CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM HIPERTENSÃO ARTERIAL MASCULINA Belmira Aparecida da Silva Liara Nunes Ferreira Tatiane Aparecida de Souza Alves Vanessa Biondi Gomes PALMITAL 2012 BELMIRA APARECIDA DA SILVA LIARA NUNES FERREIRA TATIANE APARECIDA DE SOUZA ALVES VANESSA BIONDI GOMES HIPERTENSÃO ARTERIAL MASCULINA Pré-projeto apresentado ao Curso de Técnico de Enfermagem como requisito parcial ao desenvolvimento da Monografia. Orientador: Prof.ª Roberta da Costa Dias PALMITAL 2012 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Valores Normais da Pressão Arterial……………………………...... 14 TABELA 2 – Dieta Alimentar ………………………………………………………... 18 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVC – Acidente Vascular Cerebral ECA – Enzima Conversora da Angiotensina HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica IAM – Infarto Agudo do Miocárdio MAPA – Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial OMS – Organização Mundial da Saúde PA – Pressão Arterial TA – Temperatura Axilar SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 7 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 7 2.1 Aspecto Histórico da hipertensão Arterial...................................................... 7 2.2 Aspecto Estatístico da Hipertensão Arterial.................................................. 8 2.3 Aspecto Atual da Hipertensão Arterial........................................................... 9 3. HIPÓTESE....................................................................................................... 9 4. JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 9 5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................ 10 5.1 Tipo de Pesquisa........................................................................................... 10 5.2 Coleta de Dados............................................................................................ 10 5.3 Análise de Dados........................................................................................... 10 Capítulo 1 História da Hipertensão arterial sistêmica.......................................... 10 Capítulo 2 Conceito de Hipertensão Arterial....................................................... 11 Capítulo 2.1Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem............. 12 Capítulo 3 Sinais e Sintomas............................................................................... 13 Capítulo 4 Diagnóstico da Hipertensão Arterial................................................... 13 Capítulo 5 Valores normais da Pressão Arterial.................................................. 14 Capítulo 6 Doenças causadas pela Hipertensão Arterial.................................... 15 Capítulo 7 Fatores que aumentam a incidência de HAS..................................... 16 Capítulo 8 Tratamento para Hipertensão Arterial................................................ 16 Capítulo 8.1 Tratamentos medicamentosos........................................................ 17 Capítulo 8.2 Tratamentos Dieta Alimentar........................................................... 18 Capítulo 8.3 Alimentos que devem ser evitados................................................. 19 Capítulo 9 Importância das ações da Enfermagem com pacientes portadores 20 de HAS 6. OBJETIVO(S).................................................................................................. 20 6.1 GERAL.......................................................................................................... 20 6.2 ESPECÍFICO................................................................................................. 21 7. CRONOGRAMA.............................................................................................. 21 8. PERSPECTIVA DE RESULTADOS................................................................ 21 9. REFERÊNCIAS.............................................................................................. 23 10. GLOSSÁRIO................................................................................................. 