rari. crua - agui.0 - Na ponta da agulha Os caminhos do Dr. Renato até à acupuntura, que trabalha com uma visão mais ampla do ser humano Cristiane Pereira Quem conhece o médico Renato Barros Costa, da Gerência de Saúde e Assistência, percebe logo que ele é um apaixonado pela medicina, e não pode imaginar que, ainda estudante e mesmo nos primeiros anos de formado, ele pensou em desistir da carreira. A medicina lhe parecia, então, um amontoado de fórmulas e receitas que deveriam curar os males da humanidade. O que, para ele, parecia impossível diante do compromisso ético de "dar o melhor de si" para curar as pessoas ou, pelo menos, tentar fazê-lo. "Uma pessoa não é um simples conjunto de órgâos e células que podem adoecer, é muito mais que isso", afirma Renato. Inquieto e insatisfeito, ele começou a pesquisar formas alternativas para melhor clinicar - assim denominadas porque fogem do que é convencionalmente ensinado nas escolas de medicina. Em 1988, Renato fez um curso com o acupuntunsta Déscio Brandão, decisivo para a mudança de sua prática profissional. A acupuntura foi o "cartão de apresentação" de Renato à medicina chinesa, que tem uma compreensão do ser humano completamente diferente da medicina ocidental. "A medicina chinesa busca compreender o indivíduo através de um estudo global do seu comportamento. Os conceitos anatômicos e fisiológicos são diferentes, com uma visão ecológica do ser humano, observando sempre a sua inserção ambiental", explica Renato. Ou seja, paratrataruma pessoa, é indispensável saber e entender quem ela é, considerando sempre os fatores genéticos, biológicos e emocionais que formam um indivíduo. "As doenças surgem do desencontro entre o indivíduo e a sua vocação. A cultura ocidental, muitas vezes, impede uma pessoa de encontrara melhor forma de ser feliz e enfrentar, com tranqüilidade, as adversidades a que todos estamos sujeitos. Por isso ficamos doentes", afirma. Renato começou a trabalhar com acupuntura em 1990, depois de fazer um curso mais aprofundado com o professor Eu Won Lee, em São Paulo, um dos maiores acupuntunstas em exercício no Brasil (ele é coreano). Ao mesmo tempo, passou a estudar e pesquisar toda aliteratura disponível sobre medicina chinesa - incluída aí a acupuntura - e a manter um intercâmbio permanente com outros médicos que clinicam sob a ótica dos orientais. Depois das primeiras experiências, quando tratou alguns pacientes emergenciais e obteve resultados bastante positivos, ele teve certeza de ter acertado no "caminho das pedras". Atualmente, Renato, que é clínico geral, trabalha fundamentado nos princípios da medicina chinesa, cujas diferenças já são percebidas numa primeira consulta. Além da anamnese convencional quando o médico conversa com o paciente sobre sua saúde, mede pressão e ausculta coração e pulmão—, num exame "chinês" são avaliados o pulso radial, para medir opadrão de pulsação do paciente; a íris (jarte colorida do olho); os dentes e a língua e, dependendo do caso, a coluna vertebral. Através desse exame, o médico conhece o estado de saúde física e emocional do paciente, presente e passado; avalia sua inserção "ambiental"; identifica o funcionamento harmônico, ou não, dos órgãos e pode até mesmo fazer um prognóstico sobre problemas futuros. Renato ressalta que, mais que resolver os problemas imediatos e evidentes de um paciente, a maior preocupação da medicina chinesa é com o "estado de saúde global", entendido como um equilíbrio ecológico do indivíduo com o seu meio ambiente. Por isso, ele é um defensor incondicional da acupuntura como forma de tratamento. "As agulhas não operam milagres, mas ajudam a pessoa a se reencontrar com seu próprio bem-estar", observa. E em meio a tanta paixão pelo que faz, ele confessa, aos 34 anos de idade e 10 de profissão, dois sonhos que acalenta: um, mais próximo, que é ode instalar um ambulatório de acupuntura no Departamento de Saúde e Assistência, "o que seria simples, seguro e barato", garante. Outro, mais distante, mas nem por isso impossível, que é o de estudar na Academia de Pequim, "para fazer um curso de medicina chinesa com os chineses, e na China". Quem sabe, um dia? "As agulhas não operam milagres, mas ajudam a pessoa a se reencontrar com seu próprio bem-estar Servidores destacam "equilíbrio indiscutí'vel" A experiência de Ana Reton, funcionária do gens não melhoraram nada, e a acupuntura foi tiro Setor de Convênios do DAS, com a acupuntura, e queda". Toninho destaca que o mais fantástico da aconteceu quando ela não sabia mais a que ou a quem acupuntura é que ela proporciona um equilírecorrer para tratar de um reumatismo crônico. De- brio indiscutível. "Além disso, o Renato éum pois de ter passado por todo tipo de tratamento e usado médico que enxerga além das doenças que seus pacientes apresentam, preocupando-se todos os fortíssimos remédios indicados para o problema, com todos os efeitos colaterais, ela, que já com o "todo" de cada um", afirma. , trabalhador-mirim Gelben Madu"Analg esicos conhecia o Dr. Renato, foi encaminhada por ele para reira,Jáque trabalha na coordenação do seu especialista, seu amigo. "Foi impressionante. A e massagens um setor, foi atendido por Renato com uma melhora veio já nas primeiras sessões. Nunca mais sessão de quiroprática - uma massagem não tomei nenhum medicamento e, além de curar meu na coluna vertebral que coloca as vértemelhoraram reumatismo, a acupuntura me deu um estado geral de bras em seus devidos lugares, evitando bem-estar, aliviando a tensão e o estresse, decorrentes futuros problemas orgânicos. "Eu sentia que nadae a dos problemas cotidianos". Antônio de Pádua Cardoso Filho, funcionário do estava ficando meio "corcunda" e tinha muita acupuntura mi-,, dor nas costas, mas não conseguia corrigir gabinete do deputado Adelmo Leão, foi tratado por foi tiro e Renato com a acupuntura, para resolver uma torção nha postura. As massagens que ele fez me ajudaram muito," conta. queda" no pé, entre outros problemas. "Analgésicos e massa- Ana Retori, que curou um reumatismo: mais tomei qualquer medicamento"