1970 05 09 D Com à Academia À Cidade Ao País

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à ACADEMIA,À CI DA DE E AO PAÍS - 1Qi-o
Ont em di3 9 ,
à
noi~8 i mportantes acontecimentos se deram na Ac adem i a de Coimbr a .
A policia carregou ine sperada e viol e ntamente Bob re os estudantes que pretendiam assmstir a um ~spec táeu lo co Te atro de Gil Vicente.
1- A OTEC (Oficina de Teatro dos Est.udantes de Coimbra) e o s e u 'e spectáculo!
A OTEe organizaçao anti- es t udanti l ,que pelas suas ati t udes - quer in di vidualmente atr.§.
ves das acçoes dos seus co mponen te s, quer como grupo - t em ass umido posiç~es que con (?t i t uem aut8..Q.
tica traiç ; o ~ Acad emi a , t inh a programado uni espec táculo no t eatro de Gil Vicente, para o qual
convidadva, segundo dizia, al~m das individilialidades da sua simpa tia, os e studantes de Coimbra.
O 8sP8ct~culo autoriz ado pr eviame nte pelo Re ito r , tomav a aspe ctos de autênti c a provoc.§.
çao a um a
Ac ademi a , que ai nda ~ bem po uc o tempo tinh a tido co nhe cime nto
ções feitas por um res ponsave l do grupo durante a viagem da OTEC
das ofensi vas afirma-
a {\.ng ola àc erc iJ das quai s a A.§..
sociação dos Antigos Estud antes de Coimbra 2m f\ngo l a se manifes t ou nos seguin tes
mente o
co mpo r~ amento
ttlrll1 0 S:
"ln feli.§..
do s membros da Oficina do Teatro em Angola fez -no s cora r ds ve rgonha ; D , o
q ue ~ ma is grave, às 8 titu~es i ndecoro sas dos estudan te s (ou an tes, daqueles qu e enve r gavam capa
e bat ina, poi s ~ão cremos que foss e m verd adeiro s est ud a nt es) aliaram-se as palavras estranhas pr~
ferid as pelo Sr . Pr of. Mira nda Barbosa ofens i vas da dignid ade da Ac ademia
8
da Universidade.
Lamentamos , prof undamen te, o apo io que demo s a ôficin a de TSiJtro. N~u voltaremos a coneeder-lho, por r espe i to com a Ac ademi a e a Un i vers i dade a qu em tanto queremos .•• E arde ntemente
de sejamos que a Oficina de Teatro tenha o de stino que merec e : desapare ça , e r~p i dam 8 nte, como orPela Direc ção da A. A. E.C . A.
ganismo , da cena Coimbr; .
o
pl'8sident o
Prof. Luci a no do s Re i s "
Aq co ntr~ri o do que tinh a s i do ufirrnado pola UT EC
em comunicéJdo, o s cst udantt~ s v8ri fi c a-
r am qu e a ent r 2di:! para o espe ct ~ c ulo era francarn8nte limit ada a uma mino r i a do "agrado"do grupo .
2 - O qUb
o
,
8
,
o Teatro Academico do Gil Vicente .
h;atro Gi1 V~i_ c c nt8 faz p a rto déls instalaç~es a cadim icas, por em , nun c a os <3studantes
foram Bdmi tidos na sua gerôncia . Est ~ ago r êi en tr8g Uc. ~ Sociud'l do Fi12ntr.;piciJ qu e , como qualque r
em presa d0 cin ema dele se utiliz a pa r a obte r c horudns l ucros, cujo contro l a ~ total~ o nte us tranho
ao s es tud aro ib es .
Desde 1960 que a A ssoci aç~o Ae a d~mica
8
os seus Urgan i smo s pretend 3M administr ar o tea-
tro Gil Vicente do modo a faze r dele uma ve r dade ira Easa de 8spect~luos, dos estudantes para a
po pu 13ç ao de Coimbra nas condiç~8s mais f avo rrive is ao seu total ac esso.
I s to, sempre nos fo i recusado .
3 - jI---2o/{ ;j,fl.
Perante as c a r ac teri sticas deste e s pe ct ~culo e do grupo que o promoveu ;perante o c aract er d8scricion~rio
tra r am- se junto
80
8
sel~ctivo de que se r eves tiu a admi ss~o do p~b1ico os estudan t es co ne en-
edific i o , 8m a titude de protes t o
8
exigi ndo fac ilidades de e ntreda no se u T8a_
troo Peran te a ag lomeraç;o dos estudantes , a poli cia inv ostiu violentamento ~s bastonadas co m ti ros
e
gúsase lacrimo géni os
em
tod"i e zon a da Praça da RC:publiea
e
Asso ci aç~o fl c a d8mica.
