Fisioterapia Respiratória para Concursos

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Fisioterapia Respiratória para Concursos - Curso Regular 2017
Professor: Fábio Cardoso
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Embriologia, histologia e anatomia
do aparelho respiratório -Teoria
Prof. Fabio Cardoso Aula 00
EMBRIOLOGIA, HISTOLOGIA, ANATOMIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO
SUMÁRIO
PÁGINA
1 .Apresentação
01
2. Embriologia
03
3.Histologia
08
4. Anatomia
19
5. Questões Comentadas
48
6. Gabarito
66
7. Referências
67
1. Apresentação
Olá, pessoal! Como estão? Espero que bem!
Meu nome é Fabio Cardoso, mais conhecido como fabbim10 e tenho um enorme
prazer em participar com vocês desse caminho que tem tudo para dar em sucesso!
Sei do objetivo de vocês e tenho uma pergunta assim pra já.
Por que trabalhar em um cargo público? Na atual situação financeira em que o nosso
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país se encontra sem sombra de dúvidas esta resposta se torna fácil de ser
respondida. Ai! “Nen” precisei dar a resposta, te ouvi daqui! Tem muitas vantagens
para o servidor, mas poder atuar em benefício da sociedade pode trazer realizações
importantes para nós enquanto seres humanos, muitas vezes, além daquelas que
podem imaginar.
Sabendo disso, elaborei nosso material de estudo, com este objetivo contribuir para
você chegar lá, na sua vaga no próximo concurso!
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Mas, e aí fabbim10? Como será este curso? Ouço você daqui “pensando alto”?
Primeiramente, nesta aula, abordaremos os conceitos básicos relacionados à
Embriologia, Histologia, Anatomia do aparelho respiratório. E ao longo dos dias, a
cada 10 dias, pra ser mais exato postarei novas aulas.
Isso para você estar pronto e obter êxito no dia da prova! Ah! E lembrem-se, fabbim10
nunca abandona seus alunos, então estarei lá no fórum em que vocês terão acesso
exclusivo para tirar suas dúvidas!
Minha história continuo em breve, agora vãos construir a sua. Então vamos deixar d
prosa e vamos lá!
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2. EMBRIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO
2.1 INTRODUÇÃO
Desenvolvimento do sistema respiratório
O sistema respiratorio deriva do intestino primitivo;
• seu primeiro esboco e o sulco laringotraqueal que se forma na endoderme da face
ventral da faringe.
• este sulco se aprofunda, formando o diverticulo laringotraqueal, que cresce em
sentido ventral e caudal, distanciando-se gradualmente do intestino anterior.
Você deve estar pensando naquela expressão: -Fulano tem “titica” na cabeça. Pois o
SNC deriva do instestino, ainda que primitivo. Voltando ao assunto veja:
• A partir do tubo laringotraqueal irao se desenvolver a laringe, a traqueia, os
bronquios e os pulmoes.
• A endoderme invaginada formara o epitelio de revestimento e glandular.
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• O tecido conjuntivo, a cartilagem, os vasos e o musculo liso se desenvolverao a
partir do mesenquima esplânico que envolve a porcao ventral do intestino anterior.
Traqueia, bronquios e pulmoes.
• Na extremidade do tubo laringotraqueal, desenvolve-se uma dilatacao que logo se
divide em dois brotos broncopulmonares.
• Ja desde os primeiros estagios do desenvolvimento, observa-se que o bronquio
direito e mais longo e reto que o esquerdo.
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• Por volta da 5a semana, no broto direito, aparecem dois brotos secundarios, e no
broto esquerdo, somente um.
• Posteriormente, cada broto broncopulmonar secundario se ramifica repetidas vezes
por divisoes dicotomicas.
Desenvolvimento da porcao respiratoria.
• O desenvolvimento dos segmentos respiratorios do pulmao passa por quatro etapas
que se sobrepoe parcialmente:
• estágio embrionário (da 4ª à 7ªsemana): abrange o surgimento do divertículo
respiratório até os segmentos broncopulmonares;
• estágio pseudoglandular (da 8ª à 16ª semana): sua denominação deve-se à
aparência de glândula do pulmão nesse período; há o crescimento dos ductos nos
segmentos broncopulmonares;
• estágio canalicular (17ª à 26ª semana): ocorre a formação dos bronquíolos
respiratórios e o aumento da vascularização;
• estágio de saco terminal (26ª semana ao nascimento): os sacos alveolares
organizam-se nas extremidades dos bronquíolos respiratórios, e o epitélio dos
alvéolos diferencia-se nos pneumócitos do tipo I e nos pneumócitos do tipo II;
Vocês já devem ter ouvido falar que o pulmão segue a se desenvolver na criança até
certa idade, isso é verdade? Veja o que acontece:
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• estágio pós-natal (do nascimento até os oito anos): há inicialmente um aumento de
tecido conjuntivo entre os sacos alveolares, mas depois há uma diminuição,
favorecendo as trocas gasosas.
Período Pseudoglandular
• No final deste período todos os principais elementos estão formados, exceto os
envolvidos nas trocas gasosas.
• A respiração não é possível
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Período Canalicular
• Superposição com o período pseudoglandular: amadurecimento mais rápido das
porções craniais do pulmão.
• Aumento da vascularização.
• 24ª semana: bronquíolos respiratórios.
• Final do período: alguns sacos terminais (alvéolos primitivos).
• Sistema respiratório e outros relativamente imaturos.
Período do Saco Terminal
• Mais sacos terminais e suas células epiteliais tornam-se muito delgadas.
• Capilares fazem protuberâncias para o interior desses alvéolos: barreira
hematoárea.
• 26ª: sacos terminais são revestidos principalmente por céls epiteliais pavimentosas
de origem endodérmica: céls alveolares tipo I ou pneumócitos.
• Céls alveolares do tipo II: céls epit arredondadas que secretam surfactante.
Período Alveolar
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• Estruturas análogas aos alvéolos estão presentes em sacos na 32ª semana.
• Membrana alveolocapilar ou membrana respiratória.
• Alvéolos maduros: só se formam após o nascimento; cerca de 95% dos alvéolos se
desenvolvem após o nascimento.
• Os movimentos respiratorios ocorrem desde antes do nascimento e produzem
aspiracao do liquido amniotico que, junto com outros liquidos derivados da traqueia e
dos proprios pulmoes, enchem estes ultimos ate a metade de seu volume.
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Estes liquidos sao eliminados durante o nascimento e depois dele por tres vias:
1) expulsao por pressao sobre o torax durante o parto;
2) reabsorcao pelos capilares sanguineos e pulmonares e;
3) reabsorcao pelos linfaticos pulmonares.
Você sabia? Fique ligado...
• Aproximadamente aos seis meses do desenvolvimento pre-natal, as celulas
alveolares tipo II comecam a produzir uma macromolecula glicolipoproteica chamada
surfactante, que reveste a superficie interna dos alveolos pulmonares e faz parte de
seu glicocalix. A funçao principal do surfactante e diminuir a tensao superficial da
interfase ar-alveolo, de modo a mante-los distendidos e evitar seu colapso ou
atelectasia. A falta de surfactante e a causa principal de uma doenca grave do recemnascido (doenca respiratoria do recem-nascido ou doenca das membranas hialinas),
que produz insuficiencia respiratoria, especialmente em recem-nascidos prematuros,
devido ao deficiente desenvolvimento destes materiais da superficie alveolar.
Os recém-nascidos prematuros, com menos de sete meses, não sobrevivem sem a
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administração exógena de surfactante. Ao nascerem, como não possuem
quantidades suficientes dessa lipoproteína, apresentam dificuldade em respirar,
exibindo um quadro definido como síndrome da angústia respiratória. O esforço na
expansão dos alvéolos pode lesioná-los, produzindo a doença da membrana hialina.
Então o que acabaram de ler é de sua importância e sempre é cobrado em concursos.
SURFACTANTE EXÓGENO
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No Brasil encontramos o de origem natural (porcino e o bovino) e o sintético. Inúmeros
trabalhos demonstram que o melhor momento da administração é na primeira hora
de vida, chamado de resgate precoce (de preferência nos primeiros quinze minutos).
A resposta ao tratamento varia de um neonato para outro assim como com a idade
gestacional, se foi feito corticóide antenatal, se a estratégia de ventilação foi correta
e se a taxa hídrica foi adequada.
Observe as principais manifestações clinicas desta síndrome por déficit do
surfactante;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• As manifestações clinicas da DMH caracterizam-se por:
• Dispnéia, taquipnéia ou bradipnéia em casos graves.
• Gemido expiratório.
• Cianose.
• Batimentos de asas nasais.
• Retração esternal.
• Dificuldade em iniciar a respiração normal.
• Tiragem intercostal e subcostal.
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• Crises de apnéia.
A embriologia é isso que acabamos de ler, interessante. Agora vamos dar uma volta
pela histologia e logo mais anatomia do sistema respiratório.
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3. HISTOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO
3.1 INTRODUÇÃO
O pulmão existe para a troca gasosa. Sua função primordial é permitir ao oxigênio
passar do ar ao sangue venoso e permitir ao dióxido de carbono sair.
Neste trabalho então veremos como o ar inspirado chega aos alvéolos, como
os gases atravessam a barreira hematogasosa e como são removidos do pulmão pelo
sangue sendo estas: ventilação, difusão e fluxo sangüíneo.
Abordaremos também a relação ventilação-perfusão e suas complicações,
como os gases são levados aos tecidos periféricos e como o pulmão é sustentado e
movimentado.
Epitélio
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ESTRUTURAS E FUNÇÕES
A movimentação do oxigênio e do dióxido de carbono entre o ar e o sangue é
por simples difusão, isto é, de uma zona de perfusão parcial alta para uma baixa.
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A barreira sangue-gás é extremamente fina e tem uma área entre 50 e 100
metros quadrados. Está, portanto, bem adequada a sua função de troca gasosa.
O gás é trazido de um lado da interface hematogasosa pelas vias aéreas e o
sangue, do outro lado, pelos vasos sangüíneos.
As vias aéreas consistem de séries de tubos ramificados, os quais se tornam
mais estreitos, mais curtos e mais numerosos, a medida que penetram mais
profundamente no pulmão. A traquéia divide-se em brônquios principais direito e
esquerdo, os quais se dividem em brônquios lobares e segmentares, que por sua vez
dividem-se formando os bronquíolos terminais, os quais são as menores vias aéreas
sem alvéolos.
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Traquéia
Todos estes acima constituem a zona condutora. Sua função é levar ar
inspirado às regiões de troca gasosa do pulmão, sendo esta denominada também de
espaço morto anatômico, com volume de cerca de 150 ml.
Os bronquíolos terminais dividem-se em bronquíolos respiratórios, os quais
têm, ocasionalmente, alvéolos em suas paredes. Finalmente, chega-se aos ductos
alveolares, que são inteiramente revestidos com os alvéolos. Essa região alveolada
do pulmão, onde ocorre a troca gasosa, é conhecida como zona respiratória.
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Durante a inspiração, o volume da cavidade torácica aumenta, e o ar é puxado
para dentro do pulmão. O aumento volumétrico é, em parte, realizado pela contração
do diafragma, que causa sua descida, e em parte pela ação dos músculos
intercostais, que levantam as costelas, assim aumentando a área transversal do tórax.
O ar flui para baixo até os bronquíolos terminais por fluxo em volume. A difusão de
gás no interior das vias aéreas, então, assume como mecanismo de ventilação
dominante na zona respiratória.
