A ARTE MESOPOTÂMICA Mesopotâmia é uma palavra grega que pode - entre outros termos -significar “no meio dos rios” e que denomina a região do Oriente Próximo entre os rios Tigre e Eufrates (atualmente encontrase nesta região territórios do Iraque, da Turquia e da Síria). Inicialmente nômades, os grupos étnicos que habitavam a região foram se fixando, cultivando a terra, construindo canais de irrigação e as aldeias tornaram-se as primeiras cidades (Ur, Uruk, Lagash, Assurr, Nínive, Babilônia). A Mesopotâmia era governada através de várias aldeias, que à medida do seucrescimento se tornaram cidades-estados. Sendo uma terra de solo produtivo, encontrava-sebastante desenvolvida ao nível da agricultura e comércio, o que se traduzia em toda a sua atividade financeira. Consequentemente, esta região produtiva foi alvo de cobiçadaao longo dos milênios por diversos povos: sumérios, acadianos, assírios, amoritas, cassitas, elamitas, caldeus, arameus, persas, etc. E cada povo se expressou através da arte em diferentes períodos. É interessante saber que quando os povosque hoje habitam a Europa ainda estavam na idade da pedra polida, a Mesopotâmia já apresentava um esboço de organização humana a que damos o nome de civilização; no entanto, até a metade do século XIX pouco se sabia de sua cultura, pois a fonte mais usada para estudá-la ainda era o Velho Testamento da Bíblia. Em 1927, após muita procura,os arqueólogos, descobrem a cidade de “Ur” que remonta ao ano 5.000 a.C., onde havia tesouros tão ricos como os dos egípcios. BOX: Código de Hamurábi Khammu-rabi, rei da Babilônia no 18º século A.C., estendeu grandemente o seu império e governou uma confederação de cidades-estados.. Erigiu, no final do seu reinado, uma enorme "estela" em diorito, na qual ele é retratado recebendo a insígnia do reinado e da justiça do rei Marduk. Abaixo mandou escreverem 21 colunas, 282cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis). Muitas das provisões do código referem-se às três classes sociais: a do "awelum" (“filho do homem”, ou seja, a classe mais alta, dos homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações - mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas); no estágio imediatamente inferior, a classe do "mushkenum", cidadão livre mas de menor ststus e obrigações mais leves; por último, a classe do "wardum", escravo marcado que no entanto, podia ter propriedade. O código referia-se também ao comércio (no qual o caixeiro viajante ocupava lugar importante), à família (inclusive o divórcio, o pátrio poder, a adoção, o adultério, o incesto), ao trabalho (precursor do salário mínimo, das categorias profissionais, das leis trabalhistas), à propriedade. Quanto às leis criminais, vigorava a "lextalionis": a pena de morte era largamente aplicada, seja na fogueira, na forca, seja por afogamento ou empalação. A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa. A noção de "uma vida por uma vida" atingia aos filhos dos causadores de danos aos filhos dos ofendidos. As penalidades infligidas sob o Código de Hamurabi, ficavam entre os brutais excessos das punições corporais das leis mesopotâmica Assírias e das mais suaves, dos hititas. A codificação propunha-se a implantação da justiça na terra, a destruição do mal, a prevenção da opressão do fraco pelo forte, a propiciar o bem estar do povo e iluminar o mundo. Essa legislação estendeu-se pela Assíria, pela Judéia e pela Grécia. (Estela do Código de Hamurabi) A Mesopotâmia foi uma civilização tão prolífica como a Egípcia, no entanto não tinham o costume egípcio de trabalhar com pedras: trabalhavam com o adobe (que são tijolos de barro, palha e um ‘emulsificador’ que é algum elemento que serve para “dar liga”, e pode ser esterco, gordura vegetal ou animaldos restos de comida, fezes inclusive humanas – e de animais ... misturados ecozidos ao sol). Logicamente, com o passar do tempo essas construções não resistiram às mudanças climáticase às intempériese muito, muito pouco restou. Para piorar, nas duas últimas “Guerras do Golfo” promovidas pelos Estados Unidos contra o