Rita luz/2. Digest o e Absorç o

Propaganda
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Digestão e Absorção
Digestão
Passos da digestão:
1. homogeneização da comida e mistura dos sólidos ingeridos com os
fluidos secretados pelas glândulas
2. secreção de enzimas digestivas
3. secreção de electrólitos (ácido ou alcalino)  pH óptimo das enzimas
4. secreção de ácidos biliares como detergentes para solubilizar lipidos e
facilitar a sua absorção
5. hidrólise de oligomeros e dímeros
6. transporte dos nutrientes e electrólitos do lúmen intestinal para o
sangue ou linfa através do tecido epitelial
Secreções Digestivas
a. Saliva
Propriedades
 pH=6,8
 95% de água
 Na+, Cl-, K+, HCO3 Lubrificante (mucina - glicoproteína)
 Dissolução de moléculas alimentares
 Meio de acção de hidrolases
 Meio de excreção (drogas, IgA)
 Proteínas ricas em prolina, em cisteína (cistatinas) e histidina (histatinas)
 formam uma película dos dentes que protege contra ácidos, retém
humidade, regula a aderência e a actividade de bactérias e leveduras
Enzimas
1. -amilase (= ptialina): ataca ligações -1,4 do amido e glicogénio a
maltose e oligossacáridos. Inactivação a pH<4
2. Lipase: hidrólise dos triacilglicerois a ácidos gordos e 1,2-Diacilglicerol:
TAG  AG+1,2-DAG
3. Peroxidase
4. Lisozima
(acção antibacteriana)
5. Lactoferrina
Regulação da Secreção
Visão do alimento e o cheiro estimula o fluxo salivar, que é aumentado
pelos estímulos tácteis e gustativos na lingua (quando ocorre a ingestão)
Página 1 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
b. Suco Gástrico
Propriedades
 Células mucosas superficiais e do colo  muco (mucina + H2O) + HCO3 Células oxínticas ou parietais  HCl e Factor Intrínseco de Castle
(importante para a absorção de vitamina B12)
HCl:
▪ Diminui o pH gástrico necessário à activação da pepsina (pH=0,8)
▪ Acção antibacteriana e desnatução proteica
▪ Estimula o fluxo da bilis e suco pancreático
HCl
HCl
Bordo
Luminal
HCl
Cl-
H+
Insensível à
oubaína
HCl
K+
ATP
K+
H+
ClCO2 + H2O
Anidrase carbónica
Bordo
Contraluminal
ClCO2
HCO3-
8. Sem estimulação, a célula parietal apresenta um sistema tubulovesicular rico na ATPase H+ K+
9. O CO2 da célula (proveniente do metabolismo ou do sangue) é
hidratado e forma H2CO3 que rapidamente se dissocia em H+ e HCO3-.
10. O H+ passa para o lúmen da vesícula por contra-transporte com K+, pela
ATPase H+ K+
11. O HCO3- regressa ao sangue através de contra-transporte com Cl(permutador aniónico) que passa por difusão para o lúmen do vesícula.
12. A bomba Na+K+ (não representada) no lúmen contra-luminal vai
reciclando os iões K+ e Na+ que também podem sair/entrar por difusão.
13. Quando ocorre estimulação adequada (gastrina, histamina e
acetilcolina), as vesiculas fundem-se com os canalículos e liberta-se HCl
para o lúmen gástrico.
Enzimas  células zimogénicas
1. Pepsinogénio  Pepsina (activação pela presença de H+):
endopeptidase, dividindo as proteínas em péptidos menores, sendo
específica para ligações peptídicas com aminoácidos aromáticos ou
dicarboxilados
2. Renina: impede a saída rápida do leite do estômago. Na presença do
Ca altera a caseína do leite a paracaseína, que é actuada pela pepsina
É importante na criança, mas ausente no adulto  coagula o sangue
3. Lipases: TAG  AG+1,2-DAG
Página 2 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
c. Secreção Pancreática
Propriedades
Componentes aquoso, enzimático e mucoso (pequena quantidade)
HCO3-:
▪ Neutraliza o ácido proveniente do estômago
▪ pH=7,5-8 óptimo para as enzimas pancreáticas
H2O
HCO3Cl-
Bordo
Bordo
Luminal
Luminal
Cl2HCO3
HCO3-
-
2K+
2K+
ATP
Na+
CO2 + H2O
3Na+
Na+
Anidrase carbónica
ATP
Bordo
Contraluminal
H+ Na+
CO2
H2O
H+ Na+ 2HCO3
-
1. O CO2 da célula (proveniente do metabolismo ou do sangue) é hidratado
e forma H2CO3 que rapidamente se dissocia em H+ e HCO3-.
2. O H+ passa para o bordo contra-luminal da vesícula por contra-transporte
com Na+ (permutador catiónico) ou através da H+ATP ase
3. Por outro lado, chega mais HCO3- à célula através de co-transporte com
Na+.
4. O HCO3- proveniente da reacção catalisada pela anidrase carbónica,
juntamente com aquele que é co-transportado com Na+, passa para o
lúmen intestinal através de contra-transporte com (permutador aniónico).
5. O Cl- da célula regressa ao lúmen através do canal de cloro.
6. A bomba Na+K+ no dominio basolateral da célula vai retirando iões Na + da
