RELATORIO DIARIO – 1° dia Hoje primeiro dia de vivencia foi uma experiência nova para mim tanto no âmbito profissional como no âmbito social. Aprendi a me por no lugar do outro não só enquanto profissional, mas como pessoa. c Focando agora nas vivências diárias, tivemos quatro atividades durante o dia, às da manhã foram a abertura que cumpriu seu papel e um debate sobre clínica da família, no entanto o debate foi precário; poderia ter sido melhor explorado, coisa q infelizmente não ocorreu. A vivência da tarde foi no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) e foi muito enriquecedora. Lá nos foi mostrado que há um trabalho voluntario de acolhimento, que é muito importante e que deveria ser implantado em outros hospitais, sejam eles da rede publica ou privada. Isso porque quando um ser humano interna-se seja por qualquer motivo, ele é tolhido da sua vida social e familiar e com esse acolhimento o paciente sente-se ouvido e assistido. É um olhar humano para o próximo e essa característica deve transcender o voluntariado, o profissional e chegar até o pessoal. Devemos aplicar isso no dia-a-dia. Desse modo tal atitude será interiorizada e provavelmente passará para todas as áreas da vida. A atividade da noite foi o filme “SICKO”, do diretor/produtor Michael Morre; em português o titulo do filme é “SOS Saúde”. Esse filme aborda a situação da saúde em diversos países, com economias diferentes, são eles: Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França e Cuba. Revela de forma clara e objetiva que nos Estados Unidos há uma grande comercialização da saúde. Uma vez que lá só tem assistência médica parte da população que possui plano de saúde e mesmo assim isso não garante total atendimento ou quem desembolsa o dinheiro na hora para pagar o tratamento. O que se vê é um país carente na saúde, pois grande parte não é contemplada, pelo contrário é excluída de marginalizada. Em uma das cenas do filme é relatada uma situação em que um homem decepa duas pontas dos dedos, vai para a emergência de um hospital e chegando lá ele precisa escolher qual dedo será reconstituído. Isso tudo porque o tratamento de um dos dedos custa 12 mil dólares e o outro custa 60 mil dólares. Uma outra cena muito chocante é logo no inicio um homem costurando o próprio joelho, pois o mesmo não tem dinheiro para ir ao hospital. Sou acadêmica de medicina, e apesar de o homem ter feito o procedimento de forma eficaz ele não tinha como fazer a assepsia necessária. Isso é muito perigoso, pois pode trazer consequências sérias futuramente. O pior de tudo é que isso parece uma prática tão natural que alguns cidadãos nem criticam mais. Nos outros países supracitados o sistema de saúde é fornecido pelo governo e é de excelência para todas as classes e até para os estrangeiros. Uma análise cautelosa nos permite perceber que o SUS, sistema implantado no Brasil, foi baseado no sistema de saúde inglês. Vale ressaltar, porém, que o SUS tem apenas 25 anos ao passo que o sistema inglês tem cerca de 70 anos. É notório que há muito para ser melhorado e conquistado em relação à saúde no Brasil. Com engajamento da população em conjunto com profissionais de saúde, um governo ativo e uma gestão publica de qualidade dos centros de saúde a excelência também será alcançada em nosso país.