Mapa de risco PP

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Câmpus de Presidente Prudente
ÍTALO TSUCHIYA
PAULO SÉRGIO BIGONI
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa
de Riscos
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso
de Extensão em Higiene Ocupacional.
Orientadora: Profa. Dra. Monica M. dos Santos Decanini
Presidente Prudente - SP
Outubro de 2010
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
1
RESUMO
Atualmente os Sistemas de Informação Geográfica são aplicados em várias áreas do
conhecimento,
tais
como
planejamento;
administração;
meio
ambiente;
telecomunicações; marketing; entre outros. Nesse contexto, no presente trabalho de
conclusão de curso foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento para gerar mapas
de risco a partir do levantamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes –
CIPAs. Tal aplicação pode ser vista como um instrumento de gestão dos riscos
ambientais, permitindo ao gestor implementar e analisar informações sobre riscos
ambientais com base no banco de dados dos riscos.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
2
ABSTRACT
Presently, the Geographic Information Systems have been applied in many fields:
Planning; Management; Environment; Telecommunication; Marketing; etc. The aim of
this work is to implement a geographic information tools to create work risk maps. The
data utilized are proceeding from CIPA (Internal Commission of Work Accident). This
application is an important instrument to management of environment risk based into
geographical database risks.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
3
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................... 05
2. OBJETIVOS ................................................................................................... 06
3. REVISAO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 06
3.1. Sistema de Informação Geográfica ........................................................ 06
3.2. Normas regulamentadoras .................................................................... 08
3.2.1. Norma regulamentadora 5 ................................................................ 09
3.2.1.1. Mapa de Risco ............................................................................... 09
4. DESENVOLVIMENTO................................................................................... 11
5. RESULTADOS E CONCLUSÕES ................................................................ 15
6. RECOMENDAÇÕES ..................................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
4
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Historicamente, a preocupação com a Higiene Ocupacional iniciou-se
no século XVIII, obviamente, após a Revolução Industrial, período no qual as condições
do trabalho eram insalubres, perigosas e na maioria das vezes penosas. A partir dessa
preocupação, alguns pesquisadores iniciaram estudos sobre doenças ocupacionais, os
quais pode-se citar Bernardino Ramazzini (De morbis artificum diatriba) que descreveu
as relações e causas de algumas doenças ocupacionais.
No início do século XX, a Organização Internacional do Trabalho OIT criou leis internacionais na tentativa de diminuir a condição degradante do
trabalho, tentando resgatar a dignidade humana. Posteriormente à Segunda Guerra
Mundial, já criada a Organização das Nações Unidas – ONU foi assinada a Declaração
Universal dos Direitos Humanos dos Homens, cujas normas permitiram condições mais
humanas de trabalho.
No Brasil, a partir da década de 1970, com a aprovação da
Consolidação das Leis de Trabalho – CLT foi instituída as normas que regulamentariam
as condições e relações de trabalho entre empregados e empregadores. Dentro desse
conjunto de normas, pode-se citar a portaria do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE, número 3.214 de 08 de junho de 1978, A qual aprovou as Normas
Regulamentadoras – NR – do capítulo V, Título II.
A Norma Regulamentadora 5 (NR-5), resolve que as Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) constituídas são obrigadas a realizar o
mapa de riscos anualmente, que permitem um diagnóstico da situação (segurança) de
todos os ambientes de trabalho, bem como prevenir acidentes e a conscientização sobre
os riscos ocupacionais.
Inserido nesse contexto de Saúde Ocupacional, os mapas de riscos
podem ser auxiliados a partir de sistemas computacionais, nos quais se pode armazenar,
gerenciar, editar e visualizar informações espaço-temporais. Assim sendo, pretende-se
utilizar as geotecnologias no armazenamento e visualização dos riscos ambientais, mais
especificamente Na elaboração dos mapas de risco.
Tais sistemas são denominados como Sistemas de Informação
Geográfica (SIG), com os quais, gestores podem realizar diversos tipos de consultas
espaciais, não espaciais e temporais. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho é
desenvolver um Sistema de Informação Geográfica (SIG) que possa ser utilizado para a
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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elaboração de mapa de risco, a partir de dados georreferenciados e o levantamento de
riscos realizados pelas CIPAs.