célula mantendo um gradiente electroquímico necessário tanto ao contratransporte (com H+) como ao co-transporte (com HCO3-).
7. Os iões K+ são reciclados através de um canal de potássio.
Enzimas
1. Endopeptidases
Degradam proteinas produzindo polipéptidos e péptidos
São secretados sob a forma de zimogénios
O tripsinogénio é activado pela enteropeptidase formando tripsina que
activa os outros zimogénios.
1.1. Tripsinogénio  Tripsina (enteropeptidase,tripsina): específica para
ligações peptídicas com aminoácidos básicos
1.2. Quimiotripsinogénio  Quimiotripsina (tripsina): específica para
ligações peptídicas com aminoácidos neutros
1.3. Proelastase  Elastase (tripsina): específica para ligações
peptídicas com aminoácidos pequenos como glicina, serina e alanina.
Página 3 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
2. Carboxipeptidase: exopeptidase da extremidade carboxílica
3. -amilase: clivagem das ligações -1,4
Liberta moléculas de maltose, maltotriose, dextrinas-limite, glicose
4. Lipase
Activada pela enterostatina
Ataca as ligações éster primárias dos TAG, actuando na interface águalípidos de gotículas muito emulsificadas (por agitação mecânica do
aparelho digestivo, na presença de produtos das lipases lingual e
pancreática e na presença de outras enzimas)
A presença de AG livres facilita a hidrólise de TAG, tal como a hidrólise
limitada dos fosfolípidos pela fosfolipase A2 pois aumentando a sua
ligação à interface do substrato
A actividade da lipase pancreática é diminuída pelos sais biliares
Colipase: supera esta inibição, ligando a lipase e à interface dos TAG
coberta pelos sais biliares, ancorando a lipase aos TAG
 O AG na posição 2 é mais difícil de remover, pelo que da hidrólise de
TAG resultam principalmente AG e 2-MAG (pode ser isomerizado para 1MAG, mas é lento)
 O leite humano possui uma lipase activada por sais biliares
5. Fosfolipase A2
Glicerofosfolipidos  Lisofosfolipidos + AG
Activação dependente de Ca
Hidroliza a ligação éster na posição 2 dos fosfolípidos a lisofosfolípidos
6. Colesteril éster hidrolase Ésteres de colesterol  Colesterol livre + AG
7. RNase e DNase digerem os ácidos nucleicos da dieta
d. Secreção biliar
Secretada pelo fígado e armazenada na vesícular biliar que a concentra
Constitução: água, sais biliares, mucina, bilirrubina, colesterol, AG, sais
inorgânicos, drogas, toxinas (forma de excreção)
pH=7,0 (permite a neutralização do ácido)
Propriedade dos sais biliares
 Emulsificação de lipidos, partindo as particulas de gordura em
microbolhas, facilitando a sua digestáo e diminuindo a sua tensão
superficial
 Formam micelas (estruturas circulares delimitadas por sais biliares com
colesterol, lecitina e lipidos a serem digeridos)
 Permite a digestão e absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis
Síntese e degradação dos ácidos biliares
Intestino (enzimas bacterianas)
Hepatócito
Colil-CoA
Colesterol
7α hidroxicolesterol
7α hidroxilase
12α hidroxilase
Quenodesoxicolil-CoA
Ác. Biliares primários
Ác. Biliares secundários
Conjugação
Desconjugação + 7α desidroxilação
Ác. Glicocólico
Ác. Taurocólico
Ác. Glicoquenodesoxicólico
Ác. Tauroquenodesoxicólico
Ác. Desóxicólico
Ác. Litocólico
Página 4 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
e. Secreções intestinais
Propriedades
Criptas de Lieberkühn com células que secretam enzimas que se localizam na
bordadura em escova
Glândulas de Brunner e células caliciformes secretam muco (mucina + água)
pH=5-9
Enzimas
1. Amino-peptidases: corta ligações na extremidade amina
2. Dipeptidases
3. Oligossacaridases e dissacaridases
3.1. -glicosidase (maltase): remove resíduos de glicose em ligações 1,4 em extremidades não redutoras
3.2. complexo sacarose-isomaltase: hidrolisa sacarose e ligações -1,6
3.3. -galactosidase (lactase): remove galactose da lactose, ataca
celobiose e outros -galactósidos, e glicosilceramidas
3.4. Trehalase: hidrolisa trealose
4. Fosfatase: remove o fosfato de certos fosfatos inorgânicos
5. Polinucleotidases: Ácidos nucleicos  Nucleótidos
6. Nucleosidases (nucleosido fosforilase): catalisa a fosforólise
nucleósidos
Nucleósidos  bases de azoto livres + pentose fosfato
de
7. Fosfolipases
Fosfolípidos  glicerol + AG + ácido fosfórico + bases (ex.: colina)
Página 5 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
No intestino Grosso



