EXERCICIOS COMENTADOS ECONOMIA – TELETRANSMITIDO Questão 01 A questão 01 tem um pequeno problema que é o enunciado afirmar que se trata de uma economia sem governo, o que indicaria a não existência de tudo o que está ligado ao governo: Impostos, Subsídios, Poupança do Governo e Consumo do Governo. Mas imaginando que houve um engano por parte da ESAF (erro de digitação ou impressão), iremos resolver o exercício considerando uma economia com governo. Nas informações prestadas, temos muitas em relação às Transações de um País com o “Resto do Mundo” e à formação de capital de uma sociedade. Isto nos leva a pensar nas Contas Nacionais, e especificamente as que se referem ao Capital e Comércio Exterior. Em resumo, a primeira conta (Capital) retrata quais são os investimentos feitos em uma sociedade, líquidos de depreciação, e de onde se tira o dinheiro necessário para realizar os investimentos, igualando Investimentos e Poupança (que é a renda não consumida pela sociedade e que será utilizada para financiar os investimentos), ou seja: Investimentos – Depreciação = Poupança No lado dos Investimentos, divide-se em Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e Variação de Estoques (∆Est), e no lado da Poupança temos a Poupança Interna ou Bruta (Poupança Privada + Poupança do Governo/Saldo do Governo em Conta Corrente) e Poupança Externa. FBKF + ∆Est – Depreciação = Poupança Privada + Poupança Governo + Poupança Externa 150 – 5 = 50 + 35 + Poupança Externa → Poupança Externa = 60 Em resumo, a segunda conta (Comércio Exterior) retrata as formas correntes de envio e recebimento de renda ao Exterior, igualando o que recebemos com o que enviamos de renda ao exterior, ou seja: Exportações + Renda Recebida + Poupança Externa = Importações + Renda Enviada Como o exercício informa a Renda Líquida Enviada ao Exterior, já subtrai da Renda Enviada ao Exterior a Renda Recebida, devemos calcular as Importações de Bens e Serviços NãoFatores da seguinte forma: Exportações + Poupança Externa = Importações + Renda Líquida Enviada 100 + 60 = Importações + 50 → Importações = 110 (Alternativa A) Questão 02 O exercício 2 está com o gabarito errado. A questão remete a alguns conceitos que foi tratado no início da Apostila e das Aulas, que é o calculo do Produto Interno Bruto pela Ótica da Despesa (método mais utilizado para resolver as questões da ESAF) e as diferenças entre Produto (que contabilmente é igual a Renda ou Despesa/Dispêndio/Demanda) Interno e Nacional, Bruto e Líquido. Primeiro devemos observar que o exercício informa que a economia não tem governo, o que eliminam os Impostos e Subsídios (ou Impostos Indiretos Líquidos de Subsídios) bem como os Gastos do Governo. Sendo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) será igual a 900, que é a Soma de Salários, Lucros, Juros e Alugueis (PIB pela ótica da Renda). Como o exercício pede a Renda Nacional Líquida (RNL), devemos obtê-la transformando o Produto/Renda1 Interna em Nacional, subtraindo da Renda Interna a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE): RNB = RIB – RLEE → RNB = 900 – 100 → RNB = 800 Após a transformação de Interno em Nacional, devemos proceder a mudança de Bruto para Líquido e, para isso, basta subtrair do Bruto a Depreciação: 1 Novamente, lembre-se que contabilmente o Produto é igual a Renda que é igual a Despesa, ou seja: P=R=D. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 1 RNL = RNB – Depreciação → RNL = 800 – 10 → RNL = 790, que é o primeiro pedido do exercício. Já o Consumo Pessoal (igual a Consumo das Famílias), deve ser calculado por meio do PIB pela Ótica da Despesa, que será igual ao Consumo Pessoal (C), mais Consumo do Governo (G, que será zero. Por quê?), mais Investimentos (I = FBKF + ∆Est), mais as Exportações de bens e serviços não-fatores, e menos as Importações de Bens e serviços não-fatores: PIB = C + I + X - M, já que G =0. Lembre que PIB = 900 (Soma dos W, L, J, Alugueis). 900 = C + 360 + 100 - 50→ C = 490 O único modo de achar o resultado do gabarito é supondo que RNL = 900, ou seja, igualando RNL e o PIB, o que é errado. Questão 04. Novamente a ESAF repete a questão 02 (alterando apenas os números e ao invés de importações, solicita o resultado das exportações), aliás, no concurso que a ESAF preparou para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de 2005, esta questão volta a repetir, indicando que é uma das preferidas da ESAF. Não irei detalhar a questão, ficando a tarefa para vocês. FBKF + ∆Est – Depreciação = Poupança Privada + Poupança Governo + Poupança Externa 200 + 10 – 5 = 80 + 60 + Poupança Externa → Poupança Externa = 65 Exportações + Poupança Externa = Importações + Renda Líquida Enviada Exportações + 65 = 30 + 100 → Exportações = 65 (Alternativa B) Questão 06. Esta questão é muito parecida com a questão do concurso de 2003. A questão remete a alguns conceitos que foi tratado no início da Apostila e das Aulas, que é o calculo do Produto Interno