Ruptura estrutural na economia regional paranaense

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RUPTURA ESTRUTURAL NA ECONOMIA REGIONAL PARANAENSE
Jandir Ferrera de Lima - Unioeste/Campus Toledo; Lucir Reinaldo Alves - Unioeste/Campus
Toledo; Moacir Piffer - Unioeste/Campus Toledo; Ricardo Rippel - Unioeste/Campus Toledo
Resumo: Esse artigo analisa a tendência de ruptura estrutural na economia regional do Estado
do Paraná a partir de dois indicadores: A localização do emprego e o perfil da localização da
população urbana e rural nas regiões paranaenses. Como o processo de modernização das
atividades agropecuárias e a industrialização no Paraná ocorreram a partir dos anos 1970,
foram comparadas as informações de dois períodos, 1996 e 2007. Ambos os períodos marcam
a consolidação da estabilização da economia (1994), uma nova fase na industrialização
paranaense, principalmente em ramos de maior complexidade tecnológica e o crescimento da
economia brasileira ocorrida após 2003.
Palavras chave: Economia regional; população; economia paranaense.
Abstract: This paper analyzes the trend of structural break in the regional economy of Parana
State from two indicators: The labor localization and the profile of the localization of urban
and rural population in the regions of Parana State. As the process of modernization and
industrialization of agricultural activities occurred in Paraná State in the years 1970, we
compared the information from two periods, 1996 and 2007. Both periods mark the
consolidation of economic stabilization (1994), a new phase in the industrialization of Parana,
especially in areas of greater technological complexity and growth of the Brazilian economy
that occurred after 2003.
Key-words: Regional economy; population; Paraná State economy
Introdução
No Estado do Paraná o esgotamento da fronteira agrícola se deu na década de 1970.
Paralelo a ocupação definitiva das terras produtivas, ocorreu também a modernização das
atividades agropecuárias, com a adoção de novas técnicas de produção, de equipamentos e
insumos modernos. Esses dois processos conduziram a um novo perfil de ocupação da
população, que de hegemonicamente rural passou a ficar cada vez mais urbanizada. Assim, os
anos 1970 marcaram o início de rupturas no perfil da população e na estrutura da economia
regional.
No caso da ruptura estrutural da economia regional, ela marca o avanço das
atividades urbanas em relação às atividades rurais na composição do Produto Interno Bruto
(PIB) e da ocupação laboral da força de trabalho. Ao longo do processo de formação e
consolidação das economias regionais, o setor primário é o mais significativo no momento da
ocupação inicial dos territórios. Na seqüência, formam-se atividades urbanas de suporte as
atividades agropecuárias e à população regional. Isso forma um continuum urbano-rural, em
que as atividades rurais dinamizam as atividades urbanas. Porém, ao longo do
amadurecimento da economia, em algumas regiões a evolução das atividades urbanas se torna
mais significativa que as atividades rurais. Nessa evolução, o setor secundário e o terciário
tornam-se cada vez mais hegemônicos na composição da riqueza, fazendo com que a
economia passe de um continuum urbano-rural para urbano-industrial. Dessa forma, a
economia regional vislumbra uma mudança estrutural na divisão social do trabalho e na
2
distribuição do emprego na sua economia. O setor que ganha é o terciário, que se aproxima
em importância econômica do setor secundário e, em alguns casos, consegue superá-lo.
Para analisar a tendência de ruptura estrutural na economia do Estado do Paraná, esse
artigo estuda o comportamento de dois indicadores: A localização do emprego e o perfil da
localização da população urbana e rural nas regiões paranaenses. Como o processo de
modernização das atividades agropecuárias e a industrialização no Paraná ocorreram a partir
dos anos 1970, foram comparadas as informações de dois períodos, 1996 e 2007. Ambos os
períodos marcam a consolidação da estabilização da economia após o plano real (1994), uma
nova fase na industrialização paranaense, principalmente em ramos de maior complexidade
tecnológica, e, a dinamização da economia brasileira ocorrida após 2003.