2. OBJETIVOS
Por tratar-se de mapeamento de riscos ambientais, o presente trabalho
de conclusão de curso (TCC) tem como objetivo principal criar um sistema de
informação geográfica (SIG), cujo propósito é realizar a edição, manipulação,
armazenamento das informações geográficas (plantas baixas), bem como, inserir as
informações temporais (levantamentos anuais dos riscos pelas Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes – CIPAs) para a elaboração do mapa de riscos.
Pode-se dizer que o objetivo secundário é mostrar a capacidade do
sistema para gerar relatórios a partir de consultas no banco de dados geográficos,
permitindo que o gestor da segurança do trabalho possa analisar e tomar decisões como
o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); combate de incêndios;
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; entre outros.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Sistema de Informação Geográfica
Um Sistema de Informação Geográfica é definido como um sistema
de informações computadorizado com o intuito de armazenar, analisar e manipular os
dados geográficos (ARONOFF, 1989). As suas aplicações abrangem diversas áreas
como: estudos relativos ao meio ambiente e recursos naturais, pesquisas acerca de
previsões de fenômenos, planejamentos rurais e urbanos (BURROUGH, 1996) e,
inclusive, armazenar dados para levantamentos estatísticos.
Para transcrever os elementos do mundo real para o um ambiente
computacional, Gomes e Velho apud Câmara (1995), propõe o “paradigma dos quatro
universos”, como segue (Figura 01):
- no mundo real estão inclusas as entidades da realidade a serem
modeladas no sistema;
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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- o universo matemático ou conceitual, está incluso uma definição
matemática das entidades a serem representadas, basicamente existem os campos e
objetos (Worboys, 1995), onde os campos representam uma superfície contínua de um
determinado fenômeno, os objetos diferem dos campos por representar o mundo real a
partir de elementos distintos, permitindo representar informações discretas;
- universo de representação, no qual as diversas entidades formais são
mapeadas para representações geométricas e alfanuméricas no computador, basicamente
a representação pode ser feita através de estruturas computacionais chamadas de
matrizes e vetores, onde os vetores são representações da realidade e se distinguem
basicamente em três primitivas (pontos, linhas, áreas e polígonos), já a representação
matricial, como o próprio nome diz, representa uma matriz A, de dimensão m x n, onde
cada elemento aij (célula), representa uma posição no terreno, sendo atribuído um valor
que representa um atributo referente à posição e
- o universo de implementação, no qual as estruturas de dados e
algoritmos são escolhidas, baseadas em considerações como desempenho, capacidade
do equipamento e tamanho da massa de dados. É neste nível que acontece a codificação.
Figura 01: Paradigma dos quatro universos (Câmara, 1995)
Enfim, resumidamente, nesse contexto, segundo DAVIS et. al. (2002),
um SIG deve basicamente ser capaz de:
- representar de forma gráfica dados de natureza espacial;
- representar informações gráficas de origem vetorial;
- realizar operações topológicas, isto é, executar operações sobre dados
que estão organizados sobre estruturas topológicas (vizinhança,
proximidade, pertinência);
- controlar e limitar o acesso aos dados, bem como a entrada dos
mesmos na base;
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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- oferecer uma interface gráfica amigável ao usuário, permitindo uma
ampla interação;
- recuperar dados armazenados na base por meio da utilização de
algoritmos de indexação espacial e
- oferecer acesso a outros sistemas, possibilitando a importação e
exportação de dados.
Os Sistemas de Informação Geográfica são aplicados em várias áreas
do
conhecimento,
como
simuladores
de
desastres
ambientais,
inundações,
planejamentos estratégicos, Arqueologia, entre outros. Assim sendo, foi realizada uma
busca em diversas bibliografias a respeito da aplicação desses sistemas em Higiene e
Saúde Ocupacional, em tal busca, não foram localizadas bibliografias referentes a esse
estudo.
Para tanto, no capítulo posterior, serão estudadas as legislações
vigentes sobre Higiene Ocupacional, mais especificamente sobre a elaboração dos
Mapas de Risco Ambientais.
3.2. Normas regulamentadoras
O Brasil já foi um dos campeões mundiais de acidente de trabalho,
para melhorar as condições degradantes dos trabalhadores, na década de 1970, foi
criado, dentro da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, um capítulo referente à
Segurança e Medicina do Trabalho, alterando o capítulo V do Título II.
