06/11/2012 1 fungos de solo e de madeira causadores de

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06/11/2012
FUNGOS DE SOLO E DE
MADEIRA CAUSADORES DE
MORTE DE PLANTAS EM VIDEIRA
Responsável: Dr. César Júnior Bueno
Laboratório de Fitopatologia
Instituto Biológico – CEIB / APTA
Introdução
Introdução
Videira
Uva de Mesa - Balanço Mundial (2010/Agost-2011)
7000000
6000000
5000000
4000000
3000000
2000000
1000000
0
7000000
Consumo (Ton métricas)
Produção (Ton. métricas)
Uva de Mesa - Balanço Mundial (2010/Agost-2011)
China
Turquia
EU
6000000
5000000
4000000
3000000
2000000
1000000
Brasil
0
Principais Países
China
EU
Turquia
Brasil
Principais Países
Fonte: http://brasariogrande.blogspot.com.br/2009/06/jesus-videira-nosseus-ramos.html
Fonte: Agrianual (2012)
Introdução
Uva - Exportações Brasileiras em 2010 (Uvas
frescas e secas)
600000
Chile
EUA
África Turquia
do Sul
Principais Países
Fonte: Agrianual (2012)
500000
400000
300000
200000
100000
0
EU
USA
Rússia
Canadá
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Uva - Importações Brasileiras em Julho 2011(Uvas
frescas e secas)
25000
Importação
(Toneladas)
Uva de M esa - Balanço Mundial (2010/Agost-2011)
Exportação
(Toneladas)
900000
800000
700000
600000
500000
400000
300000
200000
100000
0
Importação (Ton métricas)
Exportação (ton métricas)
Uva de Mesa - Balanço Mundial (2010/Agost-2011)
Introdução
Países
Baixos
Reino
Unido
EUA
Bélgica
20000
15000
10000
5000
0
Argentina
Chile
Irã
Turquia
Principais Países
Principais Países
Principais Países
Fonte: Agrianual (2012)
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Introdução
Introdução
Uva - Produção Brasileira (Agost -2011)
Produção (toneladas)
México
Córeia
do Sul
Porto
Rico
África do
Sul
USA
Principais Países
Argentina
Japão
120
100
80
60
40
20
0
Chile
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Suco de Uva - Importações Brasileiras em Julho
2011 (Uvas frescas e secas)
Imprtações
(Toneladas)
Exportação
(Toneladas)
Suco de Uva - Exportações Brasileiras em Julho
2011 (Uvas frescas e secas)
1600000
1400000
1200000
1000000
800000
600000
400000
200000
0
Principais Países
Brasil
Nordeste Sudeste
Sul
Brasil e Regiões
Fonte: Agrianual (2012)
Fonte: Agrianual (2012)
O porquê do diagnóstico das
doenças causadas pelos
fitopatógenos de solo e de
madeira em videira!
Assuntos a serem abordados
• Quais são os fitopatógenos de solo (raiz e
tronco) e de madeira (ramos e tronco)
importantes em videira;
• Sintomatologia das doenças causadas por
esses fitopatógenos;
• Etiologia
e
identificação
destes
fitopatógenos;
• Manejo das doenças.
• Morte precoce de plantas de videira (declínio)
– Expectativa – 30 anos de cultivo!;
• Dificuldade de implantar novos vinhedos em
áreas novas ou de replantio;
• Perdas significativas ocasionadas pelas mortes
de videiras ou de produtividade.
O porquê das doenças!
PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
Fonte:
Dr. Lucas Garrido – Embrapa Uva e Vinho
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PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
Neofusicoccum sp.
Fonte:
Fonte:
Dr. Lucas Garrido – Embrapa Uva e Vinho
Dr. R. Gava – Embrapa Uva e Vinho
PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
A podridão-descendente ou morte-descendente vem causando
sérios prejuízos em várias espécies de fruteiras de clima
temperado e tropical, culminando com a morte da planta,
principalmente em videira;
Problema já detectado no Brasil – Sul, Sudeste e Nordeste;
Pelo lento desenvolvimento passa despercebida por parte dos
técnicos e produtores até a sua manifestação mais expressiva;
O fungo sobrevive durante o período de dormência da videira
nos tecidos infectados;
Plantas estressadas são mais suscetíveis: granizo, geada,
nutrição desbalanceada, ferimentos da poda, insetos-pragas,
enxertia com problemas (aberturas).
PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
Lasiodiplodia sp.
PODRIDÃO DESCENDENTE: Botryosphaeria sp.,
Neofusicoccum sp., Lasiodiplodia sp. e/ou Eutypa lata
MANEJO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Podar e remover partes doentes da planta;
Mapear no vinhedo as plantas sintomáticas;
Eliminação dos restos culturais;
Eliminação dos esporões secos que não brotaram;
Adubação equilibrada;
Evitar o estresse hídrico;
Desinfestação constante das ferramentas utilizadas
na poda;
8. Utilizar material sadio para enxertia;
9. Tratamento dos ferimentos com pasta antifúngica,
calda de fungicida ou Trichoderma sp.;
10.Evitar aberturas próximas a enxertia.
FUSARIOSE - Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis
“Murcha vascular”
MANEJO
Fonte:
Fonte: Sônego et al. (2005) e L. Garrido
L. Garrido – Embrapa Uva e Vinho
Embrapa Uva e Vinho
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FUSARIOSE - Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis
Murcha vascular
FUSARIOSE - Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis
Murcha vascular
Manejo
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Uso de material sadio;
Evitar ferimentos nas raízes;
Manter isoladas as áreas contaminadas;
Desinfestar as ferramentas;
Controle de erosão;
Correção adequada da acidez do solo;
Evitar solos úmidos ou mal drenados;
Plantio de cultivares mais resistentes.
Fonte: R. Gava e L. Garrido
Embrapa Uva e Vinho
PÉ-PRETO DA VIDEIRA: Cylindrocarpon destructans:
Fonte: Sônego et al. (2005) e L. Garrido
Fonte: Sônego et al. (2005) e L. Garrido
Embrapa Uva e Vinho
Embrapa Uva e Vinho
PÉ-PRETO DA VIDEIRA: Cylindrocarpon destructans:
O pé-preto da videira vem ocorrendo em vários países
vitivinícolas, entre eles, o Brasil. Pode ser transmitido por
material vegetativo contaminado;
Problema grave somente no estado do Rio G. do Sul – Brasil;
Além de afetar a produção, ocasiona o declínio e morte de
videiras jovens (uvas americanas: Niágara, Bordô e Concord);
Tem sido constada com mais frequência em solos pesados, com
problemas de drenagem e algumas vezes associadas a pérola-daterra;
A cultivar Bordô e o porta-enxerto 43-43 são bastante suscetíveis.
Fonte: Sônego et al. (2005) e R. Gava
Embrapa Uva e Vinho
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Doença de Petri / Black Goo ou Chocolate: Phaeomoniella
chlamydospora e/ou vários Phaeoacremonium e, também, doença
PÉ-PRETO DA VIDEIRA: Cylindrocarpon destructans:
Manejo
Utilizar material vegetativo sadio;
Drenagem do solo;
Bom preparo do solo;
Evitar ferimentos no tronco e raízes;
Podar as plantas doentes separadamente;
Desinfestar as ferramentas;
Eliminar o material podado proveniente de plantas
com sintomas;
8. Evitar a deficiência ou excesso de nutrientes;
9. Tratamento da base da estaca com fungicida ou
Trichoderma sp.
complexa (fungos anteriores mais Phialemonium sp., Phialophora sp.
e etc.)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Fontes:
http://californiaagriculture.ucanr.org/landingpage.cfm?article=ca.v052n04p1
9&fulltext=yes;
http://ucanr.org/sites/plp/files/147000.jpg
Doença de Petri / Black Goo ou Chocolate: Phaeomoniella
chlamydospora e/ou vários Phaeoacremonium e, também, doença
Doença de Petri / Black Goo ou Chocolate: Phaeomoniella chlamydospora e/ou
vários Phaeoacremonium e, também, doença complexa (fungos anteriores mais
Phialemonium sp., Phialophora sp. e etc.)
complexa (fungos anteriores mais Phialemonium sp., Phialophora sp.
e etc.)
