Resumo

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Eco-Gestão do Design, uma Possibilidade Urgente
Eco-management of Design, an urgent possibility
Suriani, Lucio; Graduando em Design em Móveis; UTFPR
[email protected]
Alonso, Fernando Sotozono; Graduando em Design em Móveis; UTFPR
[email protected]
Niederheitmann, Daiane; Graduanda em Design em Móveis; UTFPR
[email protected]
Teixeira, Joselena de Almeida; Doutora; UFSC
[email protected]
Resumo
Este artigo pretende discorrer sobre a possibilidade e a necessidade da
gestão do design incorporar em seu escopo os conceitos de psicologia
ambiental e Eco-design. Tendo como finalidade uma reflexão acerca das
vantagens econômicas de uma política ecológica em prol da regeneração
psico-ambiental. Para tanto, o marketing ecológico se apresenta como
ferramenta que possibilita esta postura, tendo em vista a crescente
discussão sobre dos problemas ecológicos que enfrentamos atualmente.
Palavras chaves: gestão do design, eco-design, marketing ecológico,
psicologia ambiental.
Abstract
This article intends to discourse about possibility and the necessity of the
management of design to incorporate in its target the concepts of ambient
psychology, eco-design. Having as purpose a reflection concerning
the economic advantages of one ecological politics in favor of psychoenvironmental regeneration. For in such a way, the ecological marketing if
presents as tool that makes possible this position, in view of the increasing
quarrel on of the ecological problems that we face currently.
Key words: - design management, eco-design, environmental marketing,
environmental psychology.
7° Congresso de Pesquisa & Desenvolvimento em Design
Introdução
Até a década de 80 ecologistas ainda eram vistos como loucos profetas de
uma improvável escassez de recursos naturais, hoje já se tem consciência da
gravidade do tema. Não vamos aqui comentar as inúmeras mazelas ambientais
que a fome exacerbada de lucros apoiada no modelo capitalista submeteu o
planeta e seus habitantes para não incorrer em obviedades que são cada vez
mais, e merecidamente, discutidas por inúmeras entidades. Devemos mencionar,
entretanto, alguns recentes e notórios esforços de dimensões internacionais
no sentido de desacelerar o atual processo de poluição do meio ambiente e
de devastação de recursos naturais. A Agenda 21 (Conferência das Nações
Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento) instituída durante a ECO92 no Rio de Janeiro, o Protocolo de Kyoto (1997), o Tratado de Joanesburgo
(2002), e inúmeros congressos internacionais e discussões locais promovidos por
diversas entidades ao redor do mundo indicam que vivemos um momento chave
com relação ao modelo de desenvolvimento ainda vigente. Podemos considerar
ainda o interesse crescente da comunidade científica, sendo cada vez maior o
número de artigos, trabalhos de graduação e pós-graduação, em diversas áreas
do conhecimento com relação aos temas de sustentabilidade e meio-ambiente.
O pensamento ecológico e atitudes de sustentabilidade não são
somente necessidades urgentes para o futuro do planeta como também
podem ser convenientes ferramentas ou bases para uma estratégia de
design que gera economia de recursos, maior produtividade e maior valor
agregado aos produtos.
Empresas podem se destacar com diferencial competitivo de produtos,
se souberem tirar proveito da crescente demanda por produtos ecologicamente
corretos, que em um futuro próximo serão commodities. Neste contexto a
gestão do Design se apresenta como mecanismo de integração para uma postura
ecológica global dentro das empresas.
Algumas Definições
Gestão do design
Segundo o Centro Português de Design 1997, cabe à gestão do design gerir
os recursos humanos e materiais, desde a concepção de um projeto até o seu
lançamento no mercado, enfatizando-se as necessidades de colocar uma equipe
multidisciplinar, envolvendo áreas de marketing, produção, engenharia e
principalmente o envolvimento da alta administração.
Ecodesign
Para Manzini in Ramos (2001), Ecodesign é uma atividade de design que visa
ligar o que é tecnicamente possível, ao ecologicamente necessário, de modo a
criar novas propostas cultural e socialmente aceitáveis. O autor ainda comenta
que as possibilidades de atuação do design na redução de impactos ambientais
acontecem em três níveis:
· Redesign ecológico de produtos existentes, atuando no ciclo de vida do produto,
7° Congresso de Pesquisa & Desenvolvimento em Design
melhorando a sua eficiência em termos de consumo de material e energia e
simplificando a sua reciclagem ou destino final.