Absorção de água
Actividade bacteriana (fermentação) nos Glícidos (ex.:celulose) que
escaparam actividade digestiva enzimática  disponibiliza energia (cerca
de 5% da energia basal diária)
A actividade bacteriana que produz:
 vários gases (CO2, NH3, H2, HS)
 ácidos: acético ( acetil CoA); láctico; propiónico (vai para o figado
onde é oxidado); butírico (utilização como combustivel nos próprios
colonócitos)
 fosfatidilcolina  neurina (amina tóxica)
 descarboxilação de aminoácidos: poliaminas (lisina  cadaverina,
arginina  agmantina, tirosina  tiramina, ornitina  putrescina,
histidina  histamina  vasoconstrictores; e tirosina  indole e escatole
 odor das fezes; os sulfurados formam mercaptanos e H2S)
 amoníaco, no metabolismo de substâncias nitrogenadas, absorvida
pela circulação portal
 sintetizam vitamina K e algumas do grupo B
Fezes
100-200g/dia, das quais:
 2/3 de água, 1/3 de celulose, bactérias intestinais, células descamadas,
fibras vegetais não absorvidas e secreções intestinais (ou são absorvidas
ou ocorre desidratação);
 glícidos não absorvidos (-> fermentados), AG cadeia curta, ác. láctico,
ácido propiónico, ác. butírico, hidrogénio, azoto, CO2, metano
 fosfolípidos não absorvidos (colina e neurina)
 aminoácidos não absorvidos . cadaverina, agmantina, tiramina,
putrescine, indol, skatol, mercaptanos, amónia
Página 6 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Regulação da digestão e absorção
Acetilcolina (SNSP)
DColecistocinina CKK (células I)
Histamina
▪ Secreção gástrica
▪ ↓esvaziamento gástrico
▪ Secreção de enzimas
pancreáticas e insulina
▪ Contracção da vesicula biliar
▪ Relaxamento do esfincter de
Oddi
▪ Diminuição da ingesta
alimentar (sensação de
saciedade)
Gastrina (células G)
▪ Secreção de HCl gástrico
▪ Secreção de pepsina
▪ Contração gástrica
↑ secreção por ingestão de
etanol, cafeína e cálcio
↑ secreção por aa aromáticos
no duodeno
Secretina (células S)
▪ ↑HCO3- pancreático
▪ ↑secreção de insulina
▪ ↑motilidade intestinal
▪ ↓motilidade gástrica
▪ Inibição da secreção gástrica
▪ Hidratação da bílis
G
I
S
↑ secreção por acidez, etanol e
AG no duodeno
Somatostatina
▪ Inibe a secreção de GH, gastrina, insulina e glicagina
Página 7 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Hormonas Gastrointestinais
Características especiais das hormonas gastrointestinais:
 Adaptam-se à definição clássica de hormona, slguns apresentam
acções parácrinas e outros actuam de forma neurócrina
 As células produtoras estão localizadas ao longo de todo o tracto
gastrointestinal e não agrupadas num órgão
 A maioria está também presente no sistema nervoso central
Podem ser agrupadas em famílias de acordo com a sequência de aa e a
similaridade funcional:
Família
gastrina
Hormona
Gastrina
secretina
Colecistocinina
Secretina
Outros
Localização
Antro gástrico e
duodeno
Duodeno e jejuno
Duodeno e jejuno
GIP (gastric
inhibitory
polipeptide)