24 RESUMO A Hipertensão Arterial é o aumento da pressão com que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, é um dos problemas de saúde mais frequentes no mundo moderno, considerada uma doença de alto impacto para mortalidade ou perda da qualidade de vida da população. Por se desenvolver de forma lenta e silenciosa é considerada assintomática e até as fases avançadas. Para se prevenir é necessário ficar atento aos fatores de risco que fazem com que essa pressão aumente, pois o importante não esta nos sintomas, e sim as consequências da pressão alta para o organismo. A melhor forma de prevenção e tratamento dessa doença é manter a pressão arterial dentro dos limites considerados normais, fazendo uso continuo dos medicamentos, evitando alguns tipos de alimentos com excesso de sal, o uso de bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos. A não adesão por parte dos homens às medidas de saúde eleva a incidência de doenças e mortalidade entre eles. Varias são as particularidades envolvendo o sexo masculino, que merecem maior esclarecimento e orientação, em prol da saúde e da qualidade de vida dos mesmos. As graves consequências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham – se em tratamento com adequado controle da pressão. Palavras-chave: Hipertensão Arterial; Assintomática; Alto Impacto. 7 1 INTRODUÇÃO (PROBLEMA) A Hipertensão é um problema de saúde que acomete cerca de 15 milhões de brasileiros, entre homens e mulheres. Essa patologia é considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que são as maiores causas de morte no país. A Saúde do homem merece um cuidado especial pelo fato de serem mais vulneráveis às doenças. O trabalho produzido, sem dúvidas, contribui para a conscientização do homem sobre a importância de adotar medidas preventivas e de, quando for o caso, dar devida atenção aos sinais que seu corpo apresenta. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Aspecto Histórico da Hipertensão Arterial A primeira medida experimental da pressão arterial foi feia em 1711 por Stephen Halles, na Inglaterra, esse experimento foi realizado em um cavalo imobilizado. Halles colocou uma cânula na artéria crural do animal, conectando a um tubo de vidro de três metros de altura. A coluna de sangue se elevou a dois metros e meio de altura do animal, tendo sido este o primeiro registro de uma pressão arterial. A hipertensão arterial passou a ser valorizada após o aparecimento dos primeiros aparelhos de medida que vieram para o Brasil provido da França, era do tipo Pachon, até que em 1905 o russo Riva Rocci criou o primeiro esfigmomanômetro que era o método auscultatório da medida indireta da pressão arterial e Korotkoff tornou pratica a medida da pressão arterial. Depois que Ambard descobriu que hipertensos excretavam menos cloreto pela urina, em 1922 padronizou- se o tratamento da Hipertensão utilizando dietas pobres em sal foi então que surgiram duvidas se baixar a pressão seria beneficio ou maleficio para os pacientes hipertensos. Para esclarecer as duvidas Van Slyke demonstrou que a baixa da pressão utilizando tiocianato de potássio não diminuía a depuração renal, uma vez que havia um mecanismo de auto regulação da circulação a esse órgão. 8 Até 1950 ainda não avia tratamento medicamentoso para Hipertensão arterial, os clínicos receitavam medicamentos a base de papaverina, sedativos (fenobarbital ou teobromina) e aminofilina. Naquela época o único tratamento eficaz era a simpatectomia bilateral ampla, indicada a paciente com hipertensão maligna ou a dieta de kempner que era composta por: quatrocentas gramas diárias de arroz, acompanhada de frutas e açucares, sendo hipocalórica hipossódica e hipoproteica. Em 1954 apareceu a clorotiazida grupo que revolucionou o tratamento da Hipertensão arterial, sendo ela a chave da terapia anti-hipertensiva. A partir dai foram realizados vários experimentos para chegar ao tratamento da hipertensão arterial através de pesquisas e reuniões trocaram ideias sobre o assunto em questão. Em 1983 o Ministério da Saúde publicou pela primeira vez um guia para controle da hipertensão arterial, entre outros livros que apresentavam a presença de fatores de risco dos níveis de pressão. Nos anos seguintes, surgiram outros documentos, programas, que traziam informações necessárias sobre Hipertensão Arterial. 