BÁSICO - Mód I - 14ª AULA - Dispensação da Promessa

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CURSO LIVRE DE BACHAREL EM TEOLOGIA GRATUITO
Teólogo Responsável: JUANRIBE PAGLIARIN. Graduado pela UFC. O que credencia um Teólogo é a criação de
uma produção científica e teológica inédita. E isto o Pr. Juanribe Pagliarin fez ao reunir pela primeira vez na História os
relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João em um só, sem acrescentar nada à Palavra original, e dispondo os fatos na
provável ordem cronológica em que ocorreram. Tal produção deu origem aos livros: JESUS - A VIDA COMPLETA e O
EVANGELHO REUNIDO.
NÍVEL BÁSICO - MÓDULO I
Copyright © 2013 by JUANRIBE PAGLIARIN
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. É proibida a publicação, divulgação,
transmissão, distribuição, contrafação (reprodução não autorizada) etc., total ou parcial sem a expressa
anuência do autor e coautores.
14ª AULA – Dispensação da Promessa ou
Patriarcal
Ao Palestrante: Ministrar a aula com calma e propriedade fazendo as devidas leituras das referências Bíblicas que
respaldam os comentários.
“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra
que eu te mostrarei. Far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás
uma bênção” (Gn 12:1, 2).
A Quarta Dispensação, da Promessa ou Patriarcal, tem início na chamada de Abrão e vai até a
entrega da Lei no Monte Sinai (Êx 19:3ss). Deus tirou Abrão do meio em que ele vivia, da
idolatria (Js 24:2), e revelou-se a Ele de forma sobrenatural. Abrão tinha 75 cinco anos, morava
em Ur dos caldeus (Gn 11:28), era casado com Sarai, sua meia-irmã (Gn 20:12) e ainda não
tinha filhos porque sua esposa era estéril (Gn 11:30).
A salvação vem porque Deus, em sua graça, chama o pecador, o qual responde
pela fé (Ef 2:8, 9; II Ts 2:13, 14). Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js
24:2), quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7),
uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro
Deus e não havia feito nada para merecer conhecê-lo, mas, em sua graça, Deus
o chamou: “Não fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi
a vós outros” (Jo 15:16) (WIERSBE, 2007, p. 86).
ABRAÃO: Inicialmente chamava-se Abrão, nome que significa “pai das
alturas”. Viveu em cerca de 2000 a.C. e foi o primeiro homem a crer no Deus
invisível, Criador dos céus e da terra. Era casado com Sarai e não tinha filhos.
Abrão estava com 75 anos quando ouviu a voz de Deus, que lhe mandou sair
da casa do seu pai, da sua parentela e da Babilônia – uma nação idólatra,
dominada pelo ocultismo – e ir para Canaã, a terra da promessa (Gn 12). Ao
obedecer, Abrão passou a andar pela fé e não pela vista, e assim se tornou o pai
de todos os que vivem pela fé (Gn 15:6, Rm 4:16, Gl 3:6-14, Hb 11:8-9, Tg
2:23). Não obstante ele e a esposa serem avançados em idade, Deus lhes
prometeu um filho e uma descendência inumerável como os grãos de areia que
estão na praia do mar e como as estrelas que estão no céu. Onze anos depois,
sua esposa Sarai decidiu providenciar-lhe um filho através da criada egípcia
Hagar porque, sendo dona da escrava, os filhos que esta gerasse seriam seus. E
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assim nasceu Ismael que, mais tarde, se tornaria o pai de todos os árabes (Gn
16). Quando Abrão completou 99 anos, Deus lhe repetiu a promessa de um
filho gerado no ventre amortecido de Sarai e, para que Abrão não se esquecesse
desta promessa, mudou o seu nome para Abraão, que significa “pai de
multidões”, e mudou também o nome de Sarai para Sara, que significa
“princesa” (Gn 17:5-15). Quando Abraão completou cem anos e Sara noventa,
Deus lhe apareceu através de uma teofania (quando o Senhor assume forma
humana) e lhe garantiu que, no tempo exato de uma vida, Sara daria à luz um
menino (Gn 18:10). Tanto Abraão como Sara riram deste aparente absurdo (Gn
17:17, 18:13). Mas, ao tempo de uma vida, nasceu-lhes o menino prometido
(Gn 21:2-7). Todos os que viam aquela mulher de noventa anos amamentando
o seu bebê, riam da cena. Daí o menino ser chamado de Isaque, que significa
“Riso”. Quando Isaque era adolescente, Deus submeteu Abraão a uma dura
prova: “Abraão, toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem tu
amas, e oferece-o a Mim em holocausto, na montanha que eu te direi” (Gn
22:1-2). Abraão obedeceu porque sabia que era a voz do Senhor e acreditava
que “Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar” (Hb 11:17-18).
