ARTIGO DE REVISÃO Meningioma da região do forame magno Luis A. B. Borba*,**,***,**** Ricardo M. R. Guimarães** Marlus S. Moro*** Alceu Correia*** Miguel Giudicissi-Filho**** Carlos Vanderley Holanda**** Sinopse Meningiomas do forame magno estão entre os tumores mais difíceis de serem removidos. A abordagem cirúrgica, assim como a extensão da remoção óssea, são pontos de controvérsia. Neste trabalho os autores apresentam sua experiência com o tratamento cirúrgico destes tumores, a forma de abordá-los, baseada na expansão tumoral e no local de origem são os pontos fundamentais que norteiam o planejamento cirúrgico. As manifestações clínicas, assim como a morbidade mais comum relacionada com estes tumores serão apresentadas. Palavras-chave Acesso transcondilar, forame magno, meningioma, tumor cerebral. * Departamento de Neurocirurgia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba ** Departamento de Neurocirurgia do Hospital Pilar de Curitiba *** Departamento de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná **** Departamento de Neurocirurgia da Real e Benemérita Sociedade Beneficência Portuguesa – CENNA, São Paulo BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno Abstract Foramen Magnum Meningiomas Meningiomas of the foramen magnum region are among the most challenging lesions to be treated. The surgical approach and the extension of bone removal are a very controversies area. The surgical approach must be decided based on the extension of the tumor and on the origin of tumor attachment. The clinical features, the morbidity and choice of the surgical approach are discussed with. Key words Transcondylar, approach foramen magnum, meningioma, surgical approach, Brain neoplasm. Os meningiomas são tumores, geralmente benignos, de crescimento lento, diagnosticados em cerca de 20% dos tumores intracranianos13,15. Meningiomas originados do forame magno são incomuns, sendo diagnosticados em somente 1,8% a 3,2% dos meningiomas intracranianos13,15. Por serem tumores de crescimento lento, a sintomatologia dos meningiomas do forame magno costuma ser inicialmente inexpressiva, levando a diagnóstico tardio4,9. A sua localização J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 113 e a sensibilidade da região ao manuseio cirúrgico fez com que a abordagem cirúrgica aos meningiomas desta região, principalmente naqueles localizados anteriormente, fosse motivo de grande debate5-7. Neste trabalho, os autores apresentam a filosofia empregada no tratamento dos tumores do forame magno. O planejamento cirúrgico é baseado na extensão da massa tumoral, assim como no seu local de origem. A técnica utilizada é semelhante em todos os casos, variando somente a extensão da ressecção do côndilo occipital e a necessidade ou não de transposição da artéria vertebral. Abordagem cirúrgica Após a indução anestésica, o paciente é entubado, sob fibrobroncoscopia ou com a colocação de sonda nasotraqueal, para evitar a mobilização cervical. O paciente é colocado em posição lateral, com o membro superior contralateral pendente e com um coxim sob a parte superior do tórax. Após, o tórax e o ombro homolateral são rodados anteriormente, no entanto, mantendo o crânio e a coluna cervical paralelos ao solo. A incisão cirúrgica planejada é em forma de “C”, sendo que a extensão superior é paralela ao meato acústico externo, a extensão posterior na linha média e a inferior ao nível da quarta vértebra cervical. O retalho cutâneo é rodado lateralmente, expondo o ventre posterior do músculo esterno-cleidomastoídeo (ECM), esplênio da cabeça, linha nucal superior e ventre superior do trapézio. O ECM é desinserido da mastóide e deslocado anteriormente, o músculo esplênio da cabeça e o elevador da escápula são desinseridos da mastóide e rodados posteriormente. Após este deslocamento muscular, um contingente adiposo é identificado e, inferior a ele, os músculos que formam os triângulos occipitais. O músculo oblíquo superior é desinserido da região occipital e deslocado lateralmente, mantendo sua inserção no processo transverso do atlas, os músculos retos maiores e menores são desinseridos do occipital e deslocados medialmente, o músculo oblíquo inferior é desinserido do processo transverso do atlas e deslocado medialmente. O deslocamento muscular leva à exposição do arco posterior do atlas e da lâmina posterior do axis. A segunda raiz nervosa (C2) é identificada, cruzando inferiormente o músculo oblíquo inferior e seguida lateralmente até cruzar sobre a artéria vertebral no segmento C1-C2. Nenhuma intenção é feita em dissecar e expor a artéria vertebral (AV), a qual é mantida e circundada por um volumoso plexo venoso. A craniectomia da fossa posterior é realizada com abertura do forame magno, desde a linha média. O seio sigmóide, em sua porção mediana e inferior, é totalmente exposto. A remoção homolateral do arco posterior