2007_02_02_exercicio..

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EXERCICIOS COMENTADOS ECONOMIA – TELETRANSMITIDO
Questão 01
A questão 01 tem um pequeno problema que é o enunciado afirmar que se trata de uma
economia sem governo, o que indicaria a não existência de tudo o que está ligado ao governo:
Impostos, Subsídios, Poupança do Governo e Consumo do Governo.
Mas imaginando que houve um engano por parte da ESAF (erro de digitação ou impressão),
iremos resolver o exercício considerando uma economia com governo.
Nas informações prestadas, temos muitas em relação às Transações de um País com o “Resto
do Mundo” e à formação de capital de uma sociedade. Isto nos leva a pensar nas Contas
Nacionais, e especificamente as que se referem ao Capital e Comércio Exterior.
Em resumo, a primeira conta (Capital) retrata quais são os investimentos feitos em uma
sociedade, líquidos de depreciação, e de onde se tira o dinheiro necessário para realizar os
investimentos, igualando Investimentos e Poupança (que é a renda não consumida pela
sociedade e que será utilizada para financiar os investimentos), ou seja:
Investimentos – Depreciação = Poupança
No lado dos Investimentos, divide-se em Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e Variação
de Estoques (∆Est), e no lado da Poupança temos a Poupança Interna ou Bruta (Poupança
Privada + Poupança do Governo/Saldo do Governo em Conta Corrente) e Poupança Externa.
FBKF + ∆Est – Depreciação = Poupança Privada + Poupança Governo + Poupança Externa
150 – 5 = 50 + 35 + Poupança Externa → Poupança Externa = 60
Em resumo, a segunda conta (Comércio Exterior) retrata as formas correntes de envio e
recebimento de renda ao Exterior, igualando o que recebemos com o que enviamos de renda
ao exterior, ou seja:
Exportações + Renda Recebida + Poupança Externa = Importações + Renda Enviada
Como o exercício informa a Renda Líquida Enviada ao Exterior, já subtrai da Renda Enviada
ao Exterior a Renda Recebida, devemos calcular as Importações de Bens e Serviços NãoFatores da seguinte forma:
Exportações + Poupança Externa = Importações + Renda Líquida Enviada
100 + 60 = Importações + 50 → Importações = 110 (Alternativa A)
Questão 02
O exercício 2 está com o gabarito errado. A questão remete a alguns conceitos que foi tratado
no início da Apostila e das Aulas, que é o calculo do Produto Interno Bruto pela Ótica da
Despesa (método mais utilizado para resolver as questões da ESAF) e as diferenças entre
Produto (que contabilmente é igual a Renda ou Despesa/Dispêndio/Demanda) Interno e
Nacional, Bruto e Líquido.
Primeiro devemos observar que o exercício informa que a economia não tem governo, o que
eliminam os Impostos e Subsídios (ou Impostos Indiretos Líquidos de Subsídios) bem como
os Gastos do Governo.
Sendo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) será igual a 900, que é a Soma de Salários,
Lucros, Juros e Alugueis (PIB pela ótica da Renda).
Como o exercício pede a Renda Nacional Líquida (RNL), devemos obtê-la transformando o
Produto/Renda1 Interna em Nacional, subtraindo da Renda Interna a Renda Líquida Enviada
ao Exterior (RLEE):
RNB = RIB – RLEE → RNB = 900 – 100 → RNB = 800
Após a transformação de Interno em Nacional, devemos proceder a mudança de Bruto para
Líquido e, para isso, basta subtrair do Bruto a Depreciação:
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Novamente, lembre-se que contabilmente o Produto é igual a Renda que é igual a Despesa, ou seja: P=R=D.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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RNL = RNB – Depreciação → RNL = 800 – 10 → RNL = 790, que é o primeiro pedido do
exercício.
Já o Consumo Pessoal (igual a Consumo das Famílias), deve ser calculado por meio do PIB
pela Ótica da Despesa, que será igual ao Consumo Pessoal (C), mais Consumo do Governo
(G, que será zero. Por quê?), mais Investimentos (I = FBKF + ∆Est), mais as Exportações de
bens e serviços não-fatores, e menos as Importações de Bens e serviços não-fatores:
PIB = C + I + X - M, já que G =0. Lembre que PIB = 900 (Soma dos W, L, J, Alugueis).
900 = C + 360 + 100 - 50→ C = 490
O único modo de achar o resultado do gabarito é supondo que RNL = 900, ou seja, igualando
RNL e o PIB, o que é errado.
Questão 04.
Novamente a ESAF repete a questão 02 (alterando apenas os números e ao invés de
importações, solicita o resultado das exportações), aliás, no concurso que a ESAF preparou
para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de 2005, esta questão volta a repetir,
indicando que é uma das preferidas da ESAF.
Não irei detalhar a questão, ficando a tarefa para vocês.
FBKF + ∆Est – Depreciação = Poupança Privada + Poupança Governo + Poupança Externa
200 + 10 – 5 = 80 + 60 + Poupança Externa → Poupança Externa = 65
Exportações + Poupança Externa = Importações + Renda Líquida Enviada
Exportações + 65 = 30 + 100 → Exportações = 65 (Alternativa B)
Questão 06.