2.2 Aspecto Estatístico da Hipertensão Arterial Um em cada quatro adultos no mundo sofre de pressão alta o que aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. No Brasil, a estimativa de hipertensos é de 35%da população com mais de 40 anos, sendo 17 milhões de pessoas com a doença. Entre os brasileiros com mais de 60 anos, mais de 60% tem a doença. Nos próximos 20 anos a hipertensão pode atingir mais de 1 bilhão de pessoas se nada for feito o mundo terá 1,56 bilhão de hipertensos em 2025. Pesquisas mostram que a hipertensão arterial no Brasil afeta 5% da população com até 18 anos, podendo levar aproximadamente 40% dos pacientes à morte. 2.3 Aspecto Atual da Hipertensão Arterial A Hipertensão, conhecida como pressão alta é uma enfermidade muito comum na atualidade, por mais que se espalhem as informações sobre as causas e 9 consequências, é importante que se divulgue cada vez mais para que as pessoas possam dar mais atenção a ela. Segundo a OMS, a Hipertensão esteve entre as quinze causas de morte no mundo em 2002, e se nada for feito continuará ocupando o mesmo lugar em 2030. A partir desses dados o Dr. Rubens Zenobio Darwich alertou a população sobre a importância das medidas preventivas e o tratamento para o controle da HAS, reduzindo assim o risco de complicações. 3 HIPÓTESE É importante controlar a doença através de medicamentos, mudança de hábitos, alimentação saudável, pratica de atividade física e manutenção do peso ideal. É essencial mudar o estilo de vida para que o tratamento da Hipertensão seja eficiente. 4 JUSTIFICATIVA Escolhemos como projeto esse tema, pois o assunto trata de um problema que afeta grande parte da população, mas que o homem, na maioria das vezes, deixa essa preocupação de lado, por falta de tempo, de informações até mesmo pelo preconceito em procurar ajuda médica. Sobretudo, o desenvolvimento do assunto é direcionado a contribuir para a prevenção e a diminuição da mortalidade da população masculina. 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Tipo de Pesquisa A metodologia para esse estudo foi baseada em pesquisa na internet sobre o referido assunto, revisões bibliográficas e pesquisas através de artigos científicos. Coleta de Dados 10 Optamos por utilizar este estudo através de pesquisa levando uma informação clara e precisa ao usuário, para isso utilizaremos vários recursos, como tese de mestrado e doutorado, artigos científicos em um meio muito utilizado nos dias atuais, a internet. Análise dos dados Capítulo 1- História da Hipertensão arterial sistêmica A primeira medida experimental da pressão arterial foi feia em 1711 por Stephen Halles, na Inglaterra, esse experimento foi realizado em um cavalo imobilizado. Halles colocou uma cânula na artéria crural do animal, conectando a um tubo de vidro de três metros de altura. A coluna de sangue se elevou a dois metros e meio de altura do animal, tendo sido este o primeiro registro de uma pressão arterial. A hipertensão arterial passou a ser valorizada após o aparecimento dos primeiros aparelhos de medida que vieram para o Brasil provido da França, era do tipo Pachon, até que em 1905 o russo Riva Rocci criou o primeiro esfigmomanômetro que era o método auscultatório da medida indireta da pressão arterial e Korotkoff tornou pratica a medida da pressão arterial. Depois que Ambard descobriu que hipertensos excretavam menos cloreto pela urina, em 1922 padronizou- se o tratamento da Hipertensão utilizando dietas pobres em sal foi então que surgiram duvidas se baixar a pressão seria beneficio ou maleficio para os pacientes hipertensos. Para esclarecer as duvidas Van Slyke demonstrou que a baixa da pressão utilizando tiocianato de potássio não diminuía a depuração renal, uma vez que havia um mecanismo de auto regulação