Em 1978, o Ministro de Estado do Trabalho, aprovou 28 Normas
Regulamentadoras – NR, do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e
Medicina do Trabalho, através da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978. A
aplicação das NRs é obrigatória nas empresas públicas e privadas, bem como na
administração direta e indireta de órgãos públicos, tanto nos órgãos dos poderes
Legislativo e Judiciário. Atualmente são 34 Normas Regulamentadoras disponibilizadas
no endereço www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp, para
consulta pública.
Como este projeto envolve a criação de mapas de riscos, no próximo
item, será abordado a Norma Regulamentadora 5 (NR-5), que tratará desta questão.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
8
3.2.1. Norma Regulamentadora 5
A NR-5 regulamenta as normas para as Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes (CIPAs). A comissão é representada por 06 membros (03
titulares e 03 suplentes) eleitos por voto secreto e direto, sendo esses, representantes dos
empregados. Outros 06 membros (03 titulares e 03 suplentes) indicados pelo
empregador, onde dentre os membros indicados, é o presidente da CIPA, e o vicepresidente é o membro mais votado pelos empregados.
O mandato da CIPA é de 01 ano, sendo obrigatória a manutenção e o
funcionamento regular pela empresa, um resumo do trabalho da comissão, está descrita
no capítulo 5.1 desta NR:
“... a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador.”
A CIPA tem como função principal proteger a saúde dos
trabalhadores, uma das atribuições da comissão é elaborar anualmente o mapa de risco,
que permite identificar os riscos do processo no trabalho
3.2.1.1. Mapa de Risco
Um mapa de risco é uma representação gráfica que mostra os riscos
aos quais os trabalhadores são expostos. Um dos objetivos do mapa de risco é reunir as
informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da saúde do trabalhador na
empresa, bem como difundir a cultura de prevenção entre os empregadores.
Para elaboração do mapa de risco, o Ministério do Trabalho e
Emprego criou uma metodologia para elaboração de mapas de risco, através da portaria
nº 25, de 29 de dezembro de 1994, complementando a NR-5 (Anexo 01). Para isso, a
CIPA tem que realizar a coleta de informações dos ambientes de trabalho, dentre os
quais podem ser citados: número de trabalhadores, sexo, idade, treinamento
profissionais e de segurança e saúde, instrumentos e materiais de trabalho; atividade
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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exercida e o ambiente em si, bem como analisar o levantamento de risco feito
anteriormente.
Nas entrevistas com os funcionários, os membros da CIPA devem
ficar atentos aos indicadores de saúde como: queixas mais frequentes e comuns entre os
trabalhadores expostos aos mesmos riscos; acidentes de trabalho ocorridos; doenças
profissionais diagnosticadas e causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.
Após a coleta dessas informações, foram analisados e quantificados os
riscos de acordo com a Tabela 01, na qual cada grupo corresponde a um determinado
risco (físico, químico, biológico, ergonômico ou acidentes).
Posteriormente, visando elaboração do mapa de riscos (layout),
utiliza-se a seguinte representação:
- quantificação dos riscos através dos círculos proporcionais (grande
médio ou pequeno);
- a especialização dos agentes causadores de acidentes é representada
através de cores (vermelho = risco químico; marrom = risco biológico; verde = risco
físico; amarelo = risco ergonômico e azul = risco mecânico), e
- a quantificação do risco é representada internamente aos círculos
proporcionais através de ângulos proporcionais.
Tabela 01: Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a
sua natureza e a padronização das cores correspondentes
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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4. DESENVOLVIMENTO
O presente trabalho, por se tratar de um protótipo, foi utilizado como
região geográfica a planta baixa de um prédio da Universidade Estadual Paulista –
UNESP, mais especificamente no Campus de Presidente Prudente, como mostra a
Figura 02.
Figura 02: Área geográfica
Para a implementação do sistema foi utilizado o programa ArcGis da
ESRI, o qual permitiu o armazenamento, manipulação, tratamento e visualização de
informações geográficas.
Primeiramente, foram analisadas as legislações trabalhistas sobre
segurança e saúde dos trabalhadores e as necessidades dos membros da CIPA,
realizando assim, a abstração ou simplificação entre dois domínios (Universo Real e o
Universo Conceitual).
