Vergência de uma Lente Delgada Vergência de uma lente é o inverso da distância focal. 𝑉= 1 𝑓 → Unidade no SI → [𝑉 ] = 1 𝑚 = 𝑑𝑖 (dioptria) Equação dos Fabricantes de Lentes 1 𝑓 =( 𝑛2 𝑛1 − 1) ∙ ( 1 𝑅1 + 1 𝑅2 ) R1 e R2 → raios de curvatura das faces Face convexa → raio positivo Face côncava → raio negativo n2 → índice de refração do material da lente n1 → índice de refração do meio onde a lente está imersa Lentes Justapostas A vergência de uma associação de lentes é a soma da vergências de cada lente da associação. V = V1 + V2 Página 306 Exercício 67 p = 30 cm = 0,3 m p’ = 150 cm = 1,5 m 1 f = 1 p 1 + p` 1 = 10 ⇒5= 10 ⇒ f 3 + 10 + 1 1 ⇒ 15 f = 60 = 5 15 ⇒ V = 4 di Exercício 68 V = 5 di p = 30 cm = 0,3 m V= 1 p + 1 p` 3 p` ⇒ 1 p` 3 ⇒ p` = 0,6 m = 60 cm Exercício 69 R1 = R2 = 20 cm n2 = 1,5 n1 = 1,0 Imagem imprópria p = f 1 n2 1 1 = ( -1) ∙ ( + ) f n1 R1 R2 1 f 1,5 = ( 1 1 1 1 0,5 20 20 f 10 -1) ∙ ( + ) ⇒ = ⇒ f = 20 cm p = 20 cm Exercício 70 f1 = 20 cm f2 = - 70 cm V = V1 + V2 ⇒ 1 f = 1 20 - 1 70 ⇒ 1 f = 5 140 ⇒ f = 28 cm Microscópio Composto Um microscópio ótico é utilizado para observar objetos de pequenas dimensões. A figura a seguir mostra um microscópio óptico composto e seus componentes. Componentes de um microscópio: 1 – Ocular 2 – Ajuste grosso 3 – Ajuste fino 4 – Objetivas 5 – Mesa com orifício para passagem da luz 6 – Espelho A parte óptica do microscópio é constituída basicamente de duas lentes convergentes, geralmente compostas, associadas coaxialmente (possuem o mesmo eixo óptico), que são: a objetiva que está próxima ao objeto e a ocular com a qual observamos a imagem fornecida pela objetiva. ● Objetiva, que tem uma pequena distância focal da ordem de milímetros ● Objeto para a objetiva (o) ● Imagem real e invertida para a objetiva (i1) ● Objeto para a ocular (i1) ● Imagem virtual, maior e invertida para a ocular, que é a imagem final (i2) ● Aumento linear da objetiva → 𝐴𝑜𝑏 ● Aumento linear da ocular → 𝐴𝑜𝑐 = = 𝑖1 𝑜 𝑖2 𝑖1 ● Aumento linear do microscópio 𝐴𝑚 = 𝑖2 𝑖2 𝑖1 ⇒ 𝐴𝑚 = ∙ ⇒ 𝐴𝑚 = 𝐴𝑜𝑏 ∙ 𝐴𝑜𝑐 𝑜 𝑖1 𝑜 O aumento linear do microscópio é igual ao produto do aumento linear transversal da objetiva pelo aumento linear transversal da ocular. Obs.: Os aumentos dos microscópios variam entre 300 e 2000 vezes. Não pode ser maior que estes valores porque quando as dimensões, a serem observadas, forem da ordem do comprimento de luz, ocorre o fenômeno da difração, fazendo com que se perca a nitidez da imagem. Já os microscópios eletrônicos, que utilizam feixes de elétrons, produzem aumentos superiores a 100 000 vezes. Página 309 Exercício 78 a) f = 1 = 0,05 = 5.10-2 m = 5 cm → OCULAR 20 b) V < 0 → f < 0 → LENTE DIVERGENTE c) f = 1 = 0,005 = 5.10-3 m = 5 mm → OBJETIVA 200 d) V < 0 → f < 0 → LENTE DIVERGENTE e) f = 1 =1 m 1 Exercício 81 pob = 5 mm p’ob = 20 mm p’oc = 8 cm d = 6 cm a) 1 fob = 1 pob + 1 1 ⇒ p'ob 1 = fob 5 + 1 20 1 ⇒ fob = 5 20 ⇒ fob = 4 mm d = p’ob + poc 60 = 20 + poc poc = 40 mm 1 foc = 1 poc + 1 p'oc ⇒ 1 foc = 1 40 b) Aob = fob fob −pob Aoc = = foc foc −poc 4 4−5 = = –4 80 80−40 =2 - 1 80 ⇒ 1 foc = 1 80 ⇒ foc = 80 mm Am = Aob ∙ Aoc = (– 4) . 2 = – 8 Exercício 82 pob = 4,2 mm p’oc = – 16 cm foc = 4 cm fob = 4 mm a) 1 fob 1 foc = = 1 pob 1 poc + + 1 p'ob 1 p'oc ⇒ ⇒ 1 4 = 1 = 40 1 4,2 1 poc + - 1 p'ob ⇒ 1 160 ⇒ 1 p'ob 1 poc = = 0,2 16,8 5 160 ⇒ p’ob = 84 mm ⇒ poc = 32 mm d = p’ob + poc d = 84 + 32 d = 116 mm b) i1 o i2 i1 ==- p'ob pob p'oc pob ⇒ ⇒ i1 1 =- i2 -20 84 4,2 =- ⇒ i1 = – 20 mm −160 32 ⇒ i2 = – 100 mm Luneta Astronômica A luneta ou telescópio de refração é utilizada para observar objetos distantes é um instrumento de aproximação. A luneta astronômica tem como o microscópio, duas lentes convergentes: a objetiva, que ao contrário do microscópio apresenta grande distância focal, e a ocular. O esquema da figura mostra como é obtida a imagem de um objeto distante. ● Objeto para a objetiva (o) ● Imagem real e invertida para a objetiva (i1) ● Objeto para a ocular (i1) ● Imagem virtual, maior e invertida para a ocular, que é a imagem final (i2) ● Distâncias focais da objetiva (fob) e da ocular (foc) ● Distância entre i1 e a ocular (poc) ● Distância entre as lentes → d = fob + poc ● Aumento angular da objetiva → Obs.: Os focos da ocular e da objetiva praticamente coincidem. A desvantagem da luneta astronômica para observar objetos terrestres é que ela fornece uma imagem invertida. Página 313 Exercício 90 p’oc = – 40 cm foc = 10 cm fob = 60 cm 1 foc 1 = poc + 1 p'oc ⇒ 1 10 = 1 poc - 1 40 ⇒ d = fob + poc d = 60 + 8 d = 68 cm Exercício 91 AG = 50 foc = poc = 5 cm a) fob AG = foc ⇒ 50 = fob 5 ⇒ fob = 250 cm b) d = fob + poc d = 250 + 5 d = 255 cm Exercício 92 tgβ = 1 2 tgα = AG = 2 =1 2 tgα tgβ ⇒ AG = 1 1 2 ⇒ AG = 2 1 poc = 5 40 ⇒ poc = 8 cm Óptica da Visão O olho humano As principais partes do olho humano são: A córnea: É a face do olho, é transparente e esférica. O cristalino: Tem a função de uma lente, pois é capaz de focalizar a luz que chega ao olho, formando a imagem na retina. A convergência do cristalino correta faz com que a imagem de um objeto fique bem clara e bem definida. O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa. A íris: é a parte colorida do olho, nela encontra-se a Pupila, que administra a quantidade de luz que entra no olho. Quando a Pupila é exposta a um local muito iluminado, ela diminui, este processo é chamado de miose, e quando está em um lugar mais escuro a Pupila aumenta processo denominado midríase. A retina: Parte do olho, onde é formada a imagem, ou seja, a retina capta as imagens e interpreta para o cérebro. É formado por duas células o cones e bastonetes. A retina é a parte do olho sensível à luz. Pupila: controla a quantidade de luz que entra nos olhos. A pupila funciona como um diafragma. Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o. Acomodação visual Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual. O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado. Ponto próximo A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se totalmente contraídos. Neste caso, pela equação de Gauss: Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15 mm, ou seja, p' = 15 mm: Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente. Ponto remoto Quanto a distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados. Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o foco da imagem. No entanto, 1/ é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim, teremos que: Os defeitos da visão A miopia: um míope não consegue ver objetos distantes com nitidez porque as imagens desses objetos formam-se antes da retina. Isso acontece por excesso de curvatura no cristalino ou na córnea, ou nos dois, ou ainda por um excessivo alongamento do globo ocular. Para corrigir a miopia são usadas lentes divergentes que deslocam as imagens um pouco mais para trás. A hipermetropia: um hipermétrope não consegue ver objetos próximos com nitidez porque as imagens desses objetos se formam atrás da retina. Isso acontece, geralmente, porque o cristalino não consegue se acomodar, isto é, atingir a convergência necessária para focalizar essas imagens na retina. Para corrigir a hipermetropia ou presbiopia usam-se lentes convergentes que deslocam as imagens um pouco mais para frente. O astigmatismo: é um pouco mais complicado de descrever. Normalmente, a córnea é uma superfície esférica, com a mesma curvatura em todas as direções. Se, no entanto, ela se achata em alguma direção as imagens na retina ficam desfocadas nessa direção. Página 319 Exercício 7 Miopia → V= 1 f 1 f 1 = - ∞ 1 ⇒V= -0,25 1 d ⇒ 1 f 1 = - ⇒ f = - d f = - 25 cm = - 0,25 m d ⇒ V = - 4 di Exercício 8 a) f = 1 V 1 ⇒f= -2 ⇒ f = - 0,5 m b) d = - f d = - (- 0,5) d = 0,5 m Página 323 Exercício 18 Hipermet → V= 1 f 1 f ⇒V= 1 = 25 1 0,5 - 1 d ⇒ 1 f = 1 25 - 1 50 ⇒ 1 f = 1 50 f = 50 cm = 0,5 m ⇒ V = + 2 di (convergente) Exercício 19 Hipermet → 1 f = 1 25 - 1 d ⇒ 1 d = 1 25 - 1 30 ⇒ 1 d = 1 150 d = 150 cm Exercício 20 a) míope lente divergente e hipermétrope lente convergente b) Hipermet → 1 f = 1 25 - 1 d ⇒ Miopia → f = - d f = - 50 cm 1 f = 1 25 - 1 50 ⇒ 1 f = 1 50 f = 50 cm