da circulação a esse órgão. Até 1950 ainda não avia tratamento medicamentoso para Hipertensão arterial, os clínicos receitavam medicamentos a base de papaverina, sedativos (fenobarbital ou teobromina) e aminofilina. Naquela época o único tratamento eficaz era a simpatectomia bilateral ampla, indicada a paciente com hipertensão maligna ou a dieta de kempner que era composta por: quatrocentas gramas diárias de arroz, acompanhada de frutas e açucares, sendo hipocalórica hipossódica e hipoproteica. Em 1954 apareceu a clorotiazida grupo que revolucionou o tratamento da Hipertensão arterial, sendo ela a chave da terapia anti-hipertensiva. 11 A partir dai foram realizados vários experimentos para chegar ao tratamento da hipertensão arterial através de pesquisas e reuniões trocaram ideias sobre o assunto em questão. Em 1983 o Ministério da Saúde publicou pela primeira vez um guia para controle da hipertensão arterial, entre outros livros que apresentavam a presença de fatores de risco dos níveis de pressão. Nos anos seguintes, surgiram outros documentos, programas, que traziam informações necessárias sobre Hipertensão Arterial. Capítulo 2 - Conceito de Hipertensão Arterial A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, caracteriza-se pela força (pressão) com que o sangue faz sobre as paredes das artérias ao se movimentar, atingindo valores de pressão acima dos valores considerados normais. É uma das doenças mais prevalentes no mundo, atingem jovens, adultos e idosos merece uma atenção por ser adquirida de forma lenta, silenciosa e assintomática acometendo cerca de um terço da população. Nas últimas décadas o número de hipertensos tem aumentado progressivamente devido a fatores como maior expectativa de vida, maior incidência de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares. Por ser uma doença crônico-degenerativa multifatorial e sem sintomas específicos leva ao comprometimento dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores, assim aumentando a pressão no interior dos vasos sanguíneos. Para identificar fatores que levam a essa pressão, verifica-se a herança genética, estresse, sedentarismo, álcool, tabagismo, hábitos alimentares, obesidades entre outros. Segundo pesquisas, a HAS pode ser dividida em: Hipertensão primaria ou essencial, onde atinge um número maior de pessoas, sem uma causa conhecida, mas parece estar associada à presença de fatores de risco. E a Hipertensão secundaria, onde atinge um menor numero de pessoas, sua origem esta relacionada a problemas renais, glandulares, hepáticos, circulatórios ou se manifesta durante a gravidez. O aparente descuido dos homens com a saúde sempre gera discussões sobre os possíveis motivos que os levam a essa falta de preocupação. Eles geralmente só recorrem aos serviços de saúde quando existe um caso de doença 12 mais avançada. O homem não tem o habito de fazer exames de rotina, e somados a isso, o sedentarismo e alimentação desregrada contribuem para o surgimento de problemas que seriam facilmente evitáveis. A não adesão por parte dos homens às medidas de saúde eleva a incidência de doenças e mortalidade entre eles. Dados do Ministério da Saúde mostram que 68% das mortes ocorridas na faixa dos 20 aos 59 anos foram de homens, e que a expectativa de vida deles é 7,6 anos abaixo da media das mulheres. Por isso, o Ministério da saúde implantou em 2007 através do Programa “Mais Saúde: Direito de Todos“, a Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem que visa o bem estar e melhoria das condições de vida do cidadão brasileiro. Capítulo 2.1- Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem A Politica foi desenvolvida em parceria entre gestores do SUS, onde traduz um longo anseio da sociedade, ao reconhecer que os agravos do sexo masculino constituem verdadeiros problemas de saúde publica, onde da prioridade a proteção à população jovem e adulta masculina. A Politica envolve cuidados tanto de atenção básica com foco na ESF, quanto nos demais nível de atenção, no que diz respeito à promoção, prevenção assistência e