Boletim informativo da Associação dos Voluntários Vida Viva Visite e Colabore! Associação dos Voluntários Alfenas & Região Nº 26 Dez. / 2015 Jan. e Fev. / 2016 Distribuição Gratuita Alfenas e Região 2002.2003.2004.2005.2006.2007.2008.2009.2010.2011.2012.2013.2014.2015 Em 2016, juntos, seguiremos acolhendo corações. Em 2016, juntos, seguiremos semeando esperança. Em 2016, continuaremos lutando pela vida. Juntos! Se tem uma verdade que todo mundo conhece e reconhece é que o futuro pertence a Deus. Quando, em 2002, nasceu a Associação Vida Viva, ninguém parou para pensar em como a entidade estaria em 2016. Havia gente com câncer precisando de ajuda. Havia gente com amor disposta a ajudar. Mãos à obra! De lá para cá, a Vida Viva fez e conquistou muita coisa. Mas a única coisa que realmente fica guardada é a alegria do bem realizado. É a energia da solidariedade fluindo. É o amor em ação! Quantas vidas foram salvas ou, pelo me- nos, foram acolhidas com carinho pelo tempo que puderam durar? Não sabemos e não importa. Quem recebeu ajuda era o filho de alguém, então, poderia ser o nosso. Era a mãe de alguém, então, poderia ser a nossa. Era um pai de família ou uma mãe amorosa, então, poderíamos ser eu ou você... Mas não éramos. Então, estávamos do lado de cá, isto é, do lado de quem estava ajudando, porque, em se tratando de câncer, só há dois lados: o de quem precisa de ajuda e o de quem pode ajudar. Lá, em 2002, ninguém imaginava que, 14 anos depois, o número de novos casos de câncer praticamente dobraria. Mas também não sabíamos que o número de voluntários, colaboradores, amigos da Vida Viva se multiplicaria muito mais. Os termos são estes mesmos: os desafios crescem; a esperança, o amor, a mobilização, enfim, aquilo que nos une, se multiplica. O bem se multiplica! O futuro realmente pertence a Deus, então, é a Ele que nos dirigimos para rogar que você e sua família tenham um 2016 abençoado de prosperidade, alegria, paz e, principalmente, muita saúde! Diretoria Voluntária Vida Vida Associação dos Voluntários Boletim da Associação www.vidavivaalfenas.org.br dos Voluntários Vida Viva Tele-Doações: (35) Nº 26 - Dez / 2015 - Jan / Fev / 2016 3299-6622 Alfenas & Região Assistência: (35) 3292-5088 Casa de Apoio deve estar pronta até abril A nova unidade vai hospedar pacientes e acompanhantes que precisem ficar em Alfenas Alguns cômodos da ala reformada já estão quase prontos para pintura Almoço de confraternização dos assistidos da Vida Viva Muita alegria e descontração marcaram, no início de dezembro, o tradicional almoço de confraternização dos pacientes com câncer assistidos pela Associação Vida Viva. O evento conta com o trabalho dedicado de dezenas de voluntários. Alguns começam a trabalhar para o sucesso do almoço muitas semanas antes da data, buscando doações de alimentos, que são organizados e preparados com antecedência, já que a festa reúne centenas de pacientes e familiares. Também participam voluntários que cumprem tarefas como servir os pacientes, manter a limpeza, transportar os assistidos mais debilitados e ajudar quem não consegue se alimentar sozinho. A festa tem até música ao vivo. O evento é realizado no Sindicato Rural de Alfenas, cujo salão é cedido sem qualquer custo. EXPEDIENTE: “Boletim Informativo Vida Viva” Jorn. Resp.: Alexandre Fagundes (MG06.906JP) Ass. dos Voluntários Vida Viva de Alfenas CNPJ: 05.084.507/0001-94 Entidade Reconhecida de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal Núcleo Reg. de Apoio: Rua João Paulino Damasceno, 1193, Santa Rita - Alfenas/MG Tel.: (35) 3292-5088 Diretoria Executiva Voluntária: - Presidente: Wilson da Silveira Oliveira - Vice-Presidente: Delma Esteves Rocha - 1º Secretária: Bernadete V. de Souza Rehder - 2ª Secretária: Ana Laura Oliveira Carvalho - 1º Tesoureiro: Juviano P. de Barros Cobra - 2º Tesoureiro: Maria Helena Santos Braga Muitos dos banheiros já estão com os revestimentos instalados Ao final de um ano repleto de enormes desafios financeiros para todas as famílias, a Associação Vida Viva pôde comemorar, em 2015, o crescimento da mobilização da comunidade regional que colabora para a sustentação de seus programas de assistência social e terapêutica em favor de mais de mil adultos e crianças com câncer. Este, aliás, foi um dos anos mais importantes da história da entidade, que, além de manter seus serviços, investiu na aceleração