O pulmão é elástico e retorna, passivamente, ao seu volume pré-inspiratório
durante o repouso da respiração. Uma respiração normal é de cerca de 500 ml.
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Os vasos sangüíneos pulmonares também formam uma série de tubos
ramificados, da artéria pulmonar aos capilares e de volta às veias pulmonares.
Os capilares formam uma densa rede nas paredes dos alvéolos. O diâmetro
de um segmente de capilar é de cerca de 10µm, largura apenas suficiente para um
eritrócito. Os comprimentos dos segmentos são tão curtos que a densa malha forma
uma lâmina de sangue, quase contínua, na parede alveolar, um arranjo muito eficiente
para a troca gasosa.
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Cada eritrócito gasta cerca de ¾ se segundo na malha capilar e, durante esse
tempo, provavelmente, atravessa dois ou três alvéolos. A anatomia para a troca
gasosa é tão eficiente que esse curto espaço de tempo é suficiente para o quase
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completo equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar alveolar e o sangue
capilar.
O pulmão tem um sistema sangüíneo adicional, a circulação bronquial, que
supre as vias aéreas inferiores, próximo dos bronquíolos terminais. A maior parte
desse sangue sai do pulmão através das veias pulmonares. O fluxo através da
circulação brônquica é uma mera fração da circulação pulmonar, e o pulmão pode
funcionar razoavelmente bem sem ele.
É importante salientar que a porção alveolar é uma estrutura intrinsecamente
instável. Em razão da tensão superficial do líquido depositado nos alvéolos, forças
relativamente grande desenvolvem-se, tendendo a colapsá-los. Felizmente, algumas
das células que forram os alvéolos secretam um material chamado sulfactante, o qual
reduz drasticamente a tensão superficial do forro alveolar. Como conseqüência, a
estabilidade dos alvéolos é enormemente aumentada, apesar de o colapso de
pequenos espaços aéreos ser sempre um problema potencial e freqüente ocorrendo
em presença de doenças.
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Brônquios
Camada Mucosa:
Epitélio idêntico ao da traqueia,
Epitélio-pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.
Lámina própria:
Rica em fibras elásticas.
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Camada muscular lisa:
Formada por feixes musculares dispostos em espiral que circundam completamente
o brônquio.
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Brônquiolos:
Segmentos interlobulares, não apresentam cartilagem, glândulas e nódulos linfáticos.
Camada mucosa:
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Porção inicial: epitélio simples cilíndrico ciliado.
Porção final: epitélio simples cúbico ciliado ou não ciliado.
Menor quantidade de células caliciformes.
Lâmina própria:
Delgada e rica em fibraselasticas.
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Fibras musculares se entrelaçam com fibras elásticas.
O epitélio dos brônquios apresenta os corpos neuroepiteliais, 80ma 100 cells, contem
grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas.
Quimiorreceptores.
Brônquilos terminais:
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Última porção da arvore brônquica, parede mais delgada que a do bronquíolo,
mucosa revestida por epitélio simples cubico com cells ciliadas ou não ciliadas.
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Células de clara: estas não possuen cílios. Grânulos secretores na porção apical.
Protegem o sistema bronquiolar contra poluentes e inflamação.
Bronquíolos respiratórios:
Tubo curto e ramificado que apresentam semelhança com bronquíolo terminal.
Constituição:
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Porção alveolar:
Expansões saculiformes constituídas por alvéolos.
Porção não alveolar:
Epitélio simples colunar ou cúbico ciliado ou não.
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ALVÉOLOS
São bolsas semelhantes a favo de colmeia abertas de um lado e responsáveis pelo
aspecto esponjoso do parênquima pulmonar.
Última porção da árvore brônquica.
O ducto alveolar termina em um único alvéolo ou sacos alveolares.
São encontrados em sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios.
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As paredes são constituídas de camada fina epitelial apoiada em tecido delicado, no
qual há uma rede de capilares sanguíneos.
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A histologia e algo importante deixe então os pontos principais. Descritos até aqui.
Vamos adiante agora com a anatomia do sistema respiratório.
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4. ANATOMIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO AULA 00
4.1 INTRODUÇÃO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório se estende da cabeça até o tórax e está constituído por
subsistemas ou órgãos: 1- Cavidades Nasais (fossas nasais), 2- Faringe, 3- Laringe,
4- Traquéia, 5- Brônquios, 6- Pulmões. E 7-Pleuras.
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Esses subsistemas ou órgãos têm como função comum o transporte de oxigênio (O2)
do ar atmosférico para o sistema circulatório e, em sentido contrário, o transporte de
dióxido de carbono (CO2) do sistema circulatório para o ar atmosférico. A troca
desses gases dá-se ao nível dos pulmões, cujo fenômeno é denominado de
HEMATOSE.
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Além da função comum do transporte dos gases (O2 e CO2), alguns subsistemas têm
funções próprias. Assim, as cavidades nasais (fossas nasais) filtram, umedecem e
aquecem o ar, funcionam como caixa de ressonância para a voz e são a sede do
sentido da olfação (órgão da olfação); a faringe evita o refluxo do bolo alimentar pelas
fossas nasais durante a deglutição; e a laringe emite sons vocais e protege as vias
aéreas contra a entrada de corpos estranhos.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A respiração é uma das características básicas de qualquer ser vivo. Consiste,
fundamentalmente, na absorção de oxigênio (O2) do meio ambiente e na eliminação
de gás carbônico (CO2) resultante do metabolismo celular.
Quando o animal é unicelular, retira diretamente do meio ambiente o oxigênio que
necessita, eliminando gás carbônico. Nos animais superiores, as trocas gasosas
fazem-se em dois níveis: ao nível dos pulmões, onde há trocas entre os gases do ar
e os do sangue, cujo fenômeno é denominado respiração externa ou hematose; e ao
nível dos tecidos, onde há troca entre os gases do sangue e os das células, fenômeno
denominado respiração interna. Ao conjunto dos pulmões e dos órgãos encarregados
de levar e retirar deles o ar atmosférico denomina-se de Sistema Respiratório.
LOCALIZAÇÃO
O Sistema Respiratório pode ser definido como sendo constituído por um conjunto de
órgãos que servem à troca de materiais gasosos entre o ar atmosférico e o sangue,
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órgãos esses que ocupam a cabeça, o pescoço e o tórax.
DIVISÃO
O Sistema Respiratório está constituído pelos seguintes órgãos: CAVIDADES
NASAIS, FARINGE, LARINGE, TRAQUÉIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES. e PLEURAS.
Os pulmões são órgãos centrais do sistema respiratório, no interior dos quais realizase, o fenômeno da hematose.
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Ao conjunto dos órgãos tubulares encarregados de conduzir o ar atmosférico aos
pulmões, são chamados de VIAS AÉREAS, enquanto que os pulmões representam
os órgãos mais importantes da respiração.
1. CAVIDADE NASAL
A função principal da cavidade nasal é o transporte de oxigênio (O2) do ar atmosférico
para a faringe e, em sentido contrário, o transporte de dióxido de carbono (CO2) da
faringe para o ar atmosférico. Além disso, cada constituinte do sistema respiratório
tem suas próprias funções.
a)
Localização – A cavidade nasal é uma ampla e acidentada cavidade situada
na parte média da face, localizada medialmente as cavidades orbitárias, acima da
cavidade bucal e abaixo da cavidade craniana.
b)
Número e divisão – A cavidade nasal está separada por um tabique mediano,
chamado septo nasal, em duas cavidades ou fossas nasais direita e esquerda. Essas
cavidades apresentam 4 orifícios: 2 anteriores, chamados narinas (direita e
esquerda), que as comunicam com o exterior e 2 posteriores de forma retangular,
denominados coanas (direita e esquerda), que as comunicam com a faringe.
No estudo das cavidades nasais serão considerados: nariz (nariz externo) incluindo
o vestíbulo situado na frente, cavidades nasais propriamente ditas situadas para trás
e os seios (sinus) paranasais que desembocam nas cavidades nasais propriamente
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ditas.
NARIZ (NARIZ EXTERNO)
a)
Definição – Dá-se o nome de NARIZ EXTERNO a um relevo ímpar e mediano,
proeminente no meio da face, que se encontra disposto à maneira de um telhado na
entrada das cavidades (fossas) nasais.
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b)
Morfologia – O nariz externo apresenta a forma de uma pirâmide triangular de
base inferior, na qual se pode considerar raiz, base, dorso, faces laterais e face
posterior.
•
A RAIZ do nariz encontra-se entre os supercílios.
•
A BASE do nariz apresenta um tabique mediano, o chamado subsepto, e, a
cada lado deste, um orifício elíptico chamado narina que representa o orifício de
comunicação de cada cavidade nasal com o meio exterior.
•
AS FACES LATERAIS do nariz são mais ou menos planas e inclinadas para a
região das bochechas. São fixas na sua metade superior e muito móveis na sua
metade inferior, onde são denominadas asas do nariz. Lateralmente, as faces laterais
do nariz se continuam com as regiões vizinhas, cujo limite é representado por um
sulco que, de cima para baixo e sucessivamente, recebem os nomes de sulco
nasopalpebral entre o nariz e as pálpebras, sulco nasogeniano entre o nariz e as
bochechas e o sulco nasolabial, entre o nariz e o lábio superior. Esses sulcos moldam
a face e em cirurgia principalmente plástica, é usado como ponto de reparo para as
incisões.
•
O DORSO do nariz tem origem em cima, na raiz e termina em baixo, numa
saliência arredondada chamada lóbulo ou ápice do nariz. Para o dorso convergem as
duas faces laterais.
•
A FACE POSTERIOR do nariz confunde-se com a parte anterior das cavidades
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nasais e é revestida, ao nível do vestíbulo por pele que apresenta pêlos, denominados
vibrissas, cuja função é a de reter as partículas de poeira existentes no ar.
c)
Tipos de nariz – O nariz varia muito em volume e forma e, devido a sua posição,
da uma característica própria à fisionomia, sendo um elemento estético de
primeiríssima ordem. Além disso, o seu estudo tem importância muito grande para a
Antropologia. Os tipos de nariz são muito numerosos. Uma das maneiras para
determiná-los baseia-se no índice nasal que é a relação entre a largura da abertura
piriforme e a altura do nariz. O confronto dessas medidas permite classificar os
seguintes tipos de nariz: leptorrinos ou nariz afilado (características da raça branca,
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dos longilíneos e dos adultos), platerrinos ou nariz achatado (característica da raça
negra, dos brevilíneos e das crianças) e mesorrinos, tipo intermediário (característica
da raça amarela).
d)
Vestíbulo do nariz – O vestíbulo é uma cavidade em forma de pêra limitada
pelas cartilagens do nariz, apresentando uma base dirigida para baixo e um ápice
dirigido para cima, comunicando-se com o meio exterior por intermédio da narina. No
vestíbulo podem ser considerados: os orifícios, as paredes, o aspecto interno da sua
superfície e o tipo de revestimento.
•
OS ORIFÍCIOS, em número de dois, são a narina que, comunica o vestíbulo
com o meio exterior e a abertura piriforme, bem visível no esqueleto da face, que o
comunica com a cavidade nasal propriamente dita.
•
AS PAREDES, em número de duas, uma medial e outra lateral, apresentam
um esqueleto cartilagíneo.
•
A PAREDE MEDIAL está representada pela cartilagem do septo.
•
A PAREDE LATERAL é constituída pelas cartilagens lateral e alar.