Intestino delgado
VIP (vasoactive
intestinal
polypeptide)
Glicagina
Pancreas
Neurotensina
Tipo bombesina
Ileum
Estômago e
duodeno
Estômago, duodeno,
vesicula biliar
Intestino delgado
Encefalinas
Motilina
Substância P
Somatostatina
Enteroglicagina
Pâncreas
Todo o tracto
gastrointestinal
Estômago, duodeno
e pâncreas
Pâncreas, intestino
delgado
Acção
Secreção do ácido gástrico e
da pepsina
Secreção da amilase gástrica
Secreção pancreática de
bicarbonato
Aumenta a libertação de
insulina mediada pela glicose;
inibe a secreção gástrica
ácida
Relaxamento da musculatura
lisa; estimula a secreção
pancreática de bicarbonato
Activação da glicogenólise,
lipólise, gliconeogénese e
cetogénese.
Desconhecido
Estimula a libertação de
gastrina e CCK
Acções similares a opióides
Inicia a motilidade intestinal
interdigestiva
Incerto
Efeitos inibitórios
Desconhecido
Página 8 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Absorção
Local de Absorção
Estômago
 AG de cadeia curta e média
 Etanol
Duodeno
 Monossacáridos
 2-MAG, AG
 Ca e Fe
 Vitaminas hidrossolúveis
Jejuno
 Monossacáridos e dissacáridos
 MAG, AG, glicerol, colesterol
 Aminoácidos, péptidos
 Vitaminas, folato
 Electrólitos, Fe, Ca, água
Íleum
 Sais biliares
 Vitamina B12
 Electrólitos e água
Intestino grosso
 Água e electrólitos
Transporte de Solutos
Transporte de electrólitos:
 criação de um gradiente electroquímico favorável à entrada de Na+
na célula (ATPase Na/K)
 associação obrigatória do transporte de electrólitos ou solutos com o
transporte de Na+ (co-transporte)
Sistemas de
transporte
Enzimas
Enterócitos
Bordo Luminal
Bordadura em escova
Bordo Contraluminal
Poucas microvilosidades
Di e Oligossacaridases
Aminopeptidases
Dipeptidases
γ-glutamil transferase
fosfato alcalino
guanilato ciclase
SGLT-1 (co-trans. Na+ de monossac.)
GLUT-5 (t. facilitado de frutose)
Na+ cotransporte de aa neutros
Na+ cotransporte de ácidos biliares
H+ cotransporte de peptidos
Na+/K+ ATPase
Adenilato ciclase
GLUT-2 (t. facilitado de monossac.)
Transporte facilitado de aa neutros
Página 9 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Bordo
luminal
Epitélio gastro-intestinal
2 K+
Bordo contra-luminal
(vascular)
3 Na+
ATPase Na/K
K+
Canal K+
ATP
ADP
Aldosterona
ENaC
Epithelium Na+
Channel
Na+
Cl-
Saldo: entrada de NaCl
Espironolactona
Amiloride
Digitálicos
Permutador aniónico
(AE)
HCO3
5
–
anidrase
carbónica
H2CO3  CO2
CO2
1
H+
Permutador catiónico
Cl-
4
H2CO3
3
Saldo: entrada de NaCl
2
4
Na+
(NHE)
SGLT 1
Sodium Glucose
Transporter
Saldo: absorção de Glicose
2 Na+
Glicose, outros
monossacáridos
e aminoácidos
GLUT 2
Glucose Transporter 2
Glicose, outros
monossacáridos
e aminoácidos
Página 10 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Digestão e Absorção Proteica
Enzimas proteolíticas digestivas:
Pepsina (endopeptidase)
Enteropeptidase
Tripsina
Quimiotripsina
Elastase
Carboxipeptidase A/B
Aminopeptidase
Dipeptidase