das obras de construção de sua 3ª unidade, a Casa de Apoio, na qual serão hospedados pacientes que virão de outras cidades para passar por tratamento oncológico em Alfenas, especialmente aqueles que estiverem se submetendo à radioterapia na Santa Casa alfenense, que deve ser iniciada em 2016. A Casa de Apoio terá 25 leitos distribuídos em 10 confortáveis suítes A ala mais nova, que começou do alicerce, ainda precisa de finalização e reboco que, além dos pacientes, também receberão seus acompanhantes. A equipe terapêutica da entidade, com psicóloga, fisioterapeutas, enfermeira, assistente social, nutricionista, farmacêutico e dentista, também atenderá os pacientes hospedados. Construção e reforma do prédio Quando se fala em construção da Casa de Apoio, na verdade, também é importante lembrar que boa parte da estrutura vem da reforma e adequação de um amplo imóvel que a entidade graças às doações da população adquiriu, na Rua João Paulino Damasceno, no bairro Santa Rita, em Alfenas. A parte do prédio que está sendo reformada está praticamente pronta. No caso da parte nova, que está sendo erguida desde o alicerce, as obras também se encontram adiantadas. Toda a estrutura tem previsão de término Palavra de Assistida “De tudo o que recebo, o melhor é a amizade” Depoimento de Bruna Aparecida Silva, de Campo do Meio “Três anos atrás, quando eu descobri que estava com um tumor na cabeça, tudo mudou muito rápido em minha vida. Eu tinha terminado a faculdade, estava trabalhando e tinha muitos planos e, de repente, me vi tendo de passar por duas cirurgias, radioterapia, enfim, coisas que a gente não pensa em viver. Foi muito complicado. Acho que o que eu mais sinto falta é poder trabalhar. Até tentei voltar, mas ainda não consegui. Tudo é muito difícil, mas a Vida Viva faz ficar menos difícil. Tem a parte do apoio, dos medicamentos, enfim, tem muita coisa que a entidade oferece para a gente, mas o que eu sinto que é a coisa mais importante para mim é a amizade, o acolhimento, o carinho, principalmente das meninas que trabalham na Casa do Café da associação. Eu criei um carinho e uma amizade verdadeira por elas. É algo inestimável. Eu também faço fisioterapia na entidade, mas costumo dizer que a maior 'terapia' é conversar com a equipe da Vida Viva. Elas não deixam a gente desanimar. Tem de ter fé e amizade.” Serviços de lavanderia já estão prontos para atender a Casa e gerar recursos para o mês de abril, aproximadamente. Lavanderia 100% pronta Em setembro passado foi concluída a construção da lavanderia industrial da Vida Viva, cujos equipamentos foram doados pela Central Geral do Dízimo (Pró-Vida). A lavanderia, além de atender a demanda da Casa de Apoio, que terá até 25 hóspedes diários, também poderá prestar serviços para terceiros, gerando renda para a Vida Viva. Vá com Deus, profa. Dacha A equipe da Associação Vida Viva vem manifestar suas mais sinceras condolências a seu presidente voluntário, Dr. Wilson da Silveira Oliveira, pelo falecimento, em novembro, de sua esposa, profa. Dacha. Quis o destino que a profa. Dacha enfrentasse o câncer, adversário contra o qual lutamos diariamente, há tantos anos, na Vida Viva. Depois de uma longa e corajosa batalha contra a doença, ela despediuse da vida com a simplicidade, a paz e a dignidade que cultivou ao longo de sua trajetória como educadora e cidadã alfenense atuante; como mulher e mãe amorosa. Rogamos, ainda, que Deus, em sua infinita bondade, cubra sua família com Seu abençoado alento consolador. A saudade é inevitável, mas pode ser serena quando a dor é aplacada pela misericórdia divina. Boletim da Associação Nº 26 - Dez / 2015 - Jan / Fev / 2016 Associação dos Voluntários www.vidavivaalfenas.org.br dos Voluntários Vida Viva Tele-Doações: (35) 3299-6622 Assistência: (35) 3292-5088 Alfenas & Região Informação & Prevenção Gente jovem pode ter câncer. E pode ser curada. Câncer é uma doença que, normalmente, afeta pessoas mais velhas. Em geral, o aumento de incidência ocorre entre quem já passou dos 50 nos de idade. . Vem aumentando, porém, o número de casos de câncer entre pessoas com menos de 40 anos de idade. . E, ao invés de leucemias, que eram mais comuns nessa faixa etária, se multiplicam casos de cânceres de mama, próstata e intestino entre homens e mulheres que se consideravam jovens demais para se preocuparem com a doença. . Afinal, quem deve se preocupar? Quando se trata de prevenção contra o câncer, o ideal é crer que ninguém está livre de desenvolver a doença. Mas, em geral, ela se torna uma preocupação mais real e próxima a partir dos 40 anos de idade, ainda que a grande maioria dos casos afete pessoas bem mais velhas. Da mesma forma como algumas pessoas têm “maior resistência” aos fatores causadores de câncer, também é verdade que outras, por diversas razões, são mais sujeitas ao desenvolvimento de tumores malignos, em especial os de mama, próstata e intestino, entre outros. O importante é que todo mundo deve, desde cedo, manter o foco nas armas que temos contra o câncer, isto é: alimentar-se de forma saudável, praticar exercícios, não fumar, beber menos, proteger-se contra vírus sexualmente transmissíveis, visitar médicos e dentistas regularmente, submeter-se aos exames de detecção precoce (como o Papanicolau, a mamografia etc.) nos períodos certos e com regularidade adequada... E tentar viver de forma emocionalmente equilibrada. Jovens com câncer de mama O câncer de mama é incomum entre mulheres com menos de 50 anos. A maior parte dos casos ocorre por volta dos 80 anos de idade. Mas estudos indicam que o número de casos em pacientes entre 25 e 40 anos vem crescendo no Brasil e no mundo. O câncer de mama em mulheres mais jovens costuma ser mais difícil de ser diagnosticado e curado. Grande parte dos casos só é descoberta em estágio mais avançado. As principais razões desse crescimento estão ligadas ao fator genético, isto é, são tumores que se descobre em mulheres que tiveram mãe ou irmã com a doença. Geralmente, nesses casos, os cuidados devem começar 10 anos antes da idade em que a parente mais jovem teve câncer, ou seja, se foi uma irmã diagnosticada aos 40 anos, as demais devem ficar atentas a partir dos 30 anos de idade. Outros fatores que podem explicar o crescimento dos casos de câncer de mama em jovens são o aumento do consumo de gordura animal, tabaco e bebidas alcoólicas, a obesidade, a falta de exercícios físicos, a precocidade sexual e a diminuição das gestações e da amamentação. Procurar orientação médica, desde cedo, é a melhor dica. Câncer de próstata antes dos 50 O câncer de próstata é uma doença ainda mais identificada com pessoas mais velhas. É verdade que a maioria dos casos ocorre após os 50 anos, mas, dos anos 1990 para cá, segundo estudos científicos, vem crescendo a quantidade de casos da doença em homens entre 40 e 49 anos. A maioria desses pacientes jovens é filho ou irmão de pessoas que tiveram câncer de próstata. O fator genético é muito significativo, embora seja ignorado por muitos pacientes que resistem em passar pelos exames de detecção precoce, mesmo sabendo de familiares que viverem o problema. Segundo alguns especialistas, fatores como o estresse, a depressão, a obesidade e o sedentarismo também são protagonistas no quadro de crescimento da incidência do câncer de próstata entre homens jovens. Os exames para detecção precoce de câncer de próstata devem começar aos 40 anos, exceto para quem teve familiar jovem com a doença; neste caso, a dica é procurar um especialista cerca de 10 anos antes da idade em que o parente foi diagnosticado. Câncer “precoce” de intestino O câncer de intestino (cólon e reto) é cada vez mais comum entre brasileiros com menos de 50 anos. Para os pesquisadores, as principais razões do crescimento de casos são a alimentação rica em gordura animal e pobre em fibras, a obesidade, o sedentarismo e - principalmente em mulheres - a chamada “prisão de ventre”, uma vez que quem tem intestino preso está mais sujeito ao desenvolvimento de lesões que evoluem para o câncer. Não defecar por mais de dois dias, ter sangue nas fezes ou sentir muitas dores abdominais são sintomas que devem ser investigados. Associação dos Voluntários Boletim da Associação www.vidavivaalfenas.org.br dos Voluntários Vida Viva Tele-Doações: (35) Nº 26 - Dez / 2015 - Jan / Fev / 2016 3299-6622 Alfenas & Região Assistência: (35) 3292-5088 Posto de Coleta de Leite Humano da Vida Viva é destaque na região Inaugurado em setembro, o novo serviço da entidade já beneficia mães que têm excesso de leite e, principalmente, bebês que precisam do alimento para sobreviver Uma das mais aguardadas e comemoradas realizações da Associação Vida Viva - graças à colaboração da comunidade regional -, o Posto de Coleta de Leite Humano da entidade