Esta questão é muito parecida com a questão do concurso de 2003. A questão remete a alguns
conceitos que foi tratado no início da Apostila e das Aulas, que é o calculo do Produto Interno
Bruto pela Ótica da Despesa e as diferenças entre Produto/Renda Interno e Nacional, Bruto e
Líquido.
Note que novamente a economia não tem governo, o que eliminam os Impostos e Subsídios
(ou Impostos Indiretos Líquidos de Subsídios) bem como os Gastos do Governo.
Como o exercício pede a Formação Bruta de Capital Fixo, e temos as informações que
compõem o PIB pela ótica da Despesa, primeiro temos que transformar a Renda Nacional
Líquida (RNL) informada em Renda Interna Bruta (RIB):
RIB = RNL + Depreciação + RLEE = 1000 + 5 + 50 = 1055
Depois substituímos o valor calculado na fórmula abaixo:
PIB = C + FBKF + ∆Est + G + X – M
1055 = 500 + FBKF + 80 + 0 + 200 – 100 → FBKF = 375 (Alternativa A)
Questão 07.
Pode-se calcular o PIB pela ótica da Produção utilizando o conceito de Valor Adicionado ou
Agregado (VA2). O Valor Agregado é definido como:
VA = Valor Bruto de Produção – Consumo Intermediário, sendo que no Valor Bruto de
Produção devem-se incluir os impostos sobre produto. Por sua vez, estes também devem
contemplar os Impostos sobre Importação.
Para responder a questão, de qual é o valor dos Demais Impostos sobre Produtos, deve-se
primeiro verificar se no valor dos Impostos sobre Produto já estão embutidos os Impostos
sobre Importação. Para isso recorre-se a fórmula anterior:
VA = Valor Bruto de Produção (+ Impostos sobre Produção) – Consumo Intermediário
VA = PIB = 1.979.057 + 119.394 – 1.011.751 = 1.086.700
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O Valor Adicionado é o Produto Interno Bruto medido pela Ótica da Produção,
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Perceba que coincide com o valor do PIB informado pela questão, o que nos garante que no
valor dos Impostos sobre produtos (119.394) estão os impostos de importação. Então
finalmente recorro a diferença entre o valor dos Impostos sobre produtos e os Impostos sobre
importação para encontrar os Demais Impostos sobre Produtos:
Impostos Sobre Produtos = Impostos de Importação + Demais Impostos sobre Produtos
119.394 = 8.430 + Demais Impostos sobre Produtos
Demais Impostos sobre Produtos = 110.964 (Alternativa C)
Questão 08.
Questão que exige novamente o conhecimento da Conta de Capital do Sistema de Contas
Nacionais, e que, como vimos na questãodo concurso de 2003, iguala a Poupança (S) com o
Investimento (I), ou seja: S = I. A única modificação é em relação ao que o exercício chama
de Poupança Externa, que será a Transferência de Capital recebida do resto do mundo menos
a Transferência de capital enviada ao resto do mundo. Isto se deve ao fato de que a entrada de
recursos financeiros destinados ao Investimento pode ser chamada de Capital e, como o
Capital que recebemos representa uma entrada de recursos financeiros para ser aplicado em
investimentos, podemos definir a Poupança Externa como:
Poupança Externa = Transferência de Capital recebida do resto do mundo – Transferência de
capital enviada ao resto do mundo.
Poupança Externa = 91 – 29 → Poupança Externa = 62
Como Investimento é igual a Poupança, podemos calcular a necessidade de financiamento
como o recurso adicional que deve ser obtido para viabilizar o investimento planejado pelo
País.
Necessidade de Financiamento = Investimento – Poupança Obtida
Necessidade de Financiamento = (FBKF + ∆Est) – (Poupança Bruta3 + Poupança Externa)
Necessidade de Financiamento = (184.087 + 11.314) – (149.491 + 62)
Necessidade de Financiamento = 45.848 (Alternativa B)
Questão 09.
A questão 09 trata a diferença entre variáveis estoque e variáveis fluxo. Na primeira, a
variável será representada por um acúmulo de observações passadas da variável, é como um
lago que acumula água da chuva durante um determinado período de tempo, o volume de
água ao final será o estoque de água, sendo portanto o volume de água no lago uma variável
estoque.
Já a variável fluxo é caracterizada como a ocorrência da variável em um ponto do tempo, por
exemplo, a água da chuva que cai durante um dia será a variável fluxo. Note que, em geral, a
variável fluxo acumulada no tempo será uma variável acumulada.
Questão 12.
Estrutura Simplificada do BP:
1. Balanço Comercial (BC): + 100.
2. Balanço de Serviços (BS): ?
3. Transferências Unilaterais (TU): ?
4. Saldo em Transações Corrente (STC): - 50
5. Movimento de Capitais Autônomos (MK): ?
6. Balanço de Pagamentos (BP): +10
Note que não há a conta Erros e Omissões, conforme informado no exercício.
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No Sistema de Contas Nacionais do Brasil a Poupança Interna é conhecida como Poupança Bruta.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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A letra a) está incorreta, pois não há como afirmar que a Conta TU é superavitária (positiva)
sem conhecer o valor do BS.