Iraque, muitos dos tesouros arqueológicos mesopotâmicos que estavam no Museu da Universidade de Bagdá foram destruídos por uma bomba que ali caiu. Box: Tijolo sem queima Método milenar de produção de adobe é ecologicamente correto e mais barato que o do tijolo convencional Texto Gustavo Laredo | Ilustração Filipe Borin Uma técnica de mais de cinco mil anos usada na fabricação de tijolos de barro vem trazendo bons resultados para quem quer fazer construções ecológicas e com conforto térmico. Os adobes, como são chamados, foram empregados em vários monumentos, na Mesopotâmia, no Egito e até na igreja mais antiga de São Paulo, a Capela de São Miguel, erguida em 1622. Segundo o arquiteto César Augusto da Costa, da empresa Espiralando Arquitetura, os adobes, diferentemente dos outros tijolos, não são queimados e, portanto, não emitem o gás carbônico responsável pelo aquecimento global. Além disso, a matéria-prima do adobe é a terra, cuja extração não causa impactos ambientais. “Ele é perfeito para habitações humanas, porque também proporciona conforto térmico”, explica César. Cada tijolo custa entre 25 e 80 centavos de real, dependendo do material usado e da mão de obra. O tijolo convencional custa em média 28 centavos, mas o adobe é quatro vezes maior. Sem contar que, com ele, pode-se fazer de tudo: construir uma casa inteira, pilares de uma varanda, fogão de lenha e até um curral. O importante é não utilizar somente o adobe como estrutura principal. Para construir uma parede, por exemplo, o alicerce deve ser feito de material convencional, como pilares de eucalipto tratado, postes de madeira ou dormentes previamente impermeabilizados e a 20 centímetros acima do solo. A primeira fiada de adobes deve ser assentada com argamassa comum, e as demais podem ser fixadas com o próprio barro usado na fabricação dos tijolos. Antes de fazer o assentamento, porém, mergulhe totalmente o adobe num balde com água para evitar a secagem abrupta do barro, o que pode gerar trincas. A massa de barro entre os adobes não pode ultrapassar dois centímetros de espessura. E, como em qualquer parede, deve-se observar prumo, alinhamento e nível. Para o tijolo 2 m3 de terra 0,5 m3 de areia 0,25 m3 de esterco 2 fardos de feno Lona grossa de 2 m x 2 m Pá Enxada Peneira Facão ou picadeira Balde de 15 litros Água FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI152913-18295,00-TIJOLO+SEM+QUEIMA.html Entre os muitos povos que faziam parte da Mesopotâmia (caldeus, assírios, babilônios, fenícios, etc.), os Sumérios foram os primeiros a dominá-laalém de serem os responsáveis pela criação da escrita. Suas cidades eram independentes umas das outrascomo “Cidades-estados” e somente a religião unia todas elas, pois o culto aos deuses (politeísmo) era muito forte e cada cidade cultuava um dos deuses em especial. A religião para os mesopotâmicos envolvia aspectos místicos e políticos, por isso eram estados teocráticos. Os templos para os sacerdotes, conhecidos por Zigurates, representavam as construções mais bem estruturadas. Porém, diferentemente dos egípcios, que construíam (em pedra) as pirâmides como estruturas funerárias, os Zigurates eram templos (e alguns arqueólogos estimam que eles também servissem de depósito de sementes). Você não deve esquecer que, por influência dos rios e da região pantanosa que fica ao sul da mesopotâmia, eles representavam uma civilização hidráulico-agrícola (hidráulico, porque tinham uma ligação direta com os rios e agrícola, pois dependiam da agricultura irrigada). Pois é, desde esse momento a preocupação com a água faz parte da vida humana. (Portal de Isthar) Entre os mesopotâmicos já existiam mosaicos, como em uma cidade suméria chamada Uruk, na qual havia um templo em cujo interior podiam ser encontrados tijolos pequenos e coloridos. Assim, por volta de 5.000 a.C., essa construção sumeriana pode ser considerada o protótipo mais antigo das construções decorativas internas. No Portão dedicado à deusa da fertilidade Ishtar, esse tipo de motivo decorativo ainda pode ser observado (acima). Box: A Torre de Babel Segundo