Exército já se prepara contra guerra química na Olimpíada,1° Btl

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Exército já se prepara contra
guerra química na Olimpíada
Por Francisco Edson Alves
Equipamento monitora e identifica substâncias
perigosas a quilômetros, por controle remoto
Preparando-se para um desafio sem precedentes no Brasil, as
Forças Armadas estão intensificando os treinamentos para
conter e prevenir possíveis ataques terroristas com armas
químicas, nucleares, bacteriológicas e radiológicas nos Jogos
Olímpicos e Paralimpícos Rio 2016.
Só o Exército, através do 1º Batalhão de Defesa Química,
Biológica, Radiológica e Nuclear, já conta com pelo menos 400
homens treinados para a localização e varreduras de agentes
químicos e descontaminação de ambiente e pessoas, além de
resgates de vítimas. Laboratórios e equipamentos, únicos na
América Latina, orçados em mais de R$ 60 milhões, são testados
diariamente, há oito meses, nas unidades militares.
De acordo com a assessoria de imprensa do Comando Militar do
Leste, a tarefa de proteger contra atentados não convencionais
— hipóteses consideradas altas, uma vez que o País receberá
visitantes de mais de 200 nações – obedecerá a protocolos de
padrões internacionais rigorosos, como os que vêm sendo
empregados no exterior em relação às organizações mais temidas
do planeta, entre elas a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. O
efetivo recebe instruções de especialistas da Agência
Internacional de Energia Atômica e da Organização para
Proibição de Armas Químicas.
A tecnologia será a principal aliada de cabos e soldados
contra os chamados “ataques de bombas sujas”. A atenção maior
será voltada para aeroportos e para as 158 principais
instalações de competição e hospedagens de delegações. O DIA
teve acesso aos principais planejamentos do Exército.
Três laboratórios móveis de análises químicas e biológicas —
um deles em testes desde a Copa do Mundo de 2014 —, serão
instrumentos destacados contra o terrorismo. Capazes de
suportar condições climáticas extremas, como temperaturas que
variam entre -40°C e +55º C e reter até 99,995% de partículas
no ar, os laboratórios fornecerão resultados confiáveis em até
quatro horas.
Outro “xodó” do Exército é o Scanning Infrared Gas Imaging,
equipamento de monitoração e identificação de substâncias
perigosas. Operado por controle remoto, o dispositivo
identifica qualquer elemento químico ameaçador a uma distância
de até cinco quilômetros.
Enquanto o Exército supervisionará a utilização dos
laboratórios móveis, a Força Aérea está se preparando para o
transporte de vítimas de ataques em locais do evento.
Ciência e terrorismo: As bactérias do medo
Entre os agentes biológicos, a atenção das tropas está voltada
para as seguintes substâncias: Antraz (bactéria que mata em
100% dos infectados), Botulismo (forma de intoxicação
alimentar altamente fatal), Ricina (substância que se ingerida
ou inalada, leva a vítima à morte entre 24h e 72h), Varíola,
Tularemia (que causa úlceras severas na pele), Brucelose
(Febre de Malta), CoxiellaBrunetii (conhecida como Febre Q,
desenvolve pneumonia, hepatite ou febre prolongada, com morte
em 70% dos casos), E. Coli O157 H7 (colite hemorrágica),
Salmonella (febre tifoide) e Peste Bubônica.
Os exercícios de treinamento envolvem toda a cadeia de
capacidade de defesa e ação. Todos os esforços e aparatos,
segundo o comandante do 1º Batalhão de Defesa Química, coronel
Mário Luis Abreu, são focados para qualquer tipo de ataque ou
incidentes.
O Batalhão de Defesa Química foi criado, inicialmente como
companhia, na década de 1950. Em 1987 teve sua primeira
participação marcante, por ocasião do acidente radiológico com
o Césio-137, na cidade de Goiânia.
Mais recentemente, em outubro de 2014, integrantes do batalhão
descontaminaram uma aeronave que transportou um suspeito de
infecção pelo vírus Ebola. No início de abril deste ano, os
agentes monitoraram gases oriundos do incêndio em tanques de
combustíveis em Santos.
FONTE: O Dia
1° Btl DQBRN descontamina
aeronave
que
transportou
paciente com suspeita de
Ebola
Rio de Janeiro – No dia 10 de outubro, o 1° Batalhão de Defesa
Química, Biológica, Radiológica e Nuclear realizou a
descontaminação da aeronave vinda do Paraná transportando um
paciente com suspeita de estar contaminado com o vírus Ebola.
Após o Batalhão ter sido acionado pelo Comando de Operações
Terrestres, uma equipe foi deslocada para a Base Aérea do
Galeão e realizou a limpeza interna e externa da aeronave, bem
como da área de estacionamento, com equipamentos de última
geração, que possibilitaram a total esterilização, inclusive
dos equipamentos sensíveis.
Ao final do processo a aeronave foi liberada e seguiu voo para
a cidade de Brasília.
FONTE: EB
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