a.a. aromáticos
a.a. lisina
a.a. básicos
a.a. neutros
a.a. pequenos
COOH
NH2
a.a. grupo livre
Estômago
Duodeno
Pâncreas
Pâncreas
Pâncreas
Pâncreas
Intestino
Intestino
Os produtos da digestão proteica são absorvidos no lumen intestinal por
transportadores específicos sob a forma de aminoácidos, di ou tripéptidos.
No recém nascido também há absorção de anticorpos
Os aminoácidos são depois excretados para a corrente sanguínea.
Parte dos aminoácidos são oxidados (glutamina, glutamato e aspartato)
Os isómeros L dos aminoácidos são transportados activamente da
mucosa intestinal para a serosa – vitamina B6 pode estar envolvida nesta
transferência.
Sistemas de Transporte


Existem transportadores activos especializados, dependentes de Na+,
semelhantes ao TA de glicose, para:
 aa neutros com cadeias laterais curtas ou polares (Ala, Ser, Thr);
 aa neutros com cadeias laterais aromáticas ou hidrofóbicas (Phe, Tyr,
Met, Val, Leu, Ile)
 imino-ácidos (prolina e hidroxiprolina)
 -aa
 aa básicos e cistina (Lys, Arg, Cys-Cys)
 aa ácidos (Glu, Asp)
 dipéptidos e tripéptidos (dipéptidos neutros são co-trans. com H+)
Existem
transportadores
facilitadores,
independentes
de
Na+,
especializados para aa neutros, lipofílicos e aa catiónicos
Lúmen
Superfície Luminal
Enterócito
aa livres
C. Sanguíneo
aa livres
Na+
aa
Na+
Poplipéptidos
Oligopeptidos
Pepsina
S. Gástrica
Tripsina
Quimiotripsina
Elastase
Carboxipeptidase
S. Pancreática
Dipeptidos
Tripeptidos
H+
Endopeptidase
Aminopeptidase
Dipeptidase
Bordadura em Escova
Dipeptidases
Tripeptidases
H+
3Na+
2K+
ATP
3Na+
2K+
Página 11 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Digestão e Absorção Glícidica
Os polímeros glicídicos (glicogénio e amido) são decompostos pela
amilase da saliva (em maltose, oligossacáridos e maltotriose), pela amilase do
pâncreas (origina os mesmos produtos, dissacáridos e alguma glicose), sendo
o processo terminado por dissacaridases e oligossacaridases da parede
intestinal, na formação de monossacáridos.
Enzimas glicolíticas digestivas:
Enzima
-amilase
isomaltase
oligossacaridases
maltase
sacarase
lactase
Substrato
Amilose
Dextrinas limite
oligossacáridos
Maltose, maltotriose
sacarose
lactose
Produto
glicose
glicose
glicose
Glicose+frutose
Glicose+galactose
Localização
Saliva e pâncreas
Intestino
Intestino
Intestino
Intestino
Intestino
Glicoproteinas
da membrana
apical dos
enterócitos
Não existe degradação de celulose (ligações -1,4)
Os HC não absorvidos são fermentados no cólon


 Ingesta excessiva de lactose ou deficiências de absorção de lactose
(doença gastro-intestinal) pode determinar uma intolerância ao leite: a
lactose em excesso é fermentada no cólon, por bactérias, originando gases;
por outro lado, a lactose afecta a osmolaridade do cólon, levando à
ocorrência de diarreias
Sistemas de Transporte:
–
–
TA e transporte facilitado, com especificidade de configuração
O transporte de frutose é mais demorado, pois a sua absorção é feita por
transporte independente de Na+, no transportador GLUT 5.
O SGLT 1 é inibido pela ouabaína e florizina.
O GLUT 2 transporte os açúcares do enterócito para o sangue.
–
–
GLUT-2
GLUT-5
SGLT
Lúmen
Difusão facilitada
Difusão facilitada
Co-transporte com Na
Superfície Luminal
Lactase
Lactose
Amido
Glicose, frutose, galactose
Frutose
Glicose, galactose
α-amilase
Galactose
Maltose
α-glicosidase
Maltotriose
Glicose
Dextrinas-limite
Sacarose
Saliva
S. Pancreática
Sacarase
C. Sanguíneo
Enterócito
Frutose
Bordadura em Escova
GLUT-2
SGLT-1
Na+
Na+
GLUT-5
3Na+
Glicose
Frutose
Galactose
2K+
ATP
3Na+
2K+
Página 12 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Digestão e Absorção de Lípidos
Enzimas lipidicas digestivas
Enzima
Lipase (+colipase)
Substrato
TAG
Fosfolipase
Fosfolipidos
Colesterol
Hidrolase
Ésteres de Colesterol
Produto
AG + MAG +
glicerol
Lisofosfolipidos +
AG + Ác. Fosfórico
+ aminoálcool
AG + colesterol
Localização
Saliva, S. Gástrico,
S. Pancreático
S. Pancreático
S. Pancreático
Absorção de Ácidos Gordos









A absorção dos ácidos gordos depende do nº de carbonos que tem a
sua cadeia.
Os AG com são provavelmente absorvidos por transporte facilitado,
através dos transportadores FAT e FATP (Fatty acid translocase, e Fatty
acid transport peptide).
Os AG com mais de 12 carbonos e os 2-monoacilgliceróis, seguem a via
dos monoacilglicerois.
Quando dentro da célula AG livres ligam-se FABP (Fatty acid binding
protein) que promove o movimento dentro do citosol.
Dentro dos enterócitos os AG livres e os monoacilglicerois são
reesterificados para formar novas moléculas de TAG.
O glicerol é absorvido para o sistema porta ou reutilizado para sintetizar
glicerol 3P  TAG
Os triacilglicerois são armazenados com a Apolipiproteína B, formando-se
quilomicra, que saem do enterócito pelo túbulo lácteo.
AG de cadeia mais curta, ou seja, com menos de 10-12 carbonos, não
são bons substractos para a esterificação (de notar que são em menos
concentração na dieta). Estes AG são transportados para o sistema porta
como AG livres pois a acil-CoA sintetase é específica para AG com mais
de 12 carbonos
Os esteróides de plantas não são absorvidos excepto ergosterol activado
(provitamina A)
Superfície Luminal
Lúmen
TAG
Ésteres de
Colesterol
Fosfolipidos
Lipase
Colesterol
Hidrolase
Fosfolipase
C. Sang. C. Linfático
Enterócito
Glicerol
Colesterol
Lisofosfolípidos
Ác. Fosfórico
Aminoálcool
AG (C6-10)
+ albumina
AG (C6-10)
AG (C12-24)
2-MAG
AG +
1-FABP
AG +
Glicerol 3P
TAG +
Apo
Página 13 de 21
Quilomicra
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Absorção de cálcio