Os dados utilizados são provenientes do levantamento realizado pela
CIPA (gestões 2008 e 2009), quais sejam:
a) Identificação do local;
b) Identificação dos trabalhadores e o processo de trabalho;
c) Identificação dos riscos no local e
e) Identificação dos agentes causadores de risco.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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Posteriormente, foi analisado qual o melhor método de representação
geográfica para elaboração de mapa de riscos. Foi identificada a necessidade da
utilização de geo-objetos (pontos e polígonos), os quais representariam o mundo como
uma superfície ocupada por objetos identificáveis, com geometria e características
próprias (Câmara, 1995).
A partir dessa abstração, foi elaborado o modelo conceitual, como
mostra a figura 03.
Figura 03: Modelo conceitual simplificado
As representações dos objetos foram divididas em pontos e polígonos.
Os pontos são especializados em três tipos: RiscoP (pequeno risco de acidente); RiscoM
(médio risco de acidente) e RiscoG (grande risco de acidente).
Os polígonos possuem uma especialização, uma classe chamada de
Ambiente, a qual está representada todos os ambientes de trabalho.
Todos os objetos, tanto pontos e polígonos, têm um atributo em
comum chamado de Idunesp, que permite a ligação com a tabela de dados do Microsoft
Excel (Anexo 02), que será descrita mais adiante.
Para cada categoria de risco (P, M e G) foi gerada um feature class1,
com um campo chamado Idunesp (tipo texto), ou seja, foram criadas três features
classes, as quais representaram a quantificação, respectivamente, os riscos grandes,
médios e pequenos, como mostra a Figura 04.
1
Uma feature class é uma representação gráfica de objetos geográficos, podendo ser do tipo pontos,
linhas ou polígonos (ArcGis).
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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Figura 04: Pontos alocados para representação dos riscos de acidentes (P, M ou G)
A disposição dos pontos dentro de cada ambiente foi necessária por
causa da representação quantitativa dos riscos de acidentes. Posteriormente, foi
necessário realizar a ligação dos elementos pontuais com a tabela de riscos ambientais
da CIPA, tais informações referem-se aos anos de 2008 e 2009 (Anexo 02).
Na planilha (Anexo 02), foi inserido um campo denominado Idunesp,
que é responsável pela junção da mesma com a feature class.
Após a ligação entre os geo-objetos (pontos) e a planilha dos riscos,
obtiveram-se como resultado, uma tabela com todos os riscos e suas características,
como mostra a Figura 05.
Figura 05: Atributos da tabela no ArcGIS (dados provenientes de uma tabela XLS)
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
13
Na Figura 05, pode-se notar que todos os atributos do Anexo 02 estão
presentes, assim sendo, torna necessário realizar uma filtragem para selecionar as
informações que representem os riscos de cada ambiente de trabalho.
Foram selecionados os seguintes campos do anexo 02 para a geração
do gráfico de pequeno risco: GeoID; QuímicoP; FísicoP; ErgonômicoP; BiológicoP;
MecânicoP e o ano do levantamento.
A partir linguagem padrão para consulta de banco de dados – SQL
(Structured Query Language) foi realizada a filtragem dos dados. A pergunta básica que
o sistema deveria responder é: - Quais são os ambientes de trabalho cujos riscos são
pequenos no ano de 2009?
Como resposta elaborou-se a seguinte declaração SQL:
-
“Plan1$.QuimicoP”
=1
OR
“Plan1$.FisicoP”
=1
OR
“Plan1$.BiologicoP” =1 OR “Plan1$.ErgonomicoP” =1 OR
“Plan1$.MecanicoP” =1 AND “Plan1$.Ano” =2009 (Ou seja,
foram selecionados os pequenos riscos com valor igual a um e
cujo ano do levantamento foi 2009),
Para responder outras questões tais como os riscos classificados como
médio e grande, foram utilizadas as seguintes expressões de busca no banco de dados:
- Para a representação dos riscos médios: “Plan1$.QuimicoM” =1 OR
“Plan1$.FisicoM” =1 OR “Plan1$.BiologicoM” =1 OR “Plan1$.ErgonomicoM” =1 OR
“Plan1$.MecanicoM” =1 AND “Plan1$.Ano” =2009. (Ou seja, foram selecionados os
riscos médios com valor “um” e cujo ano foi 2009 e
- Para a representação dos riscos grandes: “Plan1$.QuimicoG” =1 OR
“Plan1$.FisicoG” =1 OR “Plan1$.BiologicoG” =1 OR “Plan1$.ErgonomicoG” =1 OR
“Plan1$.MecanicoG” =1 OR “Plan1$.Ano” =2009. (Ou seja, foram selecionados os
riscos grandes com valor “um” e cujo ano foi 2009.