Bruto pela Ótica da Despesa e as diferenças entre Produto/Renda Interno e Nacional, Bruto e Líquido. Note que novamente a economia não tem governo, o que eliminam os Impostos e Subsídios (ou Impostos Indiretos Líquidos de Subsídios) bem como os Gastos do Governo. Como o exercício pede a Formação Bruta de Capital Fixo, e temos as informações que compõem o PIB pela ótica da Despesa, primeiro temos que transformar a Renda Nacional Líquida (RNL) informada em Renda Interna Bruta (RIB): RIB = RNL + Depreciação + RLEE = 1000 + 5 + 50 = 1055 Depois substituímos o valor calculado na fórmula abaixo: PIB = C + FBKF + ∆Est + G + X – M 1055 = 500 + FBKF + 80 + 0 + 200 – 100 → FBKF = 375 (Alternativa A) Questão 07. Pode-se calcular o PIB pela ótica da Produção utilizando o conceito de Valor Adicionado ou Agregado (VA2). O Valor Agregado é definido como: VA = Valor Bruto de Produção – Consumo Intermediário, sendo que no Valor Bruto de Produção devem-se incluir os impostos sobre produto. Por sua vez, estes também devem contemplar os Impostos sobre Importação. Para responder a questão, de qual é o valor dos Demais Impostos sobre Produtos, deve-se primeiro verificar se no valor dos Impostos sobre Produto já estão embutidos os Impostos sobre Importação. Para isso recorre-se a fórmula anterior: VA = Valor Bruto de Produção (+ Impostos sobre Produção) – Consumo Intermediário VA = PIB = 1.979.057 + 119.394 – 1.011.751 = 1.086.700 2 O Valor Adicionado é o Produto Interno Bruto medido pela Ótica da Produção, Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 2 Perceba que coincide com o valor do PIB informado pela questão, o que nos garante que no valor dos Impostos sobre produtos (119.394) estão os impostos de importação. Então finalmente recorro a diferença entre o valor dos Impostos sobre produtos e os Impostos sobre importação para encontrar os Demais Impostos sobre Produtos: Impostos Sobre Produtos = Impostos de Importação + Demais Impostos sobre Produtos 119.394 = 8.430 + Demais Impostos sobre Produtos Demais Impostos sobre Produtos = 110.964 (Alternativa C) Questão 08. Questão que exige novamente o conhecimento da Conta de Capital do Sistema de Contas Nacionais, e que, como vimos na questãodo concurso de 2003, iguala a Poupança (S) com o Investimento (I), ou seja: S = I. A única modificação é em relação ao que o exercício chama de Poupança Externa, que será a Transferência de Capital recebida do resto do mundo menos a Transferência de capital enviada ao resto do mundo. Isto se deve ao fato de que a entrada de recursos financeiros destinados ao Investimento pode ser chamada de Capital e, como o Capital que recebemos representa uma entrada de recursos financeiros para ser aplicado em investimentos, podemos definir a Poupança Externa como: Poupança Externa = Transferência de Capital recebida do resto do mundo – Transferência de capital enviada ao resto do mundo. Poupança Externa = 91 – 29 → Poupança Externa = 62 Como Investimento é igual a Poupança, podemos calcular a necessidade de financiamento como o recurso adicional que deve ser obtido para viabilizar o investimento planejado pelo País. Necessidade de Financiamento = Investimento – Poupança Obtida Necessidade de Financiamento = (FBKF + ∆Est) – (Poupança Bruta3 + Poupança Externa) Necessidade de Financiamento = (184.087 + 11.314) – (149.491 + 62) Necessidade de Financiamento = 45.848 (Alternativa B) Questão 09. A questão 09 trata a diferença entre variáveis estoque e variáveis fluxo. Na primeira, a variável será representada por um acúmulo de observações passadas da variável, é como um lago que acumula água da chuva durante um determinado período de tempo, o volume de água ao final será o estoque de água, sendo portanto o volume de água no lago uma variável estoque. Já a variável fluxo é caracterizada como a ocorrência da variável em um ponto do tempo, por exemplo, a água da chuva que cai durante um dia será a variável fluxo. Note que, em geral, a variável fluxo acumulada no tempo será uma variável acumulada. Questão 12. Estrutura Simplificada do BP: 1. Balanço Comercial (BC): + 100. 2. Balanço de Serviços (BS): ? 3. Transferências Unilaterais (TU): ? 4. Saldo em Transações Corrente (STC): - 50 5. Movimento de Capitais Autônomos (MK): ? 6. Balanço de Pagamentos (BP): +10 Note que não há a conta Erros e Omissões, conforme informado no exercício. 3 No Sistema de Contas Nacionais do Brasil a Poupança Interna é conhecida como Poupança Bruta. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 3 A letra a) está incorreta, pois não há como afirmar que a Conta TU é superavitária (positiva) sem conhecer o valor do BS. A letra b) também está incorreta pois o saldo da conta BS depende do saldo da conta TU, e será superavitário (positivo) apenas se o saldo TU for Negativo. Letra c) incorreta, pois o saldo MK é positivo em +60. Letra d) está falsa, pois se a conta TU é positiva (superavitária), o saldo BS será negativo (deficitário). Finalmente, a letra e) está correta, pois se a conta TU é positiva (superavitária), o saldo BS será negativo (deficitário). Questão 13. Neste exercício, a ESAF pede o conhecimento em relação ao multiplicador dos meios de pagamento e os fatores que influenciam o mesmo. Lembre que: o multiplicador dos meios de pagamento é m = 1/c+d(R), que os fatores c, d são menores que 1 e a soma c+d=1, implicando que a alteração de c necessariamente altera d, e que R também é menor que 1. Na letra a) a questão afirma que quando se aumentam os depósitos a vista em relação aos meios de pagamento, haverá um aumento do multiplicador. Isto é verdadeiro, pois o que está na origem do multiplicador são os depósitos a vista, e quanto mais se realizam depósitos, mais os bancos comerciais podem criar moeda, aumentando o multiplicador. Letra b) afirma que quanto maior é a participação do Papel Moeda nos Meios de Pagamento (c), menor será a participação dos Depósitos a Vista (d), o que é verdadeiro. Letra c) está incorreta, pois quando a população retém menos dinheiro (menor c), depositando nos bancos comerciais, há um aumento da capacidade de criação de moeda por parte dos bancos, e não uma redução como está afirmando a alternativa. Letra d) afirma que uma redução das reservas bancárias leva a um aumento do multiplicador. Isto é verdadeiro, pois quando os bancos comerciais reduzem as reservas há uma maior capacidade de expandir a moeda por meio de empréstimos. Letra e) é verdadeira, e pode-se comprovar isso em função de c+d=1. Como d não é zero, c+d sempre será maior que c, numericamente imagine que c=0,8 e d=0,2, obviamente c+d=1, e portanto é maior que 0,8. Questão 14. A questão 14 exige seu conhecimento do balanço dos bancos comerciais, que é apresentado na página 15 da Apostila (Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais). Claro que ficar decorando balanço de bancos não é das melhores tarefas, já que você tem vários assuntos para estar assimilando. Sendo assim, pense que no lado do Ativo dos bancos Comerciais, há todos os direitos que estes bancos tem junto ao Público e junto ao Banco Central. Isto inclui o montante de papel-moeda e reservas que os Bancos comerciais tenham junto ao BACEN, que é direito dos bancos comerciais, assim como empréstimos que os bancos fazem ao público e ao próprio governo, mesmo em forma de títulos públicos e privados. Já no lado do Passivo, temos todas as contas que são deveres/obrigações dos bancos comerciais junto à terceiros (seja público ou Banco Central). Insto inclui os Depósitos que o público faz junto aos bancos e os chamados Redescontos e outros empréstimos que os bancos comerciais tenham feitos junto ao BACEN ou outros agentes de financiamento. Dentre as alternativas listadas, são direitos dos Bancos Comerciais os Encaixes (reservas) em Moeda Corrente, Empréstimos ao setor público e privado e os títulos públicos. A única alternativa que está incorreta são os Redescontos e Outros Empréstimos provenientes do Banco Central (Letra B), que é um passivo/obrigação dos Bancos Comerciais. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 4 Questão 15. Esta questão nos remete ao Balanço de Pagamentos, exigindo do candidato o conhecimento completo, mas não detalhado, da estrutura do Balanço de Pagamentos. Veja que a estrutura refere-se a metodologia antiga de apuração do BP. Reproduzindo a estrutura do BP teremos: A. Balanço Comercial. B. Balanço de Serviços. C. Transferências Unilaterais D. Saldo em Transações Correntes = A + B + C E. Movimento de Capitais Autônomos. G. Saldo Total do Balanço de Pagamentos = D + E = A + B + C + E F. Movimento de Capitais Compensatórios = - G A alternativa a) está errada pois A + B + C = D, e não igual a D + E + F + G. Em b) o erro está em incluir D e G para zerar o BP. Estaria correto se fosse: A + B + C + E + F = 0, que é exatamente o que está na alternativa c), que é a correta. As alternativas d) e e) estão incorretas pois, no primeiro caso, G que é o Movimento de Capitais Compensatórios deve ter o valor inverso da conta F (total do BP acima da linha)4, e no segundo caso, D não é igual a G, e também não é igual a zero, salvo se não houver nenhuma transação entre o País e o “Resto do Mundo”. Questão 16. Questão teórica, pedindo a alternativa incorreta dentre as apresentadas5. A alternativa a) é verdadeira, pois independente da propriedade de capital, as exportações são realizadas por empresas que atuam no território nacional, sendo computadas na balança comercial. A única diferença entre ser uma empresa nacional ou estrangeira é quanto ao envio de renda ao exterior na forma de lucros. A letra b) também é correta, assim como as letras c) e d). Na b) os investimentos diretos fazem parte do Movimento de Capitais, o Saldo em Transações Unilaterais é parte do saldo do Balanço em Transações Correntes, e o Saldo Total do BP pode ser diferente de zero, pois a ESAF apenas considera os lançamentos em BP acima da linha (veja Nota de Rodapé 