•
ASPECTO INTERNO DA SUPERFÍCIE –A superfície interna do vestíbulo é
seca, lisa e acinzentada, em contraste, com a superfície interna da cavidade nasal
propriamente dita que é úmida, irregular e rósea.
•
O TIPO DE REVESTIMENTO DO VESTÍBULO é pele, que apresenta pêlos
00000000000
bem desenvolvidos denominados vibrissas.
e)
Constituição – O nariz externo está constituído pelos seguintes elementos:
ossos, cartilagens, músculos, pele, vasos e nervos.
•
OS OSSOS estão representados pelos nasais e maxilares. Os ossos nasais
estão articulados superiormente com o osso frontal, lateralmente com o processo
frontal do osso maxilar e medialmente com o homônimo do lado oposto. Cada osso
maxilar participa da formação da parede lateral da cavidade nasal e da abertura
piriforme.
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•
AS CARTILAGENS estão representadas por três cartilagens principais:
cartilagem do septo, cartilagens laterais, cartilagens alares e por cartilagens nasais
acessórias. A cartilagem do septo está situada na linha média e constitui a parte
cartilagínea do septo nasal; as cartilagens laterais, em número de duas, uma direita
e outra esquerda, fixam-se superiormente nos ossos nasais e, na linha média,
confundem-se com a cartilagem do septo; as cartilagens alares estão situadas por
baixo das laterais e correspondem às asas do nariz; as cartilagens nasais acessórias,
de número variável, ocupam os espaços entre as cartilagens laterais e alares e estão
unidas umas às outras por tecido fibroso.
•
OS MÚSCULOS do nariz fazem parte dos músculos da mímica e constituem
um dispositivo que serve para dilatar e comprimir as narinas, respectivamente nas
fases inspiratórias e expiratórias da respiração, principalmente na respiração forçada.
Compreende os seguintes músculos: o músculo prócero (músculo piramidal do nariz),
o músculo nasal, o músculo depressor do septo e a parte angular do músculo
quadrado do lábio superior.
•
A PELE, que recobre a parte óssea do nariz, é fina e móvel; a que recobre o
esqueleto cartilaginoso ao contrário, é grossa e firmemente aderente. Ao nível das
narinas a pele reflete-se para continuar-se no revestimento da primeira parte das
fossas nasais ou vestíbulo.
f)
Funções – O nariz funciona como um escudo ou anteparo que protege a
entrada do sistema respiratório contra a penetração de agentes provenientes do
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exterior. Também, devido à presença dos pêlos (vibrissas) no vestíbulo, retém
partículas existentes em suspensão no ar, filtrando-o.
A)
CAVIDADE
(FOSSAS)
NASAL
PROPRIAMENTE
DITA
E
SEIOS
PARANASAIS
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a)
Morfologia das cavidades (fossas) nasais propriamente dita – Para ter-se uma
idéia da conformação das cavidades nasais propriamente dita, basta o estudo do
esqueleto, pois as partes moles que estão aplicadas à superfície do mesmo não lhe
alteram as características essenciais. Cada cavidade nasal propriamente dita, de
forma aproximadamente de um prisma de seção quadrangular apresenta para estudo
4 (quatro) paredes (lateral, medial ou septal, superior ou teto e inferior ou assoalho)
e 2 (duas) aberturas (anterior ou piriforme e posterior ou coana).
•
A PAREDE LATERAL é bastante irregular e complexa por apresentar várias
saliências e depressões. Na constituição desta parede entram os seguintes ossos:
maxilar, lacrimal (porção lateral), palatino (lâmina perpendicular), concha nasal
inferior, o esfenóide e etmóide.
•
AS SALIÊNCIAS são denominadas conchas nasais: superior, média e inferior;
as duas primeiras são dependências da porção lateral do osso etmóide, enquanto
que a última é um osso independente, sendo a mais longa das conchas nasais.
•
AS DEPRESSÕES existentes nas paredes laterais das cavidades nasais
propriamente ditas são os espaços situados abaixo das conchas nasais,
denominados meatos nasais, que são em número de três: superior (situado abaixo
da concha nasal superior), médio (situado abaixo da concha nasal média) e inferior
(situado abaixo da concha nasal inferior).
•
NOS MEATOS superior e médio estão localizados os orifícios que comunicam
a cavidade nasal com os seios paranasais e, no meato inferior, encontra-se o orifício
00000000000
do conduto nasolacrimal, que comunica a cavidade nasal com a cavidade orbitária.
•
A PAREDE MEDIAL, representada pelo septo nasal, tem constituição ósteo-
cartilagínea, aspecto liso e uniforme e separa as cavidades nasais: direita e esquerda.
Está formada ântero-posteriormente pela cartilagem do septo, pela lâmina
perpendicular do osso etmóide e pelo osso vômer.
•
A PAREDE SUPERIOR OU TETO separa a cavidade nasal propriamente dita
da cavidade craniana. É a sede do sentido da olfação (órgão da olfação) e está
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constituída, de diante para trás, pelos seguintes elementos: espinha nasal do osso
frontal, lâmina crivosa do osso etmóide e corpo do osso esfenóide.
•
A PAREDE INFERIOR OU ASSOALHO separa a cavidade nasal da bucal. É
mais larga que a parede superior e está constituída, de diante para trás, pelo processo
palatino dos ossos maxilares e pelo ramo horizontal dos ossos palatinos.
•
A COANA OU ABERTURA POSTERIOR comunica de cada lado, a cavidade
nasal com a faringe. A ABERTURA PIRIFORME OU ANTERIOR identificável no
esqueleto da face está ocupada pelo nariz externo.
b)
Localização e morfologia dos seios (sinus) paranasais – Os seios paranasais
são cavidades escavadas nos ossos pneumáticos e comunicam-se com a cavidade
nasal, abrindo-se ao nível dos meatos nasais. Estão revestidos por uma túnica
mucosa que é a continuação da túnica mucosa que reveste as cavidades nasais
propriamente ditas. Os seios paranasais contêm ar no seu interior e recebem o nome
dos ossos nos quais estão localizados e por isso são denominados seios frontais,
seios maxilares, seios etmoidais e seios esfenoidais.
•
O SEIO FRONTAL, bilateral, localizado no osso frontal, às vezes também
acima da órbita, desemboca no meato nasal médio.
•
O SEIO MAXILAR DE CADA LADO, localizado no maxilar, abaixo da órbita e
ao lado do nariz, desemboca no meato nasal médio.
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•
O SEIO ETMOIDAL DE CADA LADO, formando um sistema de espaços entre
as cavidades nasal e orbitária, é dividido em três grupos: grupo anterior de células
etmoidais que desemboca no meato nasal médio; grupo médio de células etmoidais
que desemboca no meato nasal médio e grupo posterior de células etmoidais que
desemboca no meato nasal superior.
•
O SEIO ESFENOIDAL, bilateral, situado no corpo do osso esfenóide, atrás do
recesso esfeno-etmoidal e acima do espaço nasofaríngeo desemboca no recesso
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esfeno-etmoidal. Denomina-se recesso esfeno-etmoidal uma depressão situada
acima e atrás da concha nasal superior.
•
DO PONTO DE VISTA FUNCIONAL tudo indica que os seios paranasais
atuam como caixa de ressonância para a voz. A inflamação dos seios (sinus) é
denominada de SINUSITE.
c)
Constituição – As cavidades (fossas) nasais propriamente ditas e seios
paranasais estão constituídos pelos seguintes elementos: ossos, cartilagens, túnica
mucosa, vasos e nervos.
•
OS OSSOS que entram na constituição das cavidades (fossas) nasais
propriamente dita e dos seios paranasais são: maxilares (2), lacrimais (2), palatinos
(2), conchas nasais inferiores (2), ossos nasais (2), etmóide (1), esfenóide (1) e vômer
(1). Os ossos maxilares, frontal, etmóide e esfenóide são pneumáticos e dão nome
aos seios que alojam.
•
AS CARTILAGENS estão representadas pela cartilagem do septo.
•
A TÚNICA MUCOSA reveste de maneira íntima o elemento ósteo-cartilagíneos
que constituem as paredes das cavidades nasais propriamente dita e dos seios
paranasais, acompanhando todas as saliências e reentrâncias nelas existentes. Pode
ser dividida em uma parte respiratória e outra olfatória.
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•
A PARTE RESPIRATÓRIA apresenta glândulas mucosas e serosas que a
mantém úmida, assim como possui uma vascularização muito abundante que é
responsável pela elevada temperatura da cavidade nasal propriamente dita, as
secreções glandulares e a temperatura elevada determinam respectivamente o
umedecimento e o aquecimento do ar inspirado, a túnica mucosa que reveste a
cavidade dos seios paranasais continua-se com a que reveste a cavidade nasal
propriamente dita ao nível dos orifícios de desembocadura dos seios, situados nos
meatos nasais, difere da mucosa da cavidade nasal propriamente dita pelas seguintes
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características: as glândulas são escassas, a vascularização é pobre e a cor é mais
pálida.
•
A PARTE OLFATÓRIA restringe-se no homem, a 1/3 superior da cavidade
nasal propriamente dita.
d)
Anatomia funcional das fossas nasais – As fossas nasais desempenham duas
funções essenciais, associadas, porém distintas, conduzem o ar respiratório até a
rinofaringe e guiam até o sentido da olfação (órgão da olfação) as partículas
odoríferas.
Durante a inspiração o ar que penetra pelos orifícios nasais entra no vestíbulo onde
se divide em duas correntes: uma inferior ou respiratória, mais importante, que segue
em direção as coanas, passando pelas conchas média e inferior ou olfação
ascendente, que se segue em direção ao teto.
Durante a expiração, quase toda a corrente passa pelo andar inferior, via concha
inferior e por debaixo dela.
Durante a deglutição um pouco de ar é reprimido para as fossas nasais, seguindo via
abóbada das fossas nasais.
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2. FARINGE
A)
DEFINIÇÃO
A faringe é um conduto músculo-membranáceo que se estende verticalmente desde
a base do crânio até a altura da 6a vértebra cervical, onde se continua com o esôfago.
Está situada atrás das cavidades: nasais e bucal e da laringe, com as quais se
comunica.
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A faringe é comum aos sistemas respiratório e digestivo. Com relação à respiração,
a faringe transporta nos dois sentidos o ar das cavidades nasais para a laringe e viceversa. Quanto à função digestiva, participa na deglutição conduzindo o bolo alimentar
da boca para o esôfago.
B)
DIVISÃO
A faringe pode ser dividida em três partes, uma superior, parte nasal, denominada
nasofaringe que se comunica com as cavidades nasais por meio das coanas; uma
parte média, parte bucal (oral), orofaringe que se comunica com a cavidade oral por
meio do istmo da garganta; e uma inferior, parte laríngea, laringo-faringe que está
relacionada com a face posterior da laringe.
C)
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A faringe serve tanto ao sistema respiratório (conduzindo o ar das cavidades nasais
à laringe e vice-versa) como ao sistema digestivo (conduzindo o bolo alimentar da
boca ao esôfago). Cruzando-se, na orofaringe, a via digestiva e a via respiratória.
Para evitar que o bolo alimentar reflua para a parte mais alta da faringe e fossas
nasais e para impedir que penetre na cavidade laríngea, existem órgãos especiais,
que são o véu palatino e a epiglote. O véu palatino, durante a deglutição, fica situado
em posição horizontal e separa as partes nasal e bucal da faringe, impedindo que o
conteúdo alimentar reflua para a parte nasal da faringe. A epiglote, por sua vez, é
dirigida para baixo, fechando a cavidade da laringe, não permitindo que as partículas
alimentares penetrem nas vias aéreas.