está funcionando desde setembro passado. Instalado em uma área especialmente adaptada da sede da Vida Viva, que fica na Rua João Paulino Damasceno, 1193, no bairro Santa Rita, em Alfenas, o Posto funciona em parceria com o Banco de Leite Humano de Varginha e sua principal missão é prover leite materno para bebês que, por razões diversas, não podem contar com a amamentação de suas próprias mães. Os principais beneficiados pelo novo serviço são bebês que se encontram na UTI Neonatal da Santa Casa de Alfenas. São crianças de toda a região que, estando internadas por serem prematuras ou em função de problemas de saúde diversos, dependem do fornecimento de leite para se fortalecerem e terem mais chance de sobrevivência sadia. A enfermeira Kênia M. Campos, que coordena o serviço, fala do sucesso da iniciativa: “Já conseguimos diversas doações e imaginem que já conseguimos um volume de doações maior do que o de um posto mais antigo, que fica numa cidade bem maior do Sul de Minas. Isso mostra a força da Vida Viva, mas, acima disso, mostra o tamanho da generosidade das mães de nossa cidade e de nossa região, por isso, queremos agradecer imensamente às mães doadoras, do mesmo modo como agradecemos às pessoas que colaboraram para a montagem deste serviço”. O processo é bastante simples É muito importante que gestantes e mães potencialmente doadoras tenham conhecimento do processo de funcionamento do Posto de Coleta de Leite Humano. É bastante simples: Quando uma mãe deseja doar leite, é feito seu cadastro utilizando o cartão pré-natal. Todos os exames feitos durante a gestação são devidamente analisados. Estando tudo certo, a doadora recebe orientações e um kit para a coleta, que é composto por uma bombinha manual que auxilia na extração do leite, potes de vidro para armazenagem, touca, máscara e uma manual com detalhes sobre o processo. A doadora, então, coleta o excesso de leite e o guarda no congelador de casa. Semanalmente, a equipe da Vida Viva a visita, recolhe o leite armazenado e o envia para o Banco de Leite, em Varginha, onde o alimento passa por um rigoroso processo de análise e pasteurização antes de voltar para ser oferecido aos bebês. “Nossa grande meta, na verdade, é suprir toda a necessidade da UTI Neonatal; é jamais permitir que um bebê deixe de Bebês prematuros ou que estão em tratamento de doenças precisam do leite para se recuperarem melhor e mais rapidamente Manter-se no bem é o maior desafio receber leite materno, especialmente quando estiver internado”, afirma a coordenadora, Kênia. O presidente voluntário da entidade, Wilson da Silveira Oliveira, faz um destaque relevante: “Outro grande objetivo deste Posto de Coleta é atuar na prevenção do câncer de mama. Nem todo mundo sabe, mas uma mulher que amamenta ou doa leite tem reduzido o risco de desenvolver a doença”, explica Wilson, e conclui: “Incentivar a amamentação e a doação é uma forma de prevenir o câncer, ou seja, é uma bela forma de atuar no cumprimento da missão da Vida Viva”. Um velho professor caminhava com seus alunos por um bosque quando, ao cruzar uma pequena ponte, reparou que a correnteza do riacho abaixo arrastava um assustado escorpião vermelho. Sem um momento de exitação, o mestre correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Recuperando-se rapidamente do susto, o professor voltou ao riacho, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou na água, colheu o escorpião com o graveto e o salvou, depositando-o na segurança da terra firme. Voltou o professor e juntouse aos alunos na trilha. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados. “-Professor, você poderia ter morrido! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda; picou a mão que o estava salvando! Não merecia sua compaixão!” O professor ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: “- Ele agiu conforme sua natureza, pois a natureza do escorpião é picar e espalhar veneno. E eu agi de acordo com a minha natureza, que é tentar ajudar a quem precisa. Se eu não posso mudar a natureza de um escorpião, como poderia deixar que ele mudasse a minha?” Sob o silêncio dos jovens alunos, o mestre concluiu: “O bem que trago em mim não é condicional. Devo me proteger do mal, como fiz usando o galho, mas não posso permitir que o mal me mude, caso contrário, seu veneno terá matado minha alma; e essa é a única morte que eu realmente temo”.