A letra b) também está incorreta pois o saldo da conta BS depende do saldo da conta TU, e
será superavitário (positivo) apenas se o saldo TU for Negativo.
Letra c) incorreta, pois o saldo MK é positivo em +60.
Letra d) está falsa, pois se a conta TU é positiva (superavitária), o saldo BS será negativo
(deficitário).
Finalmente, a letra e) está correta, pois se a conta TU é positiva (superavitária), o saldo BS
será negativo (deficitário).
Questão 13.
Neste exercício, a ESAF pede o conhecimento em relação ao multiplicador dos meios de
pagamento e os fatores que influenciam o mesmo. Lembre que: o multiplicador dos meios de
pagamento é m = 1/c+d(R), que os fatores c, d são menores que 1 e a soma c+d=1, implicando
que a alteração de c necessariamente altera d, e que R também é menor que 1.
Na letra a) a questão afirma que quando se aumentam os depósitos a vista em relação aos
meios de pagamento, haverá um aumento do multiplicador. Isto é verdadeiro, pois o que está
na origem do multiplicador são os depósitos a vista, e quanto mais se realizam depósitos, mais
os bancos comerciais podem criar moeda, aumentando o multiplicador.
Letra b) afirma que quanto maior é a participação do Papel Moeda nos Meios de Pagamento
(c), menor será a participação dos Depósitos a Vista (d), o que é verdadeiro.
Letra c) está incorreta, pois quando a população retém menos dinheiro (menor c), depositando
nos bancos comerciais, há um aumento da capacidade de criação de moeda por parte dos
bancos, e não uma redução como está afirmando a alternativa.
Letra d) afirma que uma redução das reservas bancárias leva a um aumento do multiplicador.
Isto é verdadeiro, pois quando os bancos comerciais reduzem as reservas há uma maior
capacidade de expandir a moeda por meio de empréstimos.
Letra e) é verdadeira, e pode-se comprovar isso em função de c+d=1. Como d não é zero, c+d
sempre será maior que c, numericamente imagine que c=0,8 e d=0,2, obviamente c+d=1, e
portanto é maior que 0,8.
Questão 14.
A questão 14 exige seu conhecimento do balanço dos bancos comerciais, que é apresentado
na página 15 da Apostila (Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais).
Claro que ficar decorando balanço de bancos não é das melhores tarefas, já que você tem
vários assuntos para estar assimilando. Sendo assim, pense que no lado do Ativo dos bancos
Comerciais, há todos os direitos que estes bancos tem junto ao Público e junto ao Banco
Central. Isto inclui o montante de papel-moeda e reservas que os Bancos comerciais tenham
junto ao BACEN, que é direito dos bancos comerciais, assim como empréstimos que os
bancos fazem ao público e ao próprio governo, mesmo em forma de títulos públicos e
privados.
Já no lado do Passivo, temos todas as contas que são deveres/obrigações dos bancos
comerciais junto à terceiros (seja público ou Banco Central). Insto inclui os Depósitos que o
público faz junto aos bancos e os chamados Redescontos e outros empréstimos que os bancos
comerciais tenham feitos junto ao BACEN ou outros agentes de financiamento.
Dentre as alternativas listadas, são direitos dos Bancos Comerciais os Encaixes (reservas) em
Moeda Corrente, Empréstimos ao setor público e privado e os títulos públicos. A única
alternativa que está incorreta são os Redescontos e Outros Empréstimos provenientes do
Banco Central (Letra B), que é um passivo/obrigação dos Bancos Comerciais.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Questão 15.
Esta questão nos remete ao Balanço de Pagamentos, exigindo do candidato o conhecimento
completo, mas não detalhado, da estrutura do Balanço de Pagamentos. Veja que a estrutura
refere-se a metodologia antiga de apuração do BP.
Reproduzindo a estrutura do BP teremos:
A. Balanço Comercial.
B. Balanço de Serviços.
C. Transferências Unilaterais
D. Saldo em Transações Correntes = A + B + C
E. Movimento de Capitais Autônomos.
G. Saldo Total do Balanço de Pagamentos = D + E = A + B + C + E
F. Movimento de Capitais Compensatórios = - G
A alternativa a) está errada pois A + B + C = D, e não igual a D + E + F + G.
Em b) o erro está em incluir D e G para zerar o BP. Estaria correto se fosse: A + B + C + E +
F = 0, que é exatamente o que está na alternativa c), que é a correta.
As alternativas d) e e) estão incorretas pois, no primeiro caso, G que é o Movimento de
Capitais Compensatórios deve ter o valor inverso da conta F (total do BP acima da linha)4, e
no segundo caso, D não é igual a G, e também não é igual a zero, salvo se não houver
nenhuma transação entre o País e o “Resto do Mundo”.
Questão 16.
Questão teórica, pedindo a alternativa incorreta dentre as apresentadas5. A alternativa a) é
verdadeira, pois independente da propriedade de capital, as exportações são realizadas por
empresas que atuam no território nacional, sendo computadas na balança comercial. A única
diferença entre ser uma empresa nacional ou estrangeira é quanto ao envio de renda ao
exterior na forma de lucros.