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3. LARINGE
A)
DEFINIÇÃO
A laringe é um órgão cartilagíneo que se comunica com a faringe e a traquéia e que
serve, por um lado, à passagem do ar da respiração e, por outro lado, de órgão da
fonação.
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A laringe tem como principal função o transporte, nos dois sentidos, do ar da faringe
para a traquéia e vice-versa. Além disso, emite sons vocais e protege as vias aéreas
contra a entrada de corpos estranhos.
B)
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Será considerada a sua situação, mobilidade e volume.
a)
Situação – A laringe está situada na parte média e anterior do pescoço, adiante
da faringe e abaixo do osso hióide.
Sua posição em relação à coluna vertebral varia segundo a idade e sexo. Tem
uma posição mais alta na criança em relação ao adulto e mais alta na mulher em
relação ao homem. No homem adulto sua extremidade corresponde a 6a vértebra
cervical.
b)
Mobilidade – A laringe é um órgão bastante móvel. Sobe durante a deglutição,
sobe e desce nos movimentos de extensão e de flexão do pescoço e na emissão de
sons. Movimentos verticais para cima e para baixo também são realizados durante a
respiração.
c)
Volume – A laringe varia de volume conforme a idade, o sexo e os indivíduos.
É maior no adulto em relação à criança e maior no homem em relação à mulher. O
volume da laringe também varia entre indivíduos da mesma idade e do mesmo sexo.
Essas diferenças estão relacionadas com as modificações no tom de voz. As laringes
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pequenas produzem sons agudos e as grandes graves.
C)
FORMA E RELAÇÕES
Pode atribuir-se a laringe a forma de uma pirâmide triangular, apresentando base,
ápice, faces ântero-laterais e face posterior.
•
A BASE, voltada para cima, está em relação com a raiz da língua e o osso
hióide.
•
O ÁPICE, dirigido para baixo, se continua na traquéia.
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•
AS FACES ÂNTERO-LATERAIS, direita e esquerda, estão em contato com a
glândula tiróide.
•
A FACE POSTERIOR confunde-se com a face anterior da faringe.
D) ARQUITETURA
A laringe apresenta o sistema esquelético (cartilagens e ligamentos) e muscular
(músculos estriados), sistemas nervoso (nervos motores e sensitivos) e circulatório
(artérias, veias e linfáticos). Além disso, serão apresentadas a sua mucosa e a
conformação interna de sua cavidade.
a)
Cartilagens – O esqueleto da laringe compreende as seguintes cartilagens:
cartilagens principais (cricóide, aritenóide, tiróide e epiglote) e cartilagens acessórias
(corniculadas ou de Santorini e cuneiformes ou de Morgani).
•
A CARTILAGEM CRICÓIDE é uma cartilagem em forma de anel de chapa, que
ocupa a parte inferior da laringe. É a cartilagem fundamental da laringe e nela pode
ser reconhecidas uma placa (chapa) posterior, chamada lâmina da cartilagem cricóide
e uma parte anterior, mais estreita, o arco da cartilagem cricóide.
•
AS CARTILAGENS ARITENÓIDES são duas pequenas cartilagens em forma
de pirâmide triangular onde podemos identificar vértice, base, face ântero-lateral, face
medial e face posterior. Estão situadas na parte posterior e superior das cartilagens
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cricóide, com a qual se articula.
•
A CARTILAGEM TIRÓIDE é uma cartilagem mediana que ocupa a parte
anterior e superior da laringe e articula-se com a cartilagem cricóide; é a maior
cartilagem da laringe, sendo formada por duas lâminas de forma quadrilátera, direita
e esquerda, que convergem para a linha mediana onde se fundem, formando um
ângulo diedro. No homem, esse ângulo é reto, na mulher é mais obtuso, sendo na
criança ainda mais obtuso na qual a cartilagem aparece irregularmente convexa para
diante. Podemos considerar na cartilagem tiróide face ântero-lateral, face posterior,
borda superior, bordas posteriores. A FACE ÂNTERO-LATERAL da laringe
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apresenta, na linha média e superiormente, uma elevação denominada proeminência
laríngea ou pomo de Adão, mais desenvolvida no homem que na mulher.
•
A CARTILAGEM EPIGLÓTICA é uma lâmina cartilagínea situada na parte
ântero-superior da laringe, atrás da cartilagem tiróide da qual sobressai por cima.
Constitui a armação esquelética da epiglote que durante a deglutição, fecha o orifício
superior da laringe, impedindo que partículas do bolo alimentar possam penetrar no
órgão respiratório. A epiglote tem a forma de uma folha e nela identificamos uma parte
superior mais alargada e uma parte inferior estreita, chamada pecíolo da epiglote,
através da qual fixa-se à face posterior da cartilagem tiróide por meio do ligamento
tiroepiglótico.
•
AS CARTILAGENS CORNICULADAS (SANTORINI), são duas pequenas
peças cartilagíneas situadas imediatamente acima das cartilagens aritenóides, com o
vértice dos quais articulam-se sendo mesmo considerados dependências dessas
cartilagens.
•
AS CARTILAGENS CUNEIFORMES (de MORGANI OU WRISBERG), são
duas pequenas peças cartilagíneas colocadas nas pregas ariepiglóticas que
representam engrossamentos da mucosa da laringe, estendidas, de cada lado, das
cartilagens aritenóide à epiglote. As cartilagens corniculadas e cuneiformes, definidas
acima, são formações rudimentares e, sujeitas a muitas variações.
b)
Ligamentos e membranas da laringe – As cartilagens da laringe estão unidas
entre si ou por verdadeiras articulações ou por meio de articulações e ligamentos
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intrínsecos. Existem, por outro lado, formação ligamentosa entre a laringe e alguns
órgãos vizinhos, denominados ligamentos extrínsecos. Aqui estudaremos os
seguintes ligamentos e membranas: membrana tirohióidea, membrana cricotiróidea,
membrana cricotraqueal, prega ariepiglótica, ligamento vestibular, ligamento vocal,
membrana quadrangular e membrana triangular.
•
Membrana tirohióidea se estende entre a cartilagem tiróide e o osso hióide.
•
Membrana cricotiróidea une a cartilagem cricóide e a cartilagem tiróide.
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•
Membrana cricotraqueal vai da cricóide aos primeiros anéis traqueal.
•
Prega ariepiglótica se estende entre as cartilagens aritenóide e epiglótica.
•
Ligamento vocal se estende, de cada lado, da face posterior da cartilagem
tiróide ao processo vocal da cartilagem aritenóide, ocupando a espessura da prega
vocal.
•
Ligamento vestibular situado superiormente ao ligamento vocal une a face
posterior da cartilagem tiróide ao processo vestibular da cartilagem aritenóide.
•
Membrana quadrangular se estende, no sentido vertical, da prega ariepiglótica
ao ligamento vestibular e, no sentido sagital da cartilagem aritenóide à cartilagem
epiglótica.
•
Membrana triangular ou cone elástico vai do ligamento vocal à borda superior
da cartilagem cricóide.
c)
Músculos da laringe– Os músculos da laringe dividem-se em músculos
intrínsecos ou próprios e extrínsecos. OS MÚSCULOS INTRÍNSECOS OU
PRÓPRIOS, todos estriados, são os que têm suas inserções nas partes esqueléticas
da laringe e só exercem suas ações sobre esse órgão. Esses músculos agem
diretamente ou indiretamente sobre as cordas vocais, distendendo-as ou relaxandoas especialmente aproximando-as ou afastando-as e determinando, assim a
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constricção ou dilatação da rima glótica (espaço entre as duas cordas vocais). Por
esse fato, podem ser classificados em dois grupos: 1o) Grupo dos músculos
constrictores da glote: músculo cricotiróideo, músculo aritenóideo transverso,
músculo aritenóideo oblíquo, músculo ariepiglótico, músculo crico-aritenóideo lateral,
músculo tiroaritenóideo, músculo vocal e músculo tiroepiglótico; 2o) Grupo dos
músculos dilatadores da glote: músculo crico-aritenóideo posterior.
•
MÚSCULO CRICOTIRÓIDEO tem forma de um triângulo de vértice inferior,
estando inserido por seu vértice na face anterior do arco da cartilagem cricóide e, por
sua base, na borda inferior da cartilagem tiróide. A sua ação consiste em movimentar
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a cartilagem tiróide para diante e para baixo, tornando tensas e aproximando as
pregas vocais.
•
O MÚSCULO ARITENÓIDEO TRANSVERSO é o único músculo ímpar da
laringe; está inserido na face medial da cartilagem aritenóide e, ao se contrair,
aproxima as mesmas, promovendo a constrição ou oclusão da glote.
•
O MÚSCULO ARITENOIDEO OBLÍQUO E ARIEPIGLÓTICO – O MÚSCULO
OBLÍQUO está inserido, pela sua extremidade superior, no vértice de uma cartilagem
aritenóide e, pela extremidade inferior, no processo muscular da cartilagem aritenóide
oposta. A sua ação consiste em aproximar as cartilagens aritenóides sendo, portanto,
constritor da glote. Um grupo de fibras musculares, dependentes do músculo
aritenóideo oblíquo, estende-se do vértice da aritenóide à borda lateral da epiglote,
no interior da prega ariepiglótica e é chamado músculo ariepiglótico que auxilia o
abaixamento da epiglote, fechando a cavidade da laringe durante a deglutição.
•
MÚSCULO CRICOARITENOIDEO LATERAL insere-se, anteriormente, na
borda superior do arco da cartilagem cricóide e, posteriormente, no processo
muscular da cartilagem aritenóide; ao se contrair dirige o processo muscular para
diante, produzindo a rotação medial da cartilagem aritenóide e, consequentemente, a
constrição ou oclusão da glote.
•
MÚSCULO TIROARITENOIDEO E VOCAL – O músculo TIROARITENOIDEO
insere-se na face posterior da cartilagem tiróide; posteriormente está inserido no
processo muscular da cartilagem aritenóide. Possui fibras superficiais e profundas.
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As fibras profundas são denominadas de músculo vocal que constitui o componente
muscular das pregas vocais (cordas vocais inferiores). A contração desses músculos
aumenta a tensão e espessura da prega vocal.
•
O MÚSCULO TIROEPIGLÓTICO se estende da tiróide às bordas laterais da
cartilagem epiglótica. É oportuno lembrar que nas bordas laterais da epiglote
terminam os músculos tiroepiglótico e ariepiglótico.
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•
O MÚSCULO CRICOARITENOIDEO POSTERIOR insere-se na face posterior
da lâmina da cartilagem cricóide por uma extremidade e pela outra no processo
muscular da cartilagem aritenóide. Ao contrário puxa o processo muscular para trás,
produzindo a rotação lateral da cartilagem aritenóide; com esse movimento afasta a
prega muscular oposta, promovendo a dilatação ou abertura da glote. É antagônico
dos músculos constritores da glote.
