esquizofrenia - Centro Universitário São Camilo

Propaganda
III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Local: Centro Universitário São Camilo
Data:
21 a 23 de maio de 2015.
ESQUIZOFRENIA
SOUZA, Ana Paula M.¹; SILVA, Thais Roberta¹; SOUZA, Jaqueline Lima M¹; MARTINS, Izadora
2
Finato¹; CROZARA, Mariza .
1
Discente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, Campus Ipiranga, São Paulo,
Brasil
2
Docentes do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo
* [email protected]
PALAVRAS-CHAVE: Esquizofrenia. Farmacoterapia. Diagnóstico. Sintomas.
INTRODUÇÃO
O histórico conceitual da esquizofrenia foi feito no final do século XIX e a descrição da
demência precoce feita por Emil Kraepelin (1856-1926), estabeleceu uma classificação de transtornos
mentais que se baseava no modelo médico. Seu objetivo era delinear a existência de doenças com
etiologia, sintomatologia, curso e resultados comuns. Ele chamou uma dessas entidades de
demência precoce, porque começava no início da vida e quase invariavelmente levava a problemas
psíquicos. Seus sintomas característicos incluíam alucinações, perturbações em atenção,
compreensão e fluxo de pensamento, esvaziamento afetivo e sintomas catatônicos. A etiologia era
endógena, ou seja, o transtorno surgia devido a causas internas. A demência precoce foi separada do
transtorno maníaco-depressivo e da paranóia com base em critérios relacionados aos seus sintomas
e curso. Criou-se o termo “esquizofrenia” (esquizo = divisão, phrenia = mente) que substituiu o termo
demência precoce na literatura, conceitualizando o termo, para indicar a presença de uma cisma
entre pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados. A doença de esquizofrenia tem
uma taxa de incidência mundial de 0,1-0,7novos casos anuais para cada mil habitantes.
OBJETIVO
O Objetivo do trabalho consiste em um estudo detalhado sobre a doença Esquizofrenia.
METODOLOGIA
Realizou-se um levantamento bibliográfico retrospectivo no primeiro semestre de 2015 sobre
as principais características da Esquizofrenia, com base em artigos científicos adquiridos em
endereços eletrônicos, tal como SCIELO, e também em fontes bibliográficas disponíveis no acervo da
Biblioteca do Centro Universitário São Camilo.
DESENVOLVIMENTO
A hipótese mais aceita para explicar os fenômenos ilusórios que provém da esquizofrenia é
uma alteração neuroquímica das funções dopaminérgicas. Os sintomas positivos da esquizofrenia
(que são alucinações, agitação, euforia, irritabilidade, agressividade e delírios) são provenientes de
um aumento da interatividade dopaminérgica na via mesolímbica cerebral e os denominados
sintomas negativos (apatia, desmotivação, perda de interesse pela vida e depressão) são
caracterizados pela pouca interatividade dopaminérgica na região mesocortical cerebral. Podendo ser
classificada de três maneiras, tais como paranoide (estados de delírios primários que compreende
uma percepção repentina de uma persecutoriedade única e especial, característica em uma
situação), hebefrênico (perturbação dos afetos; as ideias delirantes e as alucinações são fugazes e
fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível) e catatônico (distúrbios psicomotores
proeminentes que podem alternar entre extremos tais como hipercinesia e estupor).
Os principais sintomas estão relacionados a perda de energia, iniciativa e interesse, estado
depressivo, isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene,
podem surgir e permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento de sintomas
mais característicos da doença, tais como alucinações e delírios, transtornos de pensamento e fala,
perturbação das emoções e do afeto.
Realização
III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Local: Centro Universitário São Camilo
Data:
21 a 23 de maio de 2015.
O diagnóstico da esquizofrenia deve ser considerado em casos de pacientes que apresentam
alucinações e ilusões. A presença de pensamento e comportamento desorganizados aumenta a
probabilidade de esquizofrenia.
A farmacoterapia antipsicótica deve fazer parte de uma abordagem terapêutica ampla e
abrangente visando à reabilitação psicossocial do paciente. Enquanto a medicação neuroléptica pode
reduzir os sintomas positivos e prevenir recaídas psicóticas, o apoio psicoterapêutico e o treinamento
de estratégias de enfrentamento e manejo de situações de vida ajudam o paciente.