A letra b) também é correta, assim como as letras c) e d). Na b) os investimentos diretos
fazem parte do Movimento de Capitais, o Saldo em Transações Unilaterais é parte do saldo do
Balanço em Transações Correntes, e o Saldo Total do BP pode ser diferente de zero, pois a
ESAF apenas considera os lançamentos em BP acima da linha (veja Nota de Rodapé 2).
Já a Letra e) está falsa, pois as rendas de capital fazem parte do Balanço de Serviços Fatores
de Produção, afinal capital é um fator de produção.
Questão 23.
Questão fácil, e que todo ano é solicitado ao candidato, exige o conhecimento da fórmula de
Demanda Agregada para uma economia fechada e com governo, exatamente o Modelo Básico
Keynesiano.
Recordando: Demanda Agregada (DA) é igual ao consumo das famílias (C), investimentos (I)
e gastos do governo (G), ou seja DA = C + I + G. Sabendo que em equilíbrio, a Demanda
Agregada se iguala a Oferta ou Produto Agregado (OA) e também a Renda (Y), Y = DA =
AO, podemos calcular o Gasto Necessário do governo para gerar a Renda Informada pelo
exercício, que é de 1.200.
Y = C + I + G → 1.200 = 100 + 0,7 * 1200 + 200 + G → G = 60
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Perceba que a ESAF trabalha com o Saldo do Balanço de Pagamentos acima da linha em suas questões,
permitindo que o saldo seja diferente de zero. E, neste exemplo, tenta induzir o candidato ao erro por alterar a
seqüência alfabética, de G para F.
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Perceba que a letra E é a incorreta, em geral, as questões apresentam como alternativas a serem assinaladas a
primeira ou a ultima. Resolva as questões verificando a Letra A e a Letra E (economize tempo).
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Então, para uma renda ou produto de 1.200, foram necessários 60 em Gastos do Governo. A
questão solicita o quanto se deve aumentar os Gastos do Governo (G) para aumentar em 10%
o produto de equilíbrio.
Como o Produto de Equilíbrio estava em 1.200, um aumento de 10% neste equivale a
acrescentar 120 unidades monetárias, levando a um Y = 1.320. Recorrendo a fórmula anterior,
e substituindo Y por 1.320 teremos um Gasto do Governo de:
Y = C + I + G → 1.320 = 100 + 0,7 * 1.320 + 200 + G → G = 96.
Em termos percentuais, os gastos do governo sofrerão um aumento de 60%, que é o aumento
de 60 para 96 (Alternativa A).
Questão 24.
Exercício parecido com o exercício do ano de 2003, mas com a diferença de pedir simulações
na renda de equilíbrio e o resultado destas simulações na Propensão Marginal a Consumir
(PMgC=c) e na Propensão Marginal a Poupar (PMgS=1-c). A informação importante, além da
fórmula da Demanda Agregada, e da igualdade entre Demanda Agregada, Renda e Produto, é
a relação entre a Propensão Marginal a Consumir e a Poupar.
Lembre que a soma das Propensões Marginais a Poupar e a Consumir é igual a Unidade, isto
é, PMgC + PMgS = 1, pois c+1-c=1.
Recorrendo primeiro à Demanda Agregada, temos:
DA = Y = C + I + G + X – M (já que é uma economia aberta).
Substituindo os números informados:
Y = 500 + cY + 200 + 100 + 50 – 50 → Y – cY = 800.
Podemos modificar o resultado anterior de forma a facilitar os cálculos, procedendo da
seguinte forma: – cY = 800 – Y *(-1) → cY= - 800 + Y
Na alternativa a), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 2.500. Substituindo na fórmula
anterior teremos: c * 2.500 = -800 + 2.500 → c = 0,68 e PMgS = 1-c = 0,32. Como a questão
afirma que a PMgS é igual a 0,68, está incorreta.
Na alternativa b), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 1.000. Substituindo na fórmula
anterior teremos: c * 1.000 = -800 + 1.000 → c = 0,2 e PMgS = 1-c = 0,8, ou seja,
Propensão a Poupar (1-c) maior que Propensão a Consumir (c), o oposto do que a
alternativa afirma, sendo portanto incorreta.
Na alternativa c), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 2.000. Substituindo na fórmula
anterior teremos: c * 2.000 = -800 + 2.000 → c = 0,6 e PMgS = 1-c = 0,4. Como a questão
afirma que a PMgS é igual a 0,5, está incorreta.
Na alternativa d), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 1.600. Substituindo na fórmula
anterior teremos: c * 1.600 = -800 + 1.600 → c = 0,5 e PMgS = 1-c = 0,5, ou seja,
Propensão a Poupar (1-c) é igual a Propensão a Consumir (c), o mesmo que a alternativa
afirma, sendo portanto correta.
A alternativa e) não tem sentido, por que não pode haver uma renda de equilíbrio maior que
2.500? Não tem lógica, está incorreta.
Questão 25.
Questão igual a aplicada em 2002, simulando os impactos da Propensão Marginal a Consumir
(PMgC=c) na renda de equilíbrio.
Recorrendo primeiro à Demanda Agregada, temos:
DA = Y = C + I + G + X – M (já que é uma economia aberta).