2). Já a Letra e) está falsa, pois as rendas de capital fazem parte do Balanço de Serviços Fatores de Produção, afinal capital é um fator de produção. Questão 23. Questão fácil, e que todo ano é solicitado ao candidato, exige o conhecimento da fórmula de Demanda Agregada para uma economia fechada e com governo, exatamente o Modelo Básico Keynesiano. Recordando: Demanda Agregada (DA) é igual ao consumo das famílias (C), investimentos (I) e gastos do governo (G), ou seja DA = C + I + G. Sabendo que em equilíbrio, a Demanda Agregada se iguala a Oferta ou Produto Agregado (OA) e também a Renda (Y), Y = DA = AO, podemos calcular o Gasto Necessário do governo para gerar a Renda Informada pelo exercício, que é de 1.200. Y = C + I + G → 1.200 = 100 + 0,7 * 1200 + 200 + G → G = 60 4 Perceba que a ESAF trabalha com o Saldo do Balanço de Pagamentos acima da linha em suas questões, permitindo que o saldo seja diferente de zero. E, neste exemplo, tenta induzir o candidato ao erro por alterar a seqüência alfabética, de G para F. 5 Perceba que a letra E é a incorreta, em geral, as questões apresentam como alternativas a serem assinaladas a primeira ou a ultima. Resolva as questões verificando a Letra A e a Letra E (economize tempo). Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 5 Então, para uma renda ou produto de 1.200, foram necessários 60 em Gastos do Governo. A questão solicita o quanto se deve aumentar os Gastos do Governo (G) para aumentar em 10% o produto de equilíbrio. Como o Produto de Equilíbrio estava em 1.200, um aumento de 10% neste equivale a acrescentar 120 unidades monetárias, levando a um Y = 1.320. Recorrendo a fórmula anterior, e substituindo Y por 1.320 teremos um Gasto do Governo de: Y = C + I + G → 1.320 = 100 + 0,7 * 1.320 + 200 + G → G = 96. Em termos percentuais, os gastos do governo sofrerão um aumento de 60%, que é o aumento de 60 para 96 (Alternativa A). Questão 24. Exercício parecido com o exercício do ano de 2003, mas com a diferença de pedir simulações na renda de equilíbrio e o resultado destas simulações na Propensão Marginal a Consumir (PMgC=c) e na Propensão Marginal a Poupar (PMgS=1-c). A informação importante, além da fórmula da Demanda Agregada, e da igualdade entre Demanda Agregada, Renda e Produto, é a relação entre a Propensão Marginal a Consumir e a Poupar. Lembre que a soma das Propensões Marginais a Poupar e a Consumir é igual a Unidade, isto é, PMgC + PMgS = 1, pois c+1-c=1. Recorrendo primeiro à Demanda Agregada, temos: DA = Y = C + I + G + X – M (já que é uma economia aberta). Substituindo os números informados: Y = 500 + cY + 200 + 100 + 50 – 50 → Y – cY = 800. Podemos modificar o resultado anterior de forma a facilitar os cálculos, procedendo da seguinte forma: – cY = 800 – Y *(-1) → cY= - 800 + Y Na alternativa a), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 2.500. Substituindo na fórmula anterior teremos: c * 2.500 = -800 + 2.500 → c = 0,68 e PMgS = 1-c = 0,32. Como a questão afirma que a PMgS é igual a 0,68, está incorreta. Na alternativa b), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 1.000. Substituindo na fórmula anterior teremos: c * 1.000 = -800 + 1.000 → c = 0,2 e PMgS = 1-c = 0,8, ou seja, Propensão a Poupar (1-c) maior que Propensão a Consumir (c), o oposto do que a alternativa afirma, sendo portanto incorreta. Na alternativa c), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 2.000. Substituindo na fórmula anterior teremos: c * 2.000 = -800 + 2.000 → c = 0,6 e PMgS = 1-c = 0,4. Como a questão afirma que a PMgS é igual a 0,5, está incorreta. Na alternativa d), informa-se um renda de equilíbrio (Y) de 1.600. Substituindo na fórmula anterior teremos: c * 1.600 = -800 + 1.600 → c = 0,5 e PMgS = 1-c = 0,5, ou seja, Propensão a Poupar (1-c) é igual a Propensão a Consumir (c), o mesmo que a alternativa afirma, sendo portanto correta. A alternativa e) não tem sentido, por que não pode haver uma renda de equilíbrio maior que 2.500? Não tem lógica, está incorreta. Questão 25. Questão igual a aplicada em 2002, simulando os impactos da Propensão Marginal a Consumir (PMgC=c) na renda de equilíbrio. Recorrendo primeiro à Demanda Agregada, temos: DA = Y = C + I + G + X – M (já que é uma economia aberta). Substituindo os números informados: Y = 100 + cY + 150 + 80 + 50 – 30 → Y = (1/1-c) * 350. Podemos modificar o resultado anterior de forma a facilitar os cálculos, procedendo da seguinte forma: Y – cY = 350 → cY= - 800 + Y Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 6 Na alternativa a), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,8. Substituindo na fórmula anterior teremos: Y = (1/1-0,8) * 350 → Y = 1.750. Como a questão afirma que Y é igual a 1.700, está incorreta. Na alternativa b), informa-se uma Propensão Marginal a Poupar de 0,3 e portanto uma Propensão Marginal a Consumir de 0,7. Substituindo na fórmula anterior teremos: Y = (1/10,7) * 350 → Y = 1.167. Como a questão afirma que Y é igual