· Design de novos produtos ou serviços individuais substituindo os atuais,
buscando a criação de produtos mais favoráveis do ponto de vista ecológico.
· Sugestão de novos cenários ambientais correspondentes a novos estilos de
vida.
O Conselho Internacional das Sociedades de Desenho Industrial – ICSID
considera os seguintes princípios para um design ecológico:
· defesa de produtos e serviços seguros;
· uso sustentado e otimizado de recursos naturais;
· uso da energia com sabedoria;
· parâmetros de desempenho excepcionais;
· proteção da biosfera;
· projeto da fase pós-uso;
· redução do lixo e incremento da reciclagem.
Não podemos, entretanto, pensar que o processo de design em si já não
considera a variável ambiental, mas sim que o ecodesign prioriza está variável.
O ecodesign tem, portanto, o pensamento ecológico como base e vetor para as
medidas e ações.
Psicologia ambiental
Conforme o Laboratório
de Psicologia Ambiental
da UnB (2005):
“A Psicologia Ambiental trata do relacionamento recíproco
entre comportamento e ambiente físico, tanto construído quanto
natural. Mantém interface com áreas de estudo tais como a
sociologia e antropologia urbana, ergonomia, desenho industrial,
paisagismo, engenharia florestal, arquitetura, urbanismo e
geografia, entre outras. Na medida em que estas áreas estudam
diferentes aspectos da organização de espaço/ambiente
físico e sua relação recíproca com o ser humano, encontra-se
freqüentemente, na literatura estrangeira, o termo environmentbehavior relation para caracterizar este campo de estudo, para
o qual sugere-se, em Português, o termo relações indivíduoambiente”.
Nesta definição bastante ampla já se pode perceber a proximidade do
pensamento da psicologia ambiental com o do design. Grosso modo, a Psicologia
Ambiental tem ainda a mesma base e vetor do ecodesign, o pensamento ecológico.
Temos ainda que considerar que as definições de psicologia ambiental são muito
próximas à própria definição de ecologia e que se vale uma abordagem gestáltica,
onde organismo é visto como um todo integrado. Para Tomelin (2001), o espaço
físico é o primeiro conceito importante, pois dependendo do espaço em que
estamos, nos comportamos de uma determinada forma. A avaliação e percepção
do espaço vão influenciar a maneira de atuar das pessoas.
A autora ainda enfatiza que quase toda a pesquisa em psicologia
ambiental se orienta para um problema que visa ajudar a resolução de algo prático.
7° Congresso de Pesquisa & Desenvolvimento em Design
O pesquisador tenta contribuir tanto para a teoria quanto para a prática. Das
vertentes mais pesquisadas estão: Atitudes em relação ao ambiente, manutenção
das áreas públicas limpas, tratamento de resíduos sólidos e conservação de
recursos biológicos e do solo.
Sendo uma disciplina bastante jovem ainda é pouca a produção
do psicólogo ambiental, mas e de grande importância e absolutamente
pertinente para o momento.
Designers por sua vez, podem e devem se valer das pesquisas da
área de psicologia ambiental para a realização de seus projetos, enquanto que
psicólogos ambientais podem trabalhar juntamente com designers na realização
de intervenções ambientais.
Marketing ecológico
O marketing ecológico, também chamado de marketing verde, eco-marketing
ou marketing sustentável, é um fenômeno que se deve à conscientização
ambiental de parte da população, que busca não só sua satisfação imediata, mas
demonstra uma satisfação em contribuir com o processo de desaceleração da
crise ambiental.
Kotler in Teixeira (2000) define marketing ecológico como “(...)
um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos
ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”. Polonsky in
Teixeira (2000) apresenta a seguinte definição: “Marketing Verde ou Ambiental
consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer
trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores,
desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de
impacto negativo sobre o meio ambiente.”