Substituindo os números informados:
Y = 100 + cY + 150 + 80 + 50 – 30 → Y = (1/1-c) * 350.
Podemos modificar o resultado anterior de forma a facilitar os cálculos, procedendo da
seguinte forma: Y – cY = 350 → cY= - 800 + Y
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Na alternativa a), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,8. Substituindo na
fórmula anterior teremos: Y = (1/1-0,8) * 350 → Y = 1.750. Como a questão afirma que Y é
igual a 1.700, está incorreta.
Na alternativa b), informa-se uma Propensão Marginal a Poupar de 0,3 e portanto uma
Propensão Marginal a Consumir de 0,7. Substituindo na fórmula anterior teremos: Y = (1/10,7) * 350 → Y = 1.167. Como a questão afirma que Y é igual a 1.700, está incorreta.
Na alternativa c), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,6. Substituindo na
fórmula anterior teremos: Y = (1/1-0,6) * 350 → Y = 875. Como a questão afirma que Y é
igual a 1.730, está incorreta.
Na alternativa d), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,7, que é exatamente
igual a alternativa b) e portanto, Y = 1.167. Como a questão afirma que Y é igual a 1.800, está
incorreta.
Na alternativa e), informa-se uma Propensão Marginal a Poupar de 0,2 e portanto uma
Propensão Marginal a Consumir de 0,8, que é exatamente igual a alternativa a) e portanto, Y
= 1.750. Como a questão afirma que Y é igual a 1.750, está correta.
Questão 26.
A questão 26 exige o conhecimento dos determinantes da Demanda Agregada. Sabemos que
DA = C + I + G + X – M, e substituindo as equações dadas temos:
DA = 200 + 0,8 Yd + 200 – 1000 i + 100 + 200 – 0,1 Y
Como Y = DA no equilíbrio e Yd = Y – T = Y – 0,25 Y = 0,75Y:
Y = 700 + 0,8 (0,75 Y) – 1000 i – 0,1 Y
Y = 700 + 0,6 Y -1000 i – 0,1 Y
0,5 Y = 700 – 1000 i
Considerando a taxa de juros de 10% a renda de equilíbrio será:
0,5 Y = 700 – 1000 (0,1)
Y = 1200
Sendo assim, a alternativa a) está incorreta, pois a renda é de 1200 e não 1500 como afirma a
alternativa.
A alternativa b) simula uma queda dos juros de 5%, o que resulta numa renda de equilíbrio de
1300, portanto um aumento de 100 unidades monetárias. Como a alternativa afirma que há
um aumento de 125, consideramos a alternativa como incorreta.
A alternativa c) simula um aumento de 50 nos gastos públicos e seu impacto no saldo
orçamentário, que é igual a Receita Menos Despesas Públicas. O Saldo Orçamentário (SO)
será: SO = T – G = 0,25 Y – 100.
Na situação inicial, antes do aumento dos gastos públicos, o Saldo Orçamentário será:
SO = 0,25 (1200) – 100 = 200
Com o aumento dos gastos públicos em 50 unidades monetárias haverá um aumento da renda
de equilíbrio para 1500, e o novo saldo orçamentário será:
SO = 0,25 (1500) – 150 = 225.
Como podemos perceber, há uma melhora em 25 unidades monetárias o que está
corretamente especificado na alternativa c.
Na alternativa d) há um aumento das exportações em 50 unidades, impactando no nível de
renda de equilíbrio e no saldo orçamentário. Quanto a renda de equilíbrio, o aumento da
exportações em 50 unidades resulta numa renda de 1500 e uma melhora no saldo
orçamentário em 25 unidades monetárias, resultado similar a alternativa c). Como a questão
afirma que a melhora se dá na mesma magnitude, está incorreta.
Por fim, a alternativa e) afirma que um aumento nas exportações não influenciam as
importações, o que está incorreto, pois o aumento das exportações aumenta a renda de
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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equilíbrio, como pudemos verificar na alternativa anterior e, como as importações dependem
da renda de equilíbrio, elas também irão se alterar.
Questão 29.
Esta questão resgata o Modelo Keynesiano Básico ou Simplificado de uma economia aberta e
com governo. São dadas todas as funções necessárias para o cálculo da Renda de Equilíbrio.
Lembre-se que a Demanda Agregada é igual a Oferta Agregada e a Renda na situação de
equilíbrio, ou seja: Y = DA = C + I + G + X – M
Substituindo as funções na equação acima temos o seguinte resultado de equilíbrio:
Y = 50 + 0,75Y + 200 + 50 + 70 – 20
Y – 0,75 Y = 350
Y = 350/0,25 = 1400.
Nas alternativas, a questão simula o valor da propensão marginal a consumir (PMgC) e seu
impacto na renda de equilíbrio. Como a função Consumo mostra, a Propensão Marginal a
Consumir inicial é de 0,75.
Na alternativa a) há um aumento de 10% na PMgC, que resulta no valor de 0,825. Como nada
mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da
função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor
do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,175 (=1-0,825). Calculando a nova Renda de
Equilíbrio, teremos Y = 350/0,175 = 2000 e um aumento de exatamente 42,875%. Alternativa
correta.
