PROGRAMA DE DISCIPLINA Estágio I - Introdução CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO Departamento de Artes / Centro de Ciências Humanas Disciplina: Estágio I - Introdução Código:5841-3 Créditos: 01 Carga horária: 45 horas Pré-requisito: Didática EMENTA: Introdução ao ensino escolar das linguagens da arte, em termos de pesquisa bibliográfica e de campo. Estudo da legislação específica quanto ao ensino da Arte, com ênfase no programa de Teatro previstos pelos PCN, bem como da regulamentação de Estágio Supervisionado em cursos de Licenciatura. OBJETIVO GERAL: • Criar um espaço de discussão sobre os conhecimentos necessários ao exercício da função docente a partir das experiências pessoais na sua trajetória escolar; • Promover a construção da identidade docente nas dimensões individual e coletiva para preparar o profissional para a tomada de decisão sobre a continuidade nos estudos e sobre sua profissão como professor de Teatro; • Articular formação inicial, continuada, cursos de extensão e aperfeiçoamento e vivências necessárias à profissionalização ao longo do curso de licenciatura; • Iniciação as atividades relacionadas com treinamento prático e, aperfeiçoamento técnicocultural, científico e de desenvolvimento humano em espaços educacionais distintos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Promover a reconstrução das histórias de vida, através da técnica de resgate de memória da trajetória escolar dos futuros docentes; 1 • Articular as disciplinas do primeiro período de forma a discutir, analisar e construir propostas de ensino de teatro; • Propiciar a troca de experiências dos estagiários entre si e destes com os professores das redes municipal e estadual de ensino, e demais alunos do curso visando, em ambos os casos, ao intercâmbio de informações sobre as dificuldades encontradas em diferentes situações didáticas, bem como sobre as estratégias de superação encontradas; • Promover atividades de pesquisa que tenham como foco o ensino, formal e não formal, em Teatro; • Promover o conhecimento sobre os Referenciais, Diretrizes e Parâmetros Curriculares de Arte-Teatro, bem como sua utilização prática; • Construir coletivamente diferentes possibilidades de planejamento e de elaboração de planos no âmbito do ensino e da aprendizagem em Teatro na perspectiva interdisciplinar com outros componentes curriculares. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I – Introdução: reflexão sobre a identidade docente Utilização da técnica de resgate de memória e história de vida I. A escrita da história: a descoberta de si e do outro como referencial para a construção da identidade docente; identificação e análise das contradições, desejos, omissões, representações do bom e do mau professor; II. A prática de ensino: identificação, pelos estagiários, das práticas bem sucedidas dos seus ex-educadores, dos elementos dessas práticas considerados exitosos ou não, bem como dos resultados dessas práticas; III. Contextualização das histórias de vida na situação social, política e econômica dos pais: identificação dos períodos históricos, dos fundamentos e dos documentos oficiais na época; IV. Constituição de 1988; LDB 9.394/96; RECNEI e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para ensino fundamental e médio; V. Leitura dos dados coletados e elaboração de relatório; 2 UNIDADE II I. Estabelecimento de reflexão crítico-analítica entre o ensino das artes e as relações com as diferentes disciplinas da educação básica no espaço escolar; II. Estudo dirigido sobre a coleta de dados em pesquisa: formulação de questionários: observação participante; roteiro de entrevista; conversa informal; entrevista aberta e/ou gravada; recorte e análise de dados, etc; III. Os conteúdos de ensino em artes cências: Parâmetros Curriculares Nacionais; a transposição didática; IV. Realização de seminários, ciclos de estudo ou oficinas; V. Produção textual sobre a experiência vivenciada no decorrer da disciplina UNIDADE III – Administrar a própria formação: I. A formação inicial e continuada de professores: compromisso individual e coletivo com o ensino do Teatro e com a valorização do profissional da educação; II. Administração da própria formação: escolhas apropriadas e estabelecimento de metas; III. Construção da autonomia: avaliação permanente das próprias ações e tomada de decisões. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS A disciplina propõe a articulação entre teoria e prática. Por esta razão, terá como eixo principal atividades de pesquisa e investigação. No momento inicial, terá como foco o resgate da memória escolar, como artifício para a descoberta de “si mesmo”, no presente. Como um ritual de passagem para o futuro profissional, a descoberta de si, através do resgate das trajetórias particulares, partirá das representações dos alunos acerca do profissional docente. Em uma dimensão individual e coletiva, o trabalho propõe ainda a identificação dos medos, inseguranças e deficiências teóricas para que cada um possa construir o próprio saber. Da mesma forma, tenciona informar sobre a história da educação e do ensino da Arte, assim como relacioná-la à história das políticas educacionais. 3 As aulas buscarão atender os interesses dos alunos, ampliando a discussão e o conhecimento a partir da realidade prática. Os textos selecionados comporão uma bibliografia básica, que estará permanentemente aberta às sugestões dos estagiários. Se necessário, o material didático incluirá também TV, vídeo, filmes, slides e retroprojetor e ainda planos de aula e de curso, diários de bordo e outros recursos eventualmente sugeridos pelos alunos. Na dimensão coletiva, a pesquisa se amplia para a prática de pesquisa de campo nas instituições que oferecem a disciplina Artes Cênicas e/ou teatro assim como para a realização e/ou participação dos alunos estagiários em eventos (seminários, palestras, cursos...etc) em conjuntos com os habilitados de artes Cênicas, do curso de Educação Artística. Conforme a proposta apresentada, o cronograma de atividades contará com as seguintes possibilidades: 1. Socialização das histórias de vida escolar, identificação do contexto histórico ou das tendências educacionais nas quais podem ser inseridas; 2. Aula dialogada: cujo cerne é a problematização e levantamento de perspectivas e propostas de resolução; 3. Desempenho e participação nas atividades de pesquisa e regência; contribuição para os trabalhos do grupo; 4. Registro: relatórios de regência – argumentação e síntese sobre as aprendizagens; AVALIAÇÃO Sendo um projeto em construção, o curso requer a participação ativa e comprometida dos estagiários. As atividades serão distribuídas em atividades e a atribuição de nota (três, conforme a atual legislação da UFMA) se fará de acordo com a contribuição dos estagiários, em um acordo didático no início do curso. Contudo, durante o ano os critérios poderão ser alterados, ganhando ou perdendo grau de importância de acordo com os conteúdos a serem aprendidos e as atividades executadas. 4 FREQUÊNCIA Conforme a Resolução 90/99 – CONSEPE e as Normas Complementares – COEDA, de 29 de abril de 2002, os alunos deverão participar de 100% das atividades desenvolvidas no campo do estágio e de 75% das atividades realizadas na UFMA, considerando-se a programação das atividades elaborada pelo Supervisor Docente com a contribuição dos estagiários e aprovada pela Coordenação de Estágio para o semestre corrente. Elaboração: Profª. Ms. Ana Socorro Ramos Braga Aprovado em Assembléia Departamental: BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALVES, Nilda (org.). Formação de professores: pensar e fazer. (6ª ed.) são Paulo: Cortez, 2001. BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é? Como se faz? São Paulo: Editora Loyola, 2001. _____________. Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002. BRASIL. MEC. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental. INTRODUÇÃO. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1998. BRASIL. MEC. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. Brasília: Secretaria de Educação básica, 1999. BRASIL. MEC. Refencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998 (vol. I, II, III). CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988. DEMO, Pedro. Saber pensar. São Paulo: Cortez / Instituto Paulo Freire, 2000. FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: construindo caminhos. Campinas: Papirus, 2001. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2000. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. NÓVOA, Antonio (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995. PEREGRINO, Yara (coord.). Da camiseta ao museu: o ensino das artes na democratização da cultura. João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 1995. 5 PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. SILVA, Tomaz Tadeu & MOREIRA, Antonio Flávio, Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis: Vozes, 1995. São Luís, 05 de Dezembro de 2007 ___________________________ Assinatura Chefe do Departamento 6