Relação de Ca/P= 1/1
Absorção depende de: ingesta proteica, presença de fibras, osteoporose
ou litíase urinária
Absorção é incompleta: 30-70% (duodeno, jejuno, ileum)
Bordo
luminal
Absorção de Cálcio
Bordo contraluminal (vascular)
Cation Exchanger
Ca2
Calbindina
+
Ca2+-calbindina
Calbindina
ATPase Ca
Ca2+
Ca2+
ATP
ADP
1,25-(OH)2-Vitamina D
Aumenta a absorção de Ca, sendo uma hormona
esteróide – factor de transcrição nuclear
Não existe Ca livre no lúmen gastro-intestinal porque a
calbindina liga-se a esse Ca -> especula-se que a calbindina
associa-se ao Ca e promove o seu transporte para o bordo
contraluminal, tendo função de canal e ATPase Ca.
Página 14 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Casos clínicos
Síndromes de má absorção






Doente magro, com fraqueza, pode alimentar-se bem, mas muitas
diarreias
Origina deficiente absorção dos nutrientes (ou má digestão que
condiciona má absorção)
Patologia gastro-intestinal origina deficiente D e A
Patologia hepatobiliar e pancreática origina má digestão
Exames:
 inquérito alimentar
 evolução ponderal
 patologia gastro-intestinal
 patologia HB e/ou pancreática
 sintomas inespecíficos (astenia, adinamia, paresias, parestesias),
 síntomas específicos (cegueira nocturna, e.g.)
 avaliar peso, massa gorda, massa muscular, edemas, conjuntivas
pálidas, hemorragias, Chvostek e Trousseau, lesões cutâneas e
neurológicas
 análises: hemograma, tempo protombina, glicemia, albumina, TAG,
electrólitos, minerais, fezes
Testes especiais: digestão e absorção de TAG (teste de trioleína marcada)
e de monossacáridos (teste de Schilling, Vit B12)
Sinal ou sintoma
Anemia
Edema
Tetania
Osteoporose
Intolerância ao leite
Hemorragias
Esteatorreia
Síndrome de Hartnup (defeito no
transportador
intestinal
de
aminoácidos neutos)
Substância mal-absorvida
Ferro, Vit B12, folato
Prótidos
Ca, Mg, Vit D
Ca, prótidos, Vit D
Lactose
Vit K
Lípidos e vit lipossolúveis
Aminoácidos neutros
Página 15 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Lítiase Biliar
A solubilidade limitada do colesterol na bílis causa litíase biliar:






livre, o colesterol é praticamente insolúvel na água
a sua solubilidade na bílis depende da concentração relativa em
colesterol, sais biliares e fosfatidilcolina, e da quantidade de água na bílis.
Foi determinada uma linha ABC, em relação a um triângulo de
concentração relativa dos 3 compostos, acima da qual o colesterol
estaria precipitado ou hipersaturado.
Se essa linha for ultrapassada, os cristais de colesterol podem formar
cálculos
É frequente em patologias em que a síntese se colesterol esteja
aumentada, mas a de sais biliares diminuída.
Tratamento: inibição da HMG-CoA redutase
Defeitos enzimáticos:
1. Intolerância à lactose (≠ intolerância a proteínas do leite): pode ser devida
a deficiência de lactase -> diminuição da absorção de lactose -> cãibras
abdominais, diarreia, flatulência: a lactose é osmoticamente activa (a sua
acumulação fixa a água) e é fermentada no intestino (origina gases e
produtos irritantes do intestino). Esta deficiência de lactase pode ser de 3 tipos:
i.
Herdada: desde o nascimento, tratável com restrição de lactase
e ingesta de -galactosidase
ii.
actividade secundária reduzida de lactase: comum em doenças
gastrointestinais
iii.
actividade primária reduzida de lactase: existe uma gradual
diminuição da actividade da lactase devido à diminuição da
expressão da enzima, não devido a diminuição de transcrição,
mas de tradução
2. Deficiência de sacarase: é uma deficiência hereditária de sacarase e
isomaltase, pois estas 2 enzimas formam um complexo enzimático único -> os
sintomas são os mesmos que uma deficiência em lactase
3. Dissacaridúria: aumento da excreção de dissacáridos
4. Mal-absorção de monossacáridos: mutação no SGLT 1; pode estar
associada a mutação no GLUT 5 -> mal-absorção de frutose-sorbitol.
Síndrome de Zelliger-Ellison
Causas: hipergastrinémia resultante de tumores no pâncreas, duodeno, ou nas
células G do pâncreas
Situação: úlcera gástrica (recorrentes ou atípicas) e esteatorreia (eventual, por
inibição da lipase pancreática pelo excesso de acidez gástrica)
Tratamento: remoção cirurgica do tumor, vagotomia, inibição da secreção
gástrica.
Página 16 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Sindrome de Zellweger
–
Doença rara autossómica recessiva
–
Lesões no fígado, rins, cérebro e esqueleto
–
Morte precoce antes dos 6 meses de idade
Causa: defeito no transporte de enzimas peroxissómicas (do citosol para o
interior dos peroxissomas)
Anomalias bioquímicas: acumulação de ácidos gordos de cadeia muito
extensa e de percursores de ácidos biliares. Défice dos plasmogénios
Quilúria