•
OS MÚSCULOS EXTRÍNSECOS movimentam a laringe como um todo e são
importantes da deglutição e na fonação. Os músculos extrínsecos que elevam a
laringe são ditos elevadores ou levantadores e compreendem os músculos:
tirohióideo, milohióideo, digástrico, estilofaríngeo e palato-faríngeo; aqueles que
abaixam a laringe são denominados abaixadores ou depressores e são os músculos:
omohióideo, esternohióideo e esternotiróideo. Todos os músculos extrínsecos da
laringe são pares. O estilofaríngeo e o palato-faríngeo serão estudados por ocasião
do estudo do sistema digestivo,
D)
FUNÇÕES
A laringe funciona como um órgão que comunica a faringe com a traquéia. Ao lado
disso, serve como uma válvula que protege as vias aéreas contra a penetração de
corpos estranhos, principalmente durante a deglutição. Essa função valvular é
realizada através da epiglote que, quando a laringe se eleva por ocasião da
deglutição, é jogada de encontro à base da língua e fecha a cavidade da laringe,
obrigando o bolo alimentar a se dirigir para o interior da faringe e ganhar o tubo
00000000000
digestivo. Além dessa função respiratória, a laringe é o órgão essencial da fonação,
em virtude da presença das pregas ou cordas vocais verdadeiras, as quais, ao
vibrarem pela passagem do ar expelido, produzem sons.
4) TRAQUÉIA
A)
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A traquéia é um conduto mais ou menos cilíndrico, um pouco achatado de trás para
diante, que comunica a laringe com os brônquios.
B)
SITUAÇÃO E DIREÇÃO
A traquéia estende-se da borda inferior da 6a vértebra cervical, onde se continua com
a laringe, até a altura da 5a vértebra torácica, onde se bifurca nos brônquios direito e
esquerdo. No recém-nascido a extremidade superior da traquéia é um pouco mais
alta, correspondendo à 4a vértebra cervical, enquanto que sua extremidade inferior
está localizada mais ou menos ao mesmo nível que do adulto. A posição da bifurcação
da traquéia é fixa, mas sua extremidade superior muda de posição nos movimentos
da faringe e da coluna cervical.
C) CONSTITUIÇÃO E ESTRUTURA DA TRAQUÉIA
A traquéia apresenta o sistema esquelético (cartilagens) e muscular (musculatura
lisa), assim como o sistema circulatório (artérias e veias) e nervoso (inervação
autônoma e sensitiva).
a)
CARTILAGENS – A traquéia está constituída por uma série de 16 a 20 anéis
de cartilagem hialina denominados anéis traqueais. Estes anéis têm a forma de um
C, sendo incompleto na sua parte posterior; estão unidos uns aos outros pelos
ligamentos anulares. A parede posterior da traquéia é completada por uma membrana
denominada parede membranácea da traquéia.
•
Ao nível da bifurcação, a última cartilagem da traquéia forma uma projeção
00000000000
interna denominada carina. A carina é um ponto de referência importante durante as
broncoscopias, pois segue para as extremidades superiores dos brônquios principais
direito e esquerdo.
b)
MÚSCULOS – Na espessura da parede membranácea existe uma lâmina
muscular chamada músculo traqueal. As fibras musculares do músculo traqueal têm
direção transversa e insere-se nas extremidades dos anéis cartilagíneos que, como
vimos, são incompletos posteriormente.
C)
RELAÇÕES
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Como já vimos no item sobre a situação e direção, a traquéia ocupa sucessivamente
o pescoço e o tórax. Devido a este fato e por questões didáticas podemos dividir a
traquéia em duas partes: parte cervical e parte torácica, separada uma da outra por
um plano que passa pela abertura superior do tórax. Ao estudar as relações da
traquéia, consideraremos, em separado, a parte cervical e a parte torácica, cada uma
apresentando face anterior, face posterior e faces laterais direita e esquerda.
•
PARTE CERVICAL está em relação, por sua face anterior, com o istmo da
glândula tiróidea, que cobre os dois ou três primeiros anéis cartilagíneos da traquéia,
com as veias tiróideas inferiores, com o timo e, mais inferiormente, com a veia
braquiocefalica esquerda. Sua face posterior relaciona-se com o esôfago. Suas faces
laterais com os lobos laterais da glândula tiróide, com o feixe vásculo-nervoso do
pescoço, com as artérias tiróideas inferiores e com os nervos recorrentes.
•
A PARTE TORÁCICA está relacionada, por sua face anterior, com a veia
braquiocefalica esquerda e, mais inferiormente, com o arco da aorta, o tronco
braquiocefalico e a artéria carótida primitiva esquerda. Pela face posterior com o
esôfago. Pela face lateral com a pleura mediastínica esquerda, nervo recorrente
esquerdo, arco da aorta, ducto torácico e artéria carótida primitiva esquerda. Pela face
lateral direita com a pleura mediastínica direita, com o arco da veia ázigos e com a
veia cava superior.
5) BRÔNQUIOS
A)
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DEFINIÇÃO
Os brônquios são os dois condutos, direito e esquerdo, que resultam da bifurcação
da traquéia e que continuam até o interior dos pulmões, onde suas ramificações
formam a árvore brônquica.
B)
NÚMERO
Em número de dois, são denominados brônquios principal direito e brônquio principal
esquerdo. O brônquio principal direito é mais curto, mais vertical e mais calibroso que
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o esquerdo. Em consequência da maior verticalidade do brônquio principal direito,
todo o corpo estranho que penetra na traquéia tende a dirigir-se para o pulmão direito,
pois as direções do brônquio principais direito e da traquéia são praticamente a
mesma.
C)
RELAÇÕES
No estudo das relações dos brônquios principais verificamos que os mesmos, fazendo
parte do pedículo pulmonar, estão relacionados anteriormente com a artéria
pulmonar, ântero-inferiormente com as veias pulmonares e posteriormente com os
vasos bronquiais. Os nervos e os linfáticos estão agrupados irregularmente ao tecido
conjuntivo que envolve o pedículo pulmonar.
D)
DIVISÃO
Cada brônquio principal ao penetrar no pulmão respectivo, divide-se dando origem
aos brônquios lobares. Cada brônquio lobar dirige-se para o lobo pulmonar
correspondente. Assim, o brônquio principal direito divide-se em brônquios lobares:
brônquio lobar superior, brônquio lobar médio e brônquio lobar inferior, cada um
encarregado de ventilar, respectivamente, o lobo superior, médio e inferior do pulmão
direito. Por sua vez, o brônquio principal esquerdo divide-se em dois brônquios
lobares: brônquio lobar superior e
brônquio lobar inferior, que ventilam
respectivamente os lobos superior e inferior do pulmão esquerdo.
Veremos adiante que cada lobo pulmonar está dividido em partes menores chamadas
00000000000
segmentos broncopulmonares. Cada um desses segmentos broncopulmonares
recebe uma ramificação brônquica que se chama brônquio segmentar e que se
origina da subdivisão dos brônquios lobares.
No
pulmão
direito
encontramos
dez
segmentos
broncopulmonares,
e,
consequentemente, dez brônquios segmentares. Desses, três originam-se do
brônquio lobar superior e se chamam: BRÔNQUIO SEGMENTAR APICAL,
BRÔNQUIO SEGMENTAR POSTERIOR e BRÔNQUIO SEGMENTAR ANTERIOR;
dois resultam da bifurcação do brônquio lobar médio: BRÔNQUIO SEGMENTAR
MEDIAL e BRÔNQUIO SEGMENTAR LATERAL; o cinco restante tem origem na
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ramificação do brônquio lobar inferior e são denominados BRÔNQUIO SEGMENTAR
APICAL (SUPERIOR), BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL MÉDIAL, BRÔNQUIO
SEGMENTAR BASAL LATERAL, BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL ANTERIOR,
BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL POSTERIOR.
No pulmão esquerdo existem nove segmentos broncopulmonares, em virtude da
reunião dos segmentos apical e posterior do lobo superior os quais, à direita, estão
separados. Por isso, encontramos apenas nove brônquios segmentares. Quando
deles provêm da ramificação do brônquio lobar superior: BRÔNQUIO SEGMENTAR
ÁPICOPOSTERIOR,
BRÔNQUIO
SEGMENTAR
ANTERIOR,
BRÔNQUIO
SEGMENTAR LINGULAR SUPERIOR E BRÔNQUIO SEGMENTAR LINGULAR
INFERIOR. Cinco resultam da ramificação do brônquio lobar inferior e são chamados
BRÔNQUIO SEGMENTAR APICAL (superior), BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL
MEDIAL, BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL ANTERIOR, BRÔNQUIO SEGMENTAR
BASAL LATERAL e BRÔNQUIO SEGMENTAR BASAL POSTERIOR.
E)
CONSTITUIÇÃO
A constituição anatômica dos brônquios é semelhante à da traquéia. Os brônquios
recebem entradas dos sistemas esquelético (cartilagens) e muscular (músculos lisos),
assim como entradas e saídas dos sistemas circulatório e nervoso.
a)
Cartilagens – Os brônquios estão constituídos por uma série de anéis
cartilagíneos incompletos, cujo número varia de acordo com o comprimento do
brônquio. Esses anéis são unidos uns aos outros por ligamentos anulares.
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b)
Musculatura – A face posterior dos brônquios apresenta, à semelhança da
traquéia, uma musculatura lisa que se estende entre as extremidades dos anéis
bronquiais. Nos brônquios de calibre menor a cartilagem perde o formato de anéis e
se apresenta em forma de pequenas placas cartilagíneas aplicadas sobre a
musculatura brônquica.
F)
FUNÇÃO
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Os brônquios apresentam apenas função respiratória, como condutor de ar da
traquéia aos pulmões.
6) PULMÕES
A)
DEFINIÇÃO
Os pulmões são órgãos centrais do sistema respiratório, no interior dos quais se
realiza a hematose (ou respiração externa).
B)
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Em número de dois, direito e esquerdo, estão situados nas partes laterais da cavidade
torácica. A cavidade que recebe cada pulmão (região pleuro-pulmonar) é limitada
lateralmente pelas costelas e pelas estruturas que estão nos espaços intercostais;
medialmente, pelo mediastino, que é uma região que se estende em direção sagital,
entre o esterno e a coluna vertebral e que compreende o coração, os grossos vasos,
os nervos, a traquéia e o esôfago; inferiormente, pelo diafragma superiormente, pelos
órgãos que fecham o orifício superior do tórax, ou sejam, os vasos subclávios, o plexo
braquial e o músculo escaleno anterior.
C)
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
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Ao considerarmos as características físicas dos pulmões estudaremos os seus peso
específico, a sua capacidade e a sua elasticidade.
O PESO ESPECÍFICO do tecido pulmonar é superior ao da água. Mas nota-se que o
pulmão normal, tanto do adulto como do recém-nascido, contém ar em notável
quantidade e, por isso, imerso na água não afunda. Ao contrário, o pulmão do feto
que ainda não respirou, isto é, que não contém ar, imerso na água vai ao fundo; o
mesmo acontece com o pulmão do adulto que, em consequência de processos
patológicos, tenha ficado reduzido a condições de não poder respirar e não contenha
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ar. Esses fatos têm grande importância em Medicina Legal para julgar se um feto
respirou ou não.
A CAPACIDADE DOS PULMÕES – Por capacidade dos pulmões se entende a
quantidade de ar que pode ser contida. No indivíduo vivo a capacidade dos pulmões
varia segundo a fase inspiratória ou expiratória e o grau dessas fases. Distingue-se
nos pulmões: o ar residual (ar que fica nos pulmões depois de uma expiração
forçada); o ar de reserva (ar que fica contido nos pulmões depois de uma expiração
ordinária); o ar complementar (ar contido nos pulmões depois de uma inspiração
forçada); e a capacidade vital dos pulmões (que é o ar complementar menos o ar
residual, em outras palavras, é a quantidade máxima de ar que pode na respiração
entrar e sair dos pulmões.
A ELASTICIDADE – A expulsão do ar durante a expiração é em grande parte devida
à elasticidade do pulmão. Graças a esta característica os pulmões são os órgãos que
possuem maior capacidade de expansão e de retração.