4 - O Reitor
A Direc cão GbI'ol entra ern cont a c t o corn o fliíagn i f ico Reitor, que compare CE] irn~Jd i a t amen ­
te numa ieuni;o Geral do alunos na sala d~ convi vio da AA C ond e ~ posto ao corr8n te da s itu ação .
Os estudan-c8S tra nsmit Gm-Ihe as suas exigênc ias : inte r rup ção imedi ata do CSp G c t~culo e re tir ada da polici<"
a l~m da Ji b8rtaç~o de um colega ho spitali zado sob
pri s3D
o Reitor
cont i3ctou i mcdi atomente com a dir8cçÃo da OTEC
e Comandante da Polícié1,p i'l r a assoguror
a suspens~o do GSp8ct~culD.
Entrl3tanto, dentro da s ala do 8spect&culos , surgom ro.acç ~DOS
8
insultos ao Reitor 1 vondo- sú e ste
obrigado a mand3r evacuar a sala pela polícla .
5-Novamente a Polícia.
Inosperadament8,contra a vont ade do Roitor o o ospcctativa dos e s tudantos,quo,ontret anto,nguadavam n saída do
osp e ct2culo,pl~cid amenta
sent a dos na ru a ,a polícia,cm voz de evacuar a sala ,c arreg a
surpreendentemento sobre os est ud a ntes.
Cargas do bast~o sobre ,ott estudantes sentados; l a nçamento de granadas de gases l acrimog6noo s ;
perseguição impiedosa da multidão ;disEaros
l
gU8i.!.~E.-rouea de gue r Ds ult ararT}. f8rimcntos 2 l i!:1..~ntos
para .9. estudante Fc:n:!2slfld9_ Soioa.,.!?. guél i8~. de ~ submetido
.§.
imediata intorv.o nção cirurgica ~
ablaçã q. ,9.9. ~.••• Tudo i sto par a punir talvez o atenta do ao pundonor de c8rta s personalid ad!;) s,certamente escandalizadas c om
a interrupção do espect6culo •••
'"
A popula ção pergunt ar5:PORQUE ?
Porquô mais estudan te s feridos? Porqu~ ma is intorvenções polciais nos rocintos ac addmicos?
Porqu6 insultos
irr espons~vois ,embora
espact~culo;contra
provonientes do corta"elito" ospociel mant o convidada para o
um Reitor que procurava rAsolvor o problema de form a conciliadora?
Os ostudantes r es pondem perguntanto por s ou turno:
Pod8r~
o Magnifico RG itor e xpor-se a nov as s itu ações de sprestigia ntes
que grup os a nti-estuda ntis
s~
continu ando a permitir
sirvam do Toatr o dos Estudantes?
Quem chamou 'o polícia?Quem deu ordem de fogo
~s
forças policiais?
Indo mais longo,quem subsidi a e protege as actividado s provoc am6rias de um grupo do intençÕes
j~
claramente desmascaradas?
QUEf"1
,
" POR
~
:TR~S]A
OFICHIA ]I. TE ATRO?
QUEM SE SERVE DA OFICHJA
DE TE ATRO PARA OS SEUS OBSCUROS DESIGNIOS?
Qu a nto a este último ponto não r Dstarão d~vidas a ninguóm:--Os mesmos que,n a alt ur a , e nc arniçadament e
S8
opuseram à resolução . da cris e do ano tr8 ns acto; Os mosmos que,at~ se r em escorraçados por
N
indteis das posiçoos qUf.:l dosfrutavam,por to dos os mo i os
t6ria:- S~0
50
opuserarn
~
d
N
norm.::!liz aç2o da vida univ e rsi-
os mesmos que , por divorsas vezes o por diversos m8io s ,t~m tent ad o sabotar o apagam8nto
das equelas da crisu;são os mesmos que socorronto-s e dos pretüxtos mais in6quos agitam ~ golpo ba ixo
N
•
AI
L .
N
da. Erovoc açao com o flto de demonstrar quo s6 a repre ssao brutal u o mUlo adoquado para a r usoluçao
de qualquer conflito; s~o os mosmos qua,dontro da sala do Teatro Gil Vicente orquostraram os in s ultos
ao
Magn f~'~ 0 Reit ~ r!
A esses c:Jnhocem :J-LJs, e pr ov8ni Jll0S a Aca demia e a P ,~) pul açãlJ de Cüimbra c ontra os seus h~beis
maquiav~lic o s
mane j us de
r8p ~ sto ir u !
A esses 1 dizuii1os: NA O FA_ill1Q2. Q .!L0SSO JOGO!
NAO flESPONDE fVJ OS ~ PROVOCJ\ÇÜESI
Noite de 9 de Maio do 1970
OS ESTUDANTE S DE COI MBRA EM REUN I~O GER AL
G
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