a 1.700, está incorreta. Na alternativa c), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,6. Substituindo na fórmula anterior teremos: Y = (1/1-0,6) * 350 → Y = 875. Como a questão afirma que Y é igual a 1.730, está incorreta. Na alternativa d), informa-se uma Propensão Marginal a Consumir de 0,7, que é exatamente igual a alternativa b) e portanto, Y = 1.167. Como a questão afirma que Y é igual a 1.800, está incorreta. Na alternativa e), informa-se uma Propensão Marginal a Poupar de 0,2 e portanto uma Propensão Marginal a Consumir de 0,8, que é exatamente igual a alternativa a) e portanto, Y = 1.750. Como a questão afirma que Y é igual a 1.750, está correta. Questão 26. A questão 26 exige o conhecimento dos determinantes da Demanda Agregada. Sabemos que DA = C + I + G + X – M, e substituindo as equações dadas temos: DA = 200 + 0,8 Yd + 200 – 1000 i + 100 + 200 – 0,1 Y Como Y = DA no equilíbrio e Yd = Y – T = Y – 0,25 Y = 0,75Y: Y = 700 + 0,8 (0,75 Y) – 1000 i – 0,1 Y Y = 700 + 0,6 Y -1000 i – 0,1 Y 0,5 Y = 700 – 1000 i Considerando a taxa de juros de 10% a renda de equilíbrio será: 0,5 Y = 700 – 1000 (0,1) Y = 1200 Sendo assim, a alternativa a) está incorreta, pois a renda é de 1200 e não 1500 como afirma a alternativa. A alternativa b) simula uma queda dos juros de 5%, o que resulta numa renda de equilíbrio de 1300, portanto um aumento de 100 unidades monetárias. Como a alternativa afirma que há um aumento de 125, consideramos a alternativa como incorreta. A alternativa c) simula um aumento de 50 nos gastos públicos e seu impacto no saldo orçamentário, que é igual a Receita Menos Despesas Públicas. O Saldo Orçamentário (SO) será: SO = T – G = 0,25 Y – 100. Na situação inicial, antes do aumento dos gastos públicos, o Saldo Orçamentário será: SO = 0,25 (1200) – 100 = 200 Com o aumento dos gastos públicos em 50 unidades monetárias haverá um aumento da renda de equilíbrio para 1500, e o novo saldo orçamentário será: SO = 0,25 (1500) – 150 = 225. Como podemos perceber, há uma melhora em 25 unidades monetárias o que está corretamente especificado na alternativa c. Na alternativa d) há um aumento das exportações em 50 unidades, impactando no nível de renda de equilíbrio e no saldo orçamentário. Quanto a renda de equilíbrio, o aumento da exportações em 50 unidades resulta numa renda de 1500 e uma melhora no saldo orçamentário em 25 unidades monetárias, resultado similar a alternativa c). Como a questão afirma que a melhora se dá na mesma magnitude, está incorreta. Por fim, a alternativa e) afirma que um aumento nas exportações não influenciam as importações, o que está incorreto, pois o aumento das exportações aumenta a renda de Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 7 equilíbrio, como pudemos verificar na alternativa anterior e, como as importações dependem da renda de equilíbrio, elas também irão se alterar. Questão 29. Esta questão resgata o Modelo Keynesiano Básico ou Simplificado de uma economia aberta e com governo. São dadas todas as funções necessárias para o cálculo da Renda de Equilíbrio. Lembre-se que a Demanda Agregada é igual a Oferta Agregada e a Renda na situação de equilíbrio, ou seja: Y = DA = C + I + G + X – M Substituindo as funções na equação acima temos o seguinte resultado de equilíbrio: Y = 50 + 0,75Y + 200 + 50 + 70 – 20 Y – 0,75 Y = 350 Y = 350/0,25 = 1400. Nas alternativas, a questão simula o valor da propensão marginal a consumir (PMgC) e seu impacto na renda de equilíbrio. Como a função Consumo mostra, a Propensão Marginal a Consumir inicial é de 0,75. Na alternativa a) há um aumento de 10% na PMgC, que resulta no valor de 0,825. Como nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,175 (=1-0,825). Calculando a nova Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,175 = 2000 e um aumento de exatamente 42,875%. Alternativa correta. Na alternativa b) há um aumento de 12% na PMgC, que resulta no valor de 0,84. Como nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,16 (=1-0,84). Calculando a nova Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,16 = 2187,50 e um aumento de exatamente 56,250%. Alternativa incorreta. Na alternativa c) há um aumento de 15% na PMgC, que resulta no valor de 0,8625. Como nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,1375 (=1-0,8625). Calculando a nova Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,1375 = 2545,4545 e um aumento de exatamente 81,82%. Alternativa incorreta. Na alternativa d) há um aumento de 20% na PMgC, que resulta no valor de 0,9. Como nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,1 (=1-0,9). Calculando a nova Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,1 = 3500 e um aumento de exatamente 150%. Alternativa incorreta. Na alternativa e) há um aumento de 25% na PMgC, que resulta no valor de 0,9375. Como nada mais se altera, podemos simplificar nosso raciocínio mantendo o valor encontrado de 350 da função de Demanda Agregada (lado direito da equação acima). O que vai se alterar é o valor do denominador, que era de 0,25 e agora será 0,0625 (=1-0,9375). Calculando a nova Renda de Equilíbrio, teremos Y = 350/0,0625 = 5600 e um aumento de exatamente 300%. Alternativa incorreta. Questão 33. Pergunta teórica sobre o modelo IS-LM. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 8 Na alternativa a) afirma-se que maior a taxa de juros menor será a demanda por moeda, sendo verdadeiro pois há uma relação inversa entre juros e demanda por moeda em seu componente especulativo. A alternativa b) também é correta pois quando ocorre uma política fiscal expansionista desequilibra-se o mercado monetário em função de um aumento da renda e da demanda transacional. Como o BACEN não altera a quantidade de moeda, a demanda fica maior que a oferta, exigindo um aumento da taxa de juros e conseqüente queda da demanda especulativa, promovendo novamente o equilíbrio no mercado monetário. Este efeito da Política Fiscal promove o Efeito Crowding-Out ou Efeito Deslocamento, que é a redução dos investimentos dado um aumento dos juros provocados por maiores gastos do governo, deslocando na equação de Demanda Agregada parte dos investimentos para os gastos do governo. Como já informado na explicação da alternativa b), a política expansionista promove uma elevação da renda, isto apenas não ocorreria se estivéssemos tratando o caso clássico, em que a política fiscal é totalmente ineficaz. A alternativa c) é verdadeira. Na alternativa d), julga-se o que ocorre quando ocorre a armadilha da liquidez, que é um caso extremo em que o BACEN não consegue influenciar a taxa de juros por meio da política monetária, pois toda a quantidade de moeda injetada no mercado é imediatamente demandado pelos agentes econômicos, não promovendo desequilíbrios no mercado monetário. Isto faz com que a política fiscal tenha seu efeito máximo sobre o produto, pois não promove alteração na taxa de juros e o efeito deslocamento. Finalizando, a política fiscal expansionista no caso da armadilha da liquidez aumenta o nível de renda, tornando a alternativa incorreta. (Letra d) A alternativa e) está correta, pois o aumento da renda promove um aumento da demanda por moeda transacional, a relação é direta entre a demanda por moeda e a renda. Questão 34. Nesta questão, temos a equação das curvas IS e LM e pede-se a oferta de moeda de pleno emprego, conceito da Teoria Clássica mas utilizada neste exercício do modelo IS-LM. A equação M/P = 0,2 Y – 15 r é a curva LM, e a equação Y = 600 – 1.000 r é a curva IS. Informa-se a renda de Pleno Emprego Yp=500 e pode-se, a partir desta renda informada, calcula a taxa de juros que equilibra os mercados de bens e monetário e promove a suposta renda de pleno emprego. Para isso, recorre-se a equação da curva IS: Y = 600 – 1.000 r → 500 = 600 – 1.000 r → r = 0,1. Esta taxa de juros, de 10%, promove a renda de equilíbrio, e podemos encontrar o valor da oferta de moeda de pleno emprego pela curva LM, sabendo que o nível de preços é estável e igual a 1: M/P = 0,2 Y – 15 r → M = 0,2*500 – 1,5*0,1 → M = 98,5 (Alternativa B). Questão 35. Questão teórica sobre o Modelo IS-LM, pedindo a alternativa incorreta. A alternativa a) refere-se ao caso extremo conhecido como armadilha da liquidez, em que a curva LM é uma horizontal e a política monetária é ineficaz em influenciar renda. Já a política fiscal é extremamente eficaz e, aumento nos gastos do governo promove uma elevação da renda sem alterar a taxa de juros, não ocorrendo o Efeito Deslocamento. Na alternativa b), são excluídos os casos extremos e afirma-se corretamente que aumento dos gastos do governo promovem elevação da renda. Como também afirmado na questão, essa elevação da renda poderia ter sido maior se não ocorresse o efeito deslocamento, que é redução do investimento dado o impacto dos gastos do governo na taxa de juros. No modelo básico, como os investimentos não dependem da taxa de juros, o impacto dos gastos do governo é maior do que no Modelo IS-LM. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 9 No caso clássico, tratado na alternativa c), a demanda por moeda não depende da taxa de juros, mas apenas da renda, tornando a curva LM uma vertical e impedindo que gastos do governo influenciem a renda, provocando apenas uma elevação da taxa de juros. Já a alternativa d) está incorreta, pois se a curva IS é uma vertical, a política fiscal será a única responsável por alterações na renda. A política monetária perde sua eficácia em influenciar a renda da sociedade. Em e), afirma-se a influencia da renda e dos juros na demanda por moeda transacional e especulativa, respectivamente. Questão 36. A questão nos remete aos casos extremos de Armadilha da Liquidez, em que a curva LM é uma horizontal e apenas a política fiscal pode alterar a renda, e sem alterar a taxa de juros, e em que a política monetária é ineficaz em influenciar a renda, pois não consegue promover desequilíbrios no mercado