recuperação da saúde. Um dos pontos mais relevantes traça um paralelo com as barreiras culturais, mais precisamente, os preconceitos. Outra questão apontada pelos homens para a não procura pelos serviços de saúde esta ligada a sua posição de provedor. Alegam que o horário do funcionamento dos serviços coincide com a carga horaria do trabalho. Contudo, o lançamento desta Politica facilita e amplia o acesso da população masculina aos serviços de saúde, levando assim todas as informações necessárias para a prevenção e promoção da saúde do homem. Capítulo 3- Sinais e Sintomas Um dos grandes problemas da HAS é o fato de ser assintomática, mas com o desenvolvimento da doença alguns sintomas podem servir como alerta, tais como: 13 • Dor de cabeça e nuca; (cefaleia); • Falta de ar; (dispneia); • Visão turva; • Vermelhidão facial; • Sangramento nasal; • Inchaço nas pernas; (edema de membros); • Palpitações / Taquicardia; • Desmaios; entre outros. Não existe nenhuma maneira de se saber se o paciente é realmente hipertenso ou se apresenta apenas picos na elevação da PA, ao menos que verifique sua PA constantemente. Capítulo 4- Diagnóstico da Hipertensão Arterial Além de aferições contínuas, com a ajuda de um esfigmomanômetro, existem alguns fatores que alteram o nível da PA, portanto quando há suspeita de hipertensão arterial é necessário verificar várias medidas em diferentes momentos do dia, quando há ainda duvidas se o paciente é realmente hipertenso ou apresenta picos na pressão, o ideal é solicitar um exame denominado M.A.P.A. (Monitorização Ambulatorial da Pressão). M.A.P.A. é um aparelho de pressão que fica no braço do paciente durante 24 horas, aferindo e registrando seus valores da PA diversas vezes por dia, em situações diárias comuns, como dormir, comer, trabalhar, etc. Após 24 horas de aferições, o aparelho é entregue até o médico que irá fazer a interpretação dos registros. Quando o aparelho apresenta 50% das aferições elevadas, o paciente pode ser considerado hipertenso. Entre 20% e 40% das medidas elevadas são pessoas com grande risco de desenvolver a doença, o que indica mudanças nos hábitos de vida e de alimentação, para prevenir a propagação da doença. Capítulo 5- Valores normais da Pressão Arterial Hoje em dia a definição mais aceita sobre os valores normais da Hipertensão arterial é a seguinte: 14 Normotensos: pressões menores ou iguais a 120x80 mmhg. Pré Hipertensos: pressões entre 121x81 _ 139x89 mmhg. Hipertenso grau I: pressões entre 140x90 _ 159x99 mmhg. Hipertenso grau II: pressões maiores ou iguais a 160x100 mmhg. Nível Hipotensão Valores normais Pressão Pressão arterial arterial sistólica diastólica Ação a tomar Inferior a 100 Inferior a 60 Entre 100 e 140 Check-up médico Entre 60 e 90 Automedição Hipertensão Entre 140 e Entre limite 160 Hipertensão Entre 160 e Entre 100 e Consultar moderada 180 Hipertensão Superior grave 180 Hipertensão sistólica específica Superior 140 90 e 100 110 a Superior 110 a Inferior a 90 Check-up médico o médico a Consultar médico o com urgência Consultar o médico Capítulo 6- Doenças causadas pela Hipertensão Arterial A importância da pressão alta não está nos sintomas, mas sim nas graves complicações que podem provocar, pois elas são muitas e variadas, na maioria dos casos a causa é desconhecida ou não está bem definida, entre as causas conhecidas estão: • Insuficiência cardíaca • Infarto do miocárdio • Arritmias cardíacas • Aneurisma • Perda da visão (retinopatia hipertensiva) 15 • Insuficiência renal crônica • AVC isquêmico e Hemorrágico • Demência por micro infartos cerebral • Até mesmo morte súbita Capítulo 7- Fatores que aumentam a incidência de HAS • Afro-descendência (ainda não se sabe bem porque os negros tem uma incidência maior de hipertensão e porque ele inicia-se mais cedo e causa mais complicações do que as outras etnias. Acredita-se que haja fatores genéticos e econômicos, com a desigualdade social eles possuem sensibilidade maior ao sal e com a qualidade e vida a alimentação inadequada consumindo alimentos ricos em sal) • História