D)
FORMA (MORFOLOGIA), RELAÇÕES E ACIDENTES.
Os dois pulmões apresentam em conjunto a forma de um cone e cada pulmão
apresenta isoladamente a forma de um semicone no qual podem ser considerados:
ápice, base, faces, bordas, lobos pulmonares e incisuras.
•
ÁPICE é dirigido para cima e tem a forma arredondada.
•
A BASE OU FACE DIAFRAGMÁTICA é côncava e amolda-se a convexidade
00000000000
da cúpula diafragmática.
•
AS FACES são uma lateral ou costal e outra medial ou mediastínica.
•
A FACE COSTAL é convexa e encontra-se em relação com a face interna das
costelas e cartilagens costais e do esterno. As costelas e cartilagens costais
determinam, nesta face do pulmão, uma série de depressões chamadas impressões
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costais. Nessa face identificam-se também as fissuras que dividem o pulmão em
lobos, como veremos mais abaixo.
•
A FACE MEDIAL, quase plana, está voltada para a linha média e constitui a
parede lateral do mediastino. Apresenta, mais ou menos no seu centro, uma fissura
denominada hilo por onde penetram ou saem do pulmão os elementos do pedículo
do pulmão que está constituído, de cada lado, pelos seguintes elementos: brônquio
principal, artéria pulmonar, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais, vasos
linfáticos e nervos. Por diante e por baixo do hilo, a face medial do pulmão é escavada,
correspondendo à sua relação com o coração o qual, em virtude de estar desviado
para a esquerda, determina uma impressão cardíaca muito mais pronunciada no
pulmão esquerdo. Acima da impressão cardíaca e anteriormente ao hilo, a face
medial do pulmão também está deprimida pela impressão determinada pela veia cava
superior à direita e pela artéria aorta à esquerda.
•
AS BORDAS constituem os limites entre as faces dos pulmões. A borda
anterior delgada e sinuosa separa, por diante, as faces costal e medial. A borda
posterior é grossa e separa, por trás, as faces costal e medial. A borda inferior, mais
ou menos circular, separa as faces costal e medial da diafragmática.
•
LOBOS PULMONARES E FISSURAS INTERLOBARES – Cada pulmão está
dividido, por meio de fissuras visualizadas na face costal, em partes chamadas lobos.
•
O PULMÃO DIREITO apresenta geralmente duas fissuras (horizontal e
oblíqua) e três lobos (superior, médio e inferior).
00000000000
•
O PULMÃO ESQUERDO geralmente apresenta uma fissura (oblíqua) e dois
lobos (superior e inferior). A parte inferior do lobo superior do pulmão esquerdo é mais
desenvolvida e projeta-se para baixo e para diante, recebendo o nome de língula, que
descrevemos como correspondendo ao lobo médio do pulmão direito.
•
DIVISÃO SEGMENTAR DOS PULMÕES – Cada um dos lobos pulmonares
está dividido em partes menores chamadas segmentos bronco-pulmonares.
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Os três lobos do pulmão direito dão origem a 10 (dez) segmentos bronco-pulmonares,
dos quais três estão situados no lobo superior (segmento apical, segmento posterior
e segmento anterior); dois estão situados no lobo médio (segmento medial, segmento
lateral); e cinco estão situados no lobo inferior, (segmento apical ou superior,
segmento basal medial, segmento basal anterior, segmento basal lateral, segmento
basal posterior).
•
OS DOIS LOBOS do pulmão esquerdo dão origem a 9 (nove) segmentos
bronco-pulmonares, em virtude da fusão dos segmentos apical e posterior do lobo
superior. Dos nove segmentos, quatro estão localizados no lobo superior (segmento
ápico-posterior, segmento anterior, segmento lingular superior, segmento lingular
inferior) e cinco estão localizados no lobo inferior (segmento apical ou superior,
segmento basal medial, segmento basal anterior, segmento basal lateral, segmento
basal posterior).
E)
CONSTITUIÇÃO
Na constituição dos pulmões serão considerados os sistemas circulatórios
(vascularização funcional e nutridora) e do sistema nervoso (inervação autônoma e
sensitiva), assim como os elementos respiratórios (brônquios, bronquíolos e saco
alveolar) e o tecido conjuntivo.
a)
A vascularização funcional – É feita pela artéria pulmonar pelas veias
pulmonares que levam e traz o sangue dos pulmões para a realização do fenômeno
HEMATOSE fenômeno básico da respiração.
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b)
A vascularização nutridora – É feita pelas artérias bronquiais e veias bronquiais
cuja finalidade é a nutrição do tecido pulmonar. As artérias bronquiais originam-se da
aorta torácica, enquanto que as veias desembocam, à direita, na veia ázigos e, à
esquerda, na veia hemiázigos ou na veia braquiocefalica esquerda.
c)
Os elementos respiratórios estão representados pelas ramificações dos
brônquios (constituídos por cartilagem, musculatura e mucosa), pelos bronquíolos
(constituídos por musculatura e mucosa) e pelos sacos alveolares (constituídos por
mucosa).
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d)
As ramificações dos brônquios dizem respeito às divisões dos brônquios
segmentares.
e)
O tecido conjuntivo é do tipo elástico graças ao qual o pulmão deve a sua
grande capacidade de elasticidade e retração.
F)
FUNÇÃO
Os pulmões têm como principal função, o fenômeno da HEMATOSE.
7) PLEURAS
Aqui serão considerados: definição, morfologia, divisão, relações, constituição e
função; além disso, também serão considerados a mecânica respiratória e a Anatomia
Radiológica da traquéia, dos brônquios, dos pulmões e das pleuras.
A)
DEFINIÇÃO
As pleuras podem ser definidas como dois sacos serosos, independentes, um
DIREITO e outro ESQUERDO, que revestem os pulmões e o interior da cavidade
torácica.
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B)
MORFOLOGIA
Apesar de ser uma membrana contínua, podemos considerar em cada pleura as
seguintes partes: folheto interno (pleura visceral), folheto externo (pleura parietal) e a
cavidade pleural.
a)
O folheto interno, chamado de pleura visceral, reveste o pulmão e dá a este
órgão um aspecto brilhante.
b)
O folheto externo, chamado pleura parietal, forra as paredes da cavidade
torácica. A pleura parietal é dividida de acordo com suas relações em quatro partes:
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pleura costal, pleura diafragmática, pleura mediastínica e pleura cervical ou cúpula
pleural.
•
A PLEURA COSTAL recobre as faces internas das costelas e cartilagens
costais, do esterno e dos espaços intercostais até a altura das articulações
costovertebrais; continua-se superiormente com a cúpula da pleura, inferiormente
com a pleura diafragmática e anteriormente com a pleura mediastinal.
•
A PLEURA MEDIASTÍNICA forra as paredes laterais do mediastino,
interrompendo-se ao nível do pedículo do pulmão, revestindo-o por cima, pela frente
e por trás; inferiormente ao pedículo constitui o ligamento pulmonar que se estende
ao pedículo do pulmão à face superior do músculo diafragma.
•
A CÚPULA PLEURAL (pleura cervical) constitui uma espécie de abóbada que
ultrapassa a abertura superior do tórax e fica situada acima do ápice do pulmão.
•
Ao nível do pedículo pulmonar as pleuras visceral e parietal se continuam uma
com a outra.
c)
A cavidade pleural é um espaço virtual delimitado pelas pleuras parietal e
visceral no interior do qual fica o líquido pleural, que tem por finalidade lubrificar os
folhetos pleurais, facilitando o deslizamento do pulmão. A cavidade pleural apresenta,
nos locais em que a pleura costal se continua com a pleura mediastínica e com a
pleura diafragmática, angulações denominadas, respectivamente, seio (recesso)
costomediastinal e seio (recesso) costo diafragmático ou costofrênico. Este é mais
00000000000
importante do que aquele, do ponto de vista clínico, em virtude do fato de seu
desaparecimento (apagamento) nas radiografias do tórax permitir o diagnóstico de
lesões hemorrágicas ou supurativas da cavidade torácica.
C)
CONSTITUIÇÃO
Os elementos vasculares, nutridores e nervosos que dão entradas e saídas na pleura
são os mesmos já estudados no subsistema pulmão.
D)
FUNÇÃO
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A pleura tem por função facilitar os movimentos respiratórios. A função pleural será
complementada no tópico seguinte sobre mecânica respiratória.
E)
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
O processo respiratório compreende duas fases: a INSPIRAÇÃO, que significa a
entrada de ar no sistema respiratório e a EXPIRAÇÃO, que significa a saída de ar.
Apesar de serem estriados os músculos respiratórios, o processo respiratório é
controlado reflexamente pelos centros respiratórios do tronco encefálico. Esses
centros são regulados pelas concentrações de gás carbônico (dióxido de carbono)
circulante e por impulsos nervosos provenientes de terminações nervosas sensitivas
localizadas nos pulmões, nas pleuras e nos músculos. Um aumento na concentração
de gás carbônico provoca o aumento da frequência e da profundidade da respiração,
com a finalidade de que seja eliminado e excesso de gás carbônico da circulação. Por
outro lado, as terminações nervosas são estimuladas por ocasião da distensão,
durante a inspiração.
A frequência respiratória no adulto sadio varia entre 11 a 15 incursões por minuto. O
aumento da frequência respiratória se chama TAQUIPNÉIA e a diminuição,
BRADIPNÉIA. Durante a respiração normal uma média de 500 a 600ml de ar circula
no pulmão e é chamado de AR DA RESPIRAÇÃO.
Sabemos, do estudo da osteologia, que as costelas se inserem, por sua extremidade
posterior, nas vértebras torácicas e pela extremidade anterior no esterno, estando
dirigidas de trás para diante e de cima para baixo, de tal maneira que a sua
00000000000
extremidade anterior se coloca em um nível mais baixo que a posterior.
Quando inspiramos, por ação muscular as costelas e o esterno se elevam, havendo
o consequente aumento de diâmetros ântero-posterior e transverso da cavidade
torácica. Ao mesmo tempo, o músculo diafragma, principal músculo respiratório,
contrai-se. A contração do músculo diafragma determina o abaixamento de suas
cúpulas e o aumento do diâmetro longitudinal da cavidade torácica. Verifica-se,
portanto, que na inspiração há o aumento de todos os diâmetros da cavidade torácica,
permitindo a penetração do ar nos pulmões, que se distendem.
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Na expiração ocorre o inverso. Há o abaixamento das costelas, o relaxamento do
músculo diafragma com a elevação das suas cúpulas, a consequente diminuição dos
diâmetros torácicos e a expulsão do ar do interior dos pulmões.
Esses movimentos do tórax alteram a pressão intratorácica e estão intimamente
relacionados com a função dos pulmões e pleuras. Sabemos que a cavidade pleural
de pressão negativa possui uma camada de líquido pleural, permite o deslizamento
das pleuras parietal e pulmonar entre si; mas só uma força de grande intensidade
conseguirá separá-las. Este fato pode ser comparado a duas lâminas de vidro
separadas por uma delgada camada de líquido; poderemos deslizar facilmente as
lâminas de encontro uma à outra, mas, só uma força considerável conseguirá separálas.
As forças que tendem a manter as pleuras aderidas são a pressão atmosférica e a
pressão intra-alveolar. Por outro lado, a elasticidade da parede do tórax (dirigida para
fora) e o poder de retração dos pulmões tende a separar as pleuras. O equilíbrio entre
essas forças é fundamental para a boa mecânica respiratória, pois, se as pleuras não
aderem uma à outra, o pulmão não pode se expandir.
