austrália,
um país cheio de oportunidades,
onde nasci", revela.
João Bezelga, também com 22
anos, tem um percurso diferente: está a terminar o mestrado
integrado em Engenharia Civil,
no Instituto
Superior Técnico,
em Lisboa. "Tenho uma formação de elevada componente matemática, onde exercitamos muito o pensamento crítico, a lógide problemas.
ca, a resolução
Contudo, temos lacunas no que
diz respeito às chamadas soft
skills (atributos pessoais), como
as apresentações
e as competências relacionais",
diz. Até há pouco, tinha dúvidas na forma como antevia o seu futuro. Agora,
João Bezelga sai desta fase do
Primus com uma certeza: "Não
sei se quero ser engenheiro civil
no meu futuro mais a longo prazo, mas quero tentar nos próximos anos. Mais tarde, gostaria
de experimentar a área de auditoria". E depois? O seu futuro está decalcado no póster que o projeta para 2038 e passa pela liderança de uma grande construtora, no estrangeiro. Daqui a 25
anos se verá.
JOANA MADEIRA PEREIRA
[email protected]
AS FASES
¦ Ao
prémio Primus Inter Pares
candidataram-se 90 jovens,
provenientes de universidades
de todo o país. Feita a análise
documental, os candidatos
selecionados
passaram
testes psicotécnicos
por
¦ Desta
seleção, saíram apenas
que testam agora
de líderes
as suas competências
durante três dias de provas
24 estudantes
¦ Destes,
serão escolhidos os
cinco finalistas, que serão
entrevistados
por um júri
presidido por Francisco Pinto
Balsemão,
presidente
da
Impresa (detentora
do
Expresso)
¦ O primeiro
entre os seus
pares será conhecido na gala
dos prémios, a 24 de junho. Aos
três primeiros classificados é
oferecida a oportunidade de
frequentarem, com propinas
pagas, MBA (master in business
em instituições
administration)
como o lESE, em Barcelona, o
lE, em Madrid, o Lisbon MBA
(numa parceria entre a
Universidade Católica e a
Universidade Nova), ISCTE, ISEG
e, pela primeira vez, a Porto
Business School. O primeiro
classificado recebe ainda uma
bolsa. Os estudantes que se
ficam pelas quarta e quinta
ganham uma
pós-graduação
posições
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