familiar (quanto mais familiar portador de pressão alta tiver, maiores são as chances de também desenvolver) • Consumo de sal (pessoas que ingerem mais que 6g de sal por dia apresenta maior risco de terem pressão alta, o sal faz com que o volume de líquido dentro dos vasos sanguíneos aumente, assim o rim absorve mais agua para diluí-lo. O sal age diretamente nas paredes das artérias causando a constrição das mesmas, levando ao aumento da pressão à passagem do sangue e uma menor capacidade de vasodilatação). • Obesidade (pessoas obesas apresentam até 6x mais chances de apresentarem pressão alta, além do excesso de peso a circunferência abdominal também é um fator de risco importante). • Consumo de álcool (o consumo diário de mais de 2 copos de vinho, cerveja ou álcool de qualquer outra bebida aumenta em 2x o risco de hipertensão). • Idade (quanto mais velha é a pessoa maior o risco de desenvolver hipertensão). • Colesterol alto (o colesterol elevado aumenta disposição de gorduras nas artérias) • Sedentarismo (a falta de exercício físico é outro importante fator de risco para hipertensão arterial, contribuindo para o sobrepeso e o aumento do colesterol). • Tabagismo (o cigarro causa o aumento imediato da pressão arterial, tornando-se um importante fator de risco para a hipertensão). 16 Capítulo 8- Tratamento para Hipertensão Arterial A hipertensão arterial não tem cura, mas tem tratamento, que consiste em prevenir a morbidade e a mortalidade associada, mantendo uma pressão arterial abaixo de 140x90 mmhg sempre que possível, para impedir complicações a melhor forma de se prevenir dessa doença é através de mudanças que levam a uma vida mais saudável. Como medidas terapêuticas iniciais, seria a não farmacológicas, que no caso de alguns pacientes deve ser iniciado primeiro. Caso não consiga obter uma pressão adequada, deve-se acrescentar o tratamento medicamentoso. Entre essa medidas não farmacológicas estão: • Fazer controle periódico (medir pressão) • Praticar atividade física sempre com a orientação de um médico, pois ela melhora a circulação sanguínea e consequentemente a pressão arterial. • Evitar o fumo e o café, pois eles fazem com que a pressão arterial aumente. • Manter o peso ideal. • Evitar bebida alcoólica. • Evitar o estresse, por meio de técnicas de relaxamento. • Aproveitar momentos de lazer. Capítulo 8.1- Tratamentos medicamentosos O tratamento medicamentoso tem como propósito manter a pressão arterial dentro das faixas normais, através das formas mais simples e seguras possíveis, com os menores efeitos colaterais para cada paciente, individualmente e melhor aceitação pelo mesmo. Os medicamentos prescritos vão de acordo com a necessidade de cada paciente. Por ser uma doença extremamente comum, cada vez mais há interesse no desenvolvimento de novas drogas para o seu tratamento, entre elas estão: a classe dos diuréticos que é a mais usada na medicina: • Diuréticos de alça: Furosemida (Lasix) inibe a reabsorção de sódio e agua nos rins. Como anti-hipertensivo, reduz o volume de líquidos e o debito cardíaco, baixando a pressão. • Diuréticos Tiazídicos: Clortalidona (hygroton), Quinetazona, Clorotiazina e Hidroclorotiazida, que diminuem o volume sanguíneo, o fluxo sanguíneo renal e o 17 débito cardíaco, depleção de líquidos extracelular, balanço de sódio negativa e afeta diretamente os músculos lisos vasculares. • Diuréticos poupadores de potássio: Espirolactona (Aldactone) e Triantereno (Dyrenium) que são inibidores competitivos da Aldosterona que fazem a regulação do balanço de sódio e potássio no sangue. • Inibidores adrenérgicos: Entre eles estão o Propanolol que bloqueia o sistema nervoso, produzindo a diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial; Cloridrato de Clonidina que age através do sistema nervoso central e aparentemente do estimulo mediado adrenergicamente, produzindo redução da P.A.; Metoprolol e o Nadolol que bloqueiam os receptores B-adrenérgicos, dentro do coração, reduzindo a frequência e o débito cardíaco. • Vasodilatadores: Cloridrato de Hidrazina (Apressolina) que causa vasodilatação por ação direta na musculatura lisa arterial, diminuindo assim a pressão entre as artérias; Minoxidil que possuí ação vasodilatadora sobre os vasos arteriolares, causando a diminuição da resistência vascular periférica, reduz as pressões sistólica e diastólica. • Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina: Captopril que inibe competitivamente a ECA (Enzima Conversora da Angiotensina), diminuindo assim a conversão da angiotensina I em angiotensina II que é um potente vaso constritor. Segundo Darwichi, a hipertensão não vai deixar de existir tão cedo, ele acredita que futuramente serão lançados medicamentos mais potentes e que não precisem ser tomados todos os dias para facilitar o tratamento. Capítulo 8.2- Tratamentos Dieta Alimentar Para o controle da P.A, é recomendada uma alimentação com pouca gordura saturada e rica em legumes e verduras, grãos integrais e laticínios com pouco teor de gordura. Vários nutrientes como cálcio, fibra alimentar, magnésio, potássio e vitamina C, são abundantes em muitos desses alimentos e podem baixar a pressão arterial. Gorduras benéficas para o coração, monoinsaturadas e o ômega 3, podem reduzir a pressão arterial e são recomendadas em vez das saturadas e trans, nada saudáveis e encontradas principalmente na proteína animal e em alimentos industrializados, podendo obstruir as artérias e aumentar a pressão arterial. 18 Alimentos Frutos do mar Linhaça Peixes gordurosos Nutrientes Benefícios para a saúde Ácidos Pesquisas graxos cardioprotetoras podem ajudar o sangue a circular ômegas-3 mais livremente, reduzindo a pressão arterial. Brócolis Espinafre Cálcio Figo estas gorduras baixos de cálcio estão relacionados com um risco maior de pressão alta, particularmente em pessoas sensíveis ao sódio e idosos. Laticínios Aspargo Fibras Lentilha alimentares Romã Amaranto Quinoa Magnésio Sementes Estudos demonstraram uma grande associação entre o alto consumo de fibras e a baixa pressão arterial. Estudos alimentares relacionam a ingestão de magnésio com a redução da pressão arterial. Muitas pesquisas indicam que uma alimentação rica Abacate em potássio pode melhorar a pressão arterial. Banana Potássio Batata Acredita-se que a ingestão de doses elevadas de potássio seja tão importante quanto a ingestão Quinoa moderada de sódio nos casos de hipertensão. Brócolis Frutas cítricas Frutas Pimentão que De acordo com alguns estudos populacionais, níveis Couve silvestres indicam Estudos clínicos preliminares e populacionais sugerem que a vitamina C pode ser benéfica por Vitamina C dilatar os vasos sanguíneos e promover a excreção de toxinas ambientais, como o chumbo, que podem contribuir para o aumento da pressão arterial. Capitulo 8.3- Alimentos que devem ser evitados A ingestão em excesso destes tipos de alimentos aumenta o ganho de peso e com o tempo podem obstruir as artérias, dificultando a circulação sanguínea, além 19 de aumentar a chance de um IAM, pois uma dieta alimentar adequada melhora o quadro dos hipertensos: • Queijos salgados; • Manteiga ou margarina com sal; • Carne salgada (bacalhau e carne seca); • Embutidos e frios (linguiça, presunto, salame, mortadela e salsicha); • Enlatados (palmito, ervilha, sardinha, milho); • Produtos industrializados (molhos em geral); • Salgadinho para aperitivos; • Temperos prontos; • Preparações congeladas (lasanha, frango empanado e pizza). Capítulo 9- Importância das ações da Enfermagem com pacientes portadores de HAS. A assistência prestada aos pacientes hipertensos é essencial para a continuação do seu tratamento dentro e fora do ambiente hospitalar. Deve ser fornecidas ações para que ele possa entender melhor sobre sua patologia, influenciando assim seguir rigorosamente o tratamento, visando uma possível melhora. É necessário apresentar informações relativamente a doença: • Seu significado; • Sobre os fatores de risco; • Sobre as influencias no sistema cardiovascular, cerebral e renal; • Administrar terapêutica prescrita e avaliar seus efeitos; • Avaliar TA regularmente; • Alterar o estilo de vida; • Realizar uma dieta hipossódica e hipolipidica. • Incentivar alguns doentes a perder peso; • Reduzir ou moderar a ingestão de álcool; • Realizar exercícios físicos diariamente; • Parar de fumar; • Reduzir ou controlar o stress; • Observar o nível de consciência; 20 • Informar sobre todos os procedimentos a ser prestado; • E registrar todas as informações necessárias para dar continuidade a assistência. 