Programa de Retomada de Conteúdo 2º bimestre 1º ano Gramática

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Programa de Retomada de Conteúdo
2º bimestre
1º ano
Gramática
Parte I - Pesquisa
Pesquise sobre:
1) Intertextualidade.
 Dê os conceitos e exemplifique.
2) Semântica.
 Dê os conceitos e exemplifique.
3) Numeral, pronomes, verbos (tempo e modo).
 Dê os conceitos e exemplifique.
O trabalho deve obedecer às normas da ABNT.
Parte II - Exercícios.
1 (Unb-BRASÍLIA) Assinale o item que só contenha preposições:
a) durante, entre, sobre , por
b) com, sob, depois
c) para, atrás
d) em, caso, após
e) após, sobre, acima
2- Leia o texto de Clarice Lispector.
A repartição dos pães
(...) Em nome de nada era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem
nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco anonimizados,
crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses,
aceitamos
a mesa.
(...) Comíamos. Como uma horda de seres vivos, cobríamos gradualmente a terra.
Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre,
e come. Comi com a honestidade de quem não engana o que come: comi aquela
comida e não o seu nome.
No trecho sublinhado, aparece uma figura de linguagem (construção). Classifique-a
e explique no que consiste.
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3- Leia o texto.
A FALA HUMANA E O CANTO DOS PÁSSAROS
O passarinho recém-nascido pode aprender o canto típico de seus pais.
Mas, se entrar em contato com outra espécie, também aprenderá o jeito de
cantar estranho. A princípio, o ser humano recém-nascido também pode gravar
perfeitamente sons de qualquer língua.
Mais tarde, os filhotes de aves ficam desconfiados quando ouvem sons
diferentes e tendem a só prestar atenção no canto da sua espécie. O cérebro da
criança também passa a só gravar sons mais comuns – justamente os sons da sua
língua.
Pássaros e crianças, na etapa seguinte, repetem os sons dos adultos.
Isso marcará o cérebro de ambos para sempre, criando conexões de neurônios. A
criança, ao se tornar adulta, jamais perderá o sotaque de sua língua de origem.
Experiências em que os cientistas tentaram ensinar cantos
estranhos para pássaros maduros mostraram que, quando eles conseguem
aprender, o “sotaque” estrangeiro também é inevitável.
Superinteressante, jan. 1996.
Considerando as idéias e estruturas do texto acima, julgue os itens em CERTO (C)
ou ERRADO (E).
1. ( ) O passarinho recém-nascido pode aprender o canto de outras espécies como
o ser humano recém-nascido pode aprender os sons de qualquer língua.
2. ( ) O pássaro adulto quando consegue aprender o canto de outra espécie não
possui o “sotaque” estrangeiro.
3. ( ) A criança ao se tornar adulta pode aprender outra língua, entretanto nunca
perderá o sotaque de sua língua de origem.
4..( ) No processo de construção do texto é usada a linguagem denotativa
4- Leia a tira de humor.
a-) O pronome seu (1º. quadrinho ) é adjetivo porque acompanha um substantivo e o
pronome meu (2º.) é substantivo porque substitui o substantivo “trabalho”.
b-) O pronome “meu” é adjetivo porque acompanha o substantivo trabalho e o
pronome seu é substantivo porque substitui o substantivo trabalho.
c-) Ambos são pronomes oblíquos, logo não podem ser substantivos ou adjetivos.
d-) O pronome possessivo indica posse, por isso não pode ser denominado de
pronome substantivo e pronome adjetivo.
e-) Todas as anteriores estão certas.
5- Leia o texto.
Meus/teus olhos
Num dia desses, num consultório, lia uma revista para matar o tempo, quando vi
uma propaganda de uma ótica. Achei interessante. O texto que é relevante é: “Se
alguém elogiar o seu novo visual, você diz: são meus olhos”. Havia também a
imagem de um rapaz de boa aparência, usando óculos, e também outro texto, que
dizia que muitas óticas não se preocupam com a aparência do consumidor de óculos
etc.
