UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Programa de Pós-graduação em Direito Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Disciplina: EGC9001-10 – 2008/1 Complexidade e Conhecimento na Sociedade em Redes Professor: Aires José Rover, PhD Monitora: Marisa Carvalho, Msc Aluno: Joni Fusinato Resumo do Livro: A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? – Pierre Lévy A IDEOGRAFIA DINÂMICA: Rumo a uma imaginação artificial? Autor: PIERRE LEVY Editora: LOYOLA, 1998. Título original: L'IDÉOGRAPHIE DYNAMIQUE: Vers une imagination artificielle? Editora: La Décourverte, 1991. O livro é composto por 14 capítulos, sendo que o tema foi dividido em três grandes áreas ou blocos interconectados a temática principal. No primeiro bloco que inicia da introdução até o capitulo 5, procura-se mostrar a ideografia1 dinâmica como uma forma de linguagem. No segundo bloco que parte do capítulo 6 e estende-se até o capítulo 9, o autor defende a ideografia dinâmica como uma tecnologia intelectual. No terceiro bloco que parte do capítulo 10 até o término do livro, o autor traz os elementos descritivos da ideografia dinâmica. Propõe-se apresentar nesse resumo as idéias contidas nos primeiros seis capítulos. Essa divisão parece ser apropriada uma vez que a apresentação ocorrerá em dois momentos distintos. Para o primeiro momento contextualiza-se a linguagem como meio de comunicação e representação do pensamento humano. Concomitantemente, mostra-se como a ideografia dinâmica pode ser uma possibilidade para expandir a forma como usamos a linguagem ou ser, ela mesma, uma nova linguagem e as possibilidades cognitivas que advém dessa possibilidade, assim como se inicia a apresentação da ideografia dinâmica como tecnologia intelectual. Para o segundo momento apresentar-se-á as implicações da ideografia dinâmica tal como proposta como tecnologia intelectual e seus elementos descritivos. Introdução: Por um pensamento-imagem Na introdução, Lévy aponta um aparente paradoxo que vem se acentuando com a difusão das tecnologias audiovisuais: mais tempo é destinado a mídias como televisão para entretenimento em detrimento da leitura, fazendo com que o material impresso fique relegado a função utilitária de transmissão e divulgação de conhecimento técnico - cientifico pelas novas gerações. A pergunta chave para o autor é: Como reconciliar com os prazeres da inteligência gerações orientadas para as imagens animadas e telas interativas? 1 do Gr. idéa + graph, r. de grapheín, descrever, representação direta das idéias por imagens, sinais ou símbolos. Fonte: www.dicionario-online.com A saída apontada é transformar a própria imagem animada em tecnologia intelectual. A ressalva é não confundir a imagem como ilustração de texto, mas de se inaugurar uma nova escrita: um instrumento de conhecimento e de pensamento que seja também imagem animada. Essa possibilidade se abre com a disponibilidade de tecnologias (como televisão, cinema e o computador) que permitem um suporte radicalmente diferente do que tínhamos a disposição até então. Enquanto tanto a ideografia quanto os alfabetos são providos de símbolos fixos, a televisão, cinema e computador trazem ao mesmo tempo movimento e imagem. Nas palavras de Lévy: “Fazer da imagem animada uma tecnologia intelectual plena é contribuir para inventar uma cultura informático-midiática critica e imaginativa, é esboçar outro caminho que não o da sociedade do espetáculo, voltada ao cintilar sem memória da televisão e à gestão racional pelos sistemas da informação”. Capítulo 1: O Outro da Língua Neste capitulo é trabalhado o conceito de realidade virtual. Embora ainda em desenvolvimento, o autor foca nas possibilidades que podem advir dessa “realidade”. Enquanto o usuário de uma obra impressa se dedica à leitura e o de um hipertexto se entrega a navegação, o de uma realidade virtual empenha-se numa exploração. Como a realidade virtual não esta submetida à física da realidade comum, os mundos virtuais poderiam se assemelhar às do sonho desperto. Uma possibilidade nova que se abre com essa tecnologia é o partilhamento do mundo virtual com outras pessoas. Mais que descrever algo para alguém, pode-se dar a experiência sensorial. Jaron Lanier defende a idéia que a realidade virtual poderia dispensar a linguagem. Lévy faz um contra ponto a essa afirmação, pois Lanier limita a comunicação ao ambiente