Vou deixar um vídeo bem legal pra vocês sobre o sistema respiratório.
Agora que vimos a parte teórica, esse vídeo ajuda a ilustrar a anatomia do sistema
respiratório. Divirtam-se. Para conseguir ver o vídeo é só segurar a tecla Ctrl + um
click sobre este link aqui em baixo.
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https://youtu.be/B5Avv2Zhc4I
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5. Questões comentadas:
Questão 1. A respeito do sistema respiratório, analise as afirmações:
I. A faringe é dividida em três regiões, na região específica da nasofaringe, encontrase o óstio faríngeo da tuba auditiva, que é uma abertura de comunicação entre a
orelha interna e a faringe.
II. A laringe é um importante órgão de condução do ar e responsável pela produção
do som da voz. Já a traqueia é uma estrutura composta por cartilagens em forma de
C e na sua região posterior encontra-se a parede membranácea da traqueia.
III. Os pulmões são órgãos que se encontram numa cavidade denominada de
cavidade pulmonar. São envolvidos pela pleura, uma fina membrana de tecido
conjuntivo, que apresenta dois folhetos: a pleura visceral, ligada ao órgão e a pleura
parietal, unida à parede interna do tórax, entre estes dois folhetos existe um espaço
virtual preenchido pelo líquido pleural.
00000000000
IV. Os brônquios principais direito e esquerdo conduzem o ar diretamente aos
segmentos pulmonares que realizam a hematose.
V. Nos segmentos pulmonares, é onde acontece a hematose, que envolve os
bronquíolos respiratórios, alvéolos pulmonares e vasos sanguíneos.
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Assinale a alternativa:
a) Se todas as afirmativas são corretas.
b) Se as afirmativas I, II são corretas.
c) Se as afirmativas II, III e V são corretas.
d) Se as afirmativas I, II, V são corretas.
e) Se as afirmativas I, III, IV são corretas.
Comentário:
Essa questão eu a escolhi por ser bem didática e todas as alternativas estão corretas,
escolhi também para que vocês não tenham a sensação que isso não possa ocorrer
e consigam marcar sem medo a resposta que é letra A.
Questão 2. A coluna da esquerda apresenta alguns transtornos respiratórios e a da
direita, os conceitos desses transtornos. Numere a coluna da direita de acordo com a
da esquerda.
1- Pneumonia
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2- Atelectasia
3- Enfisema pulmonar
4- Asma
( ) Fechamento ou colapso dos alvéolos.
( ) Processo inflamatório crônico das vias aéreas superiores.
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(
) Distensão anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com
destruição das paredes alveolares.
( ) Processo inflamatório que acomete o parênquima pulmonar, geralmente causado
por microrganismos patogênicos.
Marque a sequência correta.
a) 4, 2, 1, 3
b) 3, 1, 2, 4
c) 2, 4, 3, 1
d) 1, 3, 4, 2
Comentário:
Esse é um tipo de questão que cobra conceitos, particularidades de alguns
transtornos cujo o principal objetivo e associar o nome da patologia a suas
características principais. Resposta letra C.
Questão 3. Os pulmões possuem algumas diferenças anatômicas. Comparando-se
o pulmão direito com o pulmão esquerdo, observamos a existência de um número
00000000000
diferente de lobos pulmonares.
Esta diferença está indicada na seguinte alternativa:
a) No lado esquerdo, o pulmão possui três lobos.
b) O pulmão direito possui apenas dois lobos.
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c) O pulmão esquerdo possui um lobo superior e um lobo inferior.
d) O pulmão direito possui dois lobos laterais e um lobo medial.
e) O pulmão esquerdo é duas vezes maior do que o pulmão direito.
Comentário:
Observe a anatomia do pulmão, o lado esquerdo é menor possui apenas dois lobos
pulmonares sendo lobo superior e lobo inferior, portanto resposta é letra C.
Questão 4. FUMO MATA 3 MILHÕES POR ANO DIZ A OMS
“O maior estudo já realizado sobre os efeitos do fumo nos últimos 50 anos concluiu
que o tabagismo se tornou a maior causa de morte entre os adultos do primeiro
mundo”. (Folha de São Paulo - 20/09/94)
A longo prazo o fumo pode levar o indivíduo à morte. Além disso, a cada cigarro, o
fumante absorve uma substância, o monóxido de carbono, que tem efeito nocivo
imediato no organismo, já que:
a) desnatura a hemoglobina, impossibilitando o transporte de oxigênio e gás
00000000000
carbônico.
b) reage com a água, no plasma sanguíneo, produzindo ácido carbônico capaz de
diminuir o pH do meio celular.
c) ao associar-se com a hemoglobina, impede-a de realizar o transporte de oxigênio.
d) ao combinar-se com a hemoglobina, impossibilita o transporte e a liberação do gás
carbônico pelo organismo.
e) ao combinar-se com o ácido carbônico no plasma, impede a liberação do oxigênio.
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Comentário:
O gás carbônico realiza sua ligação fortemente com o a hemoglobina e desta maneira
impende a ligação do oxigênio para ser transportado. Lembrando uma particularidade
o gás carbônico tem 4 vezes mais afinidade pela hemoglobina que o oxigênio.
Resposta letra C.
Questão 5. A obstrução dos bronquíolos impede que o oxigênio atinja:
a) a faringe.
b) o esôfago.
c) a laringe.
d) a traqueia.
e) os alvéolos.
Comentário:
Relembrando o caminho do ar ao entrar pelas vias aéreas, nos recordaremos que os
bronquíolos são a última estrutura antes dos alvéolos, logo sua obstrução impede a
chega de ar até os alvéolos. Resposta letra E.
Questão 6. Nos esquemas anteriores o aparelho respiratório humano está sendo
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representado e neles são localizadas suas principais estruturas, tais como: vias
aéreas superiores, traqueia, brônquios, bronquíolos, bronquíolos terminais e sacos
alveolares, que se encontram numerados. Sobre este desenho são feitas três
afirmativas:
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I - Em 4, o ar passa em direção aos pulmões após ter sido aquecido em 1.
II - Em 6, o oxigênio do ar penetra nos vasos sanguíneos, sendo o fenômeno
conhecido como hematose.
Ill - Em 8, o gás carbônico proveniente do sangue passa para o ar.
Assinale:
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a) se somente I for correta
b) se somente II for correta
c) se somente I e II forem corretas
d) se somente I e III forem corretas
e) se I, II e III forem corretas
Comentário:
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Observando as alternativas e a ilustração, observamos que a resposta item I procede,
pois realmente o ar e aquecido em 1 e em 4 passa em direção aos pulmões, Já o item
II não é possível, pois a estrutura representada pelo nro 6, não e o local onde ocorrem
as trocas gasosas a hematose, portanto esta alternativa esta incorreta, Já a III está
correta pois os gás carbônico passa para o ar alveolar para que ocorra posteriormente
sua eliminação. Então resposta letra D.
Questão 7. A sequência das estruturas do sistema respiratório pulmonar é:
a) fossas nasais - laringe - esôfago - brônquios - traqueia
b) fossas nasais - faringe - laringe - traqueia - brônquios
c) fossas nasais - laringe - faringe - traqueia - brônquios
d) fossas nasais - faringe - esôfago - traqueia - brônquios
e) fossas nasais - faringe - traqueia - laringe – brônquios
Comentário:
Observe que a sequência correta das estruturas do sistema respiratório o que poderia
trazer duvidas maiores seria, quem vem primeiro a faringe ou a laringe, logo para não
sentir mais esta dúvida devemos nos recordar que a laringe e o ponto mais próximo
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a traqueia então a sequência correta nos remete a letra B.
Questão 8. A respiração é a troca de gases do organismo com o ambiente. Nela o ar
entra e sai dos pulmões graças à contração do diafragma. Considere as seguintes
etapas do processo respiratório no homem:
I - Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce aumentando o volume da
caixa torácica.
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II - Quando a pressão interna na caixa torácica diminui e se torna menor que a pressão
do ar atmosférico, o ar penetra nos pulmões.
III - Durante a expiração, o volume torácico aumenta, e a pressão interna se torna
menor que a pressão do ar atmosférico.
IV - Quando o diafragma relaxa, ele reduz o volume torácico e empurra o ar usado
para fora dos pulmões.
Assinale as opções corretas:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) Todas.
Comentário:
Os mecânicos da respiração envolvem rapidamente a contração do diafragma e como
consequência a isso a negativação da pressão na cavidade torácica, permitindo que
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o a pressão interna se torne menor que a pressão atmosférica. Logo o ar adentra os
pulmões, agora veja o item III que diz que durante a expiração, o volume torácico
aumenta, e a pressão interna se torna menor que a pressão do ar atmosférico, isso e
exatamente o oposto, ou seja durante a expiração o volume torácico diminui, e a
pressão interna torna se maior e por isso o ar sai. Logo a resposta não conta com
esta alternativa, então a resposta correta é letra D.
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Questão 9. Examine as afirmativas abaixo, relativas à respiração humana:
I - Ela é responsável pela absorção de oxigênio (O2) e liberação de gás carbônico
(CO2) .
II - O feto humano respira através de brânquias enquanto está na bolsa amniótica e,
a partir do oitavo mês, as brânquias se transformam em pulmões.
III - O sangue se utiliza dos glóbulos brancos para transportar o oxigênio, pois estes
aumentam bastante a capacidade do sangue de transportar gases.
IV - O ar penetra pelo nariz e passa pela faringe, laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos e alvéolos, onde se dá a troca dos gases.
Estão corretas somente as afirmativas:
a) I e II
b) II e III
c) I e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV
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Comentário:
Observando as respostas os itens II e II estão incorretos pois o feto humano respira
através da circulação placentária e o transporte do oxigênio é realizado pelos glóbulos
vermelhos. Já os itens I e IV estão corretos falam da hematose e do caminho
percorrido do ar até os alvéolos. Então resposta letra C.
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Questão 10. Precisamos respirar a cada minuto de nossas vidas, mas não nos
preocupamos com a nossa necessidade de respirar e nem mesmo pensamos sobre
isso frequentemente.
Sobre esse assunto, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Respirar é uma função controlada pelo sistema nervoso, podendo ser afetada pelo
sistema endócrino.
b) O aumento da frequência respiratória normalmente está acompanhado pelo
aumento da taxa circulatória.
c) A hematose é um processo contínuo podendo ser favorecida pelo aumento da
frequência respiratória.
d) O padrão de respiração ajusta-se facilmente em coordenação com outras
atividades, como falar e comer.
Comentário:
A letra B está incorreta, por isso ela é a resposta da questão, observem que o
aumento da frequência respiratória não está diretamente ligado com o aumento da
FC ( frequência cardíaca) como consequência aumento da taxa circulatória, estamos
falando do controle da respiração que envolve quimiorreceptores que quando sente
a variação de íons Hidrogênio e variações no CO2 aumentam o estimulo para o centro
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respiratório eu pode então aumentar a FR (frequência respiratória).
Questão 11. Em relação ao homem, que alternativa está errada?
a) O sangue venoso, que contém o CO2 excretado pelas diversas células do
organismo, passa pelo coração e, circulando por veias, vai até os pulmões.
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b) Ao nível dos alvéolos pulmonares, o CO2 é liberado e o O2 absorvido pelo sangue.
