Otavio Pereira

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RESUMÃO: AS REVOLUÇÕES DOS SÉCULOS XVIII E XIX
Revolução Americana (1776 – 1783)
Fatores: Guerra dos Sete Anos, que induziu a Inglaterra a cobrar dos colonos os prejuízo provenientes dela, após o período de Negligência Salutar, e a
colônia era um meio de escoar os produtos e lucros da Revolução Industrial; leis monopolizantes e leis intoleráveis, consideradas, pelos colonos,
opressoras e ameaça às políticas e à economia da colônia.
Liderança: os comerciantes do norte iniciaram o processo emancipação da colônia e o comandaram em seu desenrolar. Os grupos do Sul e do Centro
apoiaram o movimento.
Aspectos relevantes: os grupos do Norte, Sul e do Centro superaram suas divergências e organizaram o primeiro Congresso Continental, que decidiu
pelo boicote dos produtos ingleses e o Segundo Congresso Continental, que proclamou a independência. A Independência, então, declarou guerra aos
EUA, mas, esses a vencem, apoiados pela França (antiga inimiga), Espanha e Holanda. Derrotada, a Inglaterra assina o Tratado de Paris em 1783,
reconhecendo a independência dos EUA e ainda cede a eles alguns territórios na América do Norte.
Resultados: Independência dos EUA e a aplicação, pela primeira vez, do federalismo, por meio da Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Influências: fundamentada em princípios iluministas, é o único movimento burguês que ocorre fora da Europa. Influenciou a maioria dos outros
Movimentos de Independência da América, e Movimentos Separatistas como a Conjuração Mineira. Ganhou atenção também dos burgueses franceses
revolucionários, uma vez que, nos EUA, escravidão era presente, mas, havia ausência de nobreza, servidão de camponeses ou uma Igreja oficial.
Revolução Francesa (1789 – 1799)
Fatores: rigor e autoritarismo do absolutismo francês; incapacidade e insegurança dos monarcas que sucederam Luís XIV; distancia acentuada entre
governantes e governados; desigualdade social na França; burguesia desprovida de privilégios e alta tributação sobre essa classe; envolvimento da
França em guerras dispendiosas; grave crise econômica associadas aos gastos superfulos da corte. Tudo isso confluiu quando do fracasso dos Estados.
Gerais, que foi o estopim para o início do movimento.
Lideranças: Girondinos comandaram a revolução nas fases de Assembleia Nacional Constituinte (1789 – 92) e Diretório (1795 – 99). Os Jacobinos
lideraram, apoiados por minorias mais radicais, entre 1792 e 1795, na fase Convenção Nacional ou Período do Terror.
Aspectos relevantes:
⊗ Primeira fase: colocação da monarquia constituição, elaboração e promulgação da primeira constituição francesa (constituição francesa de 1791),
declaração de guerra à Áustria, aplicação da constituição civil do clero.
⊗ Segunda fase: instauração da república, condenação à morte na guilhotina de milhares de pessoas em pouquíssimo tempo (dentre os condenados,
estavam fortes líderes do movimento, como Danton e figuras importantes como o Rei Luís XVI), ampliação do sentimento nacionalista,
enfraquecimento dos Jacobinos. Golpe de Estado, Reação Termidoriana, aplicado pelo Girondinos.
⊗ Terceira fase: adoção do Diretório, Conspiração de Graco – Babeuf, Golpe do 18 Brumário, fim da revolução.
Resultados: abolição dos privilégios da nobreza e das obrigações feudais, garantia ao pensamento, a igualdade perante a lei e à liberdade pessoal,
implementação do voto censitário, tem dos dízimos e confisco dos bens do clero; expansão da economia de mercado; abolição das escravidão nas
colônias francesas; Napoleão inicia a fase Napobônica, governando como cônsul.
Influências: influenciada por ideias iluministas e pelo lema “Igualdade, Liberdade, Fraternidade” e também pela trajetória e resultado da Revolução
Americana. Influenciou a Independência do Haiti, movimentos separatistas como a Conjuração Baiana e também as revoltas contra o Antigo Regime.
Revolução do Haiti (1791 – 1804)
Fatores: composição social da colônia que era dividida numa minoria branca intolerante possuidora de terras e escravos, brancos pobres (feitores,
capatazes), mestiços livres e negros (maioria escrava. Os mestiços livres, que obtiveram certa ascensão econômica, sofriam preconceitos da elite branca.
Concomitantemente, os negros era desprezados pelos mestiços livres e elite branca.
Lideranças: negros escravizados e marginalizados, com destaque para Toussaint L’Ouverture, que organizou a luta. Pelos interesses contra a elite
branca, os mestiços livres apoiaram a revolução.
Aspectos relevantes: a elite branca tentou imprimir a prosperidade dos mestiços livres; havia revoltas e resistências cotidianas entre os escravos;
quilombos foram organizados; chegada da notícia de igualdade de direito a todos os cidadãos livres das colônias devido à Revolução Francesa; ausência
de uma liderança definitiva no início; conflitos contra soldados da monarquia francesa; invasão espanhola; expedição britânica com cerca de 60 mil
homens; expedição francesa enviada por Napoleão. Todas expedições e invasões foram derrotadas. Plantações e engenhos da elite foram destruídas.
Resultados: prevalecimento dos negros na colônia sobre os estrangeiros, o que permitiu a fundação do Estado do Haiti.
Influências: a Revolução Francesa contribuiu com o processo quando concedeu igualdade de direito aos homens livres das colônias. A Revolução do
Haiti assustou as elites escravistas de outras colônias europeias na América e também serviu de inspiração para a Conjuração Baiana.
Revolução do Porto (1820)
Fatores: ausência do rei e de uma corte em Portugal, que havia fugido para o Brasil para evitar as imposições napoleônicas e deixar a metrópole sob
comando militar inglês; preponderância inglesa nos negócios do império; economia portuguesa arruinada pela diminuição do comércio com a colônia
depois da abertura dos portos brasileiros (abertura dos portos às Nações Amigas e Tratado de Comércio e Navegação, Amizade e Aliança).
Liderança: burguesia portuguesa que tentava assumir o controle do reino e império lusitanos apoiada por classes como a dos militares.
Aspectos relevantes: eleições para as cortes de Lisboa, que deveriam elaborar uma Constituição e pôr fim ao Absolutismo Monárquico; tentativa de
recolonização do Brasil; intimação para D. João VI voltar à metrópole; falta de interesses comuns das elites coloniais nas Cortes de Lisboa.
Resultados: volta de D. João VI a Portugal e então D. Pedro se torna príncipe regente do Brasil; fim do absolutismo e instauração da monarquia
constitucional em Portugal.
Influências: a Revolução do Porto se enquadra na onda revolucionária na Europa de 1820 a 1830, pós-Napoleão. Essa Revolução foi determinante no
avanço do processo de independência do Brasil.
Contribuição do aluno Otávio Pereira Andrade – Turma 223
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