2. População e a Economia Paranaense até 1960
O primeiro grande ciclo econômico do Paraná foi o da erva mate. O setor ervateiro
teve um comportamento bastante hegemônico, no período que iniciou na década de 1840.
Esse setor atingiu seu pico, para em seguida entrar em permanente estagnação, decorrente da
perda de seu mercado, que consistia basicamente na Argentina. A economia ervateira começa
a perder importância a partir de 1914, cedendo espaço de exploração e áreas produtivas para o
café. Enquanto o setor ervateiro entrava em estagnação, os setores madeireiro e cafeeiro se
fortaleciam, absorvendo toda a mão-de-obra excedente da produção do mate. De certa forma,
as atividades madeireira e a cafeicultura compensaram as perdas de emprego e renda do mate,
fortalecendo as economias regionais do Paraná e fixando a população no interior do Estado
(PADIS, 1981; WACHOWICZ, 1987).
A consolidação do setor madeireiro deu-se de forma lenta, porém 78% das indústrias
paranaenses surgidas na década de 1920 estavam ligadas à madeira. Em 1930 a madeira já
ocupava o 1º lugar nas vendas paranaenses, principalmente para o exterior (Europa). Apesar
dos problemas gerados com a II guerra mundial (1935-1945), o mercado interno cresceu
compensando as perdas com a interrupção das exportações à Europa. O ápice da economia
madeireira foi até 1964 (PALUDO e BARROS, 1995)
Em função deste cenário, e dessa fase da indústria madeireira, a população do Estado
cresceu consideravelmente. Essa expansão demográfica deve-se não somente devido à
indústria madeireira, mas também pela expansão da cafeicultura, que a partir de 1945, passou
a se direcionar para a região Norte do Paraná. Essa região tornou-se atrativa em virtude de
suas terras férteis, baratas e propícias ao plantio. Por isso, em pouco mais de uma década os
cafezais se estenderam por toda a região do Norte e Centro-Ocidental do Estado.
Os rebatimentos da pujança econômica da exploração madeireira e cafeeira foram
patentes no crescimento demográfico. No período que vai de 1920 a 1940, a população
paranaense atingiu 1.236.276 habitantes, perfazendo 3% da população brasileira e o 10º
Estado no ranking demográfico. Esse aumento favoreceu em muito a economia interna,
principalmente a produção de gêneros alimentícios. Assim, esse estímulo às atividades
primárias e artesanais integrou a economia colonial local com a produção semi industrial. A
partir de 1940, o crescimento populacional do Paraná acelerou-se de forma mais intensa, a
Tabela 1 confirma esse crescimento demográfico antes de 1970.
3
Tabela 1 – População total e taxa de crescimento do Brasil e do Paraná, 1872-1960.
Ano
1872
1890
1900
1910
1920
1940
1950
1960
Total da população (1.000 habitantes)
Brasil
9.930
14.334
17.438
23.409
30.625
41.169
51.941
70.625
Paraná
127
249
327
512
686
1.236
2.116
4.279
Taxa de crescimento decenal (%)
Brasil
44,34
21,66
34,24
30,82
34,43
26,16
35,97
Paraná
96,88
31,12
56,44
33,99
80,29
71,12
102,27
Fonte: IPEADATA (2011)
A população paranaense cresceu significativamente entre os períodos de 1920 a 1960,
superando de forma evidente o crescimento da população brasileira no período. Enquanto o
país crescia em média 32,52% por década, o Estado do Paraná crescia em média decenal
67,44%. Contudo, a simples indicação do crescimento decenal média da população total de
uma determinada região não é elemento suficiente para identificar como o processo se deu,
pois se faz necessário comparar coma evolução da População Economicamente Ativa (PEA).
A PEA da indústria paranaense, no período de 1940/50 cresceu na média 8,16% ao ano. Já a
PEA total do Estado do Paraná apenas na média de 5,08% ao ano. Isso é explicado pela
expansão do setor madeireiro e cafeeiro estadual. Nesse período, o Paraná viveu um processo
de ocupação intensiva. Porém, após o término da década de 1950, ocorreu um forte declínio
desse crescimento explicado pela consolidação da indústria madeireira e moveleira e pela
crise da economia cafeeira nacional. Nesse contexto, a taxa anual de crescimento da PEA do
Paraná ficou em 7,42% e da indústria em 1,82%. Aqui cumpre destacar que o setor madeireiro
estadual atingiu seu apogeu em 1964, não tendo mais reservas de extração para sustentar sua
expansão (STAMM, 2003; IPARDES, 1993; IBGE, 2011).