O que me chamou a atenção foi, evidentemente, o jogo com a expressão corrente
“são seus olhos”. Ela ocorre em condições mais ou menos do seguinte tipo: pessoas
modestas, ou que se representam como tais por imposição social, costumam
responder a elogios sobre sua aparência dizendo: “são seus olhos”. Essa expressão
não significa “são seus olhos que estão bem, que são bonitos, que remoçaram etc.”,
como se poderia pensar se não conhecêssemos ou não levássemos em conta suas
condições de uso. Ela significa aproximadamente: “Imagine se estou bem, se estou
bonito/a etc. Não estou tanto. Seus olhos é que me veem assim.” (...)
O núcleo da propaganda em questão está em que ela inverte a frase feita, sugerindo
que a pessoa diga “são meus olhos”. Essa expressão, por sua vez, não tem o
sentido que teria se interpretada literalmente. O razoável é interpretar a expressão
“nova” da seguinte maneira: “Não sou exatamente eu que estou bonito (...). O que
há de novo tem a ver de fato com meus olhos, ou melhor, com meus novos óculos.”
POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de linguista. Campinas:
Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil – ALB, 2001. p. 91-92.
O trocadilho feito com os pronomes seus/meus, na propaganda comentada pelo
linguista, produz um interessante efeito de sentido. O objetivo do anúncio, com o uso
desse recurso, é levar o leitor a concluir que a aquisição do produto:
a- ( ) descaracterizará a aparência do consumidor, gerando comentários de outras
pessoas.
b-( ) destacará o problema de visão do comprador, obrigando-o a explicitar às
pessoas a necessidade de óculos.
c- ( ) revelará o problema de visão das pessoas que fizerem elogios à aparência de
quem adquiriu os óculos.
d- ( ) levará o comprador a enxergar melhor a aparência daqueles que lhe fizerem
elogios.
e- ( ) poderá fazer com que as pessoas passem a elogiar a nova aparência do
comprador
6 – Leia o poema de Manoel Barros
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia, que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos —
O verbo tem que pegar delírio
a-) Retire do texto um verbo que indique estado e outro que indique ação.
b-) Construa uma oração cujo verbo indique fenômeno da natureza.
7- Leia as tiras.
Compare as duas tiras. Analise os verbos de ambas e informe em qual delas foi
usado o modo subjuntivo (incerteza do fato) e por quê?
8- Leia a tira do cãozinho Snoopy.
a-) Retire da historinha um pronome pessoal, um pronome relativo e um pronome
demonstrativo.
b-) Em que tempo está o verbo do último quadrinho. Quando empregamos esse
tempo?
9- O texto abaixo descreve um ambiente rural castigado por uma terrível seca.
“(...) Novamente a cavalo no pedrês, Vicente marchava através da estrada vermelha e
pedregosa, orlada pela galharia negra da caatinga morta. Os cascos do animal
pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas intermitentes
por cima das folhas secas do chão que estalavam como papel queimado.
O céu transparente que doia, vibrava, tremendo feito gaze repuxada. Vicente sentia por
toda parte uma impressão ressequida de calor e aspereza. Verde, na monotonia
cinzenta da paisagem, só algum juazeiro ainda escapa à devastação da rama; mas em
geral as pobres árvores apareciam lamentáveis, mostrando os cotos dos galhos como
membros amputados e a casca toda raspada em grandes zonas brancas.
(O Quinze – Raquel de Queiroz)
Retire do texto cinco adjetivos.
10- Sabemos que as classes gramaticais têm a propriedade de passar para outra
classe gramatical conforme seu uso em uma estrutura. Assim, adjetivos podem se
tornar substantivos. Nas frases abaixo foram usados nomes de cor ora como adjetivos
ora como substantivos. Identifique cada situação.
a) O azul desse quadro é muito bonito.
b) Seus olhos são negros e grandes.
c) Os soldados ergueram uma bandeira branca.
d) Na bandeira, o verde representa nossas florestas; o azul, o nosso céu.
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