Este sangue arterial volta ao coração, circulando por veias, e é bombeado para todo
o corpo, passando pelas artérias.
c) O alimento, reduzido a subunidades em grande parte pela ação das enzimas
digestivas, passa para os líquidos circulantes, principalmente ao nível do intestino
delgado, e é então levado até às células.
d) Nas células, a energia contida nos alimentos é liberada na presença de 02, com
desprendimento de CO2 e água.
e) Substâncias não utilizadas pelas células, que podem prejudicar o organismo,
quando acumuladas, passam para o sangue, de onde sâo eliminadas pelos rins e
pelos pulmões.
Comentário:
O sangue venoso chega até o coração por veias,cava superior e inferior, mas é levado
até os pulmões por artérias e não veias. Logo esta alternativa está errada então
resposta a questão letra C
Questão 12. Nos alvéolos pulmonares, o sangue elimina:
a) Monóxido de carbono e absorve oxigênio.
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b) Dióxido de carbono e absorve oxigênio e nitrogênio.
c) Oxigênio e absorve dióxido de carbono.
d) Dióxido de carbono e absorve apenas oxigênio.
e) Monóxido de carbono e absorve hidrogênio.
Comentário:
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O sangue elimina o dióxido de carbono e absorve oxigênio. O risco maior aqui é
incorrermos em erro de pensar em monóxido, mas não podemos pensemos em
dióxido de carbono que é a resposta correta. Resposta a alternativa é letra D.
Questão 13. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória:
Ano: 2015Banca: INSTITUTO AOCPÓrgão: EBSERHProva: Fisioterapeuta
Em relação à anatomia do sistema respiratório, assinale a alternativa correta.
a) O sistema respiratório pode ser dividido em trato superior e inferior, sendo que o
inferior compreende a faringe, a laringe e a parte superior da traqueia.
b) O brônquio principal esquerdo é mais verticalizado e mais largo que o brônquio
principal direito.
c) Cada brônquio principal divide-se em brônquios segmentares e os brônquios
segmentares se dividem em brônquios lobares.
d) Um ácino compreende os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos
de um bronquíolo terminal.
e) A traqueia se localiza entre a laringe e a carina. Ela estende-se do nível da 3ª
(terceira) vértebra cervical até a 10ª (décima) vértebra torácica.
Comentário:
O conceito de ácino pulmonar é muito utilizado em patologia para definir a extensão
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do enfisema pulmonar, consiste de um bronquíolo principal mais seus ramos (os
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos de um bronquíolo terminal).
Essa e a unidade funcional do sistema respiratório então a resposta é letra D.
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Questão 14. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória.
Ano: 2015Banca: INSTITUTO AOCPÓrgão: EBSERHProva: Fisioterapeuta
A anatomia normal da caixa torácica tem um formato elíptico, apresentando o ângulo
das costelas menor que 90°. Nos pacientes que apresentam doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), o formato fica diferente. Assinale a nomenclatura utilizada
para o tórax de pacientes com DPOC.
a) Tórax em barril.
b) Tórax pectus carinatum.
c) Tórax instável.
d) Tórax pectus excavatum.
e) Tórax em concha.
Comentário:
Como há uma menor quantidade de fibras atuando no sentido de colabamento do
pulmão, a caixa torácica fica naturalmente mais expandida, caracterizando o
chamado tórax em tonel ou em forma de barril , típico do fumante inveterado, que
apresenta um aumento patológico da complacência pulmonar. Característico do
DPOC, logo resposta A.
Questão 15. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória:
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Ano: 2015Banca: INSTITUTO AOCPÓrgão: EBSERHProva: Fisioterapeuta
Pacientes tabagistas apresentam comumente o aumento da produção de muco,
facilitando a retenção de poluentes. Porém pode ser observado, na histologia, que
ocorre uma redução de células ciliadas, resultando na diminuição do movimento da
camada de muco, que frequentemente causa obstrução parcial. Assinale a alternativa
que apresenta os locais que frequentemente o muco obstrui parcialmente.
a) Cavidade nasal e seios paranasais.
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b) Ramos mais finos da porção condutora do aparelho respiratório.
c) Ductos alveolares e bronquíolos.
d) Ramos com diâmetro maior da porção respiratória.
e) Parte oral e laríngea da faringe (orofaringe/ laringofaringe) do aparelho respiratório.
Comentário:
Observe que está questão nos deixaria dúvida entre as letra B e C mas observando
e pensando diretamente no quesito obstrução parcial a resposta correta e a letra B,
pois os ramos mais finos da porção condutora são áreas que possivelmente podemos
encontrar tais obstruções por acumulo de muco.
Questão 16. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória:
Ano: 2014Banca: INSTITUTO AOCPÓrgão: UFGDProva: Fisioterapeuta
Quais músculos se contraem ativamente durante uma expiração forçada?
a) Esternocleidomastoideos.
b) Diafragma.
c) Escalenos.
d) Intercostais internos.
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e) Músculos abdominais.
Comentário:
Os músculos expiratórios só actuam na expiração forçada e são os intercostais
internos, o reto abdominal, os oblíquos abdominais interno e externo, e o quadrado
lombar. Logo a alternativa correta seria letra D.
Questão 17. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória:
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Ano: 2014Banca: PR-4 UFRJÓrgão: UFRJProva: Fisioterapeuta
O diafragma é o principal músculo da inspiração. Sobre ele, é correto afirmar que:
a) O componente aposicional depende da diminuição da pressão abdominal e do
diâmetro do tórax.
b) A contração diafragmática provoca uma elevação do centro tendíneo limitada pelas
vísceras.
c) A zona de aposição está indiretamente interligada ao volume de insuflação
pulmonar apical.
d) Durante sua contração ocorre queda da pressão intrapleural e aumento do volume
pulmonar.
e) A pressão diafragmática é o produto da pressão abdominal pela pressão pleural
aumentada.
Questão 18. Fisioterapia Disciplina - Assunto Fisioterapia Respiratória:
Ano: 2016Banca: IBFCÓrgão: EBSERHProva: Fisioterapeuta
Assinale a alternativa correta. Um indivíduo normal na posição ortostática, a perfusão
sanguínea se encontra predominantemente em:
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a) ápices pulmonares
b) são uniformes
c) bases pulmonares
d) espaço morto anatômico
e) hilo pulmonar
Comentário:
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Estão questão pensando logicamente já seria o suficiente para respondermos a esta
questão, pense então na lei da gravidade e teremos mais certeza ainda. Logo
recordaremos da anatomia do pulmão. Então resposta letra C.
Questão
19.
Ano:
2015Banca:
INSTITUTO
AOCPÓrgão:
EBSERHProva:
Fisioterapeuta - Terapia Intensiva Adulto
Com base na anatomia do sistema respiratório, assinale a alternativa INCORRETA.
a) As vias aéreas superiores são formadas pelas fossas nasais, nasofaringe,
orofaringe e laringe.
b) O brônquio principal direito é mais vertical, calibroso e mais curto, enquanto que
o esquerdo é mais horizontal, de menor calibre e mais longo.
c) As vias respiratórias inferiores compreendem a zona funcional do pulmão, sendo
formadas somente pelos ductos e sacos alveolares.
d) A pleura parietal reveste a face interna da parede torácica aderindo-se aos arcoscostais, graças a um tecido, a fáscia endotorácica.
e) A artéria pulmonar conduz sangue venoso do ventrículo direito aos capilares
alveolares e, em seu início, ela se bifurca dando um ramo para o pulmão esquerdo e
00000000000
outro para o direito.
Comentário:
É o conceito de ácino pulmonar, consiste de um bronquíolo principal mais seus ramos
(os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos de um bronquíolo terminal)
zona funcional do pulmão. Resposta letra C.
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Questão
20.
Ano:
2015Banca:
INSTITUTO
AOCPÓrgão:
EBSERHProva:
Fisioterapeuta
Em relação à anatomia do sistema respiratório, assinale a alternativa correta.
a) O sistema respiratório pode ser dividido em trato superior e inferior, sendo que o
inferior compreende a faringe, a laringe e a parte superior da traqueia.
b) O brônquio principal esquerdo é mais verticalizado e mais largo que o brônquio
principal direito.
c) Cada brônquio principal divide-se em brônquios segmentares e os brônquios
segmentares se dividem em brônquios lobares.
d) Um ácino compreende os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos
de um bronquíolo terminal.
e) A traqueia se localiza entre a laringe e a carina. Ela estende-se do nível da 3ª
(terceira) vértebra cervical até a 10ª (décima) vértebra torácica.
Comentário:
É o conceito de ácino pulmonar, consiste de um bronquíolo principal mais seus ramos
(os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos de um bronquíolo terminal)
zona funcional do pulmão. Resposta letra D
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Questão
21.
Ano:
2015Banca:
INSTITUTO
AOCPÓrgão:
EBSERHProva:
Fisioterapeuta – Respiratória
O sistema respiratório é dividido, anatomicamente, em parte condutora e parte
respiratória. Ele inicia no nariz, o qual permite a passagem para o ar entrar no sistema,
e é caracterizado pela genética, raça e biótipo. Assinale a alternativa que apresenta
partes externas do nariz.
a) Ápice, dorso, narina, prócero e aba do nariz.
b) Raiz, ápice, dorso, narina e asas do nariz.
c) Nasium, dorso, abertura nasal e aba do nariz.
d) Raiz, fontículo, narina e asa do nariz.
e) Raiz, narina, aladris e aba do nariz.
Comentário:
Essa é só pra descontrair:
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Questão
22.
Ano:
2015Banca:
INSTITUTO
AOCPÓrgão:
EBSERHProva:
Fisioterapeuta - Terapia Intensiva Pediátrica
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
O sistema ______________pode ser subdividido em porção condutora e porção
____________. Esta última é composta pelos bronquíolos respiratórios, pelos ductos
alveolares, pelos _____________ e pelos _________________________ .
a) respiratório / respiratória / sacos alveolares / alvéolos
b) respiratório / ventilada / sacos alveolares / alvéolos
c) cardíaco / circulatória / vasos sanguíneos / alvéolos
d) cardíaco / sanguínea / vasos sanguíneos / alvéolos
e) cardíaco / circulatória / vasos sanguíneos / capilares
Comentarios:
Essa de completar segue a sequência da anatomia do sistema respiratório:
Logo não caberia uma resposta se não a letra A.
Muito bem! Nos vemos nos fóruns se precisarem. Abraço e bons estudos.
00000000000
6. GABARITO
1. A
2. C
3. C
4. C
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5. E
6. D
7. B
8. D
9. C
10. B
11. A
12. D
13. D
14. A
15. B
16. D
17. E
18. C
19. C
00000000000
20. D
21. B
22. A
7. Referência Bibliográfica
MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica, 8ª ed., Elsevier, Rio de
Janeiro,
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2008.
SADLER, T.W. Langman Embriologia Médica, 9ª ed., Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro,
2005.
CARLSON BM. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 1996.
CATALA M. Embriologia, Desenvolvimento Humano Inicial. Rio de Janeiro:
Guanabara
Koogan; 2003.
PARKER, S. O Livro do Corpo Humano. 1. ed. Ciranda Cultural, 2012. 256 p.
DANGELO e FATTINI. Anatomia Humana Sistemica e Segmentar. 2. ed. Atheneu,
2002. 686 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica.Texto e Atlas 11a ed. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan SA, 2008. 427p.
DI FIORE, M.S.H. Atlas de Histologia. 7a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan S.A, 2001. 229p.
MOORE, Keith. Embriologia Clínica. 5ª Edição. Guanabara Koogan, 1994.
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Bibliografia Complementar:
WILLIAM K. O. & NAHIRNEV, P.C. Netter bases da histologia
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