Quando estava a ponto de concretizar o sacrifício no monte Moriá, Deus o
interrompeu e lhe proveu o cordeiro para morrer no lugar do seu filho (Gn
22:13). Como Abraão provou amar a Deus acima de todas as coisas, além de
jurar que o abençoaria muito mais ainda, o Senhor também profetizou que a
sua semente tornaria benditas todas as famílias da terra (Gn 22:15-18). E, de
fato, dois mil anos depois, Deus mesmo sacrificaria o seu único Filho, o Amado,
como Cordeiro, no lugar de toda a humanidade. Jesus, da semente de Abraão e
o seu mais famoso descendente (Mt 1:1), é o abençoador de todas as famílias da
terra. Abraão hoje, além de ser o pai de multidões de judeus e árabes, também é
o pai na fé de todos os que creem na sua Semente – Jesus – e obedecem a este
único e verdadeiro Deus. Todos os que são de Cristo são descendentes de
Abraão e herdeiros conforme a promessa (Lc 19:9, At 3:25, Gl 3:29). O papel
de Abraão não está restrito ao passado porque Jesus fez a respeito dele uma
previsão para o futuro: garantiu que todos, inclusive os condenados, verão os
salvos assentados com Abraão na mesa celestial (Mt 8:11, Lc 13:28)
(PAGLIARIN, 2012, p. 224).
Deus escolhe Abrão e decide fazer dele uma grande nação (Gn 12:1, 2). Seria por meio da
descendência dele que JESUS CRISTO salvaria o mundo. Mas como poderia uma mulher
estéril produzir descendência? A aliança de Deus com Abraão incluiu as seguintes promessas:
1. De Abraão, Deus faria uma grande nação. Uma nação que influenciaria
outras nações e perduraria enquanto outras desapareceriam.
2. Deus abençoaria esta nação com prosperidade financeira e espiritual (Gn
12:2).
3. Deus tornaria o nome de Abraão universal e eterno.
4. Deus abençoaria a Abraão (Gl 3:13, 14).
5. Deus abençoaria as nações que abençoassem a descendência de Abraão.
6. Deus abençoaria todas as famílias da Terra por meio da semente de Abraão,
ou seja, o Cristo (Gn 12:3).
7. Deus conduziu Abraão à terra (Gn 12:1) e prometeu-a a ele (Gn 12:7). A
partir daquele momento, ela passou a denominar-se Terra Prometida
(HINDSON et al, 2009, p. 150).
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A quarta dispensação é a última narrada pelo livro de Gênesis. Ela testou a disposição e a
capacidade do povo escolhido de aceitar e viver à luz da promessa de Deus, ou seja, a viver
pela fé. E o que é a fé: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova
das coisas que se não veem” (Hb 11:1).
Abrão vai então para a Terra que Deus havia prometido (Gn 12:7, 8). Porém, a fome assolou
aquele lugar e por isso Abrão saiu da Terra Prometida e foi para o Egito (Gn 12:10-20). Ele
retorna para a terra da promessa, junto com sua esposa Sarai e seu sobrinho Ló (Gn 13:1-4).
Abrão e Ló decidem se separar, e depois que o fato acontece o Senhor aparece a Abrão e
reafirma com ele sua aliança:
E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os
teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do
oriente, e do ocidente; Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua
descendência, para sempre. E farei a tua descendência como o pó da terra; de
maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência
será contada. Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua
largura; porque a ti a darei. E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos
carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao
SENHOR (Gênesis 13:14-18).
Com o passar dos anos a descendência de Abraão se recusou a viver na terra pela fé, e foi para
o Egito. Os Livros de Gênesis e Êxodo narram toda história ocorrida com o povo hebreu no
Egito. Primeiro, José, filho de Jacó é vendido por seus irmãos e acaba indo para o Egito cativo
(Gn 37). Lá, Deus transforma a situação adversa em bênção e ele se torna o Governador
daquela terra (Gn 41:37-46).
