Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, Rua Cantagalo 305, 313, 325, 337 e 339 – Tatuapé – Fones: 2293-9166 Diretoria de Ensino Região LESTE – 5 Programa de Retomada de Conteúdo 2º bimestre 1º ano Gramática Parte I - Pesquisa Pesquise sobre: 1) Intertextualidade. Dê os conceitos e exemplifique. 2) Semântica. Dê os conceitos e exemplifique. 3) Numeral, pronomes, verbos (tempo e modo). Dê os conceitos e exemplifique. O trabalho deve obedecer às normas da ABNT. Parte II - Exercícios. 1 (Unb-BRASÍLIA) Assinale o item que só contenha preposições: a) durante, entre, sobre , por b) com, sob, depois c) para, atrás d) em, caso, após e) após, sobre, acima 2- Leia o texto de Clarice Lispector. A repartição dos pães (...) Em nome de nada era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses, aceitamos a mesa. (...) Comíamos. Como uma horda de seres vivos, cobríamos gradualmente a terra. Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre, e come. Comi com a honestidade de quem não engana o que come: comi aquela comida e não o seu nome. No trecho sublinhado, aparece uma figura de linguagem (construção). Classifique-a e explique no que consiste. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3- Leia o texto. A FALA HUMANA E O CANTO DOS PÁSSAROS O passarinho recém-nascido pode aprender o canto típico de seus pais. Mas, se entrar em contato com outra espécie, também aprenderá o jeito de cantar estranho. A princípio, o ser humano recém-nascido também pode gravar perfeitamente sons de qualquer língua. Mais tarde, os filhotes de aves ficam desconfiados quando ouvem sons diferentes e tendem a só prestar atenção no canto da sua espécie. O cérebro da criança também passa a só gravar sons mais comuns – justamente os sons da sua língua. Pássaros e crianças, na etapa seguinte, repetem os sons dos adultos. Isso marcará o cérebro de ambos para sempre, criando conexões de neurônios. A criança, ao se tornar adulta, jamais perderá o sotaque de sua língua de origem. Experiências em que os cientistas tentaram ensinar cantos estranhos para pássaros maduros mostraram que, quando eles conseguem aprender, o “sotaque” estrangeiro também é inevitável. Superinteressante, jan. 1996. Considerando as idéias e estruturas do texto acima, julgue os itens em CERTO (C) ou ERRADO (E). 1. ( ) O passarinho recém-nascido pode aprender o canto de outras espécies como o ser humano recém-nascido pode aprender os sons de qualquer língua. 2. ( ) O pássaro adulto quando consegue aprender o canto de outra espécie não possui o “sotaque” estrangeiro. 3. ( ) A criança ao se tornar adulta pode aprender outra língua, entretanto nunca perderá o sotaque de sua língua de origem. 4..( ) No processo de construção do texto é usada a linguagem denotativa 4- Leia a tira de humor. a-) O pronome seu (1º. quadrinho ) é adjetivo porque acompanha um substantivo e o pronome meu (2º.) é substantivo porque substitui o substantivo “trabalho”. b-) O pronome “meu” é adjetivo porque acompanha o substantivo trabalho e o pronome seu é substantivo porque substitui o substantivo trabalho. c-) Ambos são pronomes oblíquos, logo não podem ser substantivos ou adjetivos. d-) O pronome possessivo indica posse, por isso não pode ser denominado de pronome substantivo e pronome adjetivo. e-) Todas as anteriores estão certas. 