Na alternativa b) há um aumento de 12% na PMgC, que resulta no valor de 0,84. Como nada
mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da
função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor
do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,16 (=1-0,84). Calculando a nova Renda de
Equilíbrio, teremos Y = 350/0,16 = 2187,50 e um aumento de exatamente 56,250%.
Alternativa incorreta.
Na alternativa c) há um aumento de 15% na PMgC, que resulta no valor de 0,8625. Como
nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de
350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o
valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,1375 (=1-0,8625). Calculando a nova
Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,1375 = 2545,4545 e um aumento de exatamente
81,82%. Alternativa incorreta.
Na alternativa d) há um aumento de 20% na PMgC, que resulta no valor de 0,9. Como nada
mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da
função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor
do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,1 (=1-0,9). Calculando a nova Renda de
Equilíbrio, teremos Y = 350/0,1 = 3500 e um aumento de exatamente 150%. Alternativa
incorreta.
Na alternativa e) há um aumento de 25% na PMgC, que resulta no valor de 0,9375. Como
nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de
350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o
valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,0625 (=1-0,9375). Calculando a nova
Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,0625 = 5600 e um aumento de exatamente 300%.
Alternativa incorreta.
Questão 33.
Pergunta teórica sobre o modelo IS-LM.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Na alternativa a) afirma-se que maior a taxa de juros menor será a demanda por moeda, sendo
verdadeiro pois há uma relação inversa entre juros e demanda por moeda em seu componente
especulativo.
A alternativa b) também é correta pois quando ocorre uma política fiscal expansionista
desequilibra-se o mercado monetário em função de um aumento da renda e da demanda
transacional. Como o BACEN não altera a quantidade de moeda, a demanda fica maior que a
oferta, exigindo um aumento da taxa de juros e conseqüente queda da demanda especulativa,
promovendo novamente o equilíbrio no mercado monetário. Este efeito da Política Fiscal
promove o Efeito Crowding-Out ou Efeito Deslocamento, que é a redução dos investimentos
dado um aumento dos juros provocados por maiores gastos do governo, deslocando na
equação de Demanda Agregada parte dos investimentos para os gastos do governo.
Como já informado na explicação da alternativa b), a política expansionista promove uma
elevação da renda, isto apenas não ocorreria se estivéssemos tratando o caso clássico, em que
a política fiscal é totalmente ineficaz. A alternativa c) é verdadeira.
Na alternativa d), julga-se o que ocorre quando ocorre a armadilha da liquidez, que é um caso
extremo em que o BACEN não consegue influenciar a taxa de juros por meio da política
monetária, pois toda a quantidade de moeda injetada no mercado é imediatamente demandado
pelos agentes econômicos, não promovendo desequilíbrios no mercado monetário. Isto faz
com que a política fiscal tenha seu efeito máximo sobre o produto, pois não promove
alteração na taxa de juros e o efeito deslocamento. Finalizando, a política fiscal expansionista
no caso da armadilha da liquidez aumenta o nível de renda, tornando a alternativa incorreta.
(Letra d)
A alternativa e) está correta, pois o aumento da renda promove um aumento da demanda por
moeda transacional, a relação é direta entre a demanda por moeda e a renda.
Questão 34.
Nesta questão, temos a equação das curvas IS e LM e pede-se a oferta de moeda de pleno
emprego, conceito da Teoria Clássica mas utilizada neste exercício do modelo IS-LM.
A equação M/P = 0,2 Y – 15 r é a curva LM, e a equação Y = 600 – 1.000 r é a curva IS.
Informa-se a renda de Pleno Emprego Yp=500 e pode-se, a partir desta renda informada,
calcula a taxa de juros que equilibra os mercados de bens e monetário e promove a suposta
renda de pleno emprego. Para isso, recorre-se a equação da curva IS:
Y = 600 – 1.000 r → 500 = 600 – 1.000 r → r = 0,1.
Esta taxa de juros, de 10%, promove a renda de equilíbrio, e podemos encontrar o valor da
oferta de moeda de pleno emprego pela curva LM, sabendo que o nível de preços é estável e
igual a 1:
M/P = 0,2 Y – 15 r → M = 0,2*500 – 1,5*0,1 → M = 98,5 (Alternativa B).
Questão 35.
Questão teórica sobre o Modelo IS-LM, pedindo a alternativa incorreta. A alternativa a)
refere-se ao caso extremo conhecido como armadilha da liquidez, em que a curva LM é uma
horizontal e a política monetária é ineficaz em influenciar renda. Já a política fiscal é
extremamente eficaz e, aumento nos gastos do governo promove uma elevação da renda sem
alterar a taxa de juros, não ocorrendo o Efeito Deslocamento.
Na alternativa b), são excluídos os casos extremos e afirma-se corretamente que aumento dos
gastos do governo promovem elevação da renda. Como também afirmado na questão, essa
elevação da renda poderia ter sido maior se não ocorresse o efeito deslocamento, que é
redução do investimento dado o impacto dos gastos do governo na taxa de juros. No modelo
básico, como os investimentos não dependem da taxa de juros, o impacto dos gastos do
governo é maior do que no Modelo IS-LM.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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No caso clássico, tratado na alternativa c), a demanda por moeda não depende da taxa de
juros, mas apenas da renda, tornando a curva LM uma vertical e impedindo que gastos do
governo influenciem a renda, provocando apenas uma elevação da taxa de juros.