o Antigo Testamento (Gênesis 11,1-9), torre construída na Babilônia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Esta soberba provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e os espalhou por toda a Terra. Este mito é, provavelmente, inspirado na torre do templo de Marduk, nome cuja forma em hebraico é Babel ou Bavel e significa "porta de Deus". Hoje, entende-se esta história como uma tentativa dos povos antigos de explicarem a diversidade de idiomas. No entanto, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia. Não foi exatamente nas planícies áridas da Mesopotâmia que PieterBrueghel, o Velho, localizou sua pintura a óleo Torre de Babel (1563), mas nas terras baixas e férteis de Flandres. Sem dúvida, os estudos que muitos artistas realizaram sobre o Coliseu de Roma proporcionaram o modelo para este edifício de arcos superpostos. Muitos arqueólogos relacionam o relato bíblico da Torre de Babel com a queda do famoso templo-torre de Etemenanki, na Babilônia, depois reconstruído pelo rei Nabopolasar e seu filho Nabucodonosor II. Dizem também que a torre foi um zigurate, uma construção piramidal escalonada. Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/babilonia/torre-babel.htm O surgimento da escrita, o surgimento da História. Nem nos damos conta da importância da escrita, mas foi (e é) graças a ela que podemos transmitir e compartilhar informações tanto sobre o mundo exterior, quanto sobre o que se passa em nosso interior tanto físico, quanto psicológico, apesar deste último ser mais difícil de expressar por palavras. A escrita foi tão importante que definiu a divisão da História, por volta de seis mil anos atrás: antes de 4000 a.C. era a pré-História, na qual se destacam as eras Paleolítica, Mesolítica e Neolítica; depois desta data, surge a história Antiga. Com a o surgimento de sociedades estruturadas de forma cada vez mais complexas, o interesse pela administração do território e o registro das trocas comerciais e colheitas criaram a necessidade da invenção de um sistema de comunicação e armazenamento de informações para facilitar e promover essas ações. Com efeito, em cerca de 4000 a. C., os Sumérios inventaram a mais antiga forma de cálculo e de escrita: a escrita cuneiforme. Os símbolos mais antigos desta escrita eram gravados, com pontas de estiletes vegetais (em especial o vime), em pequenas placas de argila mole, que posteriormente eram endurecidas ao sol. Os traços deixados por essas pontas tinham a forma de cunha (formato em V), daí o nome de escrita cuneiforme. As tábuas de Uruk (encontradas no Templo da Cidade de Uruk, a sul de Bagdá), são "livros de contabilidade" onde estão registradas a quantia de sacos de cereal, de cabeças de gado... , pertencentes ao Templo. Na verdade, parece que o Homem demorou muito tempo antes de começar a pensar em transmitir o seu conhecimento às gerações futuras. No entanto, com a invenção da escrita essa possibilidade tornou-se viável e necessária, fazendo com que não houvesse mais motivo de aprender por erros e acertos, por tentativa e erro. É por isso que hoje, seja em livros, internet, computador, tablets...você tem todo este acervo de conhecimento à mão. Foram os Sumérios que primeiramente possibilitaram a nós o desenvolvimento a partir do que já se sabe, por meio da escrita e da transmissão desse saber. Legal, não!? (Placa de Larsa - Extraído de http:// ancientneareast.tripod.com) Obs.: A escrita da Mesopotâmia, mesmo tendo sido a primeira manifestação desse tipo no mundo,posteriormente foi utilizada mais ou menos na mesma época dos hieróglifos egípcios, e, mesmo sendo completamente diferentes um do outro, a fase histórica é praticamente a mesma. A matemática dos Babilônios A matemática dos Babilônios não seria estranha para aqueles que estão acostumados com os sistemas: binário (sistemas de base 2) e hexadecimal (sistemas de base 16) exigidos pela computação moderna. Ela não estava baseada no sistema decimal que usamos comumente, segundo o qual contamos todas as coisas usando potências de 10, ou seja, usando 10 dígitos de zero a