5- Leia o texto. Meus/teus olhos Num dia desses, num consultório, lia uma revista para matar o tempo, quando vi uma propaganda de uma ótica. Achei interessante. O texto que é relevante é: “Se alguém elogiar o seu novo visual, você diz: são meus olhos”. Havia também a imagem de um rapaz de boa aparência, usando óculos, e também outro texto, que dizia que muitas óticas não se preocupam com a aparência do consumidor de óculos etc. O que me chamou a atenção foi, evidentemente, o jogo com a expressão corrente “são seus olhos”. Ela ocorre em condições mais ou menos do seguinte tipo: pessoas modestas, ou que se representam como tais por imposição social, costumam responder a elogios sobre sua aparência dizendo: “são seus olhos”. Essa expressão não significa “são seus olhos que estão bem, que são bonitos, que remoçaram etc.”, como se poderia pensar se não conhecêssemos ou não levássemos em conta suas condições de uso. Ela significa aproximadamente: “Imagine se estou bem, se estou bonito/a etc. Não estou tanto. Seus olhos é que me veem assim.” (...) O núcleo da propaganda em questão está em que ela inverte a frase feita, sugerindo que a pessoa diga “são meus olhos”. Essa expressão, por sua vez, não tem o sentido que teria se interpretada literalmente. O razoável é interpretar a expressão “nova” da seguinte maneira: “Não sou exatamente eu que estou bonito (...). O que há de novo tem a ver de fato com meus olhos, ou melhor, com meus novos óculos.” POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de linguista. Campinas: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil – ALB, 2001. p. 91-92. O trocadilho feito com os pronomes seus/meus, na propaganda comentada pelo linguista, produz um interessante efeito de sentido. O objetivo do anúncio, com o uso desse recurso, é levar o leitor a concluir que a aquisição do produto: a- ( ) descaracterizará a aparência do consumidor, gerando comentários de outras pessoas. b-( ) destacará o problema de visão do comprador, obrigando-o a explicitar às pessoas a necessidade de óculos. c- ( ) revelará o problema de visão das pessoas que fizerem elogios à aparência de quem adquiriu os óculos. d- ( ) levará o comprador a enxergar melhor a aparência daqueles que lhe fizerem elogios. e- ( ) poderá fazer com que as pessoas passem a elogiar a nova aparência do comprador 6 – Leia o poema de Manoel Barros No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia, que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos — O verbo tem que pegar delírio a-) Retire do texto um verbo que indique estado e outro que indique ação. b-) Construa uma oração cujo verbo indique fenômeno da natureza. 7- Leia as tiras. Compare as duas tiras. Analise os verbos de ambas e informe em qual delas foi usado o modo subjuntivo (incerteza do fato) e por quê? 8- Leia a tira do cãozinho Snoopy. a-) Retire da historinha um pronome pessoal, um pronome relativo e um pronome demonstrativo. b-) Em que tempo está o verbo do último quadrinho. Quando empregamos esse tempo? 9- O texto abaixo descreve um ambiente rural castigado por uma terrível seca. “(...) Novamente a cavalo no pedrês, Vicente marchava através da estrada vermelha e pedregosa, orlada pela galharia negra da caatinga morta. Os cascos do animal pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas intermitentes por cima das folhas secas do chão que estalavam como papel queimado. O céu transparente que doia, vibrava, tremendo feito gaze repuxada. Vicente sentia por toda parte uma impressão ressequida de calor e aspereza. Verde, na monotonia cinzenta da paisagem, só algum juazeiro ainda escapa à devastação da rama; mas em geral as pobres árvores apareciam lamentáveis, mostrando os cotos dos galhos como membros amputados e a casca toda raspada em grandes zonas brancas. (O Quinze – Raquel de Queiroz) Retire do texto cinco adjetivos. 10- Sabemos que as classes gramaticais têm a propriedade de passar para outra classe gramatical conforme seu uso em uma estrutura. Assim, adjetivos podem se tornar substantivos. Nas frases abaixo foram usados nomes de cor ora como adjetivos ora como substantivos. Identifique cada situação. a) O azul desse quadro é muito bonito. b) Seus olhos são negros e grandes. c) Os soldados ergueram uma bandeira branca. d) Na bandeira, o verde representa nossas florestas; o azul, o nosso céu.