Já a alternativa d) está incorreta, pois se a curva IS é uma vertical, a política fiscal será a
única responsável por alterações na renda. A política monetária perde sua eficácia em
influenciar a renda da sociedade.
Em e), afirma-se a influencia da renda e dos juros na demanda por moeda transacional e
especulativa, respectivamente.
Questão 36.
A questão nos remete aos casos extremos de Armadilha da Liquidez, em que a curva LM é
uma horizontal e apenas a política fiscal pode alterar a renda, e sem alterar a taxa de juros, e
em que a política monetária é ineficaz em influenciar a renda, pois não consegue promover
desequilíbrios no mercado monetário dada a alta sensibilidade das pessoas em reter moeda
para especulação. A taxa de juros é tão baixa que o BACEN não consegue reduzi-la ainda
mais. E o caso extremo de Caso Clássico, em que a Curva LM é uma vertical, sendo a política
monetária eficaz em alterar a renda e a taxa de juros. Por sua vez, a política fiscal consegue
apenas alterar a taxa de juros, não sendo eficaz em influenciar a renda.
Na alternativa a), afirma-se que a política fiscal no caso clássico altera o nível de renda, algo
incorreto conforme explicitado anteriormente. A alternativa b) também é incorreta, pois os
gastos públicos conseguem influenciar a renda apenas no caso de armadilha de liquidez e não
no caso clássico. A opção c) é falsa dada a eficácia da política fiscal influenciar a renda no
caso de armadilha de liquidez e não no caso clássico, exatamente o oposto da afirmativa
apresentada. Já a alternativa d) afirma que nos dois casos extremos o nível de produto é dado,
algo que não ocorre em nenhum dos dois, dada a possibilidade da política fiscal ou política
monetária influenciar o produto nos casos de armadilha da liquidez e clássico,
respectivamente.
Finalmente, a letra e) está correta, pois realmente o caso clássico ocorre quando a
sensibilidade juros da demanda por moeda é zero (insensível aos juros), e o caso da armadilha
da liquidez acontece quando a demanda por moeda é extremamente sensível a variações na
taxa de juros (infinitamente elástica).
Questão 40.
O exercício informa as equações das curvas IS e LM, incluindo expectativas no modelo, algo
que a ESAF não anda mais pedindo em suas questões.
A única opção falsa é a letra a), e isto porque com deflação a taxa de juros real aumenta dada
a mesma taxa nominal de juros, provocando queda do investimento e do produto. Lembre-se
que juros real é igual a juros nominal deflacionado pela variação de preços.
Todas as demais são verdadeiras.
A opção b) informa que a taxa real de juros é maior do que antes da deflação para cada nível
de taxa de juros nominal.
Na opção c), a curva LM não se altera, e isto é verdadeiro pois a curva LM depende da taxa
de juros nominal (i) e não da taxa de juros real (r). A opção d) coloca corretamente que com a
deflação haverá um deslocamento para baixo da curva IS, o que é verdadeiro pois como há
um aumento da taxa de juros real, o investimento diminui e a curva IS se desloca para baixo.
Para resolver a opção e) necessita-se das equações das curvas IS e LM e também da fórmula
dos juros nominais que é:
Taxa de Juros Nominal = Taxa de Juros Real + Variação de Preços.
Com os valores informados, podemos testar e verificar se realmente com renda de 1000 e
juros de 5%, a variação de preços será de -7,5%, como informado.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Utilizando a equação da curva LM temos:
i = -50 + 0,05 Y
i = -50 + 0,05*1100
i=5
Usando a equação IS:
r = 40 – 0,025 Y
r = 40 – 0,025*1100
r = 12,5
Como i = r + Variação Preços
5 = 12,5 + Variação Preços
Variação de Preços = -7,5%.
O que prova que os valores de equilíbrio com deflação de 7,5% é renda de 1100 e juros de
5%.
Questão 44.
Questão trata da curva de oferta agregada de curto prazo ou curva de oferta agregada
keynesiana, em que os preços são rígidos e as empresas são capazes de ofertar qualquer nível
de produção aos preços já determinados pelo mercado. Isso pode ocorrer quando há contratos
estabelecidos que impedem o aumento dos preços, combinado com excesso de capacidade
ociosa das plantas e mão-de-obra desempregada.
Um choque de oferta neste caso iria deslocar para cima a curva de oferta agregada, gerando
um impacto no nível de preços (Aumento) e redução da renda agregada no curto prazo.
A alternativa a) afirma que os preços irão aumentar no curto prazo com queda da renda, efeito
conhecido como estagflação. Já no longo prazo, a renda tende ao nível de pleno emprego ou
nível natural de renda pois haverá queda dos salários e dos custos de produção, levando a
curva de oferta agregada ao seu ponto original. Isto está correto.
A alternativa b) está incorreta, pois não haverá apenas redução do produto mas também
aumento de preços dado o choque de oferta, que desloca a curva de Oferta Agregada para
cima e a direita.