É uma anomalia em que os quilomicrons estão presentes na urina, pois
existe uma fístula quilosa  união das vias urinárias e drenagem linfática
do intestino
No quilotórax, existe uma ligação anormal entre o espaço pleural e a
drenagem linfática intestinal.
Tratamento: alimentação com TAG de cadeia média (<12 carbonos) ou
curta
Deficiência de colipase  esteatorreia, pela diminuição da actividade da
lipase pancreática
Absorção de péptidos não digeridos pode causar reacções antigénicas
Página 17 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Aproveitamento Metabólico dos Nutrientes
Caracterização dos principais tecidos do organismo
Figado
 órgão central altruísta
 necessidades metabólicas elevadas
 uso de cetoácidos
 reservas de glicogénio para uso periférico
 captação de AG e síntese de TAG para uso periférico
 captação de glicose para uso periférico
 captação de aminoácidos para uso próprio e periférico
 gliconeogénese
 cetogénese
 síntese da ureia
Cérebro:





órgão central não altruísta
sem depósitos de glicogénio ou TAG
necessidades metabólicas estritas e elevadas
uso obrigatório de glicose (uso a prazo de corpos cetónicos)
uso de glicose circulante (dieta, glicogénio hepático,
gliconeogénese)
Músculo





órgão periférico não altruísta
necessidades metabólicas elevadas
depósitos de glicogénio
uso AG (AG circulantes, da lipólise)
ou de glicose (glicose circulente, do glicogénio muscular e
hepático e gliconeogénese – ciclo de Cori)
Tecido
adiposo





órgão periférico altruísta
necessidades metabólicas reduzidas
uso de AG locais
necessidade de glicose para síntese de TAG
necessidade de potencial redutor (via das fosfopentoses) para
síntese de TAG
 acumulação do excesso de L, HC, Para
 libertação periférica de AG e glicerol
Página 18 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Fígado. Hepatócito



Orgão central na distribuição e elaboração metabólica
Fornecendo aos tecidos periféricos (extra-hepáticos) os metabolitos e
factores metabólicos que estes possam requerer.
Captação de monossacáridos e aminoácidos (recebidos pela veia porta)
e dos lípidos (por veia porta ou, indirectamente, pelo canal torácico com
ingresso no sistema nervoso).
Aproveitamento dos monossacáridos

Opções metabólicas principais após fosforilação em glicose 6-P (pela
glicocinase ou hexocinase)
1. Glicogénese (activação pela insulina, por modulação da glicogéniosintetase)
2. Glicólise (Oxidação aeróbica para obtenção de energia – modulação
alostérica e covalente das enzimas chave)
3. Via das fosfopentoses (origina poder redutor (NADPH) necessário para
biossínteses redutoras (lipogénese) e ribose 5-P (precursor dos
nucleótidos e ácidos nucleicos)).
4. Glicose circulante (desfosforilação, pela glicose 6-fosfatase, da glicose
6-P em glicose livre, para manutenção da glicémia)
Aproveitamento dos lipidos
Aproveitamento do acetil-CoA para fins energéticos (ciclo de Krebs) ou
lipogénese (síntese dos ácidos gordos, triacilglicerois e colesterol).
 Veiculação dos lípidos sintetizados no fígado pelas lipoproteínas
endógenas (VLDL), para os tecidos periféricos.
 Principais opções metabólicas dos AG captados pelos hepatocitos:
1. Oxidação energética (principal material energético a utilizar pelos
hepatocitos)
2. Cetogénese (corpos cetónicos (acetoacetato e β-hidroxibutirato)
quando há excesso de acetil-CoA não aproveitado pelo ciclo de
Krebs; jejum)
3. Síntese lipídica (ácidos gordos, triacilglicerois, fosfolípidos, colesterol e
derivados) e lipoproteínas (VLDL para a circulação).