Os antipsicóticos são a base da terapia da esquizofrenia. Dentre os de primeira geração
encontramos o haloperidol, pimozide, clozapina, olanzapina, entre outros. Com os avanços no
planejamento de novos fármacos, foram criados os antipsicóticos de segunda geração, que abriram
maior perspectiva no tratamento da doença como, por exemplo, o sertindol, a paliperidona e o
aripiprazol. Contudo, apesar do desenvolvimento de diversos fármacos, uma das maiores
problemáticas do tratamento ainda é a falta de adesão que se dá por parte dos pacientes, que
acabam, por diversos motivos, não utilizando os medicamentos da maneira correta, comprometendo
os resultados da terapia.
CONCLUSÃO
Para um tratamento eficaz e seguro é sempre necessário que se entenda a fundo as
características de uma doença.
A esquizofrenia é uma doença crônica e que por este motivo demanda um tratamento
extremamente longo. Deve-se ter em mente que os medicamentos utilizados na terapia não curam a
esquizofrenia, apenas controlam os sintomas apresentados por ela, sendo assim, a adesão ao
tratamento é de suma importância no controle da doença já que a não tomada do medicamento pode
acarretar numa recaída.
A esquizofrenia ainda gera duvidas, angústias e preconceito então a importância da
superação da negação da doença é apresentada como fundamental para o bom desenvolvimento do
tratamento.
REFERÊNCIAS
ASSIS, Jorge Cândido de; VILLARES, Cecília Cruz; BRESSAN, Rodrigo Affonseca. Conversando sobre
a
esquizofrenia. Disponível
em:
<http://www.abrebrasil.org.br/web/index.php/comoapoiamos/publicacoes-associado/162-conversando-sobre-esquizofrenia-vol4>. Acesso em: 24 mar. 2014.
BARATA, Luiz Roberto Barradas. Normatização para a Dispensação de Aripiprazol pela Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo - Inclusão do medicamento Aripiprazol na relação de contemplados
no tratamento da Esquizofrenia: RESOLUÇÃO SS nº 295, de 04 de setembro de 2007. 2007.
Disponível
em:
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/assistenciafarmaceutica/protocolos-e-normas-tecnicas-estaduais/resolucao_ss_295_04_09_07.pdf>. Acesso em: 20
abr. 2015.
BARBOSA, Regina Claudia. ESQUIZOFRENIA: UMA REVISÃO. São Paulo: UNIFESP, 2006.
Disponívelem:<http://www.scielo.br/pdf/pusp/v17n4/v17n4a14.pdf>. Acesso em: 02 de março 2015.
CHAVES, Ana C. Diferenças entre os sexos na esquizofrenia. 2000. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000500008>. Acesso em: 26
mar. 2015.
ELKIS, Hélio; LOUZÃ, Mário Rodrigues. Novos antipsicóticos para o tratamento da
esquizofrenia. 2007. Disponível em: <http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s2/193.html>. Acesso em:
20 abr. 2015.
Realização
III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Local: Centro Universitário São Camilo
Data:
21 a 23 de maio de 2015.
MARI,
Jair
J;
LEITÃO,
Raquel
J. A
epidemiologia
da
Esquizofrenia. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000500006>. Acesso em: 26
mar. 2015
MONTEIRO, Luciana de Carvalho; LOUZÃ, Mário Rodrigues. Alterações cognitivas na esquizofrenia:
conseqüências
funcionais
e
abordagens
terapêuticas.Disponível
em:
<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s2/179.html>. Acesso em: 26 mar. 2015.
REIS, Guilherme Cursino dos; ARRUDA*, Ana Lucia Alves. Fisiopatologia da esquizofrenia baseada
nos
aspectos
moleculares
da
hipótese
glutamatérgica. 2011.
Disponível
em:
<http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2011-92-3-6.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2015.
Saúde,
Dica
de
Medicamentos
para
Esquizofrenia,
Disponível
em:
<
http://www.dicasdesaude.info/remedios/medicamentos-para-esquizofrenia>. Acesso em: 26 mar. 2015.
Realização
Download