monetário dada a alta sensibilidade das pessoas em reter moeda para especulação. A taxa de juros é tão baixa que o BACEN não consegue reduzi-la ainda mais. E o caso extremo de Caso Clássico, em que a Curva LM é uma vertical, sendo a política monetária eficaz em alterar a renda e a taxa de juros. Por sua vez, a política fiscal consegue apenas alterar a taxa de juros, não sendo eficaz em influenciar a renda. Na alternativa a), afirma-se que a política fiscal no caso clássico altera o nível de renda, algo incorreto conforme explicitado anteriormente. A alternativa b) também é incorreta, pois os gastos públicos conseguem influenciar a renda apenas no caso de armadilha de liquidez e não no caso clássico. A opção c) é falsa dada a eficácia da política fiscal influenciar a renda no caso de armadilha de liquidez e não no caso clássico, exatamente o oposto da afirmativa apresentada. Já a alternativa d) afirma que nos dois casos extremos o nível de produto é dado, algo que não ocorre em nenhum dos dois, dada a possibilidade da política fiscal ou política monetária influenciar o produto nos casos de armadilha da liquidez e clássico, respectivamente. Finalmente, a letra e) está correta, pois realmente o caso clássico ocorre quando a sensibilidade juros da demanda por moeda é zero (insensível aos juros), e o caso da armadilha da liquidez acontece quando a demanda por moeda é extremamente sensível a variações na taxa de juros (infinitamente elástica). Questão 40. O exercício informa as equações das curvas IS e LM, incluindo expectativas no modelo, algo que a ESAF não anda mais pedindo em suas questões. A única opção falsa é a letra a), e isto porque com deflação a taxa de juros real aumenta dada a mesma taxa nominal de juros, provocando queda do investimento e do produto. Lembre-se que juros real é igual a juros nominal deflacionado pela variação de preços. Todas as demais são verdadeiras. A opção b) informa que a taxa real de juros é maior do que antes da deflação para cada nível de taxa de juros nominal. Na opção c), a curva LM não se altera, e isto é verdadeiro pois a curva LM depende da taxa de juros nominal (i) e não da taxa de juros real (r). A opção d) coloca corretamente que com a deflação haverá um deslocamento para baixo da curva IS, o que é verdadeiro pois como há um aumento da taxa de juros real, o investimento diminui e a curva IS se desloca para baixo. Para resolver a opção e) necessita-se das equações das curvas IS e LM e também da fórmula dos juros nominais que é: Taxa de Juros Nominal = Taxa de Juros Real + Variação de Preços. Com os valores informados, podemos testar e verificar se realmente com renda de 1000 e juros de 5%, a variação de preços será de -7,5%, como informado. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 10 Utilizando a equação da curva LM temos: i = -50 + 0,05 Y i = -50 + 0,05*1100 i=5 Usando a equação IS: r = 40 – 0,025 Y r = 40 – 0,025*1100 r = 12,5 Como i = r + Variação Preços 5 = 12,5 + Variação Preços Variação de Preços = -7,5%. O que prova que os valores de equilíbrio com deflação de 7,5% é renda de 1100 e juros de 5%. Questão 44. Questão trata da curva de oferta agregada de curto prazo ou curva de oferta agregada keynesiana, em que os preços são rígidos e as empresas são capazes de ofertar qualquer nível de produção aos preços já determinados pelo mercado. Isso pode ocorrer quando há contratos estabelecidos que impedem o aumento dos preços, combinado com excesso de capacidade ociosa das plantas e mão-de-obra desempregada. Um choque de oferta neste caso iria deslocar para cima a curva de oferta agregada, gerando um impacto no nível de preços (Aumento) e redução da renda agregada no curto prazo. A alternativa a) afirma que os preços irão aumentar no curto prazo com queda da renda, efeito conhecido como estagflação. Já no longo prazo, a renda tende ao nível de pleno emprego ou nível natural de renda pois haverá queda dos salários e dos custos de produção, levando a curva de oferta agregada ao seu ponto original. Isto está correto. A alternativa b) está incorreta, pois não haverá apenas redução do produto mas também aumento de preços dado o choque de oferta, que desloca a curva de Oferta Agregada para cima e a direita. Já a opção c) está errada pois afirma que haverá apenas aumento de preços, e na verdade haverá aumento de preços e queda da renda e, no longo prazo, o produto irá aumentar para o equilíbrio original de pleno emprego. A opção d) afirma incorretamente que ocorrerá deflação caso o governo tome uma atitude de combate ao desemprego e eleva a demanda agregada via gastos públicos. Na verdade, haverá um aumento da inflação. Já a opção e) está incorreta pois, com o governo não interferindo, as forças de mercado levarão a economia para o pleno emprego no longo prazo, com queda da inflação, ou seja, no curto prazo haverá uma intensificação da inflação enquanto no longo prazo há um arrefecimento da mesma. Questão 45. A questão 45 apresenta as curvas de demanda agregada derivada do Modelo IS-LM e de oferta agregada de curto prazo e de longo prazo. Entretanto, provavelmente por motivos de erro de digitação, há uma inversão das curvas de oferta agregada de curto e de longo prazo. Lembre-se que a curva de oferta agregada (OA) de curto prazo é uma curva horizontal, pois o pressuposto adotado é que os preços são inflexíveis ou rígidos, tornando a curva OA uma horizontal. E a curva de oferta agregada de longo prazo se torna uma vertical em função do pressuposto de flexibilidade plena dos preços. Na questão informa-se incorretamente que a curva de oferta agregada de curto prazo é uma vertical e que a curva de oferta agregada de longo é uma horizontal, exatamente o inverso. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 11 Resolvendo a questão do modo correto, considerando um choque de oferta adverso, a curva OA de curto prazo desloca-se para cima, reduzindo o nível de atividade econômica no curto prazo e pressionando os preços, que se elevam no curto prazo em função do choque de custos proporcionado pelo aumento dos preços do petróleo. Caso o governo não intervenha no mercado, não realizando políticas expansionistas a economia terá que suportar no curto prazo uma redução do nível de atividade econômica e um aumento do nível de preços. No longo prazo, a atividade econômica tende a retornar ao seu nível original em função da queda dos salários proporcionado pelo aumento do desemprego. Com isso, no longo prazo os preços caem novamente e a atividade econômica aumenta. Já se o governo realizar políticas expansionistas, haverá um deslocamento para cima e a direita da curva de demanda agregada e impedindo a queda da atividade econômica no curto prazo. Entretanto, tal política de demanda aumentará ainda mais o nível de preços no curto prazo. Na alternativa a), a questão informa incorretamente que haverá uma intensificação da queda do produto caso o governo realizar política expansionista. Na verdade, como vimos acima, o produto impedirá a queda do nível de produto devido ao aumento dos preços do petróleo. Na alternativa b), afirma-se corretamente que o choque adverso de oferta aumenta os custos e os preços, e caso não haja reação do governo no curto prazo haverá redução do produto e aumento dos preços, mas no longo prazo os preços diminuem e a economia volta ao nível de pleno emprego. A alternativa c) está incorreta pois o choque de oferta agregada causa inflação e não deflação, que é a queda generalizada do nível de preços. Na alternativa d) afirma-se incorretamente que o choque de oferta altera o produto de pleno emprego, e na e) há um erro ao afirmar que o choque não afeta o preço no curto prazo. Questão 57. A questão 57 resgata os conceitos de taxa de câmbio nominal e real. Lembre-se que a taxa de câmbio nominal retrata a relação entre duas moedas, a moeda nacional (no nosso caso o Real) e a moeda estrangeira (no caso de nossa relação com os Estados Unidos da América o Dólar Norte-Americano). Já a taxa de câmbio real considera as taxas de inflação externa e interna e a taxa de câmbio nominal, sendo portanto a taxa de câmbio que influencia as exportações e importações, cuja fórmula é: R = EP*/P, em que R é a taxa de câmbio real, E a taxa de câmbio nominal, P* a taxa de inflação externa e P a taxa de inflação doméstica. A fórmula permite analisar as modificações propostas pelas alternativas. Na alternativa a) há um aumento de 10% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 20% no numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 25% o que mais que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio. Alternativa incorreta. Na alternativa b) há um aumento de 20% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 30% no numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 5% o que não compensa a variação no numerador e resulta numa desvalorização real da taxa de câmbio. Alternativa incorreta. Na alternativa c) há um aumento de 5% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 15% no numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 5% o que não compensa a variação no numerador e resulta numa desvalorização real da taxa de câmbio. Alternativa incorreta. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 12 Na alternativa d) há um aumento de 15% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 25% no numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 30% o que mais que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio. Alternativa incorreta. Por fim, na alternativa e) há um aumento de 5% na taxa de inflação externa (P*) e uma desvalorização nominal da moeda em 10% (E), o que resulta em um aumento de 15% no numerador da fórmula (EP*). Já a taxa de inflação doméstica aumenta em 20% o que mais que compensa a variação no numerador e resulta numa valorização real da taxa de câmbio. Alternativa correta. Professor César Reinaldo Rissete Material de Apoio Curso Aprovação. 13