Depois de alguns anos, seus irmãos descem para comprar alimentos no Egito, pois toda aquela
região padecia de grande fome (Gn 41:53-57). José acaba se revelando aos irmãos e trás a sua
família (as 12 tribos de Israel) para morar no Egito, na terra de Gósen (Gn 47:27). Lá, o povo
hebreu se multiplica como Deus já havia prometido (Êx 1:5; 7). Porém, levanta-se um faraó que
não havia conhecido José, que já era morto e temendo que o povo de Israel se rebelasse,
escraviza todos os hebreus, que permanecem cativos durante 400 anos (Êx 1:8-14).
Deus levanta Moisés como líder dos hebreus para tirar o Seu povo daquela situação de
escravidão (Êx 3). Moisés intercede junto a Faraó, obedecendo o que Deus lhe havia dito.
Faraó, repetidas vezes tem o coração endurecido e se recusa liberar o povo para adorar ao
Senhor na Páscoa, no deserto (Êx 5:1-5). Depois de serem enviadas 10 pragas que assolaram
os egípcios (Êx 7:1 até 12:36), Faraó liberta o povo, que sai daquela terra de escravidão
levando tudo que lhes pertencia e mais presentes que os egípcios lhes deram (Êx 12:37-50).
Acontece então, algo sobrenatural: Deus abre o Mar Vermelho e o Seu povo atravessa a pés
enxutos e logo depois que eles saem do leito seco do mar, Deus torna o mesmo para sua
condição inicial, matando todos os soldados egípcios que perseguiam o Seu povo (Êx 13:17-22;
14:1-30).
Os israelitas passam a peregrinar no deserto sendo alimentados por Deus com o Seu maná e
codornizes (Êx 16:1-36). De dia uma coluna de nuvem os cobria e de noite uma coluna de fogo
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os acompanhava (Êx 13:22). Mas, os hebreus começam a murmurar e por isso, um caminho
que era para ser feito em 11 jornadas (Dt 1:2) até a Terra Prometida, levou 40 anos: por causa
do pecado e da murmuração do povo hebreu (Nm 11:1-9; 14:26-38). Durante o tempo que o
povo passou no deserto, Deus transmite a Moisés a Sua Lei (Os Dez Mandamento; O Decálogo)
para que o povo seguisse e não pecasse (Êx 20:1-17), e diversas outras ordenanças de Sua
aliança com o povo.
Na próxima aula estudaremos a respeito da Dispensação da Lei, não perca!
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo Scofield. Antigo e Novo Testamento. Edição Almeida e Corrigida Fiel.
São Paulo: Sociedade Bíblia Trinitariana do Brasil, 2007.
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. Tradução: Josué Ribeiro. São Paulo: Editora Vida, 2007.
9ª impressão da 1ª edição de 1999.
HINDSON, Ed, LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Tradução: James Monteiro dos
Reis e Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
PAGLIARIN, Juanribe. Jesus, A Vida Completa. 24ª Ed. São Paulo: Bless Press, 2012.
PAGLIARIN, Juanribe. O Evangelho Reunido: Mateus, Marcos, Lucas e João reunidos em um só Evangelho e
com os fatos organizados em ordem cronológica / compilado e comentado por Juanribe Pagliarin. Edição de Luxo.
São Paulo: Bless Press Editora, 2011.
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Tradução: Degmar Ribas Júnior. 5ª ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Antigo Testamento, Volume I - Pentateuco. Tradução:
Susana E. Klassen. 1ª ed. Santo André: Geográfica Editora Ltda, 2007.
QUESTIONÁRIO
Leia a aula com atenção! Depois, responda a cada uma das questões procurando não copiar a
resposta do texto da aula, mas sim, responder o que você entendeu acerca do assunto questionado.
1. A Dispensação da Promessa ou Patriarcal compreende qual período?
2. Onde Abrão e Sarai moravam quando Deus os chamou e lhe fez promessas?
3. Qual o significado dos nomes de Abraão e Sara?
4. Deus apareceu a Abraão através de uma teofania. O que é teofania?
5. Explique o significado do nome Isaque?
6. A aliança de Deus com Abraão incluiu quais promessas?
7. Faça um pequeno resumo da história de José. (Use as suas palavras. Mínimo de 10 linhas).
8. Quais foram as Dez pragas enviadas aos egípcios?
9. Quais são os Dez Mandamentos?
10. O que é a fé? Fundamente com passagens bíblicas. Você tem vivido pela fé?
Autoria: Pr. Juanribe Pagliarin
Coautoria e revisão: Pr. Romildo Flôres; Daniela Louback Porto; Ev. Cristiane Carvalho; Pr. Fabio
Martins
CONTATOS: [email protected];
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