Devido a essas dificuldades, no começo da década de 1960, o desenvolvimento
paranaense passou pela solução do problema agrário, ou seja, reativar o ciclo do café seria
encontrar a solução para outros problemas socioeconômicos que agitavam a vida paranaense,
tendo em vista que as atividades econômicas do estado estavam condicionadas, fortemente, à
produção e comercialização desse produto (LINHARES, 2001; IPARDES, 1983).
3. População e Economia Paranaense Após 1960: Rupturas estruturais e consolidação da
indústria.
No período dos anos 1970 ocorreram dois processos de ordenamento na economia
paranaense: O primeiro, o esgotamento da fronteira agrícola, no momento que a agricultura
paranaense vislumbrava uma mudança tecnológica e a utilização de insumos modernos. Por
outro lado, essa mudança tecnológica proporcionou a reestruturação das tradicionais áreas de
cultivo, ocasionando uma forte migração rural para os grandes centros urbanos (ROLIM,
1995; DINIZ e LEMOS, 1990).
4
O segundo foi o processo de desconcentração industrial, a partir do Sudeste brasileiro,
para novas regiões em ascensão no Sul do Brasil, beneficiando o Paraná. Nesse período
fortaleceram-se as mudanças qualitativas na atividade agrícola do Centro-Sul do Brasil.
Dessas mudanças, pode-se citar a introdução da mecanização, a disponibilidade de
financiamentos, a expansão das commodities e a integração entre a agropecuária e a indústria,
formando os complexos agroindustriais (ROLIM, 1995; PIFFER et al, 2002).
O resultado desses dois processos foi a expansão da transformação dos produtos
primários e de industrialização de soja, milho, trigo, carne, que cresceram aceleradamente a
partir de 1980, e a ampliação do comércio interestadual e de exportação dos excedentes de
produtos primários do Paraná. Na medida em que crescia a mercantilização desses
excedentes, o Paraná foi estabelecendo condições próprias de alargamento da sua base
econômica de exportação, principalmente quando esse processo também se viu apoiado na
melhoria dos meios de comunicação e transporte (estradas, rodovias, ferrovias, correios,
emissoras de rádio, energia elétrica, telefone, etc.) com os grandes centros urbanos do País.
Grande parte do crescimento da economia agroindustrial do Estado deu-se focada na demanda
de produtos primários transformados (basicamente alimentos), por parte dos grandes
mercados consumidores do País, São Paulo e Rio de Janeiro. Esses produtos que passaram a
serem transformados no Estado impactaram no crescimento do complexo agroindustrial do
mesmo, que no período puxou a economia estadual para cima via surgimento de um novo
ciclo econômico interno.
Segundo dados do IPARDES (1997), Stamm (2003) e IBGE (2011), este cenário foi
paralelo com um movimento de crescimento da população do Estado a partir da década de
1980. Mesmo assim, o Brasil passou a superar o Paraná em termos de crescimento
populacional decenal, pois ambos cresceram 22,27% e 11,34%, respectivamente. Esses dados
demonstram que houve uma diminuição no ritmo de crescimento da população paranaense,
apesar dos movimentos emigratórios muito intensos.
Esse declínio é parcialmente explicado pela modernização do setor agrícola e
industrial do Estado, que redundou no êxodo rural, e pela inserção de commodities agrícolas
que exigiam grandes volumes de crédito rural e áreas maiores. Para Staduto et al (2004;
2008), a modernização do espaço rural, além de aumentar a produção, causar fragilidade
social e mudanças na mobilidade populacional, criou oportunidades para as atividades
econômicas tradicionais ligadas ao espaço urbano. A força de trabalho antes exclusiva do
espaço rural é absorvida parcialmente nas atividades urbano-industrial. Ou seja, há uma
mudança na divisão social do trabalho nas regiões do Paraná que oferecem matéria-prima e
mão-de-obra barata para as atividades mais intensivas em trabalho, nesse caso as
agroindústrias.
