UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA – MELHORAMENTO GENÉTICO DE PLANTAS Disciplina: Comunicação científica Profº. Mário A. Lira Júnior Aluna: Taciana Leite de A. Lima Atividade: 02 (introdução) Título: Caracterização agronômica e estimativa de parâmetros genéticos para flor de corte de Heliconia bihai L. e Heliconia stricta Huber Introdução A floricultura comercial é vista como altamente competitiva, rentável e importante segmento do agronegócio mundial, por gerar recursos e divisas para os países e empregar grande quantidade de mão-deobra (LANDGRAF; PAIVA, 2009; JUNQUEIRA; PEETZ, 2011). No Brasil, o setor de flores de corte responde por 29% da área cultivada destinada à floricultura (IBRAFLOR, 2011) e 34% do Valor Interno Bruto, sendo o terceiro setor da floricultura mais cormercializado (CASTRO, 2014; JUNQUEIRA; PEETZ, 2014). Na floricultura tropical de corte as espécies de Heliconia são utilizadas devido à variedade das formas e cores das brácteas, ao contraste da inflorescência com a folhagem, à durabilidade pós-colheita e à resistência ao transporte em grandes distâncias. (PEDROSA FILHO; FAVERO, 2005; BRAINER; OLIVEIRA, 2007; COSTA et al., 2009). Este gênero é composto por plantas herbáceas, rizomatosas, com formação de touceira, pseudocaule ereto e inflorescências terminais (BRAINER; OLIVEIRA, 2007). Ocorre naturalmente nas Américas (Colômbia, Equador, Panamá, Costa Rica e Brasil) e Ilhas do Pacífico Sul (Samoa, Nova Guiné e Ilhas Salomão), apresentando 182 espécies descritas (CASTRO; MAY; GONÇALVES, 2007a). E o cultivo comercial é realizado em regiões de clima tropical e úmido, com temperatura média de 25ºC, precipitação pluviométrica média de 1.700mm/ano, umidade relativa de 70 a 95% e luminosidade variando de pleno sol ao sombreamento natural ou artificial (CASTRO, 2007; CHAGAS, 2000). Entre as espécies de helicônia mais cultivadas destacam-se H. bihai e H. stricta. Em Pernambuco, a produção de H. bihai concentra-se nas cultivares Lobster Claw, Nappi Yellow, Kamehameha, Peachy Pink, Dimitri Sucri e Chocolate Dancer e de H. stricta nas cultivares Fire Bird, Tagami, Quito Golden, Dwarf Jamaican e Las Cruces (LOGES et al, 2005). Algumas cultivares de H. bihai apresentam características da touceira e/ou inflorescência semelhantes as das cultivares de H. stricta, sendo confundidas por agricultores e floristas (CASTRO et al., 2011). Grande parte das helicônias cultivadas no Brasil foi introduzida sem passar por caracterização ou programas de melhoramento, dificultando a indicação da cultivar adequada para os diferentes usos. Em decorrência da caracterização agronômica é possível estabelecer a divergência genética, importante parâmetro avaliado por melhoristas em programas de melhoramento genético, assim como a identificação e avaliação das correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais existentes entre estes caracteres. 1 Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as espécies de Heliconia bihai L. e H. stricta Huber para flor de corte e estimar os parâmetros genéticos e a divergência genética. Referências BRAINER; M. S. de C. P.; OLIVEIRA, A. A. P. Floricultura: perfil da atividade no nordeste brasileiro. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2007. 354 p. (Documentos do ETENE, v. 17). CASTRO, A. C. R. de. Deficiência de macronutrientes em helicônia ‘Golden Torch’. 2007. 102 f. Tese (Doutorado em Botânica) – Programa de pós-graduação em Botânica, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2007. CASTRO, C. E. F. de; GONÇALVES, C.; MOREIRA, S. R.; FARIA, O. A. Helicônias brasileiras: características, ocorrência e usos. Rev. Bras. Hort. Ornam., Soc. Bras. Floric. e Plantas Ornam., Campinas, v. 17, n. 1, p. 5-24, 2011. CASTRO, C. E. F. de; MAY, A.; GONÇALVES, C. Atualização da nomenclatura de espécies do gênero Heliconia (Heliconiaceae). Rev. Bras. Hort. Ornam., Soc. Bras. Floric. e Plantas Ornam., Campinas, v. 13, n. 1, p. 38-62, 2007a. CASTRO, F. M. Barreiras ao desempenho de propriedades produtoras de flores de corte: uma análise nos Municípios de Barbacena e Alfredo Vasconcelos – Minas Gerais. 2014. 130 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Programa de pós-graduação em Administração, Universidade Federal de Lavras, Recife, 2014. COSTA, A. S. da; LOGES, V.; CASTRO, A. C. R. de; BEZERRA, G. J. S. de M.; SANTOS, V. F. dos. Variabilidade genética e correlações entre caracteres de cultivares e híbridos de Heliconia psittacorum. Rev. Bras. Ciênc. Agrár., Univ. Fed. Rur. Pernambuco, Recife, v. 2, n. 3, p. 187-192, 2007. COSTA, A. S.; LOGES, V.; CASTRO, A. C. R.; GUIMARÃES, W. N. R.; NOGUEIRA, L. C. Heliconia genotypes under partial shade: I. shooting and blooming. Acta Hort., ISHS, v. 813, 2009. CHAGAS, A. J. C. Floricultura tropical na Zona da Mata de Pernambuco. Recife, SEBRAE, 2000. IBRAFLOR. Uma Visão do Mercado de Flores. Ibraflor Dados de Mercado 01/2011. Disponível em: <http://www.ibraflor.com/ns_mer_interno.php>. Acesso em: 05 jan. 2012. JUNQUEIRA, A. H.; PEETZ, M. da S. Panorama Socioeconômico da Floricultura no Brasil. Rev. Bras. Hort. Ornam., Soc. Bras. Floric. e Plantas Ornam., Campinas, v. 17, n. 2, p. 101-108, 2011. JUNQUEIRA, A. H.; PEETZ, M. da S. O setor produtivo de flores e plantas ornamentais do Brasil, no período de 2008 a 2013: atualizações, balanços e perspectivas. Rev. Bras. Hort. Ornam., Soc. Bras. Floric. e Plantas Ornam., Campinas, v. 20, n. 2, p. 115-120, 2014. LANDGRAF, P. R. C.; PAIVA, P. D. de O. Produção de flores cortadas no Estado de Minas Gerais. Ciênc. agrotec., Univ. 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