O Deputado Uldurico Pinto inicia seu discurso Senhor Presidente

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O Deputado Uldurico Pinto inicia
seu discurso
Senhor Presidente, nobres pares,
telespectadores que nos assistem pela TV
Câmara e internautas.
Volto a essa tribuna para
novamente discorrer sobre o mal da
Dengue na Bahia, o meu estado.
O dengue é uma doença
infecciosa causada por um arbovírus e
ocorre principalmente em áreas tropicais e
subtropicais do mundo, inclusive no Brasil.
As
epidemias
geralmente
ocorrem
no
verão,
durante
ou
imediatamente após períodos chuvosos.
O dengue clássico se inicia de
maneira súbita e podem ocorrer febre alta,
dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores
nas costas e às vezes aparecem manchas
vermelhas no corpo.
A febre dura cerca de cinco dias
com melhora progressiva dos sintomas
em 10 dias. Em alguns poucos pacientes
podem ocorrer hemorragias discretas na
boca, na urina ou no nariz. Raramente há
complicações.
Mas o dengue hemorrágico é uma
forma grave de dengue, onde no início os
sintomas são iguais ao dengue clássico,
mas após o 5º dia da doença alguns
pacientes
começam
a
apresentar
sangramento e choque.
Os sangramentos ocorrem em
vários órgãos e este tipo de dengue pode
levar a pessoa à morte, necessitando
sempre de avaliação médica de modo que
uma unidade de saúde deve sempre ser
procurada pelo paciente.
ALERTO A TODOS que não
existe tratamento específico para dengue,
apenas tratamentos que aliviam os
sintomas,
sendo
extremamente
necessário ingerir muito líquido como
água, sucos, chás, soros caseiros, etc.
Os sintomas podem ser tratados
com dipirona ou paracetamol, sendo
proibitivo o uso de medicamentos à base
de
ácido
acetil
salicílico
e
antiinflamatórios, como aspirina e AAS,
pois podem aumentar o risco de
hemorragias.
Os casos de dengue no meu
estado cresceram 347%, nos primeiros
três meses, foram diagnosticados até a
última semana de março 40.203 casos da
dengue clássica , contra os 8.992 casos
na mesma época no ano de 2008.
Falo dessa maneira didática para
orientar a todos, que nesse momento nos
assistem, pois sou médico e me preocupo
com a saúde de nossos conterrâneos.
Na Bahia a situação a meu ver já
passou de surto para epidemia, gerada
infelizmente pelos nossos maus hábitos
de juntar entulho em terrenos baldios,
onde esses locais tornam-se como posso
dizer de “Dysneilandia do aedys aegipt.”
Não culpo a secretaria de saúde
do meu estado, pois eles estão no
combate ao vírus desde o início, mas não
tem como vencermos a doença, se em
nossas casas e circunvizinhanças nosso
povo, continua com o mau hábito de jogar
entulho e lixo no fundo dos quintais ou
terrenos dessas casas.
Fico consternado, em constatar
que os nossos hábitos cotidianos
tornaram-se o combustível que alimenta
essa ameaça.
Peço a todos os baianos que
tomem consciência de que devemos
mudar para melhorar, digo isso com o
intuito de alertar que essa guerra somente
será vencida se mudarmos o nosso hábito
e fizermos o que é de praxe.
Ensacar lixo, não deixar latas,
embalagens, pneus e tudo que possa ser
meio de criadouro do mosquito.
Digo francamente aos baianos
que estamos perdendo essa guerra contra
o mosquito por não tomarmos as
providencias que um cidadão deve tomar
para erradicar um mal que assola sua
cidade.
Não admito que seja inoculada na
mente de nossos conterrâneos o fatalismo
de que essa doença é difícil de controlar,
digo com veemência que podemos e
iremos controla-la.
A cidadania não se alcança
apenas atravessando a rua na faixa de
pedestre, ou respeitar a vez do outro, não
dirigir embriagado ou ter direito de acesso
ao conhecimento.
A cidadania plena, é sim
conquistada tendo comportamento e
atitude voltada a coletividade, contribuir
com a sociedade fazendo a sua parte,
fazer o melhor não apenas para si, mas
para os nossos iguais, tendo em mente a
premissa de que é bom ganharmos
presentes mas também é muito bom
presentear.
Uso
essa
figuração
para
entenderem, que devemos ter mais
desprendimento com o próximo, no
sentido de nós sermos mais preventos,
porque a prevenção é o melhor remédio
para qualquer doença.
Devemos ter consciência de que
se não tomarmos medidas profiláticas de
combate ao focos do mosquito, nunca
venceremos.
E devemos no ater de que todas
essas notícias de aumento dos casos de
dengue em nosso estado, tem o efeito
destruidor de afetar o turismo em nosso
estado, impedindo o desfrutar das
belezas, praias, comidas e conhecer a
hospitalidade do baiano.
Não quero de forma alguma ser
alarmista, mas o caso que passamos
merece uma observação mais acurada e
mais aproximada da verdade.
E
para
encerrar
meu
pronunciamento,
faço
aqui
uma
convocação
a
todos
os
líderes
comunitários,
prefeitos,
secretários
municipais de saúde, escolas e ongs da
nossa Bahia.
Para elaboramos uma estratégia
de mobilização e mutirão, no sentido e
objetivo de se diminuir os focos de
criadouros do mosquito, começando em
nossas próprias casas e se expandindo a
toda as comunidades da Bahia.
A união em um objetivo comum
que fará a diferença no combate à
dengue, lembremos sempre do ditado:
“uma mão lava a outra e as duas lavam o
rosto” .
Muito obrigado a todos que me
ouviram.
Muito
Presidente.
obrigado
Senhor
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