Neste contexto, a Figura mostra o comportamento da população rural e urbana para o
Brasil e o Paraná.
5
Figura 1 – População total, urbana e rural, Paraná e Brasil – 1940/2010
Brasil
Paraná
200.000.000
11.000.000
180.000.000
10.000.000
160.000.000
9.000.000
8.000.000
140.000.000
7.000.000
120.000.000
6.000.000
100.000.000
5.000.000
80.000.000
4.000.000
60.000.000
3.000.000
40.000.000
2.000.000
20.000.000
1.000.000
0
0
1940
1950
1960
1970
Urbana
1980
Rural
1991
2000
2010
T otal
1940
1950
1960
1970
Urbana
1980
Rural
1991
2000
2010
T otal
Fonte: IPEADATA (2011) a partir de IBGE.
Como mostra a Figura 1 os reflexos da modernização da agricultura foram
visualizados no aumento considerável da população urbana em relação a população rural. No
Paraná a população urbana passou em quantidade a população durante o período de 1970 e
1980. A partir desse período o crescimento visualizado na população total foi em decorrência
do aumento da população urbana. O mesmo ocorreu quando se analisa o Brasil como um
todo, com a diferença de que a população urbana passou a população rural no período anterior
entre 1960 e 1970.
Além das mudanças no setor primário e o do cenário positivo na industrialização do
Estado do Paraná, vê-se que na década de 1980 houve um decréscimo de 5%, na variação do
crescimento da PEA do setor industrial do Estado do Paraná, o que é explicado pela grande
recessão em que o País se encontrava no período, ou seja, a chamada “década perdida”,
marcada por um processo inflacionário crescente e o baixo ritmo de crescimento da economia
(STAMM, 2003).
Ao final dos anos 1980, a economia do Estado atingiu um patamar relativamente
distinto das demais regiões do Brasil, tendo pré-condições de abertura para um bom
desempenho nos anos 1990. Em termos de relações de troca, cresceu significativamente seu
grau de inserção na economia brasileira e na economia internacional. Em décadas mais
recentes, o Estado do Paraná dinamizou sua base produtiva e deixou de ser uma região
voltada apenas à produção agrícola, diversificando o setor industrial e aumentando assim sua
base de exportação1 (PIFFER et al., 2002).
O Estado do Paraná atraiu grandes investimentos para o setor industrial. Até o final
dos anos 1990 o Paraná atraiu R$ 14 bilhões de novos investimentos, consolidando seu
parque industrial, cuja arrancada deu-se nos anos 1970. De uma economia exclusivamente
agrária, a estrutura produtiva industrial avançou para o metal-mecânica, mecatrônica, a
agroindustrialização, a transformação da celulose, dentre outras. Apesar da importância de
1
Base de exportação, aqui considerada, são todos aqueles produtos produzidos não apenas para o consumo local
e sim com destino a outras regiões. Para mais detalhes ver North (1977) e Piffer (1977).
6
Curitiba no cenário estadual, formaram-se outros centros importantes no interior do território,
dentre eles destacava-se Londrina, que tinha um parque industrial com 1,7 mil indústrias, que
nesse período oferecia mais de sete mil empregos diretos (JESUS e FERRERA DE LIMA,
2001). O resultado desse processo foi a expansão mais significativa do Produto Interno Bruto
(PIB) paranaense no final do século XX. Segundo Rolim (1995), a taxa média de crescimento
do PIB estadual no final dos anos 1990 foi de 4,9% ao ano no Paraná e 2,3% no Brasil. Na
primeira metade do decênio 2000, a taxa ficou na média de crescimento do PIB paranaense
foi de 6% e do PIB brasileiro de 5% ao ano.