de C1 é realizada. Em casos de extensão inferior, a hemilaminectomia de C2 é realizada. Nesta fase do procedimento, toda a extensão da AV, desde o forame transversarium de C2 até sua entrada no forame magno, pode ser identificada. BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno A decisão por liberar e rodar lateralmente a AV depende da extensão da massa tumoral e da necessidade de uma exposição mais anterior. Nos casos em que uma exposição anterior é necessária, o forame tranversarium de C1 é aberto, com a utilização de motor de alta rotação e brocas cortantes, até a identificação da cortical contralateral, quando a broca é mudada por uma de diamante, para evitar dano inadvertido da AV. Disseccão subperiostal da AV é feita, deslocando a artéria inferiormente e medialmente, expondo a articulação atlanto-occipital. A remoção do côndilo occipital e da massa lateral de C1 é feita com o motor de alta rotação e brocas cortantes e a quantidade de osso removido depende da morfologia do forame magno. No entanto, raramente é necessária a remoção de mais de um terço do côndilo. A identificação da veia condilar é um bom parâmetro da extensão da remoção. O canal do hipoglosso, geralmente, é localizado na junção do terço médio com o terço posterior, no entanto, e sua exposição leva à grande abertura da articulação, levando à dor cervical pós-operatória. O tubérculo jugular é uma pequena saliência óssea superior ao côndilo occipital, que delimita a parede inferior do forame jugular, a sua remoção facilita a exposição lateral dos pares cranianos e da AV intradural. A abertura da dura-máter, paralela à borda posterior do seio sigmóide, curva-se medialmente em direção ao canal vertebral. Com esta abertura, a AV é deslocada lateralmente sobre o côndilo occipital, expondo a face lateral da junção craniovertebral. O tumor geralmente já é identificado após a abertura da duramáter e sua inserção lateral é coagulada e o tumor removido com a utilização do aspirador ultra-sônico. Esta abordagem propicia que o tumor seja removido no sentido caudal para cranial, e medial aos nervos cranianos baixos. A AV pode ser mobilizada lateral e medialmente, assim como toda a face anterior do forame magno pode ser visualizada. Após remoção da massa tumoral, a dura-máter é fechada de forma hermética e os músculos reinseridos. Atenção especial deve ser dada para evitar espaço morto entre as camadas musculares, evitando coleções intermusculares. Casos ilustrativos CASO 1 Paciente de 34 anos, sexo feminino, com história de seis meses de evolução caracterizada por espasticidade nos quatro membros, evoluindo com tetraparesia severa, no entanto, mantendo a deambulação, e distúrbios esporádicos da deglutição. A RM demonstrava lesão expansiva que captava contraste de forma homogênea, localizada na região do forame magno com implantação na borda anterior, sem implantação no clivo inferior (Figura 1). A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, sendo utilizada a técnica descrita anteriormente, sem a necessidade de remoção do côndilo occipital. A AV foi dissecada entre C2-C1, J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 114 e o forame magno, no entanto, foi mantida em sua posição anatômica. O plano aracnoidal de clivagem entre o tumor e as estruturas neurovasculares estava presente, facilitando a ressecção tumoral. A TC pós-operatória demonstra a remoção total da massa tumoral (Figura 2). A incisão utilizada, assim como, a preservação da deglutição são demonstradas (Figura 3). CASO 2 Paciente de 56 anos, sexo feminino, com história de dor cervical, com irradiação para a região da nuca. O exame físico e neurológico eram normais. A RM demonstrava lesão expansiva que captava contraste de forma homogênea, localizada na região do forame magno, com implantação na borda anterior, e implantação no clivo inferior (Figura 4). A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, utilizando a técnica descrita anteriormente, sendo que o terço posterior do côndilo occipital foi removido. A artéria vertebral foi dissecada entre C2-C1 e o forame magno, liberada do forame transversarium e deslocada inferior e lateralmente. O plano aracnoidal de clivagem entre o tumor e as estruturas neurovasculares estava preservado. A TC (Figura 5) e a RM (Figura 6) pós-operatória demonstram a re- FIGURA 2 TC (corte axial) demonstrando remoção completa da lesão. FIGURA 3 Fotografia do paciente, demonstrando a incisão cir cirúrgica. moção total da massa tumoral e a remoção do terço posterior do côndilo occipital. A incisão utilizada, assim como, a preservação da função do nervo hipoglosso são demonstradas. FIGURA 1 RM (planos axial e sagital), com injeção de constraste paramagnético, monstrando lesão expansiva do forame magno, com compressão posterior do bulbo e medula cranial. BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno CASO 3 