sensorial. Para o autor a comunicação visa transformar uma situação por visar um plano particular de realidade, o das representações. O ato de comunicação modifica uma situação afetando as representações dos participantes, e a ação sobre o ambiente sensorial subordina-se a esse objetivo principal. Em segundo lugar para se ter a comunicação se faz necessário o domínio cultural dos instrumentos usados, sejam tecnológicos ou simbólicos. Nas palavras de Peirce: O único modo de comunicar diretamente uma idéia é por meio de um ícone. O autor finaliza o capítulo procurando relacionar a ideografia dinâmica com as linguagens. Destaca que o uso de línguas é uma particularidade da espécie humana e aciona zonas precisas do hemisfério esquerdo do cérebro. Faz uma comparação da ideografia proposta com as linguagens de computador, o cinema e as línguas naturais e conclui que a ideografia dinâmica é uma linguagem icônica que tende ao estado de uma língua acabada. “Sendo uma escrita pura, a ideografia dinâmica não se propõe redobrar visualmente as línguas existentes, pelo contrario, aponta para uma língua de imagem de tipo novo. Incorre no paradoxo de visar à condição de língua sendo inteiramente o outro da língua”. Capítulo 2: A Ideografia dinâmica e as Linguagens de Computador Neste capítulo o autor procura comparar o projeto da ideografia dinâmica com linguagens de computador, sendo que as linhas de pesquisa das escritas formais de auxílio ao raciocínio remontam à Idade Média e encontraram nos sistemas formais da lógica matemática uma independência da linguagem natural fonética. O autor defende a idéia que as escritas-máquinas sobre certos aspectos se aproximam do funcionamento do pensamento. Porém falta desenvolver o lado representativo e expressivo da linguagem. Finaliza com a indicação de que a ideografia dinâmica, devido seu caráter figurativo, poderia dar origem a novas interfaces homem/máquina e interagir com o sistema cognitivo dos seus usuários. Capitulo 3: A Ideografia dinâmica e o Cinema Neste capitulo Lévy apresenta as considerações que muitos teóricos, entre eles, Eisenstein, concebiam o cinema como língua ou escrita visual. Mas é bem provável que o cinema só não tenha se tornado um esperanto por falha de linguisticidade. As línguas apresentam morfemas e fonemas. Todos os elementos da imagem cinematográfica remetem a um significado e não existe um equivalente ao fonema. Sob essa ótica, a ideografia dinâmica tem quase a mesma relação com a língua que o cinema, uma vez que em princípio, todos os elementos do ideograma são significantes. Ao contrario do cinema, a ideografia dinâmica conhece termos primários equivalentes às palavras e permite a interatividade. A possibilidade de definir e redefinir indefinidamente um conceito sem mudar seu significante é um dos traços que fazem da língua, como da ideografia dinâmica, uma tecnologia intelectual de grande flexibilidade. Níveis de articulação do cinema, da ideografia dinâmica e das línguas Resumo. Cinema Ideografia Dinâmica Línguas Fonemas (sistema de diferenças, sem significado) Sim Morfemas (eixo paradigmático, categorias) Proposição ou discurso (sintagma, narrativa) Sim Sim Sim Sim Sim O cinema apenas filma, monta e restitui um fluxo óptico, enquanto a ideografia dinâmica é uma escrita com símbolos próprios são atores animados. Ao contrário da maioria dos hiperdocumentos e filmes interativos que hoje podemos consultar; a ideografia não se limita a oferecer um caminho ao explorar um percurso complexo numa rede organizada por outros, mas fornece meios de responder usando o mesmo meio, tal como fazemos a quem nos dirige a palavra. Lévy finaliza o capítulo afirmando que a ideografia proposta é a única escrita pura cujo movimento é ao mesmo tempo figurativo e dinâmico. Capítulo 4: Gramática e Iconicidade Neste capítulo a ênfase é dada na parte lingüística e questiona se é possível conceber uma gramática partindo de uma linguagem de imagens. As línguas têm necessidade de uma sintaxe porque trabalham a partir de elementos simbólicos. Ao preencher um déficit icônico, a gramática acrescenta a dimensão da imagem, permitindo às palavras representar as cenas. Para Ronald Langacker, assim como para outros críticos do objetivismo e logicismo, a significação de um enunciado lingüístico não se identifica as suas condições de verdade, mas ao processo cognitivo real necessário a sua