Para Teixeira (2000) “O marketing ecológico consiste,
portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao marketing,
porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para: A
conscientização ambiental por parte do mercado consumidor”. Desta forma,
encontra-se no marketing ecológico um instrumento de sensibilização
ecológica, mas não se pode desprezar a demanda por produtos dotados de
Eco-Qualidade, e neste caso o marketing verde caracteriza a organização
como portadora de uma postura de ética ecológica, que fortalece os laços
emocionais da marca com o consumidor.
O Consumidor verde, segundo Chamorro (2001), manifesta uma
procura por produtos que são percebidos como menos danosos ao meio
ambiente. Em alguns casos esta percepção pode levar o consumidor a
pagar um preço maior, em detrimento a um produto entendido como
poluente. O autor estabelece ainda que o marketing ecológico atende a
três funções:
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Educação ambiental do consumidor
o Orientar a preocupação ambiental para o comportamento de
consumo.
•
Reorientar o Marketing Mix
o Incorporar objetivos ecológicos na conduta de marketing
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integrando os objetivos econômicos à visão ecológica.
•
Política de Produto
o Criar uma política organizacional voltada à busca contínua pela
melhoria ambiental.
Assim, o marketing ecológico não trata de campanhas com mensagens
ecológicas, trata de uma postura da ciência do marketing diante o consumidor e
o meio ambiente.
Novos desafios para o design
Dentro deste contesto de crise ambiental em que vivemos é cada vez mais
exortada a necessidade da implantação de um modelo de desenvolvimento
baseado na sustentabilidade. Ou seja, uma comunidade que é capaz de atender às
suas necessidades sem comprometer as oportunidades das gerações futuras.
Para Capra (2004) a educação ecológica é o primeiro passo em direção
à sustentabilidade. O segundo passo é a passagem da educação ecológica para o
projeto ecológico (Ecodesign). Percebe-se a responsabilidade que impera sobre
a atividade de design, ao entender-se que esta pode ainda atuar na educação
ecológica, pois conforme Santos (2000) o designer age na instância da atribuição
de significados aos artefatos, uma vez que seu trabalho está ligado às fases de
concepção, produção e distribuição. A autora ainda salienta que, ao projetar,
o designer pode atribuir significados aos artefatos que vão muito além da
funcionalidade. Estes significados designados podem ser direcionados à educação
ecológica ao promover um sentido de afetividade com elementos simbólicos da
natureza. Quando isto ocorre, o design de um produto ou até mesmo de um
ambiente fortalece a atuação do marketing ecológico.
Capra (2004) afirma que precisamos aplicar nossos conhecimentos
ecológicos à redefinição fundamental das nossas tecnologias e instituições
sociais, de modo a transpor o abismo que atualmente separa os projetos humanos
dos sistemas ecologicamente sustentáveis da natureza. Temos aí o cerne da
questão mais atual e urgente que deve ser abordada pelo designer. Trata-se de
distanciamento do homem com a natureza, não só do ambiente físico natural,
mas do organismo natural.
Para Tomelin (2001), o distanciamento do homem com a natureza faz
com que ele a valorize cada vez menos e se torne cada vez mais insensível.
Insensível não somente com a natureza, mas com os próprios homens. Se
observarmos Löbach (2001), entenderemos que a relação do homem com o
ambiente artificial é tão importante para a saúde psíquica como os contatos com
seus semelhantes. Notamos assim, que o design possui grande responsabilidade
psico-ambiental, pois ao conceber artefatos ou mesmo ambientes, os valores
estéticos e semânticos atribuídos irão interferir na qualidade de vida das pessoas.
Estes valores podem ser percebidos inclusive nos materiais empregados e no uso
de tecnologias sustentáveis.
Quando o diferencial se torna commodity
No panorama atual de ploriferação da consciência ecológica, empresas vêm se
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destacando por oferecerem produtos entendidos como não agressivos ao meio
ambiente. Outras ainda adotam um sistema de gestão com responsabilidade
sócio-ambiental. Estas empresas sensibilizam o consumidor e se diferenciam ao
adotar critérios ecológicos.
O momento atual favorece este tipo de iniciativa, visto o crescente
aumento do chamado “consumidor verde”. Podemos ainda mencionar a
existência de certificações ecológicas como a ISO 14000 que bonificam estas
organizações.
