Avaliação da Linguagem de Marcação do Portal MPSP pelo

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Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação – CTIC
Diretoria de Sistemas da Informação
Equipe de Gestão de Conteúdo
Relatório Técnico de Acessibilidade do Portal Institucional
O que é acessibilidade na WEB
Garantir a acessibilidade na web é permitir que qualquer indivíduo, utilizando qualquer
tecnologia de navegação, visite qualquer sítio e obtenha completo entendimento das
informações contidas nele, além de ter total habilidade de interação. Isso significa
tornar todos os serviços, assuntos e publicações tão fáceis de serem utilizados por
todas as pessoas, que até esqueceremos que há diferenças.
O trabalho requerido para construir um Web site acessível depende de vários fatores,
entre eles o tipo de conteúdo, o tamanho, a complexidade e as ferramentas de
desenvolvimento.
Muitos dos aspectos da acessibilidade são facilmente implementados se forem
planejados antes do início do desenvolvimento. Contudo, adaptar sites existentes pode
requerer mudanças estruturais, ou gerar soluções inadequadas ou não inteiramente
suportadas, que podem inviabilizar o processo.
Por analogia, podemos dar o seguinte exemplo: inaugurar um prédio com escadas e
depois quebrar tudo para colocar rampas é desperdício de tempo e recursos e nem
sempre o resultado é satisfatório. E é exatamente isto que acontece com um site,
quando deixamos a acessibilidade para depois. Vamos ter que refazer muita coisa que
já poderia ter sido feita com acessibilidade.
Em atendimento à Ordem de Serviço 001/2014-SubPGJRE, informamos que o Portal
Institucional encontra-se na seguinte situação.
W3C
O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio internacional em que
organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para
desenvolver padrões para a web. O W3C já publicou mais de cem padrões, como
HTML, CSS, RDF, SVG e muitos outros.
Além destes padrões, a W3C, através de um grupo dedicado denominado WAI (Web
Accessibility Iniciative), desenvolve estratégias, orientações e recursos com o objetivo
de tornar a Web acessível às pessoas com deficiência. O produto deste trabalho são
as recomendações para acessibilidade de conteúdo para Web, que compõem as
diretrizes da WCAG (Web Content Accessibility Guidelines).
Todos os padrões desenvolvidos pelo W3C são gratuitos e abertos, visando garantir a
evolução da web e o crescimento de interfaces interoperáveis. O W3C Brasil iniciou
suas atividades em 2008.
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Importância dos padrões Web internacionais da W3C para a acessibilidade
Para se criar um ambiente online efetivamente acessível é necessário, primeiramente,
que o código esteja dentro dos padrões Web internacionais definidos pela W3C.
Uma página desenvolvida de acordo com os padrões Web deve estar em
conformidade com as normas HTML, XML, XHTML e CSS, seguindo as regras de
formatação sintática. Isso permitirá que qualquer sistema de acesso à informação
interprete o conteúdo adequadamente e da mesma forma, seja por meio de
navegadores, leitores de tela, dispositivos móveis ou agentes de software.
Em complemento ao desenvolvimento e divulgação destes padrões, a W3C
disponibiliza, também, ferramentas que permitem realizar a verificação do uso das
regras para avaliar páginas de internet.
Validadores de Linguagem de Marcação (HTML) e Folha de Estilo (CSS)
O objetivo do serviço de validação de marcação da W3C é realizar checagens
automatizadas na estrutura do código html (de acordo com o tipo de marcação
adotada), com base nos padrões estabelecidos pelo próprio consórcio, gerando
relatório para guiar as correções necessárias.
Além da verificação da linguagem de marcação html, apresenta outro validador que
pode analisar o uso da camada de folha de estilos, nos mesmos moldes.
Validador de linguagem de marcação da W3C: http://validator.w3.org/
Validador de Folhas de estilo: http://jigsaw.w3.org/css-validator/
Validadores de Acessibilidade
A W3C não disponibiliza de um avaliador próprio, mas aponta ferramentas para a
avaliação
de
código
acessível,
análise
de
contraste
e
outros
(http://www.w3.org/WAI/ER/tools/).
Embora os validadores de acessibilidade forneçam relatórios e sejam capazes de
indicar correções e certificar páginas, deve-se considerar que, primeiramente, as
definições estabelecidas pela W3C para os padrões de construção de páginas Web
tenham sido atendidas.
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Avaliação da Linguagem de Marcação do Portal MPSP pelo validador da W3C
A validação apresentou 89 erros para a página principal (número que pode variar entre
diferentes páginas em função do conteúdo).
A análise geral dos erros apresentados na verificação citada indica tipos de situações
com diferentes níveis de tratamento. Foram encontrados pontos críticos que estão
atrelados às implementações realizadas no portal que dependem de soluções
alternativas devido às restrições técnicas e de desenvolvimento da ferramenta Oracle
Portal. A própria ferramenta já não atende às regras de utilização semântica da
linguagem html, utilizando uma estrutura de construção de páginas baseadas em
soluções ultrapassadas.
Desta forma, embora seja possível reduzir alguns problemas apontados pelo
validador, as limitações técnicas da ferramenta – que inclusive não possui mais
suporte, necessário para ações de modificação de comportamento da ferramenta –
não permitirão ir além.
Páginas com conteúdos desenvolvidos por publicadores também constituem
problemas adicionais que podem ser identificados pelo validador. Embora com as
instruções do treinamento e a mudança do editor, muitos conteúdos foram gerados
com o editor antigo e até mesmo páginas inteiras foram produzidas em Word e
apresentarão falhas na validação, que demandaria uma instrução complexa demais
para nossos usuários.
Avaliação de acessibilidade do Portal MPSP
Os validadores até então utilizados foram:

DaSilva (http://www.dasilva.org.br/)
Avaliador em português, distribuidor do selo de acessibilidade utilizado no
portal do MP. Avalia WCAG 1.0, 2.0 e e-MAG (Modelo de Acessibilidade do
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Governo Eletrônico, iniciativa do governo brasileiro).