compreensão ou formulação. Lévy reformula a proposição de Langacker dizendo que a gramática é fundamentalmente da ordem do signo, mais particularmente do signo icônico. O iconismo implica proporção ou isomorfia entre a forma da expressão e a do conteúdo (o conteúdo sendo aqui o modelo mental), o que é o caso para o modo gramatical de significação. A gramática serve para estruturar e simbolizar um conteúdo conceitual, um modelo mental, uma cena. Segundo Langacker, deveria ser possível traduzir toda a gramática num conjunto de procedimentos de encenação visual. Esse autor supõe a existência de campos fundamentais, cognitivamente irredutíveis. Contudo, a maior parte das expressões lingüísticas não se refere aos seus campos fundamentais, mas corresponde a níveis de organização mais elevados, valendo-se de muitos campos cognitivos. Na ideografia dinâmica, isso implica que um campo de conhecimento em sentido amplo se desdobrará em muitos campos cognitivos ligados entre si. Para limitar a explosão hipertextual, a engenharia do conhecimento se aplicara em determinar os espaços de representação centrais a um campo de conhecimento em função de objetivos e interesses dos usuários. Finalizando o capitulo Lévy ressalta que a convergência dos trabalhos de Thom e Langacker reforça a convicção de que se pode construir uma linguagem de imagens de orientação topológica, analógica e continuista. Capítulo 5: A Ideografia Dinâmica e a Língua A relação entre a língua e a escrita tem sido interrompida por um longo uso da escrita fonética. Lévy parte da hipótese que a ideografia jamais atingiu sua plena dimensão por lhe terem faltado o movimento, o dinamismo que desde as suas origens permaneceu privilégio da palavra. O suporte informático e a interatividade permitiriam a ideografia dinâmica ser a primeira escrita a ser ao mesmo tempo uma língua. O autor apresenta estudos conduzidos na neurolinguística sobre a possibilidade da ideografia dinâmica vir a afetar o módulo lingüístico do cérebro e mostra que tal possibilidade não é possivel. Também apresenta estudos realizados com surdos onde à linguagem usada é espaço-visual e supõe a partir daí que nosso sistema cognitivo gera pelo menos dois espaços: um espaço perceptivo, sensório-motor, comum a todos e outro, semiótico, formal ou lingüístico. Para Lévy, esse segundo espaço permanece adormecido na maior parte de nós, mas através da ideografia dinâmica poderia permitir aos seus usuários desenvolver a outra dimensão da língua, a dos signos visuais em movimento. Capítulo 6: Os Signos e o Pensamento Neste capitulo o autor procura focar a ideografia dinâmica como uma técnica de auxílio à imaginação, ao raciocínio e à comunicação. Em última análise como uma tecnologia intelectual. Apoiado em muitas correntes das ciências cognitivas contemporâneas, Lévy levanta a hipótese de que a construção e a simulação de modelos mentais constituem o principal processo cognitivo subjacente ao raciocínio, ao aprendizado, à compreensão e a comunicação. Raciocinar sobre uma situação equivaleria, primeiramente, a recordar ou construir certo número de modelos mentais referentes a ela; em segundo lugar, a "fazer funcionar" ou a simular esses modelos, a fim de observar o que se tomam em outras circunstâncias, verificando sua adequação aos dados da experiência; em terceiro lugar, a selecionar o "melhor" modelo. Compreender uma proposição, uma idéia, uma teoria significaria ainda fazer com que modelos mentais lhes correspondessem. O autor enfatiza que existe pensamento sem língua; mas esse pensamento nem por isso é desprovido de signos que são imagens mentais ou mesmo modelos mentais, mais abstratos e mais complexos que as imagens. Não é o emprego da língua, mas a variedade e intensidade do uso de signos que distinguem o pensamento do não pensamento, a língua não sendo mais que um sistema de signos entre outros. O capítulo é finalizado com uma importante analogia: “Foi a existência da escrita que permitiu à ciência e à atividade teórica em geral desenvolver-se. Foi explorando as possibilidades abertas pelo instrumento técnico que era a câmara que se inventou o cinema como arte. Explorando os recursos oferecidos pela informática, o objetivo da ideografia dinâmica é tão somente abrir novos domínios ao pensamento e à expressão”. Capítulo 7: Imaginação Neste capitulo o autor discorre como a escrita alfabética se tornou