JUNDIAÍ-SP: Niágara-Rosada
em Ripária do Traviú - 3 anos
LOUVEIRA-SP: Niágara-Rosada em IAC 572
3 anos
Fontes:
http://californiaagriculture.ucanr.org/landingpage.cf
m?article=ca.v052n04p19&fulltext=yes;
http://ucanr.org/sites/plp/files/147000.jpg
R. Gava – Embrapa Uva e Vinho
Doença de Petri / Black Goo ou Chocolate: Phaeomoniella chlamydospora
e/ou vários Phaeoacremonium e, também, doença complexa (fungos
anteriores mais Phialemonium sp., Phialophora sp. e etc.)
Doença de Petri tem ocorrido com bastante frequência em diversos
países vitivinícolas. Já foi constatado em mudas de videira importadas,
como também em mudas de videira produzidas no Brasil;
VINHEDO-SP: Niágara-Rosada em IAC 766
3 anos
Doença de Petri / Black Goo ou Chocolate: Phaeomoniella chlamydospora
e/ou vários Phaeoacremonium e, também, doença complexa (fungos
anteriores mais Phialemonium sp., Phialophora sp. e etc.)
Manejo
No Sudeste já se detectou em Niágara com Doença de Petri, o fungo P.
dimorphosporum;
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Alguns sintomas típicos são: atraso no desenvolvimento das mudas;
menor vigor; entre-nós curtos; folhas com cloroses e necroses;
secamento do porta-enxerto; morte de plantas um ano após o plantio;
morte de plantas após alguma brotação e diâmetro menor do tronco;
9.
10.
11.
12.
Material vegetativo de baixa qualidade, com poucas reservas de amido
e submetidos a estresse hídrico são mais suscetíveis a doença (Mugnai
et al., 1999).
13.
14.
Ocorre no Brasil como um todo [Sul, Sudeste (Niágara Rosada com os
cavalos R. Traviú, IAC 766 e IAC 572) e Nordeste];
Utilizar material vegetativo sadio;
Drenagem do solo;
Bom preparo do solo;
Evitar ferimentos no tronco e raízes;
Tratamento e cicatrização de ferimentos na base das mudas;
Podar as plantas doentes separadamente;
Desinfestar as ferramentas;
Eliminar o material podado proveniente de plantas com
sintomas;
Evitar a deficiência ou excesso de nutrientes;
Aplicação de fungicidas próximo a região da enxertia;
Enxertia, preferencialmente, alta;
Seleção das plantas matrizes sadias e adoção de medidas de
sanitização;
Aplicação de fosfito de potássio (Laukart et al., 2001);
Tratamento com água quente não tem mostrado eficiência.
5
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MANEJO GERAL PARA CONTROLE DAS DOENÇAS DE SOLO E DE
MADEIRA EM VIDEIRA
• Boa qualidade do material vegetativo (pré-análise ou
material certificado);
• Drenagem do solo;
• Pousio nas áreas de replantio;
• Manejo do solo;
• Tratamento com pasta fúngica ou Trichoderma sp. em
ferimentos ocasionados pela poda e, também, em locais
de enxertia;
• Utilização de pasta fúngica ou Trichoderma sp. nas
mudas antes do plantio;
• Não intoxicar as plantas com misturas de produtos,
produtos milagrosos e outras coisas parecidas.
MANEJO GERAL PARA CONTROLE DAS DOENÇAS DE SOLO E DE
MADEIRA EM VIDEIRA
Solo ruim: camada compactação e
sem minhoca e etc.
Solo bom: aerado, descompactado e
cheio de animais.
Fonte: L. Garrido – Embrapa Uva e Vinho
Obrigado!!!
Contato: Dr. César Jr. Bueno
Instituto Biológico / APTA
Laboratório de Fitopatologia
Rodovia Heitor Penteado, Km 3, CP 70,
CEP 13092-543, Campinas / SP
E-mail: [email protected]
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