Fabricantes chineses de smartphones procuram reforçar competitividade através da concepção de seus próprios chips Por Li Xiao, Diário do Povo A empresa chinesa de tecnologia Xiaomi lançou, a 28 de fevereiro, o seu primeiro processador de smartphone, tornando-se a quarta empresa no mundo capaz de produzir chips processadores projetados pela própria empresa. "A manufatura de chips processadores representa o auge da indústria dos smartphone. Para se tornar uma grandiosa empresa na sua área, a Xiaomi deve dominar a tecnologia chave", disse Lei Jun, fundador e CEO da Xiaomi, no evento da apresentação do Pinecone Surge S1, um chip com um custo de desenvolvimento de mais de um bilhão de yuans. Cerca de 70% dos celulares no mundo são fabricados na China, dos quais apenas 5% são equipados com chips desenvolvidos e fabricados integralmente pelos chineses. Sendo o “coração” dos smartphones, os processadores exercem grande influência no desenvolvimento dos celulares e na operação do mercado. Os designers começam o projeto dos novos modelos dos celulares apenas depois da obtenção dos chips. Nesse sentido, a inovação do design dos processadores é a prioridade mais elevada. Os fabricantes chineses estão concentrando os seus esforços na criatividade e desenvolvimento de tecnologias chave nos últimos anos, aprimorando a qualidade e a influência do "Fabricado na China" e orientando as suas transformações. Em 2012, a Huawei, empresa chinesa de telecomunicações, lançou o seu próprio processador, o K3V2. Com atualização e otimização constante, a empresa foi pioneira na capacidade de desenvolver e criar chips. No ano passado, a Huawei lançou o novo produto Honor 5C, com o custo de cerca de 1000 yuans, equipado com o Kirin 650, processador desenvolvido pela empresa própria, dendo um dispositivo que integra um chip de alta tecnologia mas mantém o baixo custo, oferecendo aos usuários um maior e diverso leque de experiências. O Diário do Povo publicou um comentário, a 1 de março, intitulado “Chips chineses alavancam a onda de inovação tecnológica”, no qual refere que o desenvolvimento de chips pode ser considerado como uma maratona, contando com um ciclo de três ou cinco anos, e enfrentando riscos e desafios. A inovação autossuficiente, representada pelo desenvolvimento de chips, não só fornece energia às empresas como um novo motor, como também orienta a transformação e atualização do setor industrial.