uma memória artificial em relação a memória natural, típica das sociedades orais. Desde o aparecimento da escrita a operação do lembrar foi concebida como pesquisa nos registros como a leitura de um texto interior. A tradução e a materialização de certo aspecto da memória nos textos geraram uma individualização da imagem da memória humana separada dos outros componentes do psiquismo. O que não devia ser mais que um auxílio à memória, voltou a se impor a ela como modelo, transformando em profundidade a relação do homem com sua linguagem e seu passado. O autor expõe conquistas recentes da psicologia cognitiva referentes a representações mentais e considera a imaginação como uma atividade de produção e simulação de modelos mentais. No tocante as imagens mentais estudos mostram que ela tem a mesma propriedade das imagens percebidas e muitos processos cognitivos que se utiliza de uma imagem mental são semelhantes aos que trabalham com uma imagem diretamente presente à visão ou outro sentido. A ideografia dinâmica nesse contexto não é concebida como simples projeção do imaginário, mas como uma tecnologia de auxilio à imaginação. Por um lado a ideografia traduzirá e semiotizará objetos indeterminados da imaginação; por outro, fabricará signos destinados a ser introjetados e retomados pela atividade imaginante de sujeitos e coletivos. Capítulo 8: Raciocínio Nesse capitulo a ênfase é dada no modo como os humanos lidam com o raciocínio tanto espontâneo como o formal. Lévy recorre aos pesquisadores cognitivistas para dar sustentação ao argumento que procura validar a ideografia dinâmica como uma alternativa a lógica usada até o momento. Sabe-se que o raciocínio espontâneo dos seres humanos pouco tem a ver com a aplicação de regras da lógica formal clássica. Atualmente a maioria dos psicólogos cognitivistas crê que os princípios formais gerais como a lógica dedutiva têm menor importância para o pensamento compreensivo que, de um lado, a pragmática da comunicação em situação e, de outro, as estruturas de conhecimento especificas – modelo mental – que alguém faz para si de uma situação em função de sua experiência passada. Um dos impedimentos de fazermos raciocínios complexos é nossa pequena capacidade de memória operacional, que nos impossibilita de explorarmos modelos mentais complexos e simultaneamente, vários modelos mentais. A lógica tenta enfrentar essas limitações porém também apresenta limitações uma vez que a manipulação de preposições segundo regras abstratas exerce pressão sobre as fontes de memória operacional, sendo inclusiva mais forte que a dos modelos e imagens. O modelo mental ou imagem acaba por reunir grande número de premissas que, sob essa forma, são mais facilmente retidas na memória operacional do que na forma proposicional lógica. Como ocorre com outras técnicas de modelagem de dados e simulação por computador, a ideografia dinâmica propõe uma alternativa à lógica de auxílio de raciocínio. O suporte informático permite o armazenamento externo de modelos mentais, sem fazer com que percam – a exemplo da escrita estática – suas características essenciais, uma vez que permite o jogo interativo com representações icônicas e dinâmicas. Desse modo, a ideografia dinâmica minimiza limitações de raciocínio espontâneo, sem obrigar o espírito a passar por regras abstratas e de difícil aplicação. Capítulo 9: Comunicação Só há comunicação verdadeira quando os interlocutores compreendem ou interpretam os enunciados que lhes são destinados. Dar sentido a um enunciado significa estabelecer uma correspondência entre representações proposicionais (o enunciado a interpretar) e modelos mentais (o sentido do enunciado). Partindo do argumento que o modelo mental tem papel chave na compreensão de enunciados lingüísticos, a língua pode ser definida como instrumento que desencadeia a construção ou ativação de modelos mentais. Lévy sugere que a comunicação mais próxima da perfeição seria a telepática. Abandonando a utopia da comunicação perfeita, na maior parte dos casos a comunicação pela linguagem fonética é rápida e eficaz. O problema dessa técnica de comunicação é saber se foram ativados os modelos mentais pretendidos. Utilizando outras técnicas de modelagem e simulação por computador, a ideografia dinâmica propõe um instrumento de construção e consulta de hiperfilmes que serviria para transmitir e manipular modelos suprimindo