Já a opção c) está errada pois afirma que haverá apenas aumento de preços, e na verdade
haverá aumento de preços e queda da renda e, no longo prazo, o produto irá aumentar para o
equilíbrio original de pleno emprego.
A opção d) afirma incorretamente que ocorrerá deflação caso o governo tome uma atitude de
combate ao desemprego e eleva a demanda agregada via gastos públicos. Na verdade, haverá
um aumento da inflação. Já a opção e) está incorreta pois, com o governo não interferindo, as
forças de mercado levarão a economia para o pleno emprego no longo prazo, com queda da
inflação, ou seja, no curto prazo haverá uma intensificação da inflação enquanto no longo
prazo há um arrefecimento da mesma.
Questão 45.
A questão 45 apresenta as curvas de demanda agregada derivada do Modelo IS-LM e de
oferta agregada de curto prazo e de longo prazo. Entretanto, provavelmente por motivos de
erro de digitação, há uma inversão das curvas de oferta agregada de curto e de longo prazo.
Lembre-se que a curva de oferta agregada (OA) de curto prazo é uma curva horizontal, pois o
pressuposto adotado é que os preços são inflexíveis ou rígidos, tornando a curva OA uma
horizontal. E a curva de oferta agregada de longo prazo se torna uma vertical em função do
pressuposto de flexibilidade plena dos preços.
Na questão informa-se incorretamente que a curva de oferta agregada de curto prazo é uma
vertical e que a curva de oferta agregada de longo é uma horizontal, exatamente o inverso.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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Resolvendo a questão do modo correto, considerando um choque de oferta adverso, a curva
OA de curto prazo desloca-se para cima, reduzindo o nível de atividade econômica no curto
prazo e pressionando os preços, que se elevam no curto prazo em função do choque de custos
proporcionado pelo aumento dos preços do petróleo.
Caso o governo não intervenha no mercado, não realizando políticas expansionistas a
economia terá que suportar no curto prazo uma redução do nível de atividade econômica e um
aumento do nível de preços. No longo prazo, a atividade econômica tende a retornar ao seu
nível original em função da queda dos salários proporcionado pelo aumento do desemprego.
Com isso, no longo prazo os preços caem novamente e a atividade econômica aumenta.
Já se o governo realizar políticas expansionistas, haverá um deslocamento para cima e a
direita da curva de demanda agregada e impedindo a queda da atividade econômica no curto
prazo. Entretanto, tal política de demanda aumentará ainda mais o nível de preços no curto
prazo.
Na alternativa a), a questão informa incorretamente que haverá uma intensificação da queda
do produto caso o governo realizar política expansionista. Na verdade, como vimos acima, o
produto impedirá a queda do nível de produto devido ao aumento dos preços do petróleo.
Na alternativa b), afirma-se corretamente que o choque adverso de oferta aumenta os custos e
os preços, e caso não haja reação do governo no curto prazo haverá redução do produto e
aumento dos preços, mas no longo prazo os preços diminuem e a economia volta ao nível de
pleno emprego.
A alternativa c) está incorreta pois o choque de oferta agregada causa inflação e não deflação,
que é a queda generalizada do nível de preços.
Na alternativa d) afirma-se incorretamente que o choque de oferta altera o produto de pleno
emprego, e na e) há um erro ao afirmar que o choque não afeta o preço no curto prazo.
Questão 57.
A questão 57 resgata os conceitos de taxa de câmbio nominal e real. Lembre-se que a taxa de
câmbio nominal retrata a relação entre duas moedas, a moeda nacional (no nosso caso o Real)
e a moeda estrangeira (no caso de nossa relação com os Estados Unidos da América o Dólar
Norte-Americano). Já a taxa de câmbio real considera as taxas de inflação externa e interna e
a taxa de câmbio nominal, sendo portanto a taxa de câmbio que influencia as exportações e
importações, cuja fórmula é:
R = EP*/P, em que R é a taxa de câmbio real, E a taxa de câmbio nominal, P* a taxa de
inflação externa e P a taxa de inflação doméstica. A fórmula permite analisar as modificações
propostas pelas alternativas.
Na alternativa a) há um aumento de 10% na taxa de inflação externa (P*) e uma
desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 20% no
numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 25% o que mais
que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio.
Alternativa incorreta.
Na alternativa b) há um aumento de 20% na taxa de inflação externa (P*) e uma
desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 30% no
numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 5% o que não
compensa a variação no numerador e resulta numa desvalorização real da taxa de câmbio.
Alternativa incorreta.
Na alternativa c) há um aumento de 5% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização
nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 15% no numerador da
fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 5% o que não compensa a
variação no numerador e resulta numa desvalorização real da taxa de câmbio. Alternativa
incorreta.
Professor César Reinaldo Rissete
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Na alternativa d) há um aumento de 15% na taxa de inflação externa (P*) e uma
desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 25% no
numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 30% o que mais
que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio.
Alternativa incorreta.
Por fim, na alternativa e) há um aumento de 5% na taxa de inflação externa (P*) e uma
desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 15% no
numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 20% o que mais
que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio.
Alternativa correta.
Professor César Reinaldo Rissete
Material de Apoio Curso Aprovação.
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