Assim sendo, cada ponto teve os respectivos riscos atribuídos para o
ano de 2009 (data do levantamento), como mostra o Anexo 03.
Com a realização da ligação da tabela e a filtragem, fez-se a atribuição
das cores para os riscos, seguindo a padronização do Anexo 01, ou seja, risco físico
(vermelho); biológico (marrom); físico (verde); ergonômico (amarelo) e mecânico
(azul). O gráfico a ser utilizado foi na forma de “pizza”, conforme a figura 06.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
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Figura 06: Mapa de risco parcial (sala 01)
Em resumo, as quantificações dos riscos foram representadas como
três pontos, sendo uma para cada tamanho (P, M ou G). A magnitude e a especialidade
do risco de acidentes (ex: químico, biológico, etc.) foram associadas ao tamanho e ao
ângulo do círculo (representação por Pizza), respectivamente, conforme exemplo
mostrado na Figura 07.
Figura 07: Representação da magnitude e especialidade do risco
5. RESULTADOS E CONCLUSÕES
O projeto alcançou o objetivo proposto, permitindo o armazenamento,
edição e a apresentação das informações coletadas pelos membros da CIPA. Sendo
assim, viabilizou a elaboração e impressão do mapa de risco (Anexo 03), o qual deve
ser fixado num local visível, conforme a instrução da norma regulamentadora.
Um ponto positivo do projeto é que foi utilizado programas SOHO
(small
ffice – home
ffice) no cadastro dos riscos, pois é de fácil acesso e utilização
pela maioria dos usuários. No caso, foi utilizada tabelas do Excel, cuja manipulação está
bem difundida.
Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
15
Conclui-se ainda, que o trabalho é muito importante para a gestão
administrativa, tendo em vista que possibilita realizar consultas espaciais e não
espaciais. Tais consultas permitem responder questões importantes como exemplo:
Quais os locais de maior risco de acidentes nos últimos anos? Quais as especificidades
desses riscos? Estes e outros questionamentos podem ser respondidos através de
consultas no banco de dados, permitindo assim, que o gestor tome decisões de acordo
com as necessidades e tome providências no quesito da segurança do trabalhador.
6. RECOMENDAÇÕES
Um problema que deverá ser estudado futuramente trata-se da
representação dos mapas de risco de edificações de múltiplos andares (exemplo:
edifício), já que os mapas de riscos utilizam plantas baixas para representação dos
riscos. Nesse mesmo contexto, existe o problema da análise em 3D (terceira dimensão),
pois no caso de incêndios, vazamentos de produtos químicos ou explosão, deve ser
avaliadas as relações de proximidade, vizinhança e abrangência (relações topológicas)
E por último, recomenda-se o desenvolvimento de sistema on-line,
pois poderia ser criado um sistema unificado de gestão de CIPAs dentro da Unesp, no
qual os usuários poderiam entrar com dados e o sistema gerariam mapas de riscos
automaticamente.
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16
BIBLIOGRAFIA
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Sistema de Informação Geográfica aplicada em Mapa de Riscos
18
ANEXO 01
1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:
a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no
trabalho na empresa;
b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem
como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
2. Etapas de elaboração:
a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:
- os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurança e saúde;
- os instrumentos e materiais de trabalho;
- as atividades exercidas;
- o ambiente.
b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela.
c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
- medidas de proteção coletiva;
- medidas de organização do trabalho;
- medidas de proteção individual;
- medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório.
d) Identificar os Indicadores de saúde:
- queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
- acidentes de trabalho ocorridos;
- doenças profissionais diagnosticadas;
- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho
e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo:
- o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela I;
- o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;
- a especialização do agente (por exemplo: químico-silica, hexano, ácido clorídrico, ou argonômicorepetividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo;
- a Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por
tamanhos diferentes de círculos.
- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho
3. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em
cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.
4. No caso das empresas da Indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser
realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e
superveniente, modificar a situação de riscos estabelecida.
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