Aproveitamento dos aminoácidos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.



Regeneração das proteínas (hepáticas,extra-hepáticas e plasmáticas)
Conversão em produtos azotados não-proteicos
Utilização energética
Conversão em piruvato e/ou intermediários do ciclo de Krebs
Reconversão em glicose (pela gliconeogénese) ou glicogénio
Formação dos ácidos gordos e lípidos em geral (a partir de acetil-CoA).
Formação da ureia, a partir de grupos aminados removidos por
aminotransferases ou desaminases.
Além dos aminoácidos recebidos do intestino, o hepatocito é também
porta de entrada de aminoácidos de origem muscular e outros tecidos
periféricos.
Participação do ciclo da glicose-alanina e glicose-lactato na interacção
entre fígado e músculo, assegurando níveis adequados de glicémia.
Página 19 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Tecido adiposo. Adipocitos
Aproveitamento da glicose e lípidos






Constituição prevalente em triacilglicerol.
Actividade metabólica intensa, em resposta rápida a estímulos hormonais,
e interacção com fígado, músculo esquelético e miocárdio.
Actividade glicolítica intensa originando acetil-CoA e glicerol 3-P (para a
síntese do triacilglicerol e fins energéticos).
Captação do triacilglicerol das lipoproteínas (por acção da lipase
específica na membrana plasmática), proveniente do fígado (VLDL) ou
intestino (quilomicra); transformação dos ácidos gordos em acetil-CoA a
reutilizar na síntese do triacilglicerol.
Hidrólise (por lipase hormono-dependente) do triacilglicerol em ácidos
gordos e glicerol; parte dos ácidos gordos pode ser recapturado pelos
adipocitos para subsequente síntese local do triacilglicerol, mas o restante
ou a generalidade é veiculada, fixada à albumina, para o fígado e outros
tecidos (em geral músculo esquelético e miocárdio).
Importância da insulina (na lipogénese) e da epinefrina e/ou glicagina
(na lipólise). Particularidades metabólicas do tecido adiposo “castanho”,
com finalidades essencialmente termogénicas.
Músculo esquelético e cardíaco. Miocitos
Aproveitamento da glicose, ácidos gordos e corpos cetónicos










A actividade metabólica varia com a intensidade da contracção
muscular.
Em repouso, o músculo esquelético pode utilizar cerca de 50% do oxigénio
corporal, aumentando para 90% em exercício intenso.
Os nutrientes referidos são utilizados (essencialmente) para gerar ATP.
Em repouso, são utilizados preferencialmente os ácidos gordos e os corpos
cetónicos (com transformação em acetil-CoA).
Durante o exercício muscular é utilizada também glicose (transformação
em piruvato-lactato ou piruvato-acetil-CoA, conforme decorre em
anaerobiose ou aerobiose).
Utilização do glicogénio muscular como fonte alternativa da glicose
durante o exercício rápido em anaerobiose, sob modulação pela
epinefrina.
Utilização da fosfocreatina como fonte de grupos fosforilo que regeneram
o ATP do ADP (pela fosfocreatina-cinase).
No miocárdio a oxidação da glicose decorre exclusivamente em
aerobiose, excepto em condições patológicas.
Ciclo do glutamina-glutamato, pelo qual o excesso de NH3 resultante da
proteólise muscular é eliminado para a circulação sob a forma de
glutamina, captada pelo tecido renal, com regeneração do glutamato e
eliminação do NH4+ pela urina; no rim (e na mucosa intestinal), o
glutamato pode ser veiculado para a circulação sanguínea e/ou ser
consumido como material energético.
O ciclo do glutamina-glutamato pode decorrer igualmente a partir do
tecido cerebral, donde é eliminada a glutamina em troca com entrada
de glutamato.
Página 20 de 21
Bioquímica Fisiológica
Digestão e Absorção
Tecido nervoso. Células nervosas
Aproveitamento da glicose e corpos cetónicos




Em condições normais a glicose é o único nutriente utilizado, oxidado em
aerobiose (cerca de 20% do consumo de O2 em repouso).
A dependencia estrita do tecido nervoso para a glicose justifica a
cooperação do organismo na manutenção rigorosa da glicémia. E
m situações extremas de jejum, com hipoglicémia acentuada
(potencialmente geradora de lesões irreversíveis e morte), o tecido
cerebral pode utilizar vantajosamente o β-hidroxibutirato como material
energético (originando acetil-CoA), poupando ainda aminoácidos.
Grande parte do ATP obtido por oxidação da glicose (e corpos
cetónicos) é utilizado na activação do ATPase Na+, K+ e subsequente
potencial eléctrico de membrana.
Página 21 de 21
Download