Notamos também que o prefixo “eco” vem sendo empregado largamente
para evidenciar este diferencial ecológico, vejamos alguns exemplos:
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Eco-qualidade.
Eco-eficiência
Eco-design.
Eco-marketing.
Eco-arquitetura – ecoedificio / ecobuilding.
Eco-vila.
Eco-turismo.
Eco-gestão.
Eco-desenvolvimento.
Eco-inovação – Eco-tecnologias – Eco-soluções.
Eco-materiais – Eco-técnicas.
Eco-produtos – Eco-consumo
Eco-ergonomia.
Eco-gênese
Eco-negócios – Eco-business.
Eco-Nomia – Eco-Nômico.
O prefixo “eco” do grego oikos, significa, casa, domicílio, hábitat, referese, portanto a uma noção de ecologia e às relações que o homem e a sociedade
estabelecem com o meio ambiente e os processos de transformação de seus
elementos.
Em muitos casos esse prefixo se justifica plenamente, em outros não
passa de um “eco-oportunismo”, sem qualquer responsabilidade sobre o seu
real sentido. Isso comprova que a imagem ecológica é bem recebida, a ponto
de entidades procurarem transmitir uma idéia de ecologia em seus produtos e
serviços sem realmente existir atitudes ecológicas. A aceitação de produtos e
serviços entendidos como não agressores ao meio ambiente apresenta-se como
uma oportunidade de mercado para as empresas reverem seus meios de produção
e comercialização e conquistar um novo público. Desta oportunidade surgem os
oportunistas, não estão interessados com questões ecológicas, mas apenas com
questões mercadológicas. Portanto deve-se saber distinguir o que é oportuno do
que é oportunismo puro.
Independentemente do prefixo “eco” ser empregado corretamente ou
não, o fato é que esse uso comprova que o modelo de desenvolvimento atual não
é “eco”, não é natural, é distante funcionamento da natureza, que é holístico e
integrado.
O prefixo “eco” busca evidenciar um diferencial que é considerado ideal
para todos os produtos. Cada vez mais, termos surgirão com o uso do prefixo
“eco” até que este seja incorporado da atitude global da sociedade.
Se hoje produtos se destacam por serem “ecos”, esta ploriferação
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tanto do prefixo quanto da consciência fará do diferencial um commodity.
Assim a incorporação de métodos ecológicos e a oferta de “eco-produtos” são
uma oportunidade que logo se tornará uma necessidade para a sobrevivência
da empresa no mercado na medida em que as “eco-qualidades” se tornarão
exigências de mercado.
Como uma empresa ecologicamente responsável pode ser lucrativa no
sistema atual
O termo eco-eficiência foi definido pelo Conselho Empresarial Mundial para
o Desenvolvimento Sustentável / World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD) como sendo a distribuição de produtos e serviços
a preço competitivo que satisfaçam as necessidades humanas e garantam a
qualidade de vida, e simultaneamente, reduzam progressivamente os impactos
ambientais e a demanda por recursos naturais ao longo do seu ciclo de vida, a
um nível, no mínimo, igual a capacidade de suporte da terra (WORLD..., 2003).
Neste sentido, uma instituição eco-eficiente busca a prosperidade econômica
com atitudes de bases sustentáveis. Eco-eficiência é a estratégia de gestão de
conciliação do desempenho ambiental e financeiro da organização através da
otimização sistêmica dos recursos de maneira ambientalmente responsável que
gera maior e melhor produtividade e lucratividade.
É importante lembrar que padrões de desempenho ambiental tornam
cada vez mais comuns e é crescente a demanda por produtos e serviços com valor
ecológico. Teixeira (2000), afirma que o marketing ecológico é um dos recursos
mercadológicos, que a princípio, permite que as organizações sejam lucrativas e
ao mesmo tempo ambientalmente responsáveis. Assim a eco-eficiência apoiada
no marketing ecológico é o princípio desta possibilidade de lucratividade com
responsabilidade ambiental, e ainda um o propulsor da mudança dos vetores de
desenvolvimento da sociedade.
Outro conveniente ponto a ser explorado para um saudável
desenvolvimento econômico das empresas e em total consonância com o
conceito de eco-eficiência é a recente abordagem da eco-ergonomia, uma
conseqüência natural do desenvolvimento da ergonomia que incorpora o meio
ambiente em uma visão bio-centrada (Fialho in Pilotto, 2003). Sabe-se muito
bem das vantagens que a ergonomia tem a oferecer as empresas no que se refere
a melhoria das conceições de trabalho, qualidade de vida dos funcionários,
saúde, bem estar, que resultam em melhoras na produtividade e na lucratividade
das empresas. Contudo, ainda não é muito não explorado o benefício físico e
psíquico produzidos pela exposição do ser humano em “espaços verdes”.
Pilotto (1997) trabalha com a hipótese de que ambientes de
trabalho onde existem áreas verdes são mais saudáveis e contribuem
para melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, tornando-os mais
satisfeitos e produtivos. Todos concordamos que ambientes permeados
de por plantas nos são mais agradáveis e constituem espaços com
características amigáveis e repousantes.
Para a Andrade (2005) Quanto mais o funcionário estiver exposto
às condições naturais, melhor se sentirá, e isso reflete em sua produtividade.
Com efeito, o ambiente de trabalho deve ser pensado de modo a oferecer aos
funcionários uma proximidade com elementos da natureza, que promovem
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condições psicológicas favoráveis para saúde, bem estar e para própria
produtividade.
Pilotto (1997) afirma que um dos efeitos benéficos mais importantes da
vegetação em ambientes de trabalho diz respeito à satisfação psicológica do ser
humano positivos sob a fadiga mental.
A autora considera ainda que os ambientes de trabalho devem sugerir
interação entre o homem e a natureza por meio de um planejamento estratégico
afim de que se possa fruir dos benefícios ecológicos e ergonômicos. Estes
benefícios se reverterão inevitavelmente e benefícios econômicos financeiros ao
passo que a empresa passa a ter uma imagem amigável criando laços afetivos da
instituição com os funcionários, clientes e consumidores.
A autora ainda relaciona uma série funções ergonômicas para o uso de
áreas verdes em ambientes institucionais segundo sua própria experiência com o
paisagismo eco-ergonômico:
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. Harmonizar, humanizar e integrar ambientes.
. Preservar a privacidade do trabalhador.
. Criar ambientes estimulantes.
. Criar ambientes calmantes.
. Reduzir ruídos.
. Proteger de ventos e poeiras.
. Filtrar e desintoxicar o ar.
. Gerar conforto.
. Umidificar ambientes internos.
Com isso percebemos que uma série de recomendações ergonômicas podem
ser atendidas com a utilização planejada de vegetação. Lamentavelmente ainda
não é de amplamente entendido e aproveitado os benefícios do uso de plantas
em ambientes institucionais, que geralmente constituem ambientes áridos e
inóspitos.
Conclusão
O cenário sócio ambiental atual exige mudanças urgentes para um modelo de
desenvolvimento sustentável. Não basta apenas diagnosticar os problemas e
mazelas psico-ambientais as conhecidos, os gestores tem a responsabilidade de
apresentar para as empresas medidas alternativas e lucrativas para os processo
de produção.
Neste sentido temos as pesquisas e trabalhos de psicologia ambiental que
podem melhorar a qualidade de vida e satisfação dos funcionários, que resulta no
aumento da produtividade com responsabilidade ambiental. O ecodesign atuando
na prevenção e redução de impactos ambientais se apresenta como importante
ferramenta para reduzir desperdícios aumentando o aproveitamento de materiais.
O marketing ecológico possibilita o sucesso da empresa no mercado e amplia e
sustenta as atitudes ecológicas da organização.
Assim, a integração dos conceitos de psicologia ambiental, o ecodesign
e marketing ecológico, se mostram como um ideal de desenvolvimento viável.
Esta integração gera ao designer ou gestor de design um modelo de
conduta que poderíamos denominar por Psico-Eco-Design, onde o bem estar e
satisfação dos funcionários e consumidores são baseados na reaproximação com
os a natureza.
7° Congresso de Pesquisa & Desenvolvimento em Design
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