Em suma, a população ocupada (PO) no Estado do Paraná cresceu 78,14% em
termos absolutos no período de 1970 a 2000, passando de 2.276.754 para 4.055.737 de
habitantes, respectivamente. No período, o processo de modernização do setor primário foi
responsável pela redução de -45,40% de PO no mesmo período. O setor primário perdeu
também participação relativa no total de pessoas ocupadas no Paraná, passando de 63,20% em
1970 para 19,37% em 2000. Apesar dessa redução, internamente, no setor primário, as
atividades da pecuária e das outras atividades apresentaram crescimentos em duas ordens:
primeiro, o crescimento do total de pessoas ocupadas em termos relativos foi de 305,66% para
a pecuária e de 24,18% para as outras atividades primárias; e, segundo, na participação dessas
duas atividades no total do setor primário: a pecuária passou de uma participação de 2,66%
em 1970 para 19,79% em 2000, e as outras atividades, de 2,85% para 6,49% no mesmo
período, refletindo um arranjo produtivo interno no setor primário que influenciou na
redistribuição dos postos de trabalho no final do século XX.
A transferência de emprego do setor primário para os setores secundário e terciário
não refletem, necessariamente, uma mudança da dependência da agricultura para a
dependência das atividades urbanas (NORTH, 1977). Nesse caso, há regiões que se
dinamizam em função de um continuum urbano-rural do que de um urbano-industrial, pois as
suas matérias-primas são extremamente importantes para a continuidade do processo de
transformação. Por isso, em função da necessidade de insumos por parte das indústrias e o
perfil fundiário das regiões, as atividades primárias auferem altas rendas que impactam nas
atividades não-básicas de forma mais significativa.
Por isso, no final do século XX ocorreu uma nova fase que marcou a economia
paranaense no início do século XXI. Essa fase tem como elemento norteador seis vetores: a
transformação metal-mecânica; o agronegócio capitaneado pelo movimento cooperativo; a
expansão do ramo das indústrias não-tradicionais2 e dinâmicas3, em especial de celulose e
papel; a inserção definitiva do Paraná no mercado internacional, através da expansão da sua
base de exportação; o desenvolvimento e a diversificação de novas atividades produtivas nas
microrregiões não-metropolitanas; e, por fim, a ampliação da infra-estrutura (transportes,
comunicações e telecomunicações) ( ALVES, 2006 et al; LOURENÇO, 2002).
4. População e Tendências da Economia Paranaense no Início do Século XXI.
Entre 1985 e 1998 a indústria do Paraná cresceu mais intensamente do que a
nacional, porém no cenário interno a tendência foi a forte concentração do parque industrial.
2
A Indústria Não-Tradicional já é um “meio-termo”, pois são mais intensivas em capital que a Indústria
Tradicional e tiverem sua origem mais recente no processo de industrialização. Na Indústria Não-Tradicional são
classificadas a indústria de fumo, a indústria sucro álcooleira, a indústria editorial e gráfica.
3
A classificação Indústria Dinâmica agrupa as produções de bens intermediários da etapa mais avançada da
industrialização e os ramos produtores de bens de capital. São classificadas nessa área a indústria metalúrgica,
mecânica, material elétrico e de comunicações, material de transporte, minerais não metálicos, borracha, papel e
papelão, matérias plásticos, produtos derivados do petróleo e carvão, produtos farmacêuticos e medicinais,
química.
7
Isso acarretou um ritmo de crescimento econômico diferenciando entre as mesorregiões do
Estado do Paraná. Viana (2009), analisando o perfil de crescimento econômico das
mesorregiões do Paraná, confirma que a região “ganhadora” em termos de dinamismo
produtivo foi a mesorregião Metropolitana de Curitiba. A partir da Tabela 02, observa-se que
essa mesorregião aumentou sua representatividade junto ao PIB do Estado passando de
39,58% para 45,19% do PIB, entre 1999 e 2006.