Paciente de 53 anos com história de nucalgia, quadro clínico compatível com neuralgia occipital. A RM demonstrava um processo expansivo com captação homogênea de contraste ao longo da dura-máter em torno do côndilo occipital e borda anterior do clivo, sem um efeito de massa significativo (Figura 7). A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, com remoção parcial do côndilo occipital, o qual se encontrava infiltrado pela massa tumoral. A dura-máter estava envolvida pelo tumor, caracterizando meningioma em placa. O tumor foi removido parcialmente. A RM pós-operatória demonstra a remoção parcial da lesão (Figura 8). Um seguimento de quatro anos não demonstra sinais de crescimento tumoral. J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 115 FIGURA 6 RM pós-operatória (corte axial) remoção completa da lesão. FIGURA 4 RM (cortes axiais e sagital) com injeção endovenosa de contrasnte paramagnético demonstrando a lesão. FIGURA 5 TC pós-operatória (corte axial) demonstrando a remoção do terço posterior do côndilo occipital. BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno FIGURA 7 RM (costes axial e coronal) com injeção de gadolíneo demonstrando o processo expansivo. J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 116 FIGURA 8 TC pós-operatória (corte axial e coronal) demonstrando a remoção parcial da lesão. CASO 4 Paciente de 38 anos, com história de tetraparesia espástica com hiperreflexia, associada à cervicalgia e episódios de torcicolo. A RM demonstra a massa tumoral na região do forame magno com expansão anterolateral. A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico através de abordagem lateral. O côndilo foi parcialmente removido, no entanto, a artéria vertebral não foi mobilizada. A TC e a RM demonstram a remoção da massa tumoral com ressecção parcial do côndilo e massa lateral de C1. Discussão Os MFG são tumores raros, somando cerca de 2% dos meningiomas intracranianos. George definiu os MFG como aqueles que surgem desde o terço inferior do clivo até a margem superior do corpo do axis, lateralmente, desde o tubérculo jugular até a lâmina de C2 e posteriormente, desde a borda anterior da escama occipital até o processo espinhoso de C25,6. BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno FIGURA 9 RM pós-operatória (cortes sagital, coronal e axial), com injeção endovenosa de contraste mostrando processo expansivo com crescimento ântero-lateral no forame magno. J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 117 FIGURA 10 TC pós-operatória (corte axial) demonstrando a remoção parcial do côndilo e da massa lateral de C1. FIGURA 11 RM pós-operatória (cortes sagital e axial) demonstrando a remoção do tumor. Os MFG podem ser primários, quando se originam dentro dos limites descritos por George, ou secundários quando se originam fora desses limites e invadem o espaço delimitado. O ligamento denteado divide o forame em anterior e posterior. Os MFG têm localização anterolateral em 70% dos casos, 15% são totalmente anteriores, 10% posterolaterais e 5% originam-se da borda posterior do forame magno4,5,9. O ponto de origem e expansão dos MFG são fundamentais no planejamento cirúrgico, assim como determinam o grau de ressecção do côndilo occipital; no entanto, a sua localização no forame magno não se relaciona com a presença ou não de plano de clivagem “ aracnoidal”, que separa as estruturas neurais da massa tumoral9-12. Os MFG comportam-se conforme a sua origem, isto é, nos tumores que crescem no sentido caudal para cranial o ponto de origem está no forame magno ou inferior a este. Nestes casos, o plano aracnoidal com as estruturas vasculonervosas está preservado, facilitando a remoção da massa tumoral, independentemente da sua expansão. A estes meningiomas denomina-se meningiomas espinoclivais e têm um aspecto cirúrgico compatível com os meningiomas espinhais (Caso 1). Nos casos em que o ponto de origem tumoral é superior ao forame magno, isto é, em nível do clivo, o BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno plano aracnoidal com as estruturas vasculonervosas podem não ser tão bem-definidos como nos meningiomas com origem inferior, dificultando sua remoção tumoral. Nesta situação, a remoção do côndilo proporciona uma visão lateralizada, sendo fundamental para a ampla exposição da região. A este subtipo denomina-se meningioma clivoespinhal (Caso 2). A apresentação dos MFG costuma ser tardia, mesmo com a ampla utilização da RM, e o tempo médio desde os primeiros sintomas ao diagnóstico é de 30,8 meses5,6,11,13,15. A ampla variedade de estruturas presentes, em nível do forame magno, faz com que a sintomatologia seja muito diversificada, levando a falsos diagnósticos, como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, siringomielia e mielopatia espondilótica cervical. Geralmente, o primeiro sintoma é dor cervical, a qual pode