6 OBJETIVO (S) 6.1 GERAL Promover melhor condição de saúde a população masculina, incentivando – os a procurar o serviço de saúde pelo menos uma vez ao ano para realizar exame preventivo devido aos fatores de risco, facilitando o acesso às ações do serviço de atenção integral a saúde do homem. 6.2 ESPECÍFICO Realizar orientações sobre o exame preventivo. Estimular a participação nos programas de Saúde do homem. Orientar quanto à importância da prevenção e controle. 7 CRONOGRAMA Atividades Mar Abr Mai Jun Levantamento de Literatura Montagem projeto do Coleta dados de Elaboração dos dados Revisão texto do Entrega trabalho do Ago Set Out Nov x x x x x x x x x x x x x Dez x x Tratamento dos dados Jul x x x x 21 8 PERSPECTIVA DE RESULTADOS Concluímos que a Hipertensão é uma doença muito comum em todo o mundo, atinge jovens, adultos e idosos, com tudo merece uma atenção especial por se desenvolver de forma lenta, silenciosa e assintomática. Então, devemos ficar atentos, pois ela pode provocar problemas sérios como doenças do coração. A falta de controle dessa pressão, a doença se torna muito perigosa podendo levar a morte. Previna-se seguindo os mandamentos contra a pressão alta: Meça a pressão pelo menos uma vez por ano. Pratique atividades físicas todos os dias. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade. Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba. Abandone o cigarro. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde. Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer. Ame e seja amado. 22 REFERÊNCIAS Disponível em: <<http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/5-4/aspectos.pdf>> LUNA. R.L. Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 1997-1999. Historia da Cardiologia. Disponível em: << http://publicaçoes.cardiol.br/caminhos/03>> OLIVEIRA, G. R. et al. Saúde do homem articulada a integralidade no cuidado na hipertensão arterial sistêmica: é possível? Disponível em:<<http://www.famema.br/pos/petitemsaude/me/arquivo036>> PORTAL DA SAUDE. Ministério da saúde. Disponível em: http://amigosdasaude.org. br/hipertensao.html RAMOS, O. Aspectos Históricos da Hipertensão. Escola Paulista de MedicinaUNIFESP. SMELTZER. Suzane C, e BARE. Hipertensão: Definição, Incidência e Etiologia. Disponível em: BRUNNER SUDDARTH Tratado de Enfermagem Medico Cirúrgica. Vol.2 pag. 650 Sociedade Brasileira de Hipertensão, IBGE, American Society of Hypertension, The Lancet. Disponível em:<<http://coracaosaudavel.com.br/estatisticas_intergra. php?id=140>>. Acesso em 09/09/2012. 23 GLOSSÁRIO Aneurisma: Dilatação vascular de uma artéria. Artéria Crural: Relativo aos membros inferiores: nervo crural. Da coxa ou a ela relativo. Auscultatório: Adjetivo; relativo ou pertencente à auscultação; ato de escutar os ruídos produzidos pelos órgãos. Crônica – Degenerativa – Multifatorial: É uma doença que consiste na alteração do funcionamento de uma célula. Demência: Perda ou diminuição da memória. Depuração Renal: É um fenômeno em que a fração filtrada do plasma (componente liquido do sangue) é transformada em filtrado glomerular (volume de liquido do plasma) e depois em urina. Dietas Hipolipídicas: Pobre em gorduras saturadas. Etnias: Raças. Excretar: Expelir do corpo; evacuar. Eliminar. Hepáticos: Relacionado ao fígado. Hipoproteica: Uma dieta pobre em proteínas. Morte súbita: Morte que acontece repentinamente. Patologia: Doença. Retinopatia Hipertensiva: Lesão da retina, causada pela pressão sanguínea. Simpatectomia Bilateral Ampla: É a remoção cirúrgica de um gânglio (nódulos), ou parte dele. Vaso Dilatador: Relaxamento dos músculos. Vasoconstrição: Contração dos vasos.