nove para representar as unidades, e as notações posicionais de dezenas, centenas, milhares para representar as potências de 10. Os babilônios usavam um sistema de contagem de base 60. Isto os levou a dividir o círculo em 360 graus; consequentemente também dividiram a hora em intervalos usando sua medida sexagesimal (60 minutos). Esta é a razão pela qual existem 60 segundos em um minuto e 60 minutos em uma hora. Os babilônios mostraram ser muito hábeis nas artes dos cálculos e distinguiram-se na manipulação aritmética e na representação simbólica. Foram eles que inventaram as tabelas de multiplicação e estabeleceram as regras da aritmética. A cosmologia na Mesopotâmia Há quatro mil anos os babilônios também conheciam bastante a astronomia, o que pode ser percebido em seus registros detalhados de fenômenos como eclipses, posições dos planetas e nascimento e por da Lua. Alguns destes registros foram feitos em 800 a.C. e são os mais velhos documentos científicos existentes. O propósito desta atividade era o de predizer a prosperidade, assim como a do monarca. Além de registros, os astrônomos babilônios também desenvolveram várias ferramentas aritméticas que, aplicadas às suas tabelas de dados, permitiam prever os movimentos aparentes da Lua, das estrelas, dos planetas e do Sol. Entretanto, embora sua preservação de registros fosse uma tecnologia nova para a época e seu sistema de nomes estelares e sistema de medição fosse passado para civilizações posteriores, os babilônios nunca desenvolveram um modelo cosmológico para nele interpretar suas observações. Assim, os astrônomos gregos alcançariam este objetivo usando os dados dos babilônios. Apesar disso, a cosmologia na Mesopotâmia era muito mais sofisticada do que, por exemplo, a do Egito. Os babilônios acreditavam em um universo de seis níveis com três firmamentos e três terras: dois firmamentos acima do céu, o firmamento das estrelas, a terra, o submundo do Apsu, e o submundo dos mortos. Era assim que os babilônios imaginavam o Universo: a Terra era um enorme plano que tinha uma forma circular, repousava sobre uma câmara de água, um rio que a circunda totalmente. Em volta da Terra havia uma parede que sustentava uma cúpula onde todos os corpos celestes estavam localizados. Para eles a Terra havia sido criada pelo deus Marduk como uma jangada que flutuava sobre o Apsu. Os deuses estavam divididos em dois panteões, um ocupando os firmamentos e o outro no submundo. A arte mesopotâmica A arte era feita para os “deuses”, principalmente a escultura, que era essencialmente importante, especialmente para os sumerianos e tinha um curioso detalhe: a desproporção entre a cabeça e o corpo. A cabeça era cuidadosamente elaborada, bem feita, enquanto o corpo não era beneficiado com a mesma técnica. Isso aconteceu, porque, para o povo sumeriano, principalmente o caráter, a alma das pessoas, estava no rosto e o corpo servia só de suporte. BOX: A escultura suméria apresenta uma série de características específicas: Os temas tratados são a realidade cotidiana, o que gera um interesse histórico muito grande. Não vai haver a fantasia do Egito, porque a religião não é o centro temático.Especialmente tratam de temas como a paz ou a guerra, além de poderem apresentar inscrições explicativas. As figuras não são estudadas como uma unidade, mas como um conjunto de partes, pois nem sempre há proporção. A cabeça costuma estar raspada ou com tranças, muitas vezes não tem pescoço e o rosto pode ter grandes olhos e um nariz muito expressivo e curvo (por isso são chamados de “figuras com perfil de pássaro”). A boca apresenta um leve sorriso, chamado de “expressão de êxtase oratório”. Os homens podem apresentar uma grande barba. A postura dos braços é sempre a mesma: à frente do corpo com uma mão – normalmente a esquerda – segurando a outra: é a postura votiva, ou oratória. Suas roupas podem ser sempre iguais: algo similar a um manto (que no homem surge na cintura e na mulher desce dos ombros). Nos relevos, as figuras formam frisos e às vezes há simetria. Há uma hierarquização de tamanhos que