Tabela 02 – PIB das mesorregiões do Paraná, participação na composição do PIB Estadual no
ano de 1999 e 2006 e Taxa Geométrica de Crescimento (TGC)4 de 1999 a 2006
PIB em
(%)
1999 (*)
PR
Paraná – Total
65.536.844,79
Metropolitana de Curitiba
25.942.163,32 39,58
Norte Central Paranaense
11.235.614,09 17,14
Oeste Paranaense
9.536.733,77 14,55
Centro Oriental Paranaense
4.249.903,85
6,48
Noroeste Paranaense
2.959.043,51
4,52
Centro-Sul Paranaense
2.978.265,14
4,54
Sudoeste Paranaense
2.545.262,17
3,88
Norte Pioneiro Paranaense
2.558.193,50
3,91
Centro Ocidental Paranaense
1.874.236,46
2,86
Sudeste Paranaense
1.657.428,98
2,54
Fonte: Viana (2009) a partir de dados do IPEA (2009)
(*) Valores em R$ 1.000,00, do ano de 2000
Mesorregião
Ranking
1º
2º
3º
4º
6º
5º
8º
7º
9º
10º
PIB em
2006 (*)
81.142.009,84
36.665.867,85
13.368.140,74
9.814.907,20
5.565.626,43
3.391.415,95
3.015.240,37
2.660.553,08
2.614.028,10
2.064.227,67
1.982.002,45
(%)
PR
45,19
16,48
12,10
6,86
4,18
3,71
3,28
3,22
2,54
2,44
Ranking
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
TGC (%)
anual
3,85
5,65
3,50
0,90
4,13
2,72
1,71
1,36
1,80
3,46
3,48
Observando a participação do PIB das mesorregiões em relação ao montante do
Estado do Paraná, nota-se que no inicio do primeiro decênio do século XXI, essa participação
ficou quase inalterada. Quanto ao crescimento geométrico anual do PIB paranaense, houve
um crescimento médio anual de 3,85%, porém somente duas mesorregiões obtiveram um
crescimento acima da média: a mesorregião Metropolitana de Curitiba, com 5,65%; e, a
Centro Oriental, com 4,13%. Assim, o final do século XX marcou a consolidação da
mesorregião Metropolitana de Curitiba como grande pólo estadual, tanto em população
(34,62% do contingente populacional paranaense) quanto na participação no PIB (45,19%),
mesmo detendo apenas 11,45% do território estadual.
Porém, ao se comparar a taxa geométrica de crescimento do PIB e PIB per capita
mesorregional, percebe-se uma redução de proporção em termos de taxa entre as mesmas
mesorregiões paranaenses. A mesorregião Metropolitana de Curitiba teve um crescimento
geométrico anual do PIB de 5,65% e do PIB per capita de 2,79%. Como que o fluxo
populacional se direciona às mesorregiões com maior taxa de crescimento econômico, pois
nessas mesorregiões ocorre as maiores possibilidades de oportunidades de emprego e renda,
o que ameniza a proporção de discrepância de crescimento apresentada pelo PIB e PIB per
capita regional. Outra característica que se observa, a partir do crescimento do PIB per
capita, é que o crescimento em algumas mesorregiões ocorreu em função de uma redução no
crescimento geométrico da população, “mascarando” o real crescimento do seu produto
(VIANA, 2009).
Outro dado que contribui para demonstrar o perfil da economia paranaense no inicio
do século XXI é o perfil da localização 5 espacial da sua população por domicilio (urbano e
rural).
4
A estimativa da taxa geométrica de crescimento, calculada para todo o período, está de acordo com o método
dos mínimos quadrados.
8
Figura 01: Padrão de Localização da População Urbana nas Microrregiões do Estado do
Paraná – 1996 e 2007.
Fonte: Resultados da pesquisa a partir de contagem da população do IBGE (2011).
Pela Figura 01 nota-se que a população urbana concentrou-se nas microrregiões que
compõem a mesorregião Metropolitana de Curitiba, na microrregião de Cascavel e no norte
do Estado do Paraná. Ou seja, o padrão locacional da população acompanhou a expansão e
fortalecimento das atividades produtivas em microrregiões e mesorregiões que auferiram
ganhos na base produtiva nos últimos anos. Isso se percebe ao comparar o perfil locacional do
emprego com o perfil locacional do domicilio da população.
