Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Economia Sumário Carlos Nemer 3ª Ed. 1. Introdução; 1. Fundamentos de Comércio Internacional; 2. A Taxa de Câmbio; 3. Variáveis que afetam as Exportações/Imps.; 4. Políticas Externas; 1. Política Cambial 2. Política Comercial 5. Balanço de Pagamentos; 6. A Internacionalização da Economia; Capítulo 17: O Setor Externo Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Logo WTO Parte III-7-Slide 1 de 47/2005.1 Fundamentos de Comércio Internacional Por que a Suíça é um grande produtor de relógios e o Brasil um grande produtor de sucos ? Por que a taxa cambial, isto é, o preço das moedas está mudando constantemente ? O que vem a ser globalização dos mercados ? Qual a relevância da formação dos mercados regionais de comércio ? Por que é tão enfatizada a necessidade de ganhos de produtividade ? Que motivos fazem com que os governos incentivam as exportações ? Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 2 de 47/2005.1 Fundamentos de Comércio Internacional Estados Unidos 24,1 China 6,5 Argentina 5,8 Holanda 5,7 Alemanha 4,4 México 3,8 Japão 3,3 Itália 3,0 Outros 43,5 FONTE: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Valores de 2000 (www.desenvolvimento.gov.br/) Por que os países comercializam ? Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 3 de 47/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 4 de 47/2005.1 US$ Milhões (2005) País Economias do Mundo • PIB dos EUA equivale a 17 vezes o PIB Brasileiro; Valores de 2000 • O PIB brasileiro corresponde a 4,5 vezes o PIB argentino; Mundo 44,168,157 0 União Européia 13,926,873 1 EUA 12,438,873 2 Japão 4,799,061 3 Alemanha 2,906,658 4 Reino Unido 2,295,039 5 França 2,216,273 6 China 1,843,117 7 Itália 1,836,407 8 Espanha 1,120,312 9 Canadá 1,098,446 10 Rússia 755,437 11 Índia 749,443 12 Brasil • O PIB da Arábia Saudita corresponde em sua quase totalidade à exportação de petróleo; Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 5 de 47/2005.1 Poli-UFRJ 732,078 13 Coréia 720,772 14 México 714,530 15 Austrália 692,436 26 Arábia Saudita 284,895 37 Argentina 172,123 180 São Tomé e Príncipe Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER 69 Parte III-7-Slide 6 de 47/2005.1 1 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) “Cada país deve se especializar na produção daquele bem em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).” Este será o bem a ser exportado. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles cuja produção implicar um custo relativamente maior. Assim explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes e, portanto, a troca entre eles. Poli-UFRJ Condições mais favoráveis para se produzir certos bens num país em função de seus custos internos em relação outro pais. Exemplo (mil unidades/mês): Automóveis Café 1772 - 1823 Parte III-7-Slide 7 de 47/2005.1 Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) Brasil 36 18 EUA 48 12 Entretanto, o Brasil não quer somente consumir café assim como os EUA não querem só consumir automóveis. Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 8 de 47/2005.1 Se os dois países não comercializassem entre si: Total 84 30 Entretanto, se ambos, por conveniência, resolvessem utilizar o ano inteiro para uma única produção (Brasil - café; EUA - automóveis) teríamos agora as vantagens: Ganho Brasil EUA Total Líquido Automóveis 0 96 96 12 (96-84) Café 36 0 36 6 (36-30) Parte III-7-Slide 9 de 47/2005.1 Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) para produzir 6.000 automóveis a mais o Brasil precisaria abandonar um mês de produção de café (3.000 sacas). Em outras palavras, para cada automóvel a mais, o Brasil precisaria deixar de produzir 0,5 saca de café. Então um automóvel no Brasil custaria 0,5 sacas de café e, de maneira inversa, uma saca de café custaria 2 automóveis. Os EUA, por sua vez, se, quisessem produzir 2.000 sacas a mais, precisariam deixar de produzir 8.000 automóveis, ou seja, se quisessem produzir uma saca a mais de café, precisariam abandonar a produção de 4 carros. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 10 de 47/2005.1 Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) Então nos EUA a saca de café custaria 4 carros e inversamente 1 carro custaria ¼ de saca de café. Resumindo teríamos as seguintes equivalências: Custo do Automóvel (sacas de café) Custo do Café (automóveis) Poli-UFRJ Teoria das Vantagens Comparativas (David Ricardo) Se cada país dedicar a metade do ano a um único produto: Poli-UFRJ EUA 8 2 Como se observa, o Brasil produz “melhor” café do que os EUA que por sua vez produz “melhor” automóveis do que o Brasil. Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Automóveis Café Brasil 6 3 Conclui-se que, como os custos de produção dos automóveis são menores nos EUA, ao passo que os custos de produção de café são menores no Brasil, ambos devem optar pelas suas vantagens comparativas, abandonando aquelas que não lhes forem favoráveis. Assim, ambos sairiam ganhando !?? Brasil EUA 1/2 2 1/4 4 Crítica desenvolvida pelos economistas da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe www.eclac.cl/brasil/default.asp): “os produtos manufaturados apresentam elasticidade renda maior do que um e os produtos primários menor do que um”. Isto significa dizer que o crescimento da renda mundial tenderia a gerar um aumento na demanda por produtos manufaturados consequentemente condenando os países fornecedores de matéria prima a um eterno déficit no Balanço de Pagamentos e eternamente sub-desenvolvidos. Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 11 de 47/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 12 de 47/2005.1 2 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Teoria Neoclássica do Comércio Internacional A Teoria Neoclássica leva em conta a dotação de fatores de produção (capital e trabalho) entre os países ao invés de considerar apenas a mão de obra. O modelo que melhor explica esta teoria é o Modelo HOS elaborado por Heckscher-Ohlin-Samuelson ((Eli F. Heckscher (1879-1952) Bertil Ohlin, (1899-1979) Paul A. Samuelson, (1915-)). Hipóteses centrais deste modelo: - Concorrência perfeita em todos os mercados; - Existência de dois fatores de produção: Capital e trabalho; - Dois países com dotações diferentes de capital e trabalho; - Conhecimento tecnológico disponível livremente no mundo; - Existem produtos que usam intensivamente capital e outros que usam intensivamente a mão-de-obra. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 13 de 47/2005.1 Taxa de Câmbio Taxa de Câmbio É o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda nacional ou vice-versa. Convenção do Incerto (adotado no Brasil) US$ 1,00 = R$ 2,50 Convenção do Certo U$ 0,32 RS$ 1,00 = Obs.: Aumento da taxa de câmbio Redução da taxa de câmbio Ex.: US$ 1,00 = R$ 3,10 US$ 1,00 = R$ 3,50 Poli-UFRJ desvalorização do Real valorização do Real. aumento da taxa de câmbio desvalorização do Real Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 14 de 47/2005.1 Taxa de Câmbio A taxa de câmbio também é determinada pela oferta e demanda de divisas (associaremos divisas ao dólar). OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS Oferta de Divisas (agentes que precisam trocar dólares por reais). Depende do volume de exportações e da entrada de capitais externos Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira (Valorização Cambial) Demanda de Divisas (agentes que precisam trocar reais por dólares). Depende do volume das importações e da saída de capitais através de: 1. amortização de empréstimos; 2. remessa de lucros; 3. pagamentos de juros de dívidas externas, etc. OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira (Desvalorização Cambial) Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 15 de 47/2005.1 Taxa de Câmbio Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Regimes Cambiais Taxa Fixa de Câmbio Observa-se que a variação do dólar no paralelo representa um termômetro das incertezas e expectativas que o país atravessa, mas não depende nem influencia diretamente a taxa oficial de câmbio. Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 16 de 47/2005.1 Parte III-7-Slide 17 de 47/2005.1 BC fixa a taxa de câmbio - O BC é obrigado a disponibilizar as reservas. - Maior Previsibilidade aos agentes do mercado. - Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil para controle da inflação. Poli-UFRJ Taxa de Câmbio Flutuante Taxa determinada pelo mercado de divisas No Brasil: Dirty Floating – Câmbio Flutuante, mas com intervenção ocasional do Banco Central, na venda e na compra, que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis e convenientes. Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 18 de 47/2005.1 3 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações Aumento da Taxa de câmbio Desvalorização do Real Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre Exportações e Importações Diminuição da Taxa de câmbio Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram mais produtos brasileiros. Exportadores tendem a exportar mais. Importadores pagarão mais reais por dólar e tendem a importar menos. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 19 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Inflação Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares, compram menos produtos brasileiros Exportadores têm desestímulo para a venda (exportam menos). Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER (Instrumento para Controlar a INFLAÇÃO) Valorização do Real Parte III-7-Slide 20 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Inflação Valorização do Real A Taxa de câmbio diminui (moeda nacional mais forte) Valorização do Real A Taxa de câmbio diminui (moeda nacional mais forte) Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando a concorrência com os nacionais (âncora cambial). Pressão pela queda dos preços internos + Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) Aumenta a eficiência produtiva (pelo aumento da competição) + Política de Abertura Comercial (liberação de Importação) CUSTOS: Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 21 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Inflação Controle da INFLAÇÃO Poli-UFRJ Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seus produtos). Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 22 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Inflação Desvalorização do Real (“pass through”) Conclusão: Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações. (leva um certo tempo p/ essa resposta) Efeito mais imediato: Aumento no custo das Importações, incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. Pressão sobre os custos de produção Poli-UFRJ Nemer Aumento da Inflação Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 23 de 47/2005.1 O Nível da Taxa de Câmbio é determinado pelos objetivos da política econômica do país (Política de Câmbio). A taxa de câmbio deve ser relativamente alta para estimular as exportações e relativamente baixa para não encarecer demasiado as importações e com isto pressionar a inflação. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 24 de 47/2005.1 4 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Variação Nominal e Variação Real do Câmbio Dada por: tcnom 1+ tcreal tcreal tcnom -1 = Pdom R$ 1+ Ex.: Desvalorização cambial de 10% Taxa de Inflação de 10% Preços externos => Constantes. Pext US$ 1+ Pdom R$ Variação Nominal e Variação Real do Câmbio Pext US$ tcreal tcreal tcreal tcnom = Taxa de Câmbio nominal; Pext (US$) = Preços externos em reais; Pdom (R$) = Preços domésticos em reais; Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 25 de 47/2005.1 Variação Nominal e Variação Real do Câmbio tcreal (1 + 0,0) Obs.: Se desvalorização nominal é maior que a variação da inflação ocorre uma desvalorização real de nossa moeda (aumentou a competitividade-preço dos produtos brasileiros). Poli-UFRJ (1 + 0,2) Desvalorização cambial -1 = 0,1375 ou 13,75% (1 + 0,5) Médio Prazo: Estimula Obs.: Com desvalorização nominal (30%) > Variação Inflação (20%) com a Inflação externa de apenas (5%) Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 27 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Dívida Externa do País Valorização cambial Exportações > Importações Pode Aumentar a Oferta de Dólares => Queda do preço do Dólar (Valorização Cambial) Ocorreu uma desvalorização real de nossa moeda (13,75%) (aumentou a competitividade-preço dos produtos brasileiros) Poli-UFRJ Parte III-7-Slide 26 de 47/2005.1 Aumenta o estoque da Dívida em reais (não alterando-a em dólares) (1+ 0,3) = Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Efeito das Variações na Taxa de Câmbio sobre a Dívida Externa do País Ex.: Desvalorização cambial de 30% (nominal) Taxa de Inflação de 20% Preços externos => Inflação de 5% tcreal (1 + 0,1) Logo, não ocorreu desvalorização em termos reais. -1 = 0 = Variação Real do Câmbio; (utilizada para se verificar a competitividade dos produtos nacionais em fase dos estrangeiros). Poli-UFRJ (1+ 0,1) = Levando a uma Queda na dívida externa em dólares Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 28 de 47/2005.1 Efeito das Variações na Taxa de Juros sobre a Taxa de Câmbio Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa Diminui o estoque da Dívida em reais (não alterando-a em dólares) Tendência de aumento do fluxo de capitais financeiros internacionais para o país Médio Prazo: Estimula Importações > Exportações Aumentando a oferta de divisas (dólar) Pode Aumentar a Demanda por Dólares => Aumento do preço do Dólar (Desvalorização Cambial) Promovendo uma queda na taxa de Câmbio (valorização da moeda nacional) Paralelamente, os nacionais ficam atraídos a investir no mercado interno de capitais, diminuindo a saída de divisas do país e, assim, a demanda de divisas. Levando a um Aumento na dívida externa em dólares Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 29 de 47/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 30 de 47/2005.1 5 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Exportações Agregadas (X) Importações Agregadas (M) X = f ( Pext US$ , Pdom US$ , tc , Yw , Sub ) (+) Pext US$ Pdom US$ tc Yw Sub Poli-UFRJ (-) (+) (+) M = f ( Pext US$ , Pdom US$ , tc , y , Tm ) (+) (-) = Preços externos (de nossos produtos) US$; = Preços internos (domésticos) em reais; = Taxa de câmbio (reais por dólar); = Renda Mundial Subsídios; = Incentivos às exportações; Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 31 de 47/2005.1 Variáveis que afetam as Exportações e as Importações Agregadas Modelando matematicamente as funções exportação e importação, pode-se estimar a importância relativa de cada uma das variáveis sobre a Balança Comercial e orientar a política econômica. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 33 de 47/2005.1 Política Cambial Pext US$ Pdom US$ tc y Tm Poli-UFRJ (+) (-) (+) (-) = Preços externos (dos importados) em dólares; = Preços internos (domésticos) em reais; = Taxa de câmbio (reais por dólar); = Renda e produto nacional; = Tarifas e barreiras às importações; Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 32 de 47/2005.1 Políticas Externas 1. Política Cambial 2. Política Comercial Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 34 de 47/2005.1 Política Comercial 1. Regime de taxas fixas de câmbio; 1. O BC fixa antecipadamente a taxa de câmbio com a qual o mercado deverá operar; 2. Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating); 3. Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar); Subst. de Importações (Imposto sobre a Imp. maior) Alterações das Tarifas sobre Importações Regulamentação do Comércio Exterior Abertura Comercial ou liberalização das Importações. (Imposto sobre a Imp. menor) Entraves Burocráticos Barreiras qualitativas Subsídios Fiscais e/ou Monetários Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 35 de 47/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 36 de 47/2005.1 6 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Dumping Social Política Comercial (Limites) • Quaisquer alterações estão sujeitas às normas estabelecidas pela OMC – Organização Mundial do Comércio ou WTO (World Trade Organization) que substituiu o GATT (General Agreement on Tarifs and Trade). • Dumping Social – a ação da OMC tem sido dificultada pelos países do sudeste asiático que possuem mão-de-obra barata e abundante; Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 37 de 47/2005.1 Balanço de Pagamentos "Dumping Social" Termo utilizado para caracterizar a venda, no mercado internacional, de produtos a um preço inferior ao praticado no mercado doméstico, em virtude da falta ou não-observância dos padrões trabalhistas internacionalmente reconhecidos. O trabalho infantil, o trabalho escravo ou a inobservância aos padrões internacionais de trabalho serviriam como fatores diferenciais na composição do preço dos produtos. O tema é sensível e opõe os países desenvolvidos, que defendem a inclusão de cláusulas trabalhistas nas regras do comércio internacional, aos países em desenvolvimento, que preferem que o tema seja tratado no âmbito da OIT (ILO). Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Comércio Exterior e o Balanço de Pagamentos Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais físicos e financeiros. Registra: - o comércio de mercadorias (exportações, importações); - os serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de lucros, turismo, pagamentos de fretes etc.); - o movimento de capitais (investimentos diretos estrangeiros, empréstimos e financiamentos, capitais especulativos) O Balanço de Pagamentos, é o registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. Nela são registradas todas as importações e exportações, serviços (fretes, juros, royalties, etc.) pagos ou recebidos, financiamentos pagos ou recebidos, capital das firmas estrangeiras no país e fora do país, donativos e ajudas humanitárias etc. refletindo final se o país está deficitário ou superavitário em relação ao Setor exterior. SUPERÁVIT ! exportações > importações ! importações > exportações DÉFICIT Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 38 de 47/2005.1 Parte III-7-Slide 39 de 47/2005.1 Balanço de Pagamentos Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 40 de 47/2005.1 A. Balança Comercial A. Balança Comercial – Exportações – Importações B. Balança de Serviços – Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos C. Transferências Unilaterais D. Balanço de Transações Correntes (Saldo em Conta Corrente do Balanço de Pagamentos) (resultado liquido de (A+B+C)) • Compreende o comércio de mercadorias. • Se as exportações FOB (Free on Board) superarem as importações FOB haverá um superávit na balança do comércio. Do contrário haverá déficit. E. Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais – Investimentos, re-investimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações, outros F. Erros e Omissões G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F) Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 41 de 47/2005.1 Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 42 de 47/2005.1 7 Poli-UFRJ/2005.1 Cap. 17 Setor Externo Globalização Produtiva e Financeira B. Balança de Serviços • Fretes, seguros, juros, royalties e assistência técnica, viagens internacionais; C. Transferências Unilaterais O Grau de Abertura aumenta em quase todos os países. • Remessas de expatriados (decasseguis, brasileiros no exterior). • Doações entre os Países. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Fluxos Comerciais e Financeiros Internacionais crescem à taxas maiores que o próprio crescimento da economia mundial. Parte III-7-Slide 43 de 47/2005.1 Globalização Produtiva e Financeira Grau de Abertura = (Exportações + Importações)*100 PIB Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Brasil = 26 Cingapura = 50 Parte III-7-Slide 44 de 47/2005.1 Globalização Produtiva e Financeira Crescimento do fluxo financeiro internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de crédito. Globalização Produtiva – Produção e distribuição de valores dentro de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão de vida em escala mundial Conseqüências Perversas: Aumento do desemprego estrutural em muitos países A tendência de desnacionalização do setor produtivo Concentração da produção e comércio em grandes empresas. Houve necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação). Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 45 de 47/2005.1 Afetados por expectativas e políticas cambiais e monetárias. Quando as taxas de juros de um país forem superiores às taxas de juros de outro país, pode-se esperar um fluxo positivo de recursos. A extrema volatilidade desses capitais (capitais de curto prazo aplicados em Bolsas de Valores e no mercado financeiro local) pode originar crises cambiais como as em países como México (efeito Tequila), Rússia (efeito Stolichnaya) e Brasil. Apesar de ser um recurso para complementar a poupança interna e promover o crescimento, os países se tornam extremamente dependentes dos países desenvolvidos, e das oscilações das taxas de juros no mercado internacional. Poli-UFRJ Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER Parte III-7-Slide 46 de 47/2005.1 Exercício: Balanço de Pagamentos • Dados – – – – – – Exportações (FOB) Importações (FOB) Empréstimos Externos Donativos Fretes Amortizações 100 80 20 5 20 10 • Pede-se: – O saldo da Balança Comercial (BC); – O saldo da Balança de Transações Correntes (BTC); – O saldo do Balanço de Pagamentos (BP); Poli-UFRJ Nemer Copyright © 2005. Direitos Autorais reservados ao Prof.Carlos NEMER [email protected] Parte III-7-Slide 47 de 47/2005.1 8