mostram as figuras mais importantes. O material usado para fazer as esculturas era muito variado. Eles utilizavam pedras, mármore, gesso, conchas marítimas, sendo que estes dois últimos não duraram com o tempo. O branco dos olhos era feito de conchas. O azul era feito de uma pedra moída chamada lápis-lazúli. Os olhos eram enormes e bem expressivos, dando impressão de fé e serenidade. Há também os relevos feitos em paredes, como o que se pode observar abaixo. Essas figuras, assim como algumas esculturas, apresentavam composição antropozoomórfica, ou seja, apresentavam formas (morfos) humanas (antropo) e animais (zoo), daí antropo-zoo-mórficas. As Estelas No Oriente antigo, as inscrições comemorativas deram lugar multiplicação de monumentos como as estelas e os obeliscos. Na Mesopotâmia predominaram as estelas onde os reis quiseram imortalizar os seus feitos através de representações figuradas acompanhadas de uma inscrição, desde o III milénio, como o atesta a estela dos Abutresem que o rei Eannatum de Lagash (cerca de 2470 a.C.) fez conservar - através de imagens e de inscrições - a lembrança de uma vitória foram sobretudo os reis acadianos que recorreram a esta forma comemorativa. A mais célebre das suas estelas é a de Narám-Sin, em Susa, onde o rei quis que fosse perpetuada a imagem de um triunfo obtido sobre os povos do Zagros. Na época assíria a estela tomou a forma de obelisco, tais como o de Assurbelkala (final do II milénio) em Nínive e o obelisco negro de Salmanassar III, proveniente de Nimrud, que imortaliza uma vitória do rei no país de Nousri. Por vezes o monumento comemorativo não possui inscrições e o seu significado permanece obscuro como no caso dos obeliscos de Biblos (início do II milênio). (Estela da Vitória de Sargão em Naram-Sin, c. 2254-2218 a.C.Pedra.Louvre, Paris) Box: Adornos Em Ur, admirava-se muito o ouro e as pedras, com as quais faziam muitasjoiasque eram usadas pelas mulheres. As solteiras usavam um bracelete, um grande colar e um adorno na perna. Quando essas moças casavam elas passavam a usar somente o bracelete com ouro de dois tons sem rubis e ou esmeraldas. Tiravam o colar do pescoço, porque elas não estavam mais presas aos pais e sim ao marido. Elas colocavam um cinto no quadril, feito também em ouro, quando os maridos saiam de casa para guerrear, ou outro motivo, para indicar que o homem não estava em casa. (Ainda não era um cinto de castidade, pois era só apoiado no quadril e não tinha pedras preciosas. As pedras eram usadas só pelas solteiras. Após casar o marido é que representava as pedras preciosas, sendo portanto tiradas dos cintos.). Quando o homem era solteiro (mas noivo) ele tinha um grande anel no dedo anular. Quando se casava, passava para o outro dedo anular da mão esquerda. O anel era tão grande que ocupava o dedo todo sem poder dobrá-lo. Na É na Mesopotâmia é que o esmalte será usado pela primeira vez: uma substância vermelha tirada de uma árvore parecida com romã que era macerada até que se conseguisse o vermelho, misturando também com outras substâncias. Ficava na unha por um ano. Na realidade era uma tinta, pois só hoje é que denominamos esmalte. Todo homem e mulher casada tinham que usar nos pés e nas mãos. Quando ficavam viúvos os mesopotâmicos tinham que pintar as unhas de preto. As mulheres viúvas tinham que casar três meses depois que o marido morria. Havia vários homens esperando este momento, pois o marido deixava toda a herança para a mulher e não para os filhos. A mãe decidia se dava ou não a herança para os filhos, dependendo se estes eram bons ou não. Até 18 anos os filhos eram considerados crianças: só podiam guerrear, mas não podiam ter nada. Essa lei vai vigorar todo o tempo na Mesopotâmia. Referências Bibliográficas BENEVOLO, Leonardo. A História da Cidade. São Paulo, Perspectiva, 1999. CUNHA, Almir Paredes. Dicionário de Artes Plásticas. Rio de Janeira: EBA/UFRJ, 2005. V.1 GARBINI, Giovanni. Mundo Antigo. O mundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966. GIODANI, Mário Curtis. 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