5
O perfil de localização (
 ) é estimado da seguinte maneira: Considere E ij
concentração da população regional pode ser estimado a partir de
a população no domicilio i da região j. O padrão de
Eij /  Eij
θij =
j
 E /  E
ij
i
i
, em que
≥1
j
localização da população domiciliar. A partir desse resultado pode-se generalizar a localização para média (0,50≤
(  <0,50). (FERRERA DE LIMA, 2006).
indica uma forte
ij
 ≤ 0,99) ou
fraca
9
Figura 02: Padrão de localização do emprego formal nas atividades com Quociente de
Localização (QL) superior a unidade nas microrregiões do Estado do Paraná -2007.
FONTE: Elaboração da Pesquisa a partir de dados da RAIS/MTE (2007).
No ano de 2007, as microrregiões concentravam as seguintes quantidades de ramos
com localização significativa e forte especialização regional: 10,3% concentravam dois
ramos; 35,9% tinham três ramos; 46,2% concentravam quatro ramos e; 12,8% tinham cinco
ramos como básicos. Percebe-se que do ano de 1994 para 2003, o percentual de microrregiões
que concentravam dois ramos diminuiu em 23% , mantendo os percentuais das que
concentravam três e cinco ramos, aumentando em 25,7% o percentual das microrregiões que
10
concentravam quatro ramos. Assim, no inicio do século XXI, apesar do processo de
concentração do Produto na economia paranaense, as regiões do interior avançaram na
diversificação da base produtiva. Porém, esse avanço não foi suficiente para marcar o
fortalecimento das populações urbanas.u seja, o domicilio da população paranaense em
grande parte do seu espaço territorial continuou sendo a área rural.
Segundo Piffer et all, (2002), o avanço na produção de excedentes agropecuários e o
fortalecimento da agroindústria fez com que a economia paranaense atingisse um patamar
favorável para a diversificação industrial no inicio do Século XXI. Em termos de relações de
troca, cresceu significativamente seu grau de inserção na economia brasileira e na economia
internacional. Já os produtos mais modernos em detrimento dos “tradicionais” ganharam certa
importância nas economias regionais do Paraná. O Estado do Paraná dinamizou sua base
produtiva e deixou de ser um Estado voltado apenas à produção agrícola, diversificando e
difundindo as Indústrias Não-Tradicionais e aumentando a dinâmica da sua base de
exportação.
Para North (1961, 1977), no processo de desenvolvimento regional, as atividades de
base devem estimular outros setores; se diversificar o longo do tempo; e se difundir para
outras atividades regionais. Com os investimentos, a economia se dinamiza cada vez mais em
função do efeito multiplicador do consumo e do investimento, na diversificação da base de
exportação. Essa diversificação estimula o fim da dependência da estrutura agrária e faz a
economia regional avançar para uma estrutura produtiva cada vez mais alicerçada nos setores
secundário e terciário,ou seja, nu continuum urbano industrial.
No caso do Paraná, as indústrias tradicionais se fortaleceram na mesorregiões
Noroeste, Norte Central, Norte Pioneiro, Sudoeste, Centro Oriental e Oeste do Paraná, nas
quais mais se difundiram internamente e se associaram com a base produtiva agrária. Essas
mesorregiões fortaleceram internamente o fluxo de emprego de forma significativa nos ramos
de atividades ligados à indústria tradicional. Nas outras mesorregiões, essa expansão foi
menos significativa em termos de número de microrregiões ligadas à transformação
agroindustrial.
Ao contrário da Indústria Tradicional, o resultado do processo de difusão das
atividades de base no Paraná no final do século XX, conduziu a uma “dispersão concentrada”
das Indústrias Dinâmicas e Não-Tradicionais. Ou seja, sua dispersão se dá num eixo na
direção noroeste-leste do Paraná, atingindo parcialmente as mesorregiões Noroeste e o Norte
Pioneiro (Cornélio Procópio e Jacarezinho), e de forma mais dispersa no interior das
mesorregiões Norte Central, Centro-Oriental e entorno da Região Metropolitana de Curitiba.