ASES (Versão 1.0)
Avaliador para instalação, em português, que consegue avaliar lotes de
páginas, alcançando os ambientes de desenvolvimento e homologação. Avalia
WCAG e e-MAG.
Estes validadores foram utilizados com sucesso nas primeiras ações realizadas para
os primeiros trabalhos de acessibilidade para o portal. Mesmo assim, apenas a ação
corretiva estrutural não pôde garantir 100% de acessibilidade em todo o portal. Por
isso, a validação ocorreu com foco na página principal e em algumas páginas
secundárias. Ocorreram também treinamentos para a conscientização da produção de
conteúdos, inserindo os novos conceitos acessibilidade para os publicadores.
É importante ressaltar que as dimensões atuais do portal (que possui conteúdos de
uma suposta intranet, internet e repositório de arquivos aglutinados), a
descentralização das publicações e a estrutura e limitações da ferramenta de
alimentação de conteúdo são fatores que ampliam a complexidade das ações para o
estabelecimento de páginas acessíveis.
No cenário atual, algumas mudanças alteraram as condições dos avaliadores de
acessibilidades utilizados.
Após manutenções e atualizações no avaliador DaSilva, notamos após um período
recente o validador tem se mostrado não confiável para a validação do portal MPSP,
por algum motivo técnico específico do avaliador, que não consegue varrer o código
da página da forma esperada.
Já o ASES também lançou uma versão mais recente, entretanto, as tentativas de
instalação falharam. O ASES, na versão funcional, avalia a acessibilidade por meio
das diretrizes WCAG e e-MAG, mas provavelmente já não atendem às mais novas
versões (WCAG 2.0 e E-MAG 3.1)
Outros avaliadores recomendados na cartilha de acessibilidade da W3C, como
http://www.tawdis.net/ e
http://www.acessibilidade.gov.pt/accessmonitor/, por
exemplo, apontam erros de acessibilidade no portal do MP e não incluirão o e-MAG.
Itens de acessibilidade não analisados por verificadores
Há algumas funções apontadas na cartilha W3C que necessitam de avaliação
humana, não sendo apontadas por verificadores. As soluções devem ser estudadas
para concluir se é possível realizar estes recursos dentro das possibilidades da
ferramenta Oracle Portal, ao se tratar de ações mais complexas:

Link no topo da página para conteúdo no meio da tela – “Saltar para
conteúdo”
É umas das reclamações mais evidentes para navegação com leitores de tela.
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Para implementar o recurso, é necessário acrescentar um link do tipo âncora
que seja o primeiro link da tela, no cabeçalho, remetendo a navegação para o
miolo, pulando os menus que se repetem em todas as páginas. Para
implementar este recurso no Oracle Portal, é necessário criar um local para
este link no cabeçalho, e implementar no portlet um código para obter a âncora
corretamente – hoje o recurso de âncora, da forma como o Oracle Portal está
configurado, não funciona como esperado. Além disso, é necessário definir um
ponto padrão (provavelmente no portlet que exibe o título da página), para que
o cursor sempre seja redirecionado para este mesmo ponto e a implementação
deste recurso seja realizada apenas uma vez, replicando automaticamente
para todas as páginas do portal.

Ampliação de textos
Este recurso é muito utilizado em sites que se dizem acessíveis. Geralmente
representado por um “A+” e “A-“. No portal do MPSP, imagina-se que este
recurso deveria ser alocado no cabeçalho, que replicará em todas as páginas.
Sobre o funcionamento desta ferramenta, é necessário o estudo dos scripts
que realizam esta função para entender se é possível implementar.

Alto contraste
Este recurso é muito utilizado em sites que se dizem acessíveis. O atual layout
do MPSP já foi adaptado com o nível mínimo de contraste nas cores utilizadas
como padrão, mas alguns sites oferecem a opção de alto contraste, que faz
exibir o site praticamente em preto e branco e algumas variações de cores
efetivamente contrastantes. Exemplo:
http://www.planejamento.sp.gov.br/index.php?id=12 (Observe o botão em preto
com a letra C na parte superior). Realizar esta implementação no portal MPSP
é algo que precisa ser estudado e testado.

Uso de teclas de atalho para navegação
Alguns sites são configurados para interpretar algumas teclas de atalho que
levam o usuário objetivamente aos pontos relevantes da estrutura de uma
página. Por exemplo, definir que “ALT + 1” direcione o usuário ao menu
principal, “ALT + 2” para menu secundário, utilizando uma lógica similar ao
funcionamento do link “Saltar para conteúdo”, que também pode se tornar uma
tecla de atalho. Para implementar no portal MPSP é necessário um estudo
similar ao item “Saltar para conteúdo”.

Página sobre acessibilidade e instruções de uso das teclas de atalho
Mais do que divulgar a preocupação com a acessibilidade, junto aos recursos
acima citados, é importante gerar uma página de instruções para uso da
acessibilidade.

Mapa do Site
Tanto para acessibilidade quanto apara usabilidade é recomendável que um
site possua um mapa. Não seria uma tarefa muito simples para o MPSP,
devido ao seu porte e à complexidade de sua organização (e também à
complexidade de aplicação, no caso de gerar uma rotina automática), mas é
uma recomendação importante.
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