perdurar por longo tempo até que o primeiro sinal neurológico apareça. Sinais de liberação piramidal e espasticidade geralmente são precoces. Disfagia ou atrofia da língua costumam ser sinais tardios. Atrofia do músculo trapézio ou do ECM pode ser sinal precoce e pouco valorizado4,8,13,15. A escolha da abordagem cirúrgica tem sido o ponto de maior controvérsia no manejo dos MFG1,3,14. Muitos autores acreditam que a abordagem suboccipital “convencional” é a melhor opção, devido à facilidade e a familiaridade dos neurocirurgiões com esta técnica. Goel e col.7 recentemente publicaram uma série de 17 casos de MFC anteriores ou anterolaterais, em que a ressecção cirúrgica total foi possível em 82% dos casos. No entanto, os próprios autores referem que os tumores eram grandes e todos tinham uma extensão lateral no forame magno. A chamada abordagem “convencional” de Goel e col.7 nada mais é do que uma abordagem póstero-lateral, sendo o que a diferencia das abordagens laterais são a dissecção muscular e a posição cirúrgica utilizada. Acreditamos que a visão proporcionada pela posição lateral é um dos fatores que ajudam na exposição anterior do forame magno. Como relatado por alguns, na região do forame magno, quanto maior o tumor, mais fácil a sua remoção. Outros autores acreditam que uma abordagem mais lateral é mandatória, assim como, a ressecção do côndilo occipital e a mobilização da artéria vertebral, principalmente nos tumores anteriores ou anterolaterais1,3,10,11. No nosso entender, abordagem lateral é fundamental para que se possa aproximar dos tumores localizados lateral ou anteriormente; no entanto, isto não significa que a ressecção do côndilo occipital e a mobilização da artéria vertebral devam ser realizadas em todos os casos. A necessidade ou não de ressecção do côndilo occipital depende da extensão tumoral, do ponto de origem, assim como do formato do forame magno. Nos casos em que a implantação tumoral é anterior, a ressecção do côndilo occipital proporciona um trajeto mais curto e uma visão direta, principalmente quando o paciente é colocado em decúbito lateral com uma leve flexão contralateral. Nos tumores do tipo crânio-espinhal, em que a implantação é ampla em nível da dura-máter do clivo, a ressecção do côndilo occipital, a craniectomia occipital lateral e a mastoidectomia proporcionam uma visão mais lateralizada, com maior acesso à dura-máter do clivo. J Bras Neurocirurg 15(3), 112-118, 2004 118 Nos MFG do tipo espinocranial, geralmente, a ressecção do côndilo occipital não é necessária, pois o ponto de implantação é baixo e lateralizado, apesar de o crescimento poder ser orientado anteriormente. A preservação do plano aracnoidal facilita a remoção do tumor, o qual pode ser ressecado com liberação das estruturas neurovasculares. Nestes casos, somente o posicionamento do paciente em decúbito lateral proporciona uma visão lateralizada. A extensão anterior pode ser dissecada e liberada sem adesão anterior à dura-máter. A morbidade cirúrgica relacionada aos MFG está diretamente relacionada com a extensão do tumor, assim como, com o estado neurológico do paciente no pré-operatório. A paralisia dos nervos cranianos baixos é a complicação mais temida2,10,11. Nos pacientes que apresentam déficit da deglutição no pré-operatório, o período pós-operatório costuma ser menos conturbado do que naqueles em que novo déficit se desenvolve. Nesta situação, atenção deve ser dada para evitar broncopneumonia aspirativa. Muitas vezes, a presença de novo déficit dos nervos cranianos baixos, no período pós-operatório, pode ser indicativo de traqueostomia. Novos déficits motores são incomuns, a não ser nos pacientes em que o déficit já estava presente no período pré-operatório. Nestes pacientes, acentuação temporária do déficit pode existir, porém, com recuperação no seguimento em curto prazo. Portanto, os MFG são tumores raros, de difícil diagnóstico e tratamento complexo, porém, a perfeita avaliação da extensão tumoral, assim como, o seu provável ponto de origem, são fundamentais no planejamento cirúrgico e estão diretamente relacionados com o grau de morbidade pós-operatória. Referencias bibliográficas 1. ARNAUTOVIC KI, AL-MEFTY O, PAIT TG, KRISHT AF, HUSAIN MM: The suboccipital cavernous sinus. J Neurosurg 86:252-62, 1997. 2. ARNAUTOVIC KI, AL-MEFTY O, HUSAIN M: Ventral foramen magnum. J Neurosurg 92(Suppl 1):71-80, 2000. 3. BABU RP, SEKHAR LN, WRIGHT DC: Extreme lateral transcondylar approach: technical improvement and lessons learned. J Neurosurg 81:49-59, 1994. BORBA LAB, GUIMARÃES RMR, MORO MS, CORREIA A, GIUDICISSI-F. M, HOLANDA CV – Meningioma da região do forame magno 4. BOULTON MR, CUSIMANO MD: Foramen magnum meningiomas: concepts, classifications, and nuances. Neurosurg Focus 14:10, 2003. 5. GEORGE B: Meningiomas of the foramen magnum. 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