Diferente das Indústrias Tradicionais, que se espraiam ao longo do território paranaense, as
Indústrias Dinâmicas e Não-Tradicionais buscam microrregiões específicas do Estado do
Paraná para se aglomerar (PIFFER et all, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do tempo, o processo de desenvolvimento regional que estimula as rupturas
estruturais nas economias regionais, exigirá a ampliação e a diversificação das atividades
produtivas. Esse processo faz com que as atividades básicas, que são as atividades “motoras”
na economia regional, impulsionem outras atividades não-básicas. Porém, nem todas as
regiões conseguem fazer essa transição. Algumas regiões ao longo tempo permanecerão
dependentes da geração de excedentes ligados a base econômica do setor primário, mantendo
um continuum exclusivamente urbano-rural.
11
Essa tendência reforça as conclusões de Perroux (1977) de que o desenvolvimento
não ocorre em todos os lugares e ao mesmo tempo na mesma magnitude e importância. As
regiões que migram do continuum urbano rural para o continuum urbano-industrial
fortalecem suas atividades de base tanto no setor secundário quanto terciário. Isso não
significa a perda de importância do setor primário, mas a produção de excedentes não
ocorrerá exclusivamente nesse setor. Nesse caso, o “carro-chefe” da economia regional passa
a ser cada vez mais as atividades urbanas. O fortalecimento do continuum urbano industrial
seria o estagio final na transição das economias exclusivamente rurais para urbanas. Para
Schultz (1953, p. 147) “(...) o desenvolvimento econômico ocorre em uma matriz de
localização específica (...) essas matrizes locacionais são, primeiramente, de composição
urbano-industrial (...)”. Frente a essa afirmação e aos dados apresentados nas seções
anteriores pode-se contatar que a estrutura que estimula avanços no crescimento econômico é
cada vez mais de base urbana, tendo as atividades primárias como suporte no processo de
desenvolvimento urbano-industrial nas economias regionais. Nessa mesma linha , Santos
(2003) afirma que a polarização se dá através dos serviços urbanos que a cidade é capaz de
oferecer, nesse caso, serviços e manufaturas. Dessa forma, a regiões que disponibilizam
serviços e atividades comerciais diversificadas ampliam sua área de mercado e se tornam mais
atrativas para os investimentos.
No caso paranaense, a transição de uma economia exclusivamente primário
exportadora para a manufatura demonstra que algumas regiões tornam-se também centros
nodais atrativos. Nesses lugares, se desenvolveram meios especiais para implementar a
estrutura de produção e distribuição dos bens e serviços ligados as atividades básicas. Tanto
que o continuum urbano-industrial encontra-se diferenciado regionalmente e no conjunto das
mesorregiões. Ao se tomar as regiões que possuem um perfil de localização do emprego
formal com Quociente de Localização superior a unidade, nota-se que a mesorregião
Metropolitana de Curitiba (RMC) e a Norte Central foram as que mais conseguiram avançar
na formação de um continuum urbano industrial, o que as classifica em conjunto com 62% do
Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Paraná. Piffer et all (2010) demonstrou que das 36
Áreas Mínimas Comparáveis6 (AMCs) do Paraná, com um continuum urbano-industrial, 26
apresentaram atividades produtivas diversificadas. Assim, o fortalecimento das atividades de
base no continuum urbano-industrial não implica numa maior especialização das economias
regionais, mas a diversificação. Nesse sentido,as rupturas estruturais nas economias regionais
so produzem avanços significativos de desenvolvimento quando as áreas de mercado dessas
economias se ampliam e suas atividades de base se diversificam. A evolução da economia
regional do Paraná confirma essa tendência.
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6
Como a regiões brasileiras sofreram modificações político administrativas na distribuição dos seus municípios
em função das emancipações, foi necessário compatibilizar as áreas municipais a fim de gerar as “Áreas
Mínimas Comparáveis”. O recorte territorial das AMCs reduziu 399 municípios, para uma escala de 277 Áreas
Mínimas Comparáveis (AMCs). A Área Mínima Comparável tem um código, em geral, do município mais
antigo e populoso.
12
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