a etapa intermediaria da linguagem fonética. Permitiria exprimir um pensamento complexo o mais próximo possível de um esquematismo espaçotemporal, sem passar pela mediação da linguagem. O autor finaliza a proposta através do resgate da possibilidade teórica de uma linguagem imaginética pura, mas que isso não significa o uso separado dessa linguagem sem interação com a comunicação oral e escrita alfabética. Capítulos 10 a 14: Elementos descritivos da ideografia dinâmica Na terceira parte do livro Pierre traz indicações sobre a implantação informática da ideografia dinâmica, porém mantendo-se no nível conceitual sem apresentar um plano sobre a programação propriamente dita. Dois conceitos importantes que são apresentados os geradores de ideogramas (GI) e o diretor (D). O primeiro módulo da ideografia dinâmica é o gerador de ideogramas permite construir e modificar modelos de diversos domínios do conhecimento. Os modelos são apresentados como repertórios de ideogramas organizados em redes semânticas que descrevem as relações conceituais entre diferentes entidades representadas pelos ideogramas. A sustentação de cada ideograma se dá como um objeto informático autônomo, capaz de trocar mensagens com outros objetos. O segundo módulo de programas da ideografia dinâmica é o diretor, cuja função é permitir a exploração e simulação de um modelo em meio a grande quantidade de narrativas ou cenários visuais que o autor chama de actologia, as quais representam à interação causal dos ideogramas (assim como as taxiologias representavam suas relações conceituais). Em síntese: um campo de conhecimento pode ser representado por vários modelos ou muitos repertórios de ideogramas alternativos por meio do gerador de ideogramas. A partir de um modelo, o diretor permite construir uma quantidade indefinida de actologias, espécie de pequenos desenhos animados que representam a interação de ideogramas-atores. A ideografia dinâmica poderia servir como meio de comunicação, kit de simulação, tecnologia intelectual simbólica de auxílio ao raciocínio ou mesmo como interface informática para todos os usos, tornando-se o sucessor da interface mouse/ícones/janelas/hipertextos. Atualmente o conceito da Ideografia Dinâmica dentre outros, está sendo usado para o desenvolvimento de novas interfaces e sua potencialidade ainda está longe de ser alcançada. Como exemplo segue dois vídeos que usam algumas das idéias da Ideografia Dinâmica sugeridas pelo autor. Vídeo 1: trecho do filme Minority Report Vídeo 2: demonstração de uma interface em desenvolvimento Para quem quiser saber um pouco mais......Alguns links http://www.insite.pro.br/Pesquisa%20Isabella.htm http://www.patio.com.br/labirinto/A%20ideografia%20din%E2mica%20%20Pierre%20L%E9vy.html http://www.planetanews.com/produto/L/86135/ideografia-dinamicaimportado.html Informações sobre o autor2 Pierre Lévy (Tunísia, 1956) é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade. Fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. Trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. Para Lévy, a humanidade tenderá a se organizar cada vez menos em padrões formais e hierárquicos e a valorizar mais o aprendizado cooperativo e a 2 Foto do autor disponibilizada no site: http://www.pontodefuga.jor.br/wp-content/uploads/2007/08/ e texto adaptado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tun%C3%ADsia inteligência coletiva como nova forma de organização. Sob essa ótica, a Internet fornece o suporte para essa democratização do saber, através de sua diversidade e pluralismo. Obras em português • • • • • • • • • • • As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 263 p. As árvores de conhecimentos. São Paulo: Escuta, 1995. 188 p. (em coautoria com Michel Authier) O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. 160 p. A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial? Lisboa: Instituto Piaget, 1997. 226 p. A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? São Paulo: Loyola, 1998. 228 p. A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. São Paulo: ARTMED, 1998. 173 p. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2000. 212 p. Filosofia world: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Lisboa: Instituto Piaget, 2000. 212 p. A